03 - Sonhando.

3263 Words
— Porque parece sempre que posso ver através de tudo isso que você mostra, que tudo isso parece apenas uma máscara para afastar as pessoas de você? - questionou - Porque sinto que vou sempre através dos seus cinzas? - ela sussurrou incerta, os olhos castanhos levantando-se lentamente para se chocar com aqueles que eram o motivo principal de sua insônia. - — Porque você pode. - ele respondeu com uma simplicidade arrebatadora - Sempre vai poder. A respiração dela estava irregular, sentia o pequeno corpo tremer, o mundo girar depressa demais. Não sabia o que estava acontecendo consigo, apenas sabia que aqueles olhos seriam sua perdição infinita. Seu pecado imperdoável. — E como você sabe disso? Como sabe que eu sempre vou poder te decifrar? Talvez decifrar não fosse a palavra certa, talvez fosse mais como se ela enxergasse algo que os outros ignoravam. Ela era curiosa, sempre seria. E isso a tinha metido nisso. Nesse sentimento que a inundava, e, ela estava se afogando no meio de tudo. Precisava de ajuda, de uma bóia. — Porque eu sinto que posso fazer a mesma coisa com você. - ele respondeu mais aquela pergunta com total confiança no que dizia. A simplicidade com que cada coisa era dita por ele a deixava simplesmente extasiada. E ela soube, era verdade. A bóia era ele. Então, ela emergiu, sentindo-se flutuar em meio àquelas ondas de calafrios que o outro lhe causava. Nas sensações que lhe eram remetidas.. Na certeza da verdade que a voz dele lhe passava. Naquilo que estava sentindo por ele. Piscou rapidamente quando Harry lhe cutucou a cintura, fazendo-a pular no lugar, e mirar em seus olhos verdes. Já estava no departamento dos Aurores, arrumando sua nova mesa de trabalho, ou ao menos estava tentando. Mas as lembranças da noite anterior a invadiam de tempo em tempo, fazendo-a divagar entre cenas que sua cabeça mostrava. Entre coisas que ela sabia que não eram verdadeiras. — Você está bem, Hermione? - quis saber Harry, sentando-se em uma cadeira e olhando para a morena com preocupação - Parece abatida. - comentou, cercando-a calmamente, afim de tirar informações da morena - — Não dormi bem, apenas isso. - ela se limitou a dizer, sem se dar o trabalho de olhar nos olhos verdes inquisitivos que lhe fitavam - Harry piscou lentamente, jogando a cabeça para o lado e suspirou, rendendo-se.  — Tudo bem então. - ele respondeu. Harry sempre entendia quando ela não se sentia pronta para falar de alguma coisa, esperava que ela viesse até ele por pura e espontânea vontade, e isso fazia a Granger valorizar a amizade do moreno. Porque ele a entendia como ninguém jamais entenderia. Mas, especialmente naquele momento, ela não queria contar a ninguém sobre aquilo. Tinha certeza que eram apenas sonhos inexplicáveis. - — Obrigada. - ela murmurou e finalmente o olhou, mostrando a gratidão no fundo dos olhos castanhos. Ele assentiu e se levantou, dando um beijo na testa dela - — Estou na minha sala. - ele disse passando pela porta - Teremos uma reunião durante a tarde.. - comunicou e saiu deixando-a sozinha com o coração esmagado - Ela não mentiu quando disse ao amigo que não tinha dormido direito, apenas omitiu o motivo que a fez perder o sono. Quando se deitou, depois de tomar banho e dar comida à sua gata, a morena logo pegou no sono já que havia tido um dia e tanto. Mas, essa tranquilidade não durou muito, se logo sua cabeça começou a brincar com ela, fazendo-a ter sonhos tão reais que pareciam lembranças. Ela conseguia lembrar de cada detalhe do maldito sonho, de como os cabelos dele estavam totalmente despenteados como ela jamais vira outra vez, de como a pele dele parecia seda pura e intocada, das suas feições e expressões, e, inclusive dos sentimentos que ela sentiu quando estava