07 - (Re)encontrando.

3427 Words
Ela olhou pela janela de vidro da cozinha, vendo o pai sair no carro do casal para comprar algumas bebidas para eles. Observou o automóvel se afastar rapidamente e em seguida nada mais preenchia a sua visão, além da rua tranquila do condomínio em que se encontrava a casa. Ela fechou os olhos para tentar absorver tudo o que podia daquela visita, guardando cada detalhe que ali existia, porque queria memorizar cada mínima coisinha que dissesse respeito a sua família. Mas, ao fechar os olhos tudo o que viu foram os olhos cinzentos dele, e sua voz grave e arrastada falando dentro da cabeça dela um "Eu te amo" perfeitamente sonoro e carregado de sentimentalismo e emoção. Expirou frustrada, obrigando-se a balançar a cabeça para afastar os todos os questionamentos que chegavam junto com essa lembrança, e focar sua mente na tarefa que havia sido desempenhada para si por sua mãe. Repentinamente, deixou que sua boca desse eco à seus pensamentos que farfalhavam dentro dela agitados e desesperados; - Mãe, você acredita que sonhos podem querer dizer alguma coisa? - ela perguntou, como quem não quer nada, sequer dando-se o trabalho de olhar para a mulher mais velha - - Como assim? - Jane perguntou distraída, verificando se o molho não estava queimando - A castanha estalou a língua ponderando se deveria ou não iniciar aquela conversa. Era uma coisa íntima demais, que ela ainda não tinha cogitado contar nem mesmo para Harry ou Gin. Não que ela desmerecesse o valor de sua mãe como amiga, ela só não sabia como começar ou o que falar.. Porém, dentro dela algo gritava implorando liberdade. Ela estava ficando cansada de guardar toda aquela angústia apenas para si, de fingir que tudo estava bem quando aquelas lembranças estavam acabando de vez com a paz dela. - Bem... - ela começou, hesitante deixando a faca de lado e olhando para as próprias unhas, como uma típica garota tímida - Eu tenho tido alguns sonhos esquisitos, e visões que parecem muito reais... - falou, finalmente pegando o objeto cortante outra vez - Mas eu tenho certeza que nunca estive em qualquer situação como essas ditas.. Então, como isso pode ser possível? - era uma pergunta mais para si mesma, e ela continuava revirando em sua cabeça todas as razões que tinha para acreditar fielmente que não estava louca, por mais que tudo isso parecesse loucura e aquilo tinha uma bendita explicação lógica - Jane acenou com a cabeça, compreensiva. - Olhe, pelo que já li ao longo da minha vida, algumas pessoas acreditam que sonhos são os desejos mais profundos do nosso inconsciente. - respondeu sua mãe - Então, dependendo do sonho, pode significar que é algo que você quer muito. Hermione franziu o cenho, bufou e largou a faca que estava usando para cortar os temperos para o molho que estava ajudando sua mãe a preparar, e olhou para a mulher com incredulidade, arqueando suas sobrancelhas. Desejo do inconsciente? Sua mente repetia. Era absurda essa explicação, bem ridícula, para falar a verdade, então, a julgar desta forma queria dizer que ela queria Malfoy? E queria amorosamente? - Que? - perguntou a mãe franzindo o cenho levemente pela carranca que havia encoberto o rosto de Hermione - - Você se lembra do garoto que me odiava em Hogwarts só porque eu não nasci numa família puramente bruxa? - questionou Hermione - - Aquele que você disse estar no seu departamento te substituindo? - devolveu com outra pergunta - - É, esse mesmo. - ela respondeu, contrariada ao relembrar daquela situação - - Então? - instigou a mãe para que ela continuasse, olhando para a filha cautelosamente - - Os sonhos que tenho tido são com ele. - ela contou envergonhada por estar admitindo isso em voz alta - Parecem lembranças, como se já tivéssemos vivido tudo isso. - suspirou desacreditada - Outro dia eu sonhei que ele me deu um pulseira com uma pérola. Mãe, sempre que fecho os olhos eu sinto o material