18 - Regressando.

3328 Words
O sol fraco e quase nulo adentrava o quarto onde Hermione estava no St Mungus. Ainda era início de inverno, e apesar daquela ventania fria e cortante que invadia o espaço ainda havia o sol para não deixar tudo escurecer de vez, talvez Hermione se sentisse como aquele dia. Quase escura. Quase perdida. Quase qualquer coisa. Assim que se acordou aquela manhã, Hermione esperou com ansiedade a visita de sua curandeira. Sabia que seria aquele o dia em que finalmente poderia voltar para sua casa. Para a sua vida, para Pérola (estava morrendo de saudades de sua bichinha) e que poderia ocupar a cabeça com trabalho ao invés de pensar 24 horas em todas aquelas lembranças que ganhara, e que continuava a ganhar incessantemente. Os primeiros dias após a descoberta foram sem dúvidas os piores, ela não aceitava as consequências tampouco era capaz de compreender as circunstâncias e as situações que eles dois viveram em Hogwarts naquela época, aliás, que época era aquela? Sexto Ano? Sétimo? Qual? Ah, Merlin, ela não fazia a mínima idéia, mas tão logo saberia. Deixou de estar sozinha para ter a companhia de Harry, havia o chamado para lhe ajudar com as coisas que levaria de volta para sua casa. Queria voltar logo ao trabalho, ajudar Harry e Ron na investigação, acabar com isso de uma vez e tirar Malfoy dali o mais rápido possível. Não sem antes poder saber o que houve entre eles. Saber se ele se lembrava, porque o fizera, ou se havia sido ainda mais covarde e se obliviado também, se havia “esquecido” também. Ela estava decidida! Focada. Determinada. Talvez até um tanto obcecada. E quando isso acontecia, não havia um homem ou mulher sob toda a terra que conseguisse fazê-la recuar de seus planos, era uma bênção e uma maldição. Agradeceu a Deus que tivesse conseguido recuperar-se especialmente rápido do ataque de Olímpio, levando em conta a magnitude do feitiço n***o que ele usara para lhe atacar naquela noite, e agradeceu mais ainda por Draco não ter voltado para visitá-la desde que trouxera as flores que ela em um ímpeto de fúria atirou pela janela, ainda não fazia ideia de como iria reagir ao vê-lo. Soube por Kingsley e Blaise que o caso da Lula gigante havia tomado uma proporção bem maior do que era, levando muito do tempo do loiro, o que ela já previa. E apesar de estar completamente ambígua em relação ao loiro, ficou aliviada por Draco ter levado em conta sua opinião na hora de qual das opções escolher, por mais que a atual estivesse agora no ápice como um problema, se ele tivesse o jogo de cintura certo, o resolveria com esperteza em uma semana no máximo, e ela sabia, ele tinha. Diante de todas aquelas questões que insistiam em pairar sobre sua cabeça, ela bufou enquanto fechava o zíper da bolsa que arrumava e olhou para o lado. Harry estava lhe ajudando com as coisas no quarto de hospital, ou tentando, pelo menos, já que ele apenas enfiava as coisas de qualquer jeito dentro da pequena mala. Hermione resolvera chamar o amigo pois finalmente decidira contá-lo sobre as suas confusões, lembranças, sentimentos, vontade de estapear Draco, e retirar o peso daquele segredo que nas noites lhe pesava o coração. Foram precisos alguns momentos de inconstância para ela saber que estava preparada para pôr para fora aquilo que lhe afligia, afinal, já estava para transbordar de tanto de coisas que tinha pra contar. — Acho que está tudo aqui, Mione. - disse Harry fechando o zíper da pequena bolsa que esteve arrumando sem perceber que a Castanha lhe olhava profundamente. - — Parece que sim. - ela respondeu dando um pequeno sorriso a ele enquanto descansava a bolsa menor sobre a cama e se sentava na beirada da mesma, apenas esperando sua alta. Repentinamente, Harry soltou um pigarro para lhe chamar a atenção. — Pedi a Kingsley