Ramon
— Bom dia, pai! Precisamos conversar, o senhor não acha? — Andrew se mantinha de pé ao meu lado, enquanto eu caminhava até meu quarto.
— Amanhã nós conversamos, Andrew. Vá dormir!
— Não. Você não pode ficar cercando a Judy desse jeito, o senhor sabe que eu…
— Que você foi o que sempre difamou ela por aí? Ou acha que eu também não tenho meu grupo de resenha aos finais de semana? Andrew, meu filho. Eu nunca disse isso a Judy por nunca sermos amigos, mas, não vai ser agora que direi. Mas, já lhe deixo avisado que não vou cobrir você quando isso acontecer.
— Pai… quando foi que o senhor mudou tão rápido? Onde está aquele Ramon que sempre esteve comigo?
— Ele continuará sempre aqui, mas não para coisas erradas. Ao decorrer dos anos você tem se tornado mais rebelde e isso tem me decepcionado. Já não é mais uma criança, o que deu em você e na sua irmã nesses últimos anos? Será que foi a falta de uma mãe? Será que eu não os criei direito?
— Me desculpa, mas eu já não tenho mais 10 anos, pai. Vivian ainda é uma adolescente rebelde e eu… não sei o que está havendo comigo…
— Se parasse de beber e assumisse suas responsabilidades, saberia responder a esta simples pergunta. — Judy me esperava dentro do carro, ou era isso que eu pensava.
Judy
A discussão estava chegando na sala, embora eu já tenha visto a casa de Ramon algumas vezes, pouquíssimas estive nela e agora, vendo tudo tão de perto, era tudo muito bem decorado.
— Judy… — Andrew me olhava em cima do último degrau da escada, com suas mãos no bolso e uma cara horrível. — Então é verdade isso? Você e meu pai estão tendo um caso?
Um caso? Eu não era mulher de ter um caso e isso eu não iria aceitar ouvir calada de Andrew, a quem eu já tanto tive respeito.
— Foi por isso que aquele dia desmarcou comigo? Pra ficar com ele? — Ele gritava e chamava atenção de alguns funcionários que ali estavam.
— Eu não tenho nada com seu pai, de onde tirou essa ideia maluca? Ele só está me ajudando com meu pai e sendo meu amigo, apenas isso. — Tentei me explicar, o que resultou em risadas de Andrew direcionadas a mim.
Eu estava com vergonha por isso, não porque eu fiz alguma coisa de errado, mas por ele pensar desta forma sobre mim. Ramon se mantinha calado e suas expressões não eram das melhores.
— Até parece. A quem quer enganar, Judy? Essa sua carinha de sonsa não me engana mais, você escolheu meu pai porque ele pode te dar muito mais que eu, não é verdade? Está querendo dar o golpe em meu pai, ou vai mentir? — Não sei dizer em que momento eu chorei, mas as lágrimas estavam molhando meu rosto e me deixando cada vez mais envergonhada.
— Eu não sou igual a você, Andrew. Sou independente, tenho meu próprio negócio, que embora não tenha bons lucros, eu conquistei com o meu suor. E você, o que você conquistou sem ter que ter o seu pai no meio? — Eu odiava ter que fazer isso, mas odiava mais ainda quando alguém tentava me fazer inferior.
— Já chega, Andrew. Amanhã quero que arrume suas coisas e vá para seu apartamento. Você já é um homem. Está na hora de ser independente! Não quero mais o ver quando eu voltar, depois conversaremos e peça desculpas a Judy! — Seu semblante se fechou, eu enxuguei as lágrimas e quis ir embora, mas Ramon me impediu, segurando em meu braço e olhando firme para seu filho. Uma situação constrangedora. — Judy não é nenhuma dessas mulheres que você está acostumado a lidar, portanto, peça desculpas a ela agora!
— Desculpa! — Após isso, Andrew saiu furioso. Isso nunca havia acontecido. Teria possibilidade dele estar sob efeito de alguma coisa, ou essa era sua verdadeira personalidade?