frio da pulseira na minha pele... Estou ficando louca com tudo isso. - confessou e largou um longo suspiro - Isso não pode ser desejo do inconsciente, pelo amor de Deus, eu tenho dignidade! Ao menos acredito que ainda devo ter.. - exclamou, furiosa demais com as coisas inexplicáveis que tinham vindo pra abalar sua estrutura perfeitamente pré-planejada. Jane pegou a mão de Hermione e a levou para sentar-se na cadeira mais próxima, pondo as mãos em cima da dela de forma tranqüilizadora e a olhou diretamente nos olhos. - Se você estivesse querendo esse homem não seria indigno, querida. - a mais velha disse, na pretensão de confortá-la sobre seus possíveis sentimentos incompreendidos. Entrementes, o resultado obtido foi totalmente oposto. - Como não? Se ele me humilhou a vida toda? - retrucou, impaciente. Estava confusa. Não poderia gostar de alguém que já tinha sido tão r**m para ela - - Pelo que me lembro era um sentimento totalmente correspondido, não? - questionou Jane, lembrando-se quantas vezes sua filha lhe disse odiar o garoto - - Está o defendendo? - Hermione juntou as sobrancelhas em dúvida e um misto de decepção em seus olhos âmbar - - De modo algum... - disse Jane e sorriu serenamente - Em todo o caso, pelo que li naquela revista que você trouxe, ele mudou, não mudou? Mudou. Hermione lembrou-se de como ele estava de fato tentando uma boa convivência com ela dentro do âmbito profissional, e não poderia negar que ele transformara-se em outro homem desde que a Guerra acabou. Ainda assim, não achava algo certo, ou apropriado, interessar-se por quem não se conhece verdadeiramente, e, no caso dele; um desconhecido comprometido, de casamento marcado para o final do próximo ano, sendo mais específico. - Acho que estamos desviando o real assunto aqui, Sra. Granger. - pontuou Hermione levemente sarcástica - - Você está ou não apaixonada por ele? - Jane foi direta em sua pergunta, que, não estranhamente acertou a castanha em cheio - - Mãe, não! - ela respondeu rapidamente e bufou, sentindo seu coração apertar com aquela pergunta insana que ouvira - Por Deus, ele é noivo, e bem, eu não gosto dele. Nenhum pouco. - enfatizou cruzando os braços e recriminando aquela possibilidade ridícula. - - Okay, não precisa se irritar. - Jane se rendeu ao perceber a reação tão exagerada em relação a um suposto romance com antigo "inimigo de escola". - Eu só quero entender o porquê dele estar na minha cabeça, e desses sonhos completamente ridículos que tenho tido. - murchou os ombros e olhou para sua mãe, como quem olha para pedir algo - Preciso de ajuda, mais ainda, preciso de respostas! Jane levantou-se e então se dirigiu até um de seus armários, seus movimentos sendo acompanhados por uma Hermione curiosa, abrindo algumas das portas e gavetas como se procurasse por algo, encontrou então um pequeno caderninho. Voltou a se sentar e começou a procurar por alguma coisa naquelas páginas velhas e amareladas. - Aqui está! - exclamou e sorriu, a satisfação exalando de seus olhos - - O que, exatamente? - Hermione soltou, intrigada - - Bem, eu não sei o que dizer a você que possa tirar essa angustia do seu coração, mas, acho que você pode procurar a dra Mendes. - A psicóloga? - questionou sem esconder sua surpresa com aquela sugestão - - Acredito que ela pode te ajudar a entender tudo isso... Ou ao menos te dar a segurança de que se você está apaixonada por esse homem não é uma coisa que tem de ser satanizada. - deu de ombros e esticou para a morena um pedaço de papel com um número de telefone - Mas e então, vamos terminar de preparar o almoço? - convidou Jane em toda a sua naturalidade - Hermione somente piscou desorientada se levantando em seguida, e respirando fundo antes de recomeçar a cortar os temperos. ... ..... ... - Suas visitas são sempre tão rápidas.. - O pai reclamou já na porta, enquanto ela despedia-se para ir embora - - Só o trabalho que precisa