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3630 Words
Quinta-feira de manhã ensolarada, pois é, em um piscar de olhos já era o quinto dia de aula, naquela escola que na verdade não deveria estar. Na sala ela continuava sentar no mesmo lugar, perto de Olivia e Vinicius, o rapaz de bochechas tatuadas sempre conversava com ela, cortejando-a, porém sempre em tom amigo e gentil, logo ela não ligava mais e passou apenas a ignorar em tom amigável também, o via sempre digitando mensagens no celular para varias garotas diferentes, e realmente Luiza não queria ser uma delas, mas acima de tudo o Vadher era confortante e engraçado, talvez aquilo fosse uma amizade, ela ainda não sabia ao certo, mas agradava. Olivia era com quem passava a maior parte do tempo, no refeitório, na sala, na biblioteca, cada vez mais próximas se tornando ainda mais amigas, Talita também estava se tornando uma grande amiga sua a loira era tão animada tão cheia de energia, isso de alguma forma a empolgava, afinal Luiza sempre fora tudo menos energética e as vezes ela pensava que não podia ficar perdendo a sua vida a simplesmente deixando passar pelos seus olhos, era certo que Jared e Gate apenas conversavam com a Bennett por causa das meninas, apesar da poucas palavras trocadas ela não podia achá-los ruins, era bem melhor estar na companhia deles do que do arrogante loiro que a perturbava toda vez que a via, a provocando-a lembrando-se sempre do dia que trombaram no corredor, branquinha, tão inconveniente tão metido, m*l conseguia acreditar no tanto de paciência que tinha por conseguir aguentar ficar perto dele, mas no fundo sabia, durante toda a vida Luiza foi bem tratada, na verdade até demais, as pessoas sempre estavam querendo agrada-la de todas as formas, a enchendo de presente ou sufocando de elogios na escola principalmente m*l conseguia contar quantos amigos tinha, nenhum, apenas modo de falar, tudo que tinha ao seu redor era pessoas interesseiras, amigos mesmo talvez dois ou três, mas nunca sabia ao certo, ela odiava ser vista como uma princesa mimada coisa que na verdade não era, mas ninguém parecia perceber, a Bennett sempre foi muito alegre e simpática, porém também sempre tivera um certo gênio forte, as únicas pessoas no mundo que desafiavam sua paciência eram as pessoas que ela mais amava na vida, o pai, o primo e a irmã, na visão dela isso mostrava que eles se importavam, que não ligavam para o dinheiro que ela tinha muito menos para quem era, gostavam dela pelo que era por dentro, mas é claro que isso acontecia eram sua família, e ai esta a razão de não ter muitos amigos, o fato de tanta gente a adorando por seu sobrenome a entediava só de pensar, na sua nova vida, na sua nova escola, ela começava a perceber o que era ter amigos de verdade, que fosse só um começo, Olivia principalmente de todos era a que mais era sua amiga, Talita também, com Thalia pouco conversava, na verdade poucos comprimentos quando se viam apenas, porém não podia deixar de desejar se tornassem mais próximas com o passar tempo, ainda mais depois que ela começou a conversar com Vinicius, ele era igual ao Jared Gate e também igual ao loiro irritante Jacob, cafajestes e mimados, talvez devesse odiar andar com cobras venenosas, mas não podia, e mesmo que sua mente gritasse perigo ela não ligava, eles não ligavam para quem ela era, e com certeza ele era o que menos se importava, m*l imaginava que a garota que importunava todas as manhãs era uma Bennett, mesmo não se considerando amiga dos meninos estava grata pela sinceridade. Andava pelos corredores do colégio pensando em sua vida, Olivia havia a desencontrado para ir falar com Talita, apenas afirmou que ia encontra-la no estacionamento, naquele dia não estava com fome, guardou os livros no armário, foi ao refeitório pegou um refrigerante na maquina e retornou a andar indo ao encontro da loira e da rosada, m*l entrou no corredor e sentiu um ombro forte a pressioná-la com tudo na parede e soltar rapidamente a deixando zonza, ela nem precisou saber quem era, logo sentiu raiva, pois era tão lógico e obvio, Jacob sorria de canto começando a caminhar do lado dela com os olhos azuis descansados