10: Preparando.
Havia uma massa de homens amontoados no departamento dos Aurores no dia seguinte. Na noite anterior, Hermione juntamente à Harry determinaram os grupos e suas respectivas chaves, depois de uma árdua e cansativa reunião. Agora, só precisavam começar as interrogações e montar as vigílias. Tudo seria mais rápido depois disso. Ao menos, era isso que o Chefe do departamento esperava.
Hermione repassava às equipes novamente o plano principal. Não poderia arriscar que algo desse errado. Era imprescindível que as coisas funcionassem para que a quadrilha fosse logo capturada, e tudo voltasse a sua normalidade.
Ainda estava com a desconfiança acerca das informações cedidas pelo prisioneiro de Jughead, entrementes, ela preferia abraçar a causa atual, e dar o melhor de si e exigir o melhor dos outros para que tudo corresse conforme o planejado.
Eram quase dez horas da manhã, ela e os aurores apenas esperavam Ron e Harry aparecerem para que pudessem se deslocar para os locais. Aquele seria o ponta-pé inicial de uma das maiores investigações atual. Quase todos os departamentos estavam movimentados com isso.
Não demorou muito para que moreno e o ruivo viessem. Eles estavam em uma conversa com o Ministro sobre as investigações que fariam. Kingsley estava um pouco tenso com esse plano. Não queria perder aurores e ainda por cima por em evidência a Bruxandade. Por isso, todo o cuidado era necessário.
A castanha notou o olhar do ruivo sobre si quando ele se pôs ao lado de Harry. Ainda não estava falando com ele. Não estava afim de ceder desta vez. Poderia até parecer exagero da parte dela ficar chateada por Malfoy. Mas, pelo menos para ela, saber entender que o tempo fazia bem às pessoas não era um monstro como parecia à Ron. Então, ela apenas virou-se para outro lado, para que não tivesse que se deparar com as íris que lhe buscavam.
— Vamos lá pessoal, está na hora. - Harry anunciou seriamente -
Hermione aproximou-se do moreno e lhe tocou os ombros. Seu olhares se conectaram e ela piscou como para dizer a ele para se acalmar. Estavam juntos nessa, e estariam apesar dos resultados. Ele expirou e então acenou para ela e deu um meio sorriso. Em seguida, ela se pôs no meio dos homens e respirando fundo se fez ser ouvida.
— Acredito que nada mais precisa ser pontuado, não é? - ela perguntou em uma retórica - Nem preciso reforçar que a meta é descrição, ou preciso? Assim que vocês se instalarem não esqueçam de colocar o Protego Totalum, isso é uma medida de segurança pra vocês! - alertou ela -
— Vocês que estão pegando agora vão ficar somente até as seis. - determinou Harry - O próximo grupo chega para que vocês possam descansar.
— Alguma dúvida? - perguntou Hermione uma última vez, não houve manifestações -
— Tudo bem, estamos prontos. - Frederick informou à Harry. - Hermione já alinhou as precauções a se tomar caso tenhamos algum problema.
— Certeza? - ponderou Harry olhando fixamente para o homem -
— Não se preocupe, vai dar tudo certo. - o Auror tentou acalmar -
— Certo, podem ir. Boa sorte. - desejou Harry, um pouco de apreensão passando por seus olhos verdes. -
Com vários estalos de apartação, eles sumiram. Restaram apenas os que fariam as interrogações com Harry e Ron, e, obviamente, Hermione.
— Mi, você pode ficar no Mistério? - perguntou Harry - Kingsley pediu que um de nós estivesse disponível caso seja preciso. No mais, ainda temos aqueles relatórios, não?
— Tudo bem. - ela acenou - Realmente preciso estudá-los e já montar o próximo passo.
— Não se preocupe, não vamos te deixar fora da ação, é somente por hoje. - acrescentou Harry piscando para ela -
— Não vejo problema algum em ficar aqui. Aliás, acho que já perdi o jeito dessa coisa de salvar o mundo. - comunicou ela dando de ombros -
— Isso é impossível, e você sabe. - Ron foi quem se pronunciou.