dar uma desacelerada. Eu prometo que venho visitá-los com mais frequência... - prometeu abraçando o homem - - Palavra de marota? - instigou a mãe sabendo o quão importante aquilo queria dizer. - Ela revirou os olhos e balançou a cabeça em negativa enquanto deixava que um sorriso genuíno nascesse em seus lábios. - Sim, palavra de marota. - abraçou a mãe. - Eu amo vocês, até logo. - Até logo, amor. Acenou e saiu pela porta da frente, andando calmamente pelas ruas quietas daquele condomínio. Não podia negar que estava se sentindo mais leve, e, tinha até conseguido esquecer por algumas horas de todas sas coisas que pairavam sobre sua cabeça e lhe tiravam o sossego, deu o mérito de seu momento feliz para a visita recém feita e para aquele lugar tão aconchegante para onde seus pais haviam se mudado. Talvez, algum dia poderia vender seu apartamento e comprar uma casa ali, desfrutar da companhia dos pais enquanto criava seus futuros filhos em um lugar aconchegante e longe da loucura daquela cidade movimentada. Balançou a cabeça em negativa e sorriu. Ocasionalmente, depois de pensar em seus filhos, lembrou-se sua cunhada grávida e teve a súbita ideia de ir até o centro da cidade, na Oxford Street para comprar o primeiro presente de seu afilhado, afinal, tinha que ser a melhor madrinha de todos os tempos. Ela andou por pelo menos mais três quarteirões, os passos sendo quase que o único som que ouvia, enquanto finalmente parecia estar conseguindo dissipar aquele estresse todo. Até estar em um bequinho dando a volta em uma praça e então encontrou uma ruazinha deserta e entrou na mesma, seus olhos atentos varrendo o local para verificar se era seguro aparatar. Já era começo de noite, o céu já ia escurecendo e mostrando algumas pequenas e brilhantes estrelas, que dançavam diante dos olhos da castanha. Hermione amava as estrelas, amava as promessas que elas faziam e a beleza que elas traziam ao céu. E, foi com esses pensamentos e com essa visão que ela aparatou atrás de um prédio antigo na rua mais movimentada de Londres. Caminhou devagar para fora do beco em que havia aparatado, sua mente já desenhando para ela todas as coisas mais lindas que poderia comprar para o novo Potter-Weasley. Apesar de estar uma loucura na principal rua de compras de Londres, Hermione estava tranquila. Havia em si uma crescente vontade de sorrir, de demonstrar o quão leve estava se sentindo, como a dias não se sentia. Discretamente guardou sua varinha na bolsa e continuou sua procura por presentes fofos. Nada, absolutamente nada na vida da castanha poderia ser fácil, ou simples, o destino já tinha se encarregado de tornar a jornada dela totalmente desafiadora, por tal, ela sentiu quando o vento gélido da noite tocou sua pele e todos os seus poros se eriçaram, esfregou os braços intrigada e sem saber o porque olhou para trás, automaticamente e por precaução. Foi nessa hora que teve a impressão de estar sendo observada. Como se olhos ocultos a seguissem, tentou controlar o ataque de pânico que queria tomar seu corpo e apressou os passos, esbarrando em pessoas aleatórias ao longo do caminho, enquanto tentava se sentir segura outra vez. Aquela sensação de estar se encurralando se tornando ainda mais esmagadora e apertando o coração dela que a pouco era sinônimo de tranquilidade. Entrou na primeira loja que viu, enfiando-se entre os corredores luxuosos, e cabideiros cheios de roupas, assustada e com medo do que poderia estar em seu encalço, ela acabou por colidir com um manequim e quase seu coração foi à boca pelo susto. O estrondo chamou a atenção de uma das vendedoras. - Tudo bem aí, querida? - a mulher que vestia roupas chiques e elegantes perguntou - - Oh, sim, sim... - ela respondeu, estava ofegante e trêmula - Eu, hum, apenas não o vi aqui. - explicou-se - A moça acenou com a cabeça e se afastou de Hermione. Estando sozinha, ela levou as mãos até a têmpora e suspirou. - Oh