para que você só retomasse seu posto amanhã… - comentou o moreno erguendo devagar seus olhos para encarar as íris âmbar - Você precisa organizar algumas coisas na sua casa, suponho. - acrescentou ele depressa temendo que ela ficasse brava - A Curandeira adentrou o quarto com sua prancheta e seu olhar severo, impedindo que Hermione respondesse o Potter. — Alguém já está pronta para ir embora. - percebeu a mulher, olhando seriamente para a castanha - — Sinto falta de casa. - confessou Hermione encolhendo os ombros. - — Já está liberada Srta. Granger. - disse ela - Se sente bem? - perguntou - — Sim. - afirmou Hermione balançando a cabeça - — Então pode ir. - sentenciou - — Obrigada. - Hermione agradeceu com um sorriso largo e a curandeira apenas acenou com a cabeça e saiu do quarto, deixando-a sozinha com seu melhor amigo. - — Você ouviu o que eu disse? - perguntou Harry sobre ter dito que pediu a dispensa dela mais aquele dia - — Sim, e achei muito bem pensado! - ela disse alargando a ele seu sorriso. - Você pode almoçar comigo e me ajudar… - ela propôs, seus olhos adquirindo aquele brilho manipulador que Harry já conhecia e que não era capaz de resistir mesmo após tantos anos de convivência. - O moreno acenou positivamente e pegou novamente a bolsa dela seguindo-a enquanto saíam do quarto. Ele sabia que ela queria conversar. Raramente Hermione deixaria de gritar com ele por ter mais um dia sem fazer nada, já que tinha passado os últimos deitada naquela cama, e como a morena não fez e ainda o convidou para sua casa, então ele sabia que ela tinha intenções. Preparado, ele rumou com a bruxa para a casa dela deixando finalmente para trás a angústia de ter sua irmã acamada. (...) A primeira coisa que a morena fez quando chegou em seu apartamento foi chamar Pérola, a gatinha veio correndo desesperadamente e miando enlouquecida assim que ouviu a voz de sua dona. A saudade que assolava a castanha era tanta que ela chegou a chorar de alegria por poder voltar para casa, e ter uma boas-vindas daquela. — Me desculpe, meu amor. - ela pedia enquanto acariciava a pequena bolinha de pelos. - — Ela sentiu sua falta. - informou Harry - Ginny a levou para casa, nunca a vi tão quieta quanto nestes últimos dias. — Verdade pérola? - Hermione perguntou levantando a gata para poder olhar em seus olhos amarelos, a pequena apenas soltou um miado fraquinho e fechou os olhos como se desse uma resposta positiva - Hermione riu e beijou pérola por mais alguns minutos. — Vou levar isso para o quarto - disse ela - Já volto. E dizendo isso, seguiu para seu quarto. Deixou a bolsa sobre sua cama e abriu o guarda-roupas, trocou o vestido que Ginny havia levado para ela por calças de moletom e o suéter que Molly havia tricotado o seu enorme “H”, e então retornou até onde Harry a esperava. Aspirou aquele cheiro agradável de inverno que invadia a sala por conta da janela que agora já estava aberta. Sua casa lhe remetia uma segurança e um conforto que só poderia ser substituído pelos anos que viveu em Hogwarts, mesmo que não tenham sido os mais tranquilos que aquele castelo já pôde proporcionar aos seus alunos. Dirigiu-se para a cozinha para fazer algo para ambos comerem. Seus pés descalços se moviam ligeiros pelo imóvel há anos conhecido, procurando os ingredientes que seriam necessários. Hermione estava pensando em como diria tudo a Harry. Era um assunto estranho a ela ainda. E confuso também. Um emaranhado de nada com nada, sendo que a única certeza que ela tinha era que tudo havia acontecido, que não tinha sido um sonho causado por cansaço, ou um delírio por bater a cabeça muito forte. Eram reais as lembranças. E fôra em Hogwarts, num passado superado. Sorriu com ironia, ao que parecia, nem tão superado assim se tinha voltado pra lhe atormentar depois de tantos