Ela somente o olhou com sua sobrancelha erguida. Faria questão de mostrar-lhe que não iria fingir que nada havia acontecido, não dessa vez. Bufou e revirou os olhos.
— Estou indo para minha sala, Harry. - ela informou - Qualquer coisa, isso é muito sério Harry Potter, qualquer coisa pode me contactar. - impôs mais do que seriamente. - Tenham cuidado! - desejou, e, dizendo isso ela se encaminhou para sua sala, a fim de montar os próximos planos.
Quando chegou a sua sala, sentou-se e trouxe a si a papelada que seria sua companhia. Sorte a sua ser tão e maravilhosamente apaixonada por leituras, ou então, já estaria farta de tudo o que tinha de ler, diariamente.
— Hora de começar, Hermione. - encorajou a si mesma e permitiu que seus olhos começassem a trabalhar.
Ali continham praticamente todas as informações desde que o caso havia sido aberto, o que dava mais ou menos uns três meses já. Ela refrescou em sua memória tudo o que já sabia. E cada vez mais as coisas pareciam não ter uma explicação. Como por exemplo; porque roubar os trouxas também? Certo que os Muggles tinham um certo fascínio por ouro ou coisa do tipo, mas ainda assim, as relíquias mágicas eram muito mais valiosas, sem falar na simbologia que havia por trás dos tesouros, simplesmente não casava. Seus olhos incansáveis continuavam varrendo sedentos aquelas palavras. Eis que as íris âmbar pararam no dia em que Jughead havia apanhado aquele traficante.
— Estranho… - ela murmurou passando as mãos na folha que narrava o acontecido. Havia pouquíssimas informações sobre ele. Apenas um nome; “Olímpio” e ao lado escrito; reincidente.
Movida por sua intuição, ela fechou os arquivos e se pôs de pé, intrigada demais e embalada pela crescente vontade de olhar para o prisioneiro, afim de tentar absorver algo que tivesse sido ignorado.
Atravessou a porta de sua sala, encaminhando-se para onde ele estava. O barulho de seus saltos chegando à seus ouvidos agudos e quase se igualando às batidas apertadas de seu coração era tudo o que a castanha ouvia, ou, no que se concentrava a ouvir. Ela desceu alguns níveis e teve que passar por um par de guardas até se ver de frente ao vidro da cela improvisada onde Olímpio se encontrava. Seus olhos castanhos observaram ele ali. Estava calmo, alheio ao fato de estar prestes a ser mandado a Azkaban, tendo que sentir sua vida sendo sugada gradativamente enquanto sua felicidade se esvaía mais rapidamente. Ela apertou os olhos para ele com total curiosidade. Era a primeira vez que via alguém suficientemente conformado com a iminente prisão. Tudo isso só fazia ainda mais bagunça na cabeça dela, pois não fazia o menor sentido ele estar tão colaborativo, e, nem ao menos tinham oferecido uma pena menor à ele, ou algum tipo de deleção premiada. Nada.
Repentinamente, ele virou-se para a direção dela, e mesmo estando oculta pelos feitiços que a inibiam, ela se sentiu ameaçada. Ele olhava fixamente para a direção dela como se soubesse que ela estava ali, e a intensidade do olhar que ele destinava era quase como aquele que ele lançou quando havia sido capturado. Seu coração se apertou automaticamente. Então, ainda mais estranho do que já era, ele piscou e sorriu tão debilmente que ela realmente se preocupou com isso.
Hermione se afastou, meramente afetada com aquelas atitudes e decidiu que iria procurar saber mais daquele homem. Haveria de ter mais registros sobre ele.
Sua missão daquele dia, além de configurar aqueles relatórios, seria descobrir mais sobre aquele homem.
Seguiu direto para a área de registros de criminosos.
(...)