lá no mundo da sua imaginação: medo, insegurança e uma pitada de esperança. Não. Não. Não. Definitivamente era apenas um sonho. Estava tão chateada e estressada com ele estando em seu lugar, tomando seu posto, que havia sonhado essas coisas completamente sem nexo nenhum. Sim, era isso. Apenas tinha levado para casa os estresses do trabalho. Foi a única explicação lógica que encontrou. E no fim, ela sempre optaria pela lógica. Continuou colocando seus pertences em sua nova mesa, as fotografias de seus amigos, algumas de seus pais, algumas de pérola em sua forma mais fofa, alguns pergaminhos, penas de cores variadas, e organizou os papéis do processo de tráfico de tronquilhos, os levaria para estudar como estavam as investigações em casa, pois pelo que vira não teria tempo de fazer isso ali. Terminada a arrumação, ela puxou a cadeira que outrora era ocupada por Harry, e sentou-se, relaxando um pouco e tentando deixar que seus pensamentos focassem ali, em tudo que ela ainda tinha que fazer. Nas soluções mais cabíveis à ela, e como se integraria à sua nova função, já que não havia tido treinamento necessário para trabalhar naquela área, ainda que soubesse como tudo funcionava melhor do que muitos Aurores. Distraidamente, ela olhou para o lado, e viu, em cima de uma outra mesinha, um vaso simples de cristal, e um lírio nele. Hermione franziu as sobrancelhas intrigada perante aquela visão. Ela se levantou e caminhou até onde a pequena flor estava, e ficou olhando-a de forma curiosa, tocando as pequenas e frágeis pétalas delicadamente com as pontas de seus dedos. Como era que aquela flor estava ali? Como a pessoa que o enviou sabia que ela tinha mudado de departamento? O primeiro pensamento dela foi que deve ter chegado o lírio do dia, e Brienne sempre muito eficiente havia enviado para seu novo local de trabalho, para dar-lhe um pouco de familiaridade. Sim, com certeza havia sido isso. Sorriu e levou o pequeno vaso para sua mesa, colocando-o no canto esquerdo e sentou-se voltando a trabalhar. Ou ao menos tentar. Ouviu uma batida tímida na porta de sua sala, e levantou os olhos castanhos-âmbar para mirar em quem quer que fosse. Quando se viu diante daqueles olhos, ela se sentiu pequena, inibida e nervosa. Aquela cor remetia à ela uma sensação estranhamente familiar. Algo perto de uma serenidade e paz que ela sempre desvencilhou do dono dos tais olhos. Suspirou tensa, tentando manter-se completamente impassível, erguendo a armadura que deveria a proteger de qualquer exposição. Draco, por sua vez, coçou a garganta para chamar a atenção dela que parecia viajar a milhas de distância dali. — Granger? - ele perguntou, adentrando a sala mesmo sem o convite da nova dona e parou, defronte a mesa dela, olhando-a de cima - — Sim? - ela perguntou de forma monótona, voltando seus olhos grandes para o pergaminho em mãos, fugindo daquelas orbes que a invadiam de um jeito que ela nunca tinha sido invadida antes. - — Preciso que ajude-me numa coisa. - ele disse baixinho. Talvez, pensou ela, ter de pedir ajuda para uma mudblood não era coisa que um Malfoy devia fazer em voz alta. Hermione nunca foi uma mulher rancorosa, não verdadeiramente. Mas Draco conseguia transformá-la no pior dos seres apenas com aquela sua risada anasalada e aquele suspirar carregado de tédio que, coincidentemente, ele acabara de soltar. — Você não disse ter feito uma especialização em Genebra? - ela cutucou, olhando para ele agora com deboche, elevando a sobrancelha perfeitamente bem feita para o loiro - Não acredito que precise da minha ajuda... Ele soltou a respiração de uma só vez com toda a sua insatisfação. Mulherzinha difícil de se lidar, hein! — Você é a melhor que tiveram desde que Merlin existiu... - admitiu ele um pouco constrangido - Não estaria aqui se não fosse realmente preciso. - adicionou, e, novamente sem convite, sentou-se na cadeira em frente à Granger. - Escute, Granger, eu sei tudo o que já passamos, mas por Salazar mulher, não somos mais adolescentes. Creio eu, que ao menos dentro do Ministério poderíamos tentar agir com racionalidade.  — Está me chamando de irracional por acaso, Malfoy? - ela perguntou começando a ficar irritada.  — Oh Merlin! - ele exclamou - Não, não estou! Apenas digo pra você tentar agir como a mulher de 35 que você é. - ele disse sorrindo ao fim - — i****a, eu tenho 23. - revirou os olhos para ele. Como podia existir gente assim no mundo? - — Ah faça-me o favor, Hermione! Com essa sua cara de 40 ainda fui legal te dando esses 35. - ele disse de forma zombeteira, ainda com seus sorrisinhos debochados. - — E você disse que eu que estou agindo como adolescente, hein? - ela perguntou retoricamente, cruzando os braços na altura dos s***s. Malfoy paralisou por um segundo e pareceu analisar a situação, murchou os ombros largos e olhou para a mulher parada a sua frente. Ele estava em sua sala propondo uma "melhora" na relação deles e, agia daquela forma, totalmente contraditório. Malfoy Bufou.  — Tudo bem, você tem razão. - ele disse e ficou sério - Granger piscou rapidamente, chocada. — Oh Merlin, eu jurei nunca estar viva para ouvir você dizer isso! - ironizou a castanha sorrindo triunfante - — Acho que não estamos tendo muito êxito aqui, Granger. - o loiro observou, sorrindo de lado, soltando uma piscadela cúmplice para sua colega de trabalho. Hermione poderia ter mantido-se impassível, indiferente ao bom humor que ela começava a ver no homem. Mas, ela simplesmente não conseguiu. Aquela faceta dele, de estar ali tentando remediar algo que ele nunca tentou em vários anos de convivência direta com ela no tempo de Hogwarts, era uma "prova" de que ele inegavelmente podia ser um novo ser, ainda que restasse montantes de características de sua época arrogante. Sucumbiu então a uma risada aberta, sacudindo a cabeça compulsivamente se deixando levar por aquelas novas águas. Malfoy estava-a acompanhando na risada, e ela percebeu como ele parecia um menino de dezesseis quando se deixava sorrir daquela forma, como ele parecia tão mais agradável e diferente daquele garoto insuportável que por anos ela desejou que morresse. Os olhos de ambos, embalados pela leveza do momento, se encontraram e por um motivo indescritível, eles sentiram-se sem graça com aquilo. Recompondo-se da inexplicável mudança de "ares", Hermione coçou a garganta e se levantou, notando, mais uma vez, que os olhos cinzas do homem tinham passado nada discreto por suas pernas castanhas.  — Vamos lá, Malfoy! - disse a Granger, saindo de trás de sua mesa e seguindo para a porta da sala, parando no limite da porta com o corredor - Não querias ajuda?  — Quero, Granger! - ele respondeu. Respirando profundamente, ficando também em sua nova forma de homem sério - Eu ainda quero. - — Eu deveria estar gravando tudo isso... - ela cantarolou enquanto seguia para a sala que havia sido sua até o dia anterior - Andavam lado a lado pelos corredores movimentados do ministério, chamando atenção de algumas pessoas que eram inconvenientes ao ponto de parar de trabalhar para observá-los passar. Hermione sentia uma tensão entre ela e o homem, não como antes, quando eram apenas crianças encrenqueiras, mas algo constrangedor, que fazia o silêncio pesado e o clima estranho. — Então, como é que você acabou se interessando pelas criaturas mágicas? - quis saber Draco, na tentativa de fazer aquela tensão se dissipar um pouco - — Eu sempre gostei delas. - disse a morena e olhou para o lado, para o loiro que a olhava - Mas, a pergunta aqui é; como você acabou se interessando pelas criaturas mágicas, se bem me lembro você não gostava de nenhum.. — Você desconhece todas as minhas formas de gostar.. - ele murmurou apenas para si. Porém, Hermione ainda assim lhe ouviu -  — O que isso quer dizer? - questionou a mulher - — Isso o que Granger? - Draco perguntou distraidamente - — O que você acabou de dizer! - ela respondeu olhando para ele e franzindo o cenho - — Mas eu não disse nada..  — Eu não sou louca Malfoy, você disse que desconheço suas formas de gostar. - ela falou, parando no meio do corredor e cruzando os braços - O que isso significa? — Não sei. - o homem deu de ombros - — Malfoy! - chamou Granger irritada -  — Por Salazar, Granger! - ele chiou - Pare de fazer escândalo com tudo.. Quantos anos tem, afinal? Cinco? - passou as mãos pelos cabelos, ácido - Vamos logo, sei que você ainda tem uma reunião hoje a tarde... — Você está sabendo de mais da minha vida para o meu gosto... Draco olhou para ela e revirou os olhos. Ela teve vontade de sorrir novamente. Eles, de fato, pareciam adolescentes juntos.  Depois de alguns minutos em silêncio, chegaram à antiga sala da castanha. Era estranho ver como aquela sala estava tão diferente. Tinha Malfoy exalando em todos os cantos. Desde a cadeira agora de couro verde-limo, às fotos bruxas que se mexiam nas paredes e mesa. — Está bem a vontade aqui, não? - perguntou Hermione, olhando-o debochadamente, arqueando uma sobrancelha para loiro - — É bem acolhedor. - deu de ombros e se sentou na sua recém-adquirida cadeira chamativa, tirando de dentro da gaveta um arquivo - Te chamei aqui por encontrei esse documento... Acho que esqueceu de levá-lo com você. Hermione curiosa e desconfiada, se direcionou para trás da mesa do loiro, encostando o quadril no couro da cadeira, e inclinando-se para ler o que havia no tal do arquivo. Era suas pesquisas, propostas e relatórios sobre a Libertação e agregação dos Elfos domésticos no mundo mágico não mais como apenas escravos. — Não sabia que você tinha tanta estima por Elfos. - disse Draco olhando para a mesma que estava estática mirando o arquivo - — Você o leu? - perguntou Hermione, trazendo os papéis para si, e arrumando a postura -  — Sim.. - respondeu Malfoy, incerto. - Dobby foi o motivo disso? - questionou - — O que isso te importa? - respondeu rude - Ela estava irritada, sobretudo. Primeiro porque ele havia tirado-a de sua sala com a desculpa de pedir ajuda, e depois por mexer em suas coisas. Não havia no mundo algo que ela tivesse mais ciúmes do que aquela pesquisa. Era, como dito antes, uma realização pessoal ter aquela lei acampada à constituição bruxa. Completamente desnecessário ter que ouvir as piadinhas dele sobre àquela lei. — Granger, se eu puder opinar... — Não, Malfoy! Você não tem direito de opinar sobre nada! - falou alto, saindo de trás da mesa, andando de um lado para o outro - Você é uma dessas pessoas que não se importa por quem está sendo servido, apenas quer ser servido. Dobby, ele era mais do que um escravo. Ele foi um bom amigo. Ele me salvou da sua tia louca, e perdeu a vida fazendo isso. - seus olhos brilharam pelas lembranças dos últimos minutos de Dobby no Chalé das conchas - Se você queria saber se é por ele a resposta é; Talvez. Talvez, porque ele teve grande peso nisso, talvez porque além dele existem muitos outros sendo escravos para famílias ruins como a sua um dia foi. - ela sabia que estava sendo dura com Draco, mas estava zangada -  Se eu posso tentar mudar alguma coisa para eles eu vou fazer. Em nome de Dobby, e de todos os elfos domésticos que conheci. E você pode achar ou opinar sobre isso o quanto quiser, eu não estou nem ligando. - olhou no fundo dos olhos dele, que estava totalmente quieto e pasmo com a explosão dela, e soltou o ar - Se você não tem nada mais a me dizer estou indo. Malfoy apenas balançou a cabeça em negativa e ela foi-se. Quando chegou a sua sala novamente, apertou o arquivo contra o peito com força e chorou, não sabendo porque se sentiu tão emocionada ao lembrar do Elfo amigo. Dobby arriscou sua vida por ela e seus amigos e morreu por isso. A aprovação dessa lei não era nada perto do que ele fez, ela sabia disso.  