verões e invernos. Tantas estações, tantos anos! Ainda assim, não pareciam ter sido suficientes para aquietar as lembranças daquele sentimento que compartilhou com Draco, elas apenas adormeceram e parecem ter despertado agora. Ela preparou a comida no tempo mínimo que pode, havia uma ansiedade crescendo dentro dela, e aquela vontade de desabafar era tanta que quase a sufocava, estava ali, em sua garganta pedindo; me liberte. Olhou de esguelha para Harry, ele estava sentado no seu sofá despreocupadamente, as pernas em cima de sua mesinha de centro do jeito que ela odiava que fizessem, o controle da televisão em suas mãos enquanto ele apenas zapeava os canais e revirava os olhos com a programação “patética” de uma quinta-feira. Pérola estava esparramada em sua barriga, apenas tentando brincar com os botões de sua camisa. Parecia uma tarde perfeita, mas as circunstâncias que os levavam até ali poderiam ser caracterizadas de qualquer coisa, menos isso, pois, por trás de tanta normalidade, havia a anomalia dela ter a necessidade de dizer a ele que se envolveu com a pessoa mais improvável de sua lista de homens, seu inimigo declarado de infância e adolescência, e recente amigo. Tanta divergência para apenas uma pessoa e umas semanas. — Deus, ainda bem que tenho um emprego! - Harry disse repentinamente e se levantou do sofá, fazendo pérola dar um salto gracioso e aterrissar no chão empinando seu r**o felpudo enquanto o moreno se aproximava da bancada - Imagina ter que assistir esse tipo de coisa o dia todo? Morreria de tédio. — Ou talvez você deixasse a barba crescer até passar do queixo, e ficaria deitado o dia todo coçando as bolas. - Hermione debochou enquanto mexia a sopa que preparava para eles comerem. Ele riu. — Você acha que eu poderia me acostumar a essa monotonia? - Harry ergueu as sobrancelhas para a amiga - — A verdade ou devo salvar a nossa amizade? - ela questionou parando de mexer e olhando para Harry com uma diversão e desafio faiscando de seus olhos castanhos. Harry apertou os lábios em uma linha fina e levou as mãos ao queixo, alisando sua barba atualmente rala, enquanto refletia. — Realmente, uma boa pergunta a sua. A ideia de coçar as bolas o dia todo parece tentadora - ele concluiu e então rodeou a bancada que separava a sala da cozinha e ficou ao lado da morena. - Se sente bem? - ele quis saber, tocando seus ombros e lhe dando um pequeno empurrão, mudando radicalmente de assunto. - Ela ponderou, e fixou seus olhos a frente, em nada especificamente, no tempo que digeria o que ele disse. Há dias ela se fazia a mesma pergunta, principalmente quando estava sozinha. Fisicamente ela estava bem. As dores já não a faziam perder o sono, e ela conseguia respirar sem sentir suas costelas lhe apertarem ou se comprimirem. Mas não sabia dizer com exatidão se estava mesmo bem, não sabia se poderia começar a chorar a qualquer momento se lembrasse de algo íntimo demais dos momentos tão amorosos que viveu com Draco, ou do que havia compartilhado com ele. Deus, e se tivesse contado a ele seus segredos? Seus medos? Seus sonhos? Estava louca! E se sentia estúpida por estar dessa forma. — Você quer ouvir tudo agora ou depois de comer? - Hermione virou-se para o amigo e o olhou profundamente. Teve consciência de que seus olhos deveriam tê-la traído ao deixarem Harry perceber o quão perdida ela estava. Sabia que seu tom de voz também lhe dera uma rasteira, já que pode ouvir a mesma sair um tanto que embargada e distante justamente como tudo aquilo que permeava em seu cérebro. Como sempre e sem nenhuma palavra escapar de sua boca, Harry a puxou para seus braços, abraçando-a daquela sua forma protetora a qual dava a ela a segurança do mundo inteiro, o calor que emanava dele era tão genuíno como o sentimento que estava por trás do