Hermione saiu da área de registros com um cabelo armado, suada, e com algumas papeladas a mais. Ainda que tenha perdido um pouco mais de tempo do que pretendia ela estava bem orgulhosa do seu feito. Não que tenha sido algo fácil revirar todo aquele “submundo”, entretanto, tal como uma devoradora de livros ela jamais se deixaria intimidar por qualquer tipo de arquivo que dispusesse de palavras demais. Por isso, o sorriso genuíno iluminava sua face delicada. Flutuando os arquivos próximo a sua cabeça ela retornava para sua sala tranquilamente, ousava até assobiar enquanto caminhava graciosamente - isso sem levar em conta as fuligens de poeira que ornavam seu cabelo e suas vestes.
Depositou os novos arquivos em cima da sua mesa de trabalho e passou as mãos na testa retirando um pouco da sujeira e do suor que havia adquirido nos minutos anteriores.
Retirou a varinha de dentro do seu bolso fundo e com um simples aceno e alguns murmúrios lá estava a impecável Hermione de volta. Atravessou sua sala e se dirigiu até sua jarra, despejando o líquido transparente e límpido no copo de cristal e pretendendo levá-lo até a boca no minuto seguinte, porém, alguns ruídos e vozes quase inaudíveis a fizeram refrear o copo na altura da boca e franzir o cenho confusa. Parecia estar havendo uma pequena discussão do lado de fora da sala da bruxa, curiosa como somente ela era, não demorou a aproximar-se da madeira para tentar escutar do que se tratava.
Murmúrios viraram algumas palavras sem sentido e então seu nome foi pronunciado. Se ela estava intrigada conseguiu ficar ainda mais. Não tendo êxito em se controlar ela abriu a porta o mais silenciosamente que pode e observou os dois homens em seu debate particular. Era Draco e Blaise. Nitidamente, havia resistência da parte do loiro em adentrar a sala da morena sem ter um motivo realmente justificável para estar lá - palavras dele que a castanha conseguiu ouvir.
— Pelo amor de Merlin! - exclamou o moreno, em suas feições havia uma mescla de impaciência com diversão - Você está ocupando o cargo dela, invente algum caso qualquer. - sugeriu -
— Não seja ridículo, Zabini! Ontem já vim aqui com uma desculpa similar. Ela não é estúpida. - Draco rosnou baixo, balançando a cabeça em negação - Vamos para a minha sala que é o mais prudente a se fazer.
— Não tenha tanto medo dessa bruxa… - ela aconselhou e Hermione viu um sorriso bobo nascer nos lábios do moreno - Depois de algumas bebidas ela não é tão amendontradora assim…
— Que raios de obsessão é essa pela Granger agora? - perguntou Malfoy, uma sobrancelha clara erguida significava que ele estava desconfiando das intenções do amigo -
— Eu já lhe expliquei que ela é realmente uma ótima companhia noturna. - Blás deu de ombros e sorriu -
— Sinceramente, Blás, quantos drinques você bebeu até chegar essa conclusão? - zombou Draco, soltando um pouco do ar pelo nariz em uma risada anasalada, não entrava em sua cabeça que Hermione frequentava os mesmo lugares que aquele seu amigo pervertido. -
— Não tantos como deveria ter tomado para decidir vir até aqui. - Hermione finalmente saiu das frestras e aproximou-se dos homens, sorrindo -
Draco e Blaise puseram-se a olhar para uma castanha divertida com um amplo sorriso insolente no rosto. O loiro deu de ombros e enfiou suas mãos nas calças - mas uma mania que Granger observou -, enquanto o n***o se adiantou para puxar a mão da castanha levando-as até a boca, depositando um beijo casto na costa da mesma.
— É um imenso prazer revê-la, Hermione. - ele falou, sua voz saindo galanteadora demais e seus olhos realmente brilhando -
— Eu não sei como ainda consigo me surpreender com a sua capacidade ser ainda mais safado do que já é. - ela riu e balançou a cabeça em negação -
— Considero um dom. - ele se gabou, seu sorriso branco apenas crescendo -
— É uma maldição, desculpe decepcioná-lo. - corrigiu a Granger, brincalhona e maldosa -
Ele sorriu e piscou para ela, que em contrapartida lhe deu um empurrão e sorriu de volta. Alguma coisa naquela nova versão dos Sonserinos era de seu incondicional agrado. E, apesar de estar ainda com todos os alertas ligados em relação à Malfoy, principalmente depois do que ele fez no último almoço, ela não se conteve e quando percebeu já era tarde demais.