e fechados, aquele jeito superior de alguém que agia como se pudesse fazer tudo que quisesse. — Está brava? – perguntou solene aquela voz tão aveludada que podia causar arrepios em qualquer uma, Luiza tentava ao máximo esconder seus sentidos. — Não – ela ironizou em tom irritado, fazendo ele abrir os olhos a encarando – adoro ser jogada contra a parede, nossa por que não faz isso sempre? — Você está brava. — i****a – sussurrou. — Você podia ser menos irritadinha né branquinha? Seria bem melhor, leve na esportiva – pegou o refrigerante que a Bennett segurava e como se tivesse a maior i********e deu um gole – nossa está quente. — Meu refrigerante – ela disse pegando de volta, e logo jogou na lata de lixo o fazendo rir curtamente, ele não estava errado, quente, m*l conseguia tomar. — É bom dividir com os amigos. — Ah, então somos amigos? — Não, eu sou amigo da Olivia e da Talita, talvez eu converse com você por pena. — Pena? Ah querido não sinta pena eu não preciso disso – afirmou rolando os olhos, o braço do loiro passou rápido pelo seu rosto a jogando contra a parede enquanto impedia sua passagem, o oceano dos olhos azuis fitaram os olhos perolados com seriedade e ao mesmo tempo um sorriso cínico sorria no seu rosto, palavras se perderam em sua garganta ela não conseguia dizer nada, queria gritar com ele, queria fazer uma cara irritada, queria empurrá-lo porém nada, um grupo de garotas surgiu no corredor, e o sorriso sumiu enquanto ele girou a cabeça com força jogando seus cabelos loiros entre seu franzir de sobrancelhas as encarando com uma intensidade quase podia matar, elas não disseram nada apenas sentiram que estavam no local errado, com vistas decepcionadas elas deixaram o corredor e o loiro pode encarar a morena novamente. — Ou talvez eu esteja interessado em algo com você – Luiza não conseguiu conter a vermelhidão no rosto ao sentir a voz sedutora atravessar os seus ouvidos. Mas ela sabia que ele só queria irritá-la. — Vou torcer para que não seja a segunda opção, por que não vai rolar – comentou com um sorriso forçado enquanto se arrastava pela parede passando por baixo do braço forte de Jacob, ela começou a caminhar na frente dele indo em direção a porta que ia até o estacionamento, a garota de olhos perolados continuava a andar tentando recuperar a respiração, juntava os botões do blazer os apertando com força, sentia os sentidos ser perderem perto dele, o que era absurdamente estranho, abriu a porta passando pelos grandes pilares que tinham no corredor aberto dando vista para o jardim, sentiu o sol tocar a sua pele e a luz quase impedir que ela enxergasse a frente. Era bem complicado, mas Antes que chegasse a escadas agradeceu por ter uma boa visão, fotógrafos e repórteres encontravam-se grudados nas grades que cercavam o colégio, eles gritavam e haviam flash's para todos os lados, e talvez esse fosse o motivo para o estacionamento estar lotado naquele dia, engoliu o seco sentindo as pernas tremerem no mesmo instante e ela deu um passo para trás grudando ofegante na primeira coisa que encontrou, o Lake que vinha logo atrás dela, claro porque também ele ia encontrar os amigos e as garotas que também eram suas amigas, a avistou se escondendo e não pode deixar de ficar curioso com sua expressão preocupada. — O que houve com você? – ele perguntou curioso recebendo logo um olhar de Luiza. Parecia até suspeita de um assassinato. — N-nada – gaguejou sem querer e bufou de raiva por isso, após uma limpada na garganta tratou de perguntar– porque há tantas câmeras lá fora? — Humm – balbuciou dando uma inclinada observando o estacionamento por de trás dos pilares, logo ele a puxou pelo pulso e apontou para um garoto que estava cercado de gente encostado em um Audi Nanuk, cabelos negros encaracolados e que combinavam maravilhosamente com os olhos verdes escuros, sorriso calmo, magricelo – ele vai casar no mês que vem, foi anunciado ontem, o pai dele é um grande empresário e politico, e querendo ou não as eleições estão chegando qualquer coisa que envolva a família dele é importante pra aqueles abutres com maquinas fotográficas. Parecia um pouco que nisso Jacob era parecido com ela, ele também