gesto. Ela se aconchegou no que ele estava lhe oferecendo, e mesmo que seus olhos ardesse com as lágrimas que queriam se libertar Hermione não chorou. Não desta vez. Precisava ser forte o suficiente para poder contar a ele tudo o que descobriu e o que pensava ter acontecido, por tal, engoliu o choro, apertou os olhos com força para dispensar as lágrimas e se desfez dos braços de seu melhor amigo. Sentou-se no chão trazendo Harry consigo, lado a lado, apoiados na bancada, as mãos entrelaçadas passando a coragem ou quem sabe o conforto de poder se abrir a ele como um livro, e então, com um suspiro profundo e carregado de coragem, Hermione contou tudo a ele. Tudo o que tinha. *** — Diga-me alguma coisa. - ela pediu receosa, os joelhos juntos perto de seu rosto e seus olhos transparecendo o quanto que ela esperava que ele lhe ajudasse. - Harry piscou desorientado e a olhou surpreso. — Eu… Bem.. - ele suspirou - Pode me dar mais um minuto, pra assimilar? - pediu Harry coçando a nuca e soltando o ar pelo nariz - — Nessa brincadeira lhe dei três. - Hermione revirou os olhos e o empurrou um pouco para o lado - — Eu sei… - ele esfregou os olhos aparentando cansaço - Mas é que… Wou! - ele exclamou como se fosse óbvio que precisasse de mais tempo, e, mesmo que odiasse admitir Hermione sabia que não era algo fácil para digerir. Ela mesma ainda julgava precisar de mais tempo para poder se desfazer do nó que existia em sua garganta - — Não pense que é mais fácil pra mim, nem sei o que fazer! - confessou a morena mordendo seus lábios em sua crescente frustração. — Vem cá. - Harry disse fazendo gestos com suas mãos para que Hermione se aproximasse, e ela colocou sua cabeça apoiada no ombro dele quando estava perto - Eu só… Caraca, o Draco. Não consigo imaginar. — Imagine como deve ser pra mim relembrar… E é tudo real. Tudo. - ela disse baixinho. - Antes de ter a lembrança eu pensei estar ficando louca, não tinha o porquê dele estar na minha cabeça. Mas aí veio a pulseira de pérola e eu fiquei meio “wou pode ser real”. Daí tudo aconteceu tão rápido. - Hermione suspirou - — E o que vai fazer, sabe, com todas essas informações, vai confrontá-lo? - Harry quis saber, suas mãos estavam em torno dela, e seus dedos faziam desenhos inteligíveis em sua pele. Boa pergunta! Pensou Hermione. Deveria, não é? Deveria empurrá-lo contra uma parede e lhe forçar a falar a verdade, aquela a qual ele escondeu por quatro anos malditos. Dizer na cara dele tudo o que enterrava seu coração, que pesava, que lhe deixava melancólica na mesma proporção lhe irava. Deveria. No entanto não tinha ideia se iria fazer. O pior de tudo, era que ela temia tanto que ele tivesse apagado a própria memória, pois apenas demonstraria a fraqueza dele, logo agora, que estavam criando algo tão mais maleável. Uma amizade sincera, sustentada por personalidades maduras e então tudo era uma boa farsa. — Sei o quanto que sua cabeça deve estar fervendo Mione. - Harry comentou diante do silêncio que havia recaído sobre eles - — Meu cérebro pode entrar em colapso. - ela disse e ele riu - Apesar de Harry não ter lhe dado qualquer conselho sobre o que fazer ou como fazer alguma coisa, e ter feito a pergunta mais importante dos últimos dias, ela se sentia mais leve por ter lhe contado. Aquela carga toda de estar com um segredo aparentou ter diminuído. Não se foi, mas agora ela não se sentia tão sozinha no meio das lembranças. E jamais seria grata o suficiente por isso. De repente, no tempo em que vasculhava sua própria cabeça em busca de algo coerente, uma dúvida se fez. — Você não se lembra, Harry, você não sabia, ou chegou a desconfiar de alguma coisa em alguns de nossos anos? - ela perguntou com uma ponta de esperança crescendo em seu âmago - Quer dizer, éramos inseparáveis, como consegui me envolver