— Que tal vocês dois almoçaram comigo? - ela convidou - Não vou pode ir ao restaurante mas podemos pedir algo e comer na minha sala. - deu de ombros, se desculpando -
— Não sei.. - Draco ponderou -
— Qual é Malfoy? Sabemos que você está tão ansioso por isso quanto eu. - insinuou Blás malicioso, tocando o ombro do amigo e incitando-o a aceitar o convite de Hermione -
— Não quando os convites que ela me inclui não tem um vestido colado que fica perfeito em sua b***a, como você disse. - alfinetou Draco relembrando o que o amigo tinha lhe contado algumas horas antes -
— Então você realmente esteve olhando para a minha b***a. - Hermione questionou interessada e arqueou as sobrancelhas para ele, enfatizando -
— Bem.. - ele começou coçando a garganta -
— Eu diria que bem mais que isso... - Draco instigou - Devo contar a ela que… - se interrompeu e sorriu, perverso -
— Mais uma palavra e juro que sua noiva nunca terá filhos seus. - ameaçou Blás trincando os dentes em quase nervosismo -
Hermione sentiu um pequeno incômodo com a menção à noiva do Malfoy. Foi quase que imperceptível, mas como dito, a palavra chave é “quase”. Ela sentiu uma imensa vontade de revirar os olhos. Não sabia nada da tal da noiva, nada a não ser o que vez ou outra saía nas revistas, e o que vagamente se lembrava dela na época de Hogwarts. Mas era pouco. E, apesar de repudiar pessoas que julgam pelas aparências, para ela, Astória Greengrass era um tanto que fútil para o novo molde de Draco Malfoy.
— Vamos, querida? - Blaise que a tirou dos seus devaneios tão distantes, trazendo-o para o momento e fazendo-a tomar consciência do quão ridículos eram todos aqueles pensamentos. Não tinha o porque achar que ela era isso ou aquilo para estar com Malfoy, porque bem sabe-se que ele não era lá o melhor homem do mundo. E que se estavam juntos era porque se mereciam ou se completavam.
Pôs sobre o rosto cheio de perguntas, desta vez todas em relação à Malfoy, e o novo ser que ele havia tornado-se, uma mascara impenetrável e sorriu aceitando o braço que Zabini oferecia a si, guiando-o poucos metros até estarem os três em sua sala.
Ela afastou um pouco suas papeladas e indicou aos rapazes seus lugares. Rodeou a mesa, percebendo os olhos cinzas e escuros que acompanhavam cada misero movimento que ela fazia. Sentou-se.
— Como estão as investigações? - o moreno perguntou colocando as mãos em cima da mesa e olhando diretamente nos olhos dela -
— Difíceis. - ela suspirou - Boa parte do Ministério está envolvida nos planos de ação. É bem cansativo na maioria das vezes. - ela confessou - Sinto falta dos meus casos. - choramingou e fez um bico de insatisfação -
— Por isso todas aquelas bebidas? - lembrou Zabini, porém, sem o sarcasmo habitual que estivera usando desde cedo. -
— Sim. - concordou lembrando-se daquela noite e todos os outros motivos que a tinham levado até lá, além do estresse do trabalho -
— Devemos marcar outras. - sugeriu o moreno - Aliás, vamos te levar Draco. - ele tocou o braço do amigo - Hermy, esse consegue ser ainda mais encegueirado pelo trabalho do que você.
— É mesmo? - ela perguntou, incrédula -
— Quero fazer alguma coisa de certo. - ele contou, despreocupado - Quem sabe se eu mostrar um bom serviço, eles me deixem no cargo. - seus olhos cinzentos buscaram os dela e, zombeteiro, ele piscou. Hermione sentiu seu sangue se agitar minimamente com esse gesto -
— Esqueça. - sibilou para ele autoritária. - Esse cargo é meu, e estou voltando para ele o mais rápido possível. - comunicou decidida. - Aproveite o tempo. - aconselhou -
— Não se iluda. Mais uma semana e suas chances de retornar já terão sido extinguidas pelos meu excelente desempenho.