tranquilidade tão requisitada, porque não vens pra ficar? - murmurou e murchou os ombros totalmente desgostosa de como havia passado de calma para paranóica em tão pouco tempo. Rendida, e dentro de uma ótima loja, vale frisar, ela chamou a vendedora de outrora e pôs-se a procurar um vestido para o jantar no dia seguinte. (...) - Alguém estava seguindo você? - Marvin perguntou, seu rosto formando um vinco de preocupação - - Eu não sei, talvez. - Hermione deu de ombros - Hermione, querida, porque toda essa hesitação? - questionou enquanto colocava outro coquetel de frutas para a bruxa - Estavam ou não? - Eu não quero pensar que estou louca sabe? Pode ter sido só uma impressão. - ela desviou os olhos para o outro lado - - Duvido que Hermione Granger tenha só impressões! - afirmou convicto - - Você está fazendo de novo! - ela acusou, referindo-se à mania de seu mais novo amogo em sempre endeusá-la - - Ah, não me culpe.. - ele disse soltando uma piscadela conspiratória - É difícil deixar cair o seu véu de perfeição, querida. - havia um deboche da parte dele que ela estava adorando conhecer - - Cala a boca! - ele mandou e sorriu em seguida, bebericando seu drinque - cortesia do barman. - Desde a noite anterior ela tinha descoberto que ele poderia ser um bom amigo, e, era realmente difícil em conquistar pessoas à primeira vista, mais ainda se deixar ser conquistada. Mas Marvin era sua exceção, e depois de passar algumas horas na loja escolhendo vestidos e coisas para o bebê de Ginny, ela lembrou-se de que tinha uma boa razão para voltar àquele pub, além de poder falar sem se preocupar se estava sendo chata ou não. - Escuta, porque você não vai dançar um pouco, querida? Você está tão tensa. - sugeriu Marvin tocando os ombros dela, massageando-os - - Eu estou muito cansada, isso sim. - corrigiu - Tudo tem sido tão corrido no Ministério. - reclamou ela, fazendo um bico de insatisfação - - Olha bem para o canto direito, ali onde só tem uma mesa... - pediu o loiro baixinho - Aquele carinha só está faltando te comer com os olhos. - ele estava empolgado - - Então deixe que ele venha. - ela não deu muita importância para o que o amigo dizia - - Por Morgana! - Marvin chiou - Você é Hermione Granger, acha que ele vai chegar até aqui? Ele espera ser no mínimo dispensado.. - Ele é esperto então. - interrompeu a castanha - - Não senhora... - ele negou - Você vai lá, e vai pelo menos dançar duas músicas com aquele pedaço de chocolate. - ordenou ele, as mãos na contida e olhar impassível - - E porque eu faria isso? Estou bem aqui, com você. - retrucou ela - - Se você não for, vou eu.. - ameaçou - Hermione apertou os olhos para Marvin e em seguida buscou o tal do "pedaço de chocolate". Sabia que se não fosse, Marvin armaria o maior evento para trazer o homem até ela. Ela o conhecia a pouco tempo, mas era capaz de saber que ele não era de apenas" ameaçar. Insatisfeita e rendida, ela bufou. - Eu te odeio! - resmungou ela - - Anda logo! - despachou ele com as mãos - Levantou-se e bebeu o conteúdo do seu copo em um único gole, como para dar coragem ao que pretendia fazer. Ajustou seu vestido - colado - ao corpo e andou, tentando parecer o mais neutra possível até o cara. Fazia questão de tentar buscar contato visual com ele, mesmo estando a metros de distância, sendo incapaz de dizer se ele era realmente um pedaço de chocolate, como Marvin havia descrito. Quando finalmente chegou até a mesa do homem, sentou-se à sua frente, cruzou as pernas e, olhou bem nos olhos dele. Era um belo n***o, olhos escuros, lábios carnudos, corpo esbelto e formidavelmente forte, deu a ela a vaga impressão de já se conhecerem, porém, ela decidiu ignorar seus alertas internos e continuou com seu plano de dançar duas músicas com ele - como Marvin havia imposto. - Percebi você me olhando.. - ela disse, um pouco alto, tentando fazer sua voz ser ouvida acima da música alta daquele