com ele sem que vocês soubessem? Harry riu e apertou-a em seus braços um pouquinho e deu um beijo em sua testa. — Mi, você sabe que se você não quisesse que soubéssemos de alguma coisa, então não saberíamos. - ele recordou-lhe com humor de alguém que explica algo a uma criança - Lamento, você foi perfeita em seu segredo. — Como pude me apaixonar por ele? Como tive essa audácia? - ela perguntou, era algo mais retórico, Já que nem ela tampouco Harry poderiam ter uma resposta, afinal, quem entende o coração? - — Você vai ter que descobrir, Hermione, mas felizmente não está mais sozinha nisto. (...) Harry foi embora logo após o almoço, ainda tinha o dia inteiro de trabalho pela frente e ela necessitava de descanso. Dormiu por algumas horas durante a tarde, e graças a Merlin conseguiu bloquear sonhos e lembranças. Mas não pôde impedir que elas lhe perturbassem assim que acordou. Eram como sombras que estavam sempre em seu encalço, sussurrando memórias distantes em seus ouvidos, tudo era tão nítido, ela quase podia sentir novamente. As sensações, os toques, os gostos. Lembrou de risadas, de partes de conversas, debates, dele e em como era diferente quando estavam juntos. Sempre revia aquele sorriso dele, e sentia o quanto que ele a tinha. — Desgraçado! - praguejou-o. Ela estava deitada na cama ainda. Já era noite agora, ela havia organizado suas coisas todas para o dia seguinte, pois retornaria ao Ministério enfim, mas somente não conseguia parar de sentir aquele frio na barriga incessante, porque sabia que não poderia mais fugir. Ele estaria lá. Draco sempre fazendo-a perder a linha, o equilíbrio, as rédeas, a cabeça, a razão. Porque? Porque tinha cedido, Senhor? Não poderia ter sido mais forte, evitado ter caído nos encantos da serpente do m*l? Maldito! Será que ele se sentia da mesma forma que ela? Isso supondo que ele se lembrasse. E se lembrasse, como havia sido capaz de recomeçar, de se permitir viver outro amor, noivar? Não sentia peso na consciência? Não sentia culpa? Remorso? Vazio? Nada? Ela bufou e se ergueu da cama caminhando em direção a sacada do seu quarto. A noite ainda era clara, o inverno não tinha escurecido tudo. Haviam estrelas brilhantes que ela poderia admirar, poderia observar as pessoas que estavam na rua em seus incansáveis compromissos noturnos, podia sentir o vento gélido lhe abraçar por inteiro e esvoaçar seu hobbie, mas mesmo com todas essas sensações externas não era capaz de se desligar daquelas que mexiam com o seu núcleo. Era como se Draco estivesse ali, e bastava olhar para o céu para lembrar dele. Constelações originavam o nome dele. Estrelas lembravam os olhos cinzentos brilhantes, e o frio era seu hálito. Balançou a cabeça e esfregou os braços. Se recordou de uma noite em que eles estavam deitados no chão da torre de astronomia, as roupas estavam jogadas por vários lados, a gravata dela estava pendurada no Sistema Solar e a dele estava sabe-se lá onde. E eles riam de como conseguiram tirar as roupas tão rápido para saciarem aquele desejo que os embalava. De repente, enquanto os sorrisos deles ainda estavam úmidos em ambos os lábios e os olhos ainda brilhavam com todo o sentimento que eles tinham naquele momento, Hermione viu quando uma estrela cadente cortou o céu como uma oferenda ou um cumprimento. “Faça um pedido” ele lhe aconselhou apontando para a estrela cadente. Ela se lembrou perfeitamente de ter pedido, naquele momento em que o coração de Draco pulsava em seus ouvidos, que os corpos deles estavam unidos e abraçados explodindo em calor e prazer, que eles pudessem repetir aquilo pelo resto das vidas, que pudessem algum dia ter a coragem para enfrentar um mundo, para que pudessem ficar juntos. _____________________________________
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