Respirou fundo lembrando-se que tinha uma reunião em poucas horas e se dedicou à arrumar sua sala e estudar o caso mais profundamente. ........ Hermione levou as mãos à cabeça enquanto caminhava para sua casa. Havia ficado até um pouco mais tarde por conta da reunião. Aquele encontro com Aurores havia sido bem mais estressante do que jamais julgou que seria. Homens as vezes parecem mais obtusos que pedras! Teve que explicar mais de quatro vezes sua teoria de como os tronquilhos estavam sendo levados ao mundo muggle. E pior de tudo ainda foi ter de aturar várias cantadas depois do fim da reunião. Um teste e tanto para seu autocontrole. Girou a chave na maçaneta de sua porta o mais suave que pôde. Até aquele chiar fazia sua cabeça latejar. Suspirou de pura satisfação quando sentiu o cheiro do lar, seu lar. Sua casa inteira cheirava a tranquilidade, segurança e a pérola. Seus cheiros prediletos do mundo. Tirou os sapatos e rumou para o quarto, adorando a sensação de pés descalços no chão frio. Outono era e sempre seria sua estação do ano favorita. Depositou os documentos que trouxera do trabalho na escrivaninha do quarto e despiu-se ali mesmo, indo para o banheiro já nua, enchendo a banheira para que pudesse relaxar. Pelo que pôde notar, aquele novo trabalho seria um grande desafio para ela. Esperou que a água estivesse quase na borda e adentrou  a banheira de mármore, sentindo seu corpo desmoronar em agradecimento. Não demorou muito para que pérola adentrasse o cômodo, com seu r**o felpudo arrebitado, rondando banheira e miando descontroladamente. — Pérola, shiu! - disse Hermione franzindo o cenho pela dor que o miado agudo causava - Mamãe está com dor de Cabeça! — Meow - pérola Miou mais baixo e saiu do banheiro, quieta - — Boa garota. - murmurou a castanha e fechou os olhos, deixando seu corpo receber aquela sensação boa da água quente e da espuma perfumada.  - Quando Hermione percebeu que sua pele estava enrugada resolveu sair da banheira, enrolando a toalha em seu corpo curvilíneo e indo vestir seu pijama mais quente e confortável. Precisava de uma boa comida e uma noite de sono. Depois de vestida, caminhou lentamente até a sala, colocou seu som para tocar uma música calma e se encaminhou para a cozinha de seu apartamento e começou a preparar seu jantar.  Enquanto cortava os legumes para sua salada, Hermione repensou como seus dois últimos dias tinham sido confusos e surpreendentes. A começar por ter que deixar sua área e terminar com Malfoy em seu lugar. Ele estar de volta e perto era como manter um vínculo com o passado, com aquele tempo em que ela era uma adolescente que queria salvar o mundo. E de brinde, tinha que aturar o garoto metido e irritante. Sorriu desacreditada de como as coisas aconteciam ao mesmo tempo em que terminava sua salada. Olhou mais uma vez seu guisado e notou que ainda faltavam alguns minutos até estar pronto. Sua campainha tocou de repente e ela olhou em seu relógio com estranhamento. Pela hora - já tarde -, ficou receosa. Limpou as mãos em seu guardanapo e rumou para a porta, parando e pedindo a Deus que não fosse nenhuma notícia r**m.  Girou as chaves e em seguida a maçaneta, e a primeira coisa que se deparou foram olhos muito azuis lhe mirando. — Aconteceu alguma coisa? - perguntou preocupada.
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