Sinopse

1815 Words
Beatriz andava de um lado para o outro demonstrando o seu nervosismo. Paula a sua mãe sabia que teriam em breve uma boa notícia e apenas sorriu. - Filha senta por favor. Só faltam 2 minutos. - Eu sei Mamãe. Mas, esperei muito por esse momento. E se der negativo? - Por favor não faças isso. Estás a atrair energias negativas. - Está bem. Vou me sentar agora e... A enfermeira saiu da sala e chamou: - Senhora Ana Beatriz Nogueira. - Estou aqui. - Aqui está o seu resultado. A Doutora a espera. - Muito obrigada....- Ela olhou para o envelope selado e foi ter com a mãe. - Vamos Mamãe? As duas entraram na sala da médica. Beatriz entregou o envelope para a médica que o abriu em silêncio. Alguns minutos depois ela então falou: - Parabéns! A Senhora vai ser mãe. - Como? A sério Doutora? - Sim Senhora. A sua saúde está óptima de forma geral e a sua gravidez será saudável. A Senhora apenas tem que seguir as minhas recomendações. Vou prescrever as vitaminas. Quero que volte em duas semanas e faremos um ultrassom. - Está bem. Muito obrigada Doutora Elena. Vamos Mamãe. Temos muito para fazer hoje. - Está bem querida. Até mais Doutora Elena. As duas passaram no supermercado e fizeram muitas compras. Paula adorava dirigir e por isso não tinham a necessidade de ter um motorista. - Quando vai contar ao teu marido? - Não sei Mamãe. Esta viagem está mais longa que as outras. Mas o Alex vai adorar saber que será pai. - Eu sei filha. O teu pai adoraria estar aqui também. Que falta ele me faz. - Por favor não chores mãe. Ele iria querer que fosses feliz de novo. Ainda podes amar novamente. - Falar é mais fácil que fazer. Vou pensar nisso. Paula vivia com a filha. Mas como a casa era enorme, tinha um canto só seu e não precisava de estar sempre na casa principal. Ela nunca gostou de Alexandre e desconfiava de uma traição da parte dele. Para Paula as viagens eram apenas desculpas, só que Beatriz amava o marido e contar a ela as suas suspeitas não daria certo no momento. Quando chegaram em casa, Beatriz foi lavar as mãos para preparar o jantar com a mãe. Assim que as secou, o seu celular tocou e viu o nome do marido na tela. - Oi amor. Boa noite. - Olá querida. Como estás? - Estou bem e com saudades. Voltas mesmo amanhã? - Não vou conseguir meu bem. Por isso liguei. As coisas aqui ficaram complicadas. Ficarei por mais 3 dias. - Eu entendi. É que tenho uma boa notícia. Estou tão feliz. - Me conte. Eu estou te ouvindo. - Bem! Consegui comprar o espaço para fazer a minha Pastelaria. É lindo, espaçoso e muito bem preparado. - Isso é óptimo linda. Vamos comemorar quando eu voltar. A verdade é que eu tenho algo muito sério para te dizer e tenho que o fazer pessoalmente. - Porque não falas agora? - Não posso. Quando ouvires o que te vou dizer vais odiar - me Bia. Falamos melhor na sexta-feira está bem? - Tudo bem. Até sexta-feira. Tchau. Beatriz entrou na cozinha pensativa e a mãe percebeu que se passava alguma coisa. - Bia! O que foi? Estás bem? - Sim Mamãe. Falei com o Alexandre. Ele só volta na sexta-feira. - Contaste á ele sobre a gravidez? - Não. Só falei da Pastelaria. Ele ficou feliz. mas depois disse que tem algo sério para me dizer e tem de o fazer pessoalmente. Ele disse também que a coisa que tem para me dizer. vai me fazer odiá - lo. - Nossa! O que será? Senta querida. Eu farei o jantar. E por favor não penses tanto. Você agora tem outra vida para cuidar. Paula pegou suco de maracujá e deu para a filha. - Bebe isso. Vai te fazer bem. - Obrigada Mamãe. Ao contrário do que tinha dito, o marido de Beatriz não voltou nem mesmo na sexta-feira. Ela ligou imensas vezes mas não foi atendida em nenhuma delas. Não teve também resposta nas mensagens que enviou. Fina que era a única funcionária da casa notou o quanto Beatriz estava diferente. - A Senhora está bem Dona Beatriz? - Estou sim Fina. Já sabes da boa notícia? - Sim. A Dona Paula me contou. Meus parabéns. Estou muito feliz. Mas a Senhora parece triste. - Estou apenas preocupada com o Senhor Alexandre. Ele não retorna as ligações nem responde as minhas mensagens. - Com certeza deve ter um motivo. A Senhora não deve se preocupar. A Campainha tocou e Fina foi abrir. Ela retornou á sala seguida por dois agentes da polícia. - Senhora Beatriz! A polícia está aqui. - Polícia?!...