ambiente - - Não pensei que Hermione Granger frequentasse esse tipo de lugar. - ele disse, seus lábios se moviam ligeiramente e seu olhar era penetrante - - E que tipo de lugar Hermione Granger costuma frequentar? - ela perguntou, começando seu joguinho. Era engraçado ouvir como as outras pessoas a viam. - Bem, quando era mais nova, e menos bonita, ela costumava ir muito a biblioteca.. Hermione piscou incrédula. - Você me conhece? - quis saber incrédula - Digo, do tempo de Hogwarts? - Que decepção você não lembrar de mim... - ele fingiu estar magoado - Foi então, que parando para analisar ela conhecia aqueles olhos, de longe, mas conhecia e aquele sorriso ladino típico daquela casa não poderia lhe enganar.. Mundo pequeno esse. - Blaise Zabini? - perguntou, chocada demais para conseguir fechar a boca - - Você está muito bonita, Granger. - ele elogiou sincero. seus olhos brilhando muito - Não era amiga dele, sequer chegou a conversar na época em que estavam em Hogwarts. Mas de todos os Sonserinos, ela nunca viu Blaise como um inimigo, não como via Malfoy e Parkinson. Para ela, ele era apenas mais um aluno. Ela sorriu com o elogio que recebeu e então olhou naqueles olhos escuros novamente. - O que faz aqui? - ela perguntou enquanto levava sua bebida até à boca - - Precisava desestressar um pouco. - respondeu com simplicidade - E você? Juro que jamais imaginei presenciar você em um lugar assim e com esses trajes. - comentou - Ela usava um vestido preto e justo às suas curvas, delineando seu corpo e a deixando muito atraente. - Já fazem quatro anos, Zabini, eu não sou mais aquela adolescente... - lembrou-lhe piscando para ele, divertidamente - - Eu vejo. - concordou, malicioso - - Você que continua sendo o mesmo conquistador barato. - ela retrucou sorrindo abertamente lembrando de como ele costumava ser no colégio - - Qualidades tem que ser preservadas, Granger. - se defendeu e sorriu também. ... A noite seguiu bastante animada. Hermione e Blaise ficaram conversando por horas até Marvin chegar e obrigá-los a ir dançar. A castanha percebeu que, assim como Draco, Blás também estava se dando uma chance de mudar, de escolher os caminhos certos e ser uma pessoa melhor do que havia sido na adolescência. Descobriu como o moreno era divertido e quebrava de vez com aquele estereótipo de que Sonserinos são pessoas odiosas, ela, pelo menos, estava adorando relaxar com ele. Estavam cansados e suados quando retornaram à mesa que estavam ocupando. Os assuntos entre eles simplesmente surgiam mais naturalmente do que se poderia esperar. - Merlin, se eu contar isso à alguém vão dizer que estou louco, mas você é uma ótima companhia noturna. - constatou Blás, sua Respiração estava ofegante - - Você ainda não viu nada. - Isso foi sexy. - insinuou blás e sua malícia estava estampada em seus olhos - - Você é pervertido! - notou Hermione balançando a cabeça em negação - - Eu tento não demonstrar isso em público. - brincou o moreno. - Então, soube que Draco está no Ministério, não teria uma vaga para mim lá? - Ah não, não quero falar de trabalho, tampouco de Draco. - desconversou Hermione. A noite estava boa demais para retornar ao tópico "Malfoy nos pensamentos de Granger. " - A mesma implicância de antes? - zombou o Sonserino, ele estava visivelmente interessado no assunto - - Antes fosse. - ela confessou e suspirou - Tem algo estranho sabe? E eu não sei se foi ele quem trouxe isso.. - Ele é um bom homem, Hermione. - Blás defendeu, abrindo os dois primeiros botões de sua blusa - Dê uma chance à ele. Ela sorriu para Blaise e acenou com a cabeça. Só precisava entender porque a presença dele parecia tão errada em sua vida, e daí, quem sabe, poderia parar de se sentir tão estranha quando ele estava por perto. - Saideira? - ela propôs agitando seu copo vazio para Blás que sorriu e acenou freneticamente com a cabeça -
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