Ramon que estava ao meu lado logo me abraçou quando seu filho saiu. Colocou alguns fios atrás da orelha e me beijou na testa.
— Me desculpa por isso. Eu não sei onde errei. — Seu suspiro foi de desgosto. — Vamos, quero te apresentar a um lugar bacana, acho que você não curtiu muito aquele bar.
O carro seguia em direção a um lugar onde eu não fazia a menor ideia onde seria. O céu estava escuro e a estrada também. Eu conhecia aquele caminho, era como se fosse para uma ilha, um pouco distante da cidade, mas as paisagens eram únicas e eu lembro do meu pai me levando lá quando eu era criança.
— O que estava planejando no dia do acidente? Eu não tinha mais visto você há alguns dias e estava preocupado. — Sua mão tocou minha coxa e meu corpo teve um rápido reflexo.
— Eu… eu estava dando uma olhada no apartamento que eu estava alugando, mas não deu muito certo. Acho que a casa do meu pai é o melhor lugar do mundo. Não sei porque fui sair de lá.
— Mas você não pensa em sair algum dia? — É preocupante eu nunca ter pensando em me relacionar sério com alguém?
— Talvez! Eu quero morar sozinha, mas agora já não posso deixar meu pai sozinho. Nós dois somos uma família feliz, eu não vou deixá-lo sozinho nunca mais.
— E se ele tivesse uma namorada? E essa mesma está disposta a deixar tudo para ficar com ele? — Meu pai tem uma mulher e nunca me disse nada? Que mundo é esse? Tão c***l!
— Eu… nossa, Lucin estava mentindo para mim? Como ele pôde? — Eu não estava brava, nem estava com cabeça para pensar nisso.
— Quando for ao hospital amanhã me avisa, vamos juntos. — Ele falava como se soubesse o que eu queria, num tom de ordem que me deixava fascinada.
— Tudo bem, aviso sim! — Nervosa eu não conseguia falar quase nada e ficava nervosa muito rápido, como agora.
Ramon
Andrew havia passado dos limites e eu não iria aceitar vê-lo insultando a Judy por ciúmes idiotas. Isso não era hora pra isso, ela estava triste por tudo que tem acontecido e nesse mês eu tentei ser mais amigo dela, queria mostrar que ela não estava sozinha. Eu não queria deixar o Lúcio duvidar da nossa amizade, não poderia deixar Judy sozinha. Eu sei que ela tem Ulisses como seu melhor amigo e protetor, mas eu quis lhe mostrar que eu também estava ali.
A estrada estava começando a ficar visível por causa da luz do luar, que ilumina a praia. Não tinha muita gente, mais a frente estava tendo um lual e isso cresceu os olhos de Judy.
— Vamos? — Estendi a mão e ela aceitou.
Vimos um casal de amigos meu, os apresentei a Judy que estava feliz e curtindo o momento. Mas, queríamos ficar a sós e foi o que fizemos. Eu queria que ela se sentisse livre ao meu lado, e era isso que estava acontecendo. O dia foi quente e a noite não estava sendo diferente. Havia algumas mulheres de biquíni, homens de sunga e todas bebendo.
— Tudo bem se eu for dar um mergulho? Hoje o dia foi tenso. A água salgada leva todas as nossas energias ruins. Pode me olhar daí? — Ela estava me provocando.
Ela tirou primeiro sua blusa, seu biquíni era pequeno e isso resultou em seus s***s fartos quase saindo. Aquilo quase me faltou o ar, que por pouco não o perdi. E quando eu pensei que ela iria parar por ali, ela deixou sua saia cair e c*****o, ela estava com uma calcinha minúscula que estava dentro da b***a. Por que ela estava fazendo isso comigo? Era impossível não sentir o p*u latejar vendo ela se agachar pra pegar sua roupa da areia.
— Por que não vem também? — Ela já havia bebido algumas doses de tequila e acho que o efeito já estava se fazendo presente em seu corpo. — Adoraria ver esses músculos à mostra, mas, só para mim. — Quando ela mordiscou o lábio inferior as pessoas que ali estavam começaram a assobiar e Judy ria envergonhar.