- Beatriz levantou para os cumprimentar. Sentem - se por favor. Fina chame a minha mãe está bem? - Sim Senhora. Eles não disseram nada até que Paula entrou e sentou ao lado da filha. - Senhores! Eu sou a Paula Santos. Mãe da Beatriz. Aconteceu alguma coisa? - Sim Senhora Paula. Tem a ver com o seu genro. O Senhor Alexandre Noriega. Nós o identificamos por estar bem documentado. - O que houve com o meu marido? - Bem Senhora Noriega! Lamentamos informar que ele sofreu um grave acidente á dois dias. Foi durante a noite e numa via pouco iluminada. - Não. Ele está bem? Para onde o levaram? - Acalme - se filha. Vamos ouvir está bem? - Obrigado Senhora. O Senhor Noriega não estava sozinho. Uma mulher o acompanhava e eles estavam á caminho do aeroporto, pois achamos passaportes, bilhetes de passagem e várias malas de viagem. - E quem é a mulher? - Estamos á espera de uma resposta em relação á isso. Mas, o Senhor Noriega não sobreviveu ao acidente. Apenas a mulher está viva e em estado delicado. Beatriz levou alguns segundos para entender o que havia sido dito. O seu marido estava morto? E ele estava prestes a viajar com outra mulher? Sentindo - se tonta, ela manteve - se sentada e colocou a mão na testa. - Filha! Você está bem? Fina traga água por favor. Venha agora. Beatriz foi auxiliada e deitou com a ajuda da sua mãe. - Nós lamentamos muito Senhora. - Eu agradeço. Por favor qualquer informação podem passar para mim. A minha filha está grávida e temos que ter cuidado. Aqui está o meu número. - Está certo. Entraremos em contato ainda hoje. Daremos mais detalhes sobre o assunto. Aqui está o endereço do hospital. - Obrigada. Nós vamos até lá ainda hoje. Terei que ligar aos pais dele e vamos cuidar de tudo. - Está certo. Até mais tarde Senhora. Paula voltou á sala e viu a filha chorando muito no colo de Fina. - Meu amor. Por favor não chores filha. - A Senhora ouviu Mamãe? Ele morreu. Estava com outra mulher. Eu sabia que havia alguma coisa nestas viagens, mas não quis me ouvir. - Acama - te filha. Eu sei que não é fácil. Mas nós estamos aqui. Não estás sozinha. - Obrigada Mamãe. E a você também Fina. - Contem sempre comigo. No mesmo dia durante a tarde, Beatriz e a mãe foram até á cidade onde estava o corpo de Alexandre. Ela o reconheceu e seu cunhado ficou de tratar dos trâmites para o funeral. Sua sogra também lá estava com a neta mais velha de 16 anos. - Beatriz! Como estás filha? - Eu ficarei bem Marta. Obrigada. Podemos conversar a sós por favor? - Claro. Vamos á cafeteria. Marta pediu café e Beatriz água. - O que foi Bia? Pareces zangada. - Eu estou furiosa Marta. Você sabia? - Do que falas? - Por favor Marta. Não insultes a minha inteligência. Vocês sabiam ou não? - Sim. Nós descobrimos por acaso. Ele acabou por confessar e jurou que acabaria com tudo no mesmo dia. - A Sério? Há quanto tempo foi isso? - Há 6 meses. Mas, eles já estavam juntos quando vocês casaram. - O Quê?! Eu não pretendo derramar mais uma lágrima por ele. O que mais devo saber? - Bem! Ele disse que a amava e que não queria te magoar. Ele entrou com o pedido de divórcio. E também deixou por escrito que tudo que possuem é teu. O meu filho fez de ti a única herdeira. Ele não levaria nem uma nota. O Advogado vai entrar em contato com você. - Tudo bem. Eu serei paciente. Não farei nada que envergonhe a nenhum de nós. Serei a viúva que esperam, mas apenas até ao funeral. Não pretendo usar luto por um homem infiel. - Está bem. Eu agradeço e não te julgo. Posso te fazer um pedido? - Claro. - Não afastes o meu neto ou neta de mim está bem? Sabes bem que o Júlio me deu 2 netas lindas, mas este bebé também é da nossa família. - Como você notou? - Eu sou mãe de 4. Achaste que eu não daria conta? O Alexandre é o terceiro filho que eu perco. Só me resta o Júlio. - Está bem Marta. Eu não vou afastar o meu bebé de vocês. Prometo. Mas, não me peças para agir como se nada tivesse acontecido. Seguirei com a minha vida e sem o vosso sobrenome. - Está bem. Eu farei tudo o que quiseres. - Obrigada. Podemos voltar agora? Há muito para ser feito. ******Dois Meses Depois***** - Está tudo arrumado Mamãe? - Sim filha. Os homens já carregaram as últimas caixas. Podemos ir. - Tudo bem. E a Fina? - Está lá fora com a Laura. Beatriz vendeu a casa onde passou a viver depois de casada. Ela acreditou que tinha um lar. mas soube que da parte do seu marido nunca houve amor. Ele morreu sem saber que seria pai. A mulher que estava com ele estava agora a recuperar. Passaria um bom tempo numa cadeira de rodas, mas fora isso estava com a saúde normal. Beatriz soube que ela era a namorada oficial de Alexandre. Ficou com ele mesmo depois de estar casado. Tinham planos para fugir e começar uma nova vida, mas ele queria deixar Bia livre e entrou com o pedido de divórcio. O acidente acabou com tudo. Agora as duas estavam sem Alexandre, mas Beatriz tinha a vantagem de estar grávida. Só falaria bem dele para o seu bebé. Já tinha perdoado, mas não pretendia amar mais ninguém. A inauguração da Pastelaria Dádiva seria em uma semana. O trabalho estava a ajudar a manter a sua mente ocupada e feliz. Teria uma nova casa e uma vida financeira estável, pois Alexandre deixou para ela uma verdadeira fortuna. que Bia passaria para o nome de seu bebé na altura certa. Estava tudo a caminhar muito bem. E o destino ainda tinha muitas surpresas.
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