De repente, Blás soltou uma risada sonora e olhou de um para o outro, e balançou a cabeça em negação.
— Que foi, seu retardado? - Draco empurrou o amigo com seus ombros largos -
— Eu só percebi isso agora, Salazar! - ele fez mistério e continuou com aquele sorriso sem motivo na boca -
— O quê, a sua falta excessiva de neurônios? - debochou Hermione e Draco riu do que a castanha havia dito. -
— Essa foi boa Granger. - admitiu Malfoy, e ela sorriu para ele em uma cumplicidade inédita -
— Só agora percebi que vocês parecem um casal brigando. - ele soltou diabolicamente e esperou o “circo pegar fogo”. -
Ambos pararam de rir de rompante e Hermione sentiu o ar constrangido tomar conta do ambiente. Olhou para Draco que parecia estar da mesma forma que ela e Blaise que tinha começado a rir com ainda mais vontade. Ela coçou a garganta ignorando como sua cabeça tinha começado a trabalhar e querer liberar aqueles malditos flashes que sempre liberava quando estava na presença do loiro. Dessa vez, apesar de tentar não deixar passar ela conseguiu ver mãos dadas, tão unidas como de estivessem coladas e todo seu corpo pareceu tremer internamente.
— Isso… - Draco falou engasgado - Você tem cada brincadeira de merda.
— Vocês precisavam ver as caras de vocês! - ele bateu na mesa ainda em sua histeria -
— Você é um babaca. - decretou Hermione se levantando - Vamos comer? - desviou os possíveis assuntos e agradeceu por Draco tê-la ajudado -
— Vamos, estou realmente com fome. - falou o loiro -
— Se você não estivesse noivo, admita Draco, você iria tomar uns drinques com ela…
— Eu juro que vou azarar você! - rosnou ele virando para Blás que vinha logo atrás, em seu encalço e o da Hermione -
(...)
Quando Hermione destrancou sua porta a primeira coisa que ela fez foi lançar seus saltos para longe dos pés. Em seguida, cambaleando de cansaço ela seguiu para seu quarto, exausta do dia absolutamente cheio que tivera. Depois do almoço com aqueles dois, onde teve pelo menos mais algumas insinuações ridículas de Blaise sobre ela e Draco, e notou que havia uma afeição que estava crescendo um pouco pelo ex-inimigo, ela ainda foi convocada por Harry para ajudá-lo nas interrogações de trouxas.
Irremediavelmente, as coisas já pareciam dar os primeiros indícios de que iam desandar. Porem, ela ainda não ia dar aquele plano por encerrado apenas levando em conta o primeiro dia. Tinha fé de que poderia recuperar no dia seguinte.
— Pérola? - ela chamou por sua gata e a mesmo veio mais do que prontamente - Com fome? - a gata miou com vontade e Hermione gargalhou pegando a bolinha de pelos em seu colo.
“Você gostou?” A voz dele invadiu sua cabeça e ela se lembrou da pulseira de pérola. E consequentemente percebeu que o nome da sua gata era o mesmo que aquela pedra. Um pequeno tremor a invadiu enquanto seus olhos observavam as grandes e amareladas orbes da felina. Apertou os olhos forte.
Coincidência?
Um bip de celular a fez piscar. Soltou a felina, não deixando de estranhar como tudo estava começando a se embaralhar ainda mais em sua cabeça. Caçou dentro da bolsa o celular e quando o pegou checou que havia uma mensagem.
“Srta Granger,
Sua consulta está marcada para a próxima terça-feira às 15:00. Aguardamos a srta.
— Consultório da Dra. Aynan Mendes.”
Sentiu seu coração se acelerar de forma desproporcional e suspirou.
Um passo mais perto das respostas. Ao menos, foi com esse sentimento em seu coração que Hermione terminou aquela noite.