não gostava de repórteres. — Um casamento? Assim rápido? – ela perguntava meio abaixada para não ser vista. — Ele engravidou uma garota, de outra escola – ela o encarou com olhos arregalados – é um o****o, o pai dele é muito conservador, e muito importante, e de repente o filho mais novo vai se casar, isso é um escândalo. — E quem é a garota? — Já disse estuda em outra escola, vamos? — O-oque? – ela não podia ir lá, tudo poderia desmoronar, na sua mente já podia ver o primo o pai gritando com ela, palavras sussurravam nos seus ouvidos falando que ela era uma vergonha, uma decepção um fracasso – não, eu vou para a biblioteca. — Do nada mudou de ideia? — Está muito cheio aqui, não quero mais ficar – nem fora uma boa desculpa, mas, assim ela saiu antes mesmo que ele pudesse responder, não queria dar satisfações, não era sua obrigação e também não havia explicações ou razões construtivas para que saísse dali correndo desse jeito, apenas podia implorar mentalmente para que ele não percebesse, e muito menos para que não viesse atrás dela, e ainda bem, ele não foi. {...} Subia as escadas devagar e até mesmo pensativa, indo para a biblioteca da escola, câmeras, que perigo era o que pensava, aquele colégio estava cheio de filhos de pessoas importantes e os paparazzi adoravam um bom escândalo, celebridades, milionários, adolescentes mimados, esportistas sempre os mesmo alvos, tinha que tomar cuidado, qualquer erro que cometesse ia sair da escola e ser escoltada para o primeiro avião rumo a Nagoia, e seu pai a castigaria da pior forma, balançou a cabeça querendo se livrar daquilo, tremia só de pensar nas palavras horríveis que ouvira do pai se a encontrasse, Luiza passou por coisas horríveis em seu passado sei doía de fora a fora apenas de lembrar. Não queria voltar para sua antiga vida, ela definitivamente não queria. — O nome dela é Luiza, eu acho – ouviu alguém comentar, uma voz fina de uma menina, uma bela voz, atrás da parede a fazendo congelar em um dos degraus do lance de escada. — Luiza? – a voz sussurrada e conhecida vinda de trás de suas costas a surpreendeu, virou-se e viu Thalia um pouco a baixo, dois degraus exatamente, ela fez um sinal para que fizesse silencio e se aproximasse, e foi o que ela fez, ambas grudaram no corrimão, firmando as orelhas para que continuassem a ouvir quem quer que seja que estivesse ali continuasse a falar. — Será que está com o Jacob? – outra voz. — Ele pareceu interessado, Luiza, qual é o sobrenome? – Thalia a cutucou e com o olhar castanho podia dizer “estão falando de você?” a garota de olhos perolados assentiu com a cabeça rolando os olhos. — Não tenho a menor ideia. — Deve ser bolsista – mais uma voz, já era a terceira. — Por que você está preocupada? – quarta voz – ele deve só estar querendo t*****r com ela. — Verdade – a terceira voz respondeu – Jacob deve estar apenas querendo pegar ela, nós sabemos disso. — Por que eu tinha que gostar dele? – primeira voz. — Como se você pudesse controlar, fala sério, mas está na hora de esquecê-lo Naomi, sabe como ele é, Jacob não se importa com ninguém que não seja si mesmo, e não se apaixona também. — Eu sei – respondeu desapontada. — Venha, vamos ficar na sala hoje, é melhor – ouviu o tocar de solas no chão ao andarem subindo as escadas, ela se sentou no primeiro degrau que pode, tentando processar os absurdos que ouvira, tinha mais gente venenosa do que ela imaginava, e garotas malucas e psicóticas também, Thalia estava perplexa, e chocada, ela se ajoelhou no degrau de baixo e a encarava preocupada pousando as mãos em seus joelhos. — Luiza, diz para mim, por favor, diz que você não tem nada com o Jacob – disse com toda a i********e como se já fossem amigas de anos, a Bennett engoliu o seco. — Mas é lógico que não! – respondeu por fim sem hesitar. — Tem certeza? — Claro, Thalia, tudo que eu sinto quando eu o vejo é um incrível vontade de matá-lo, ele sempre fica fazendo piadinhas sobre mim, você não imagina como isso me irrita – a garota de coques não pode controlar uma risada ao ver Luiza fazer gestos engraçados, como se o próprio loiro estivesse ali – ele é absolutamente muito metido e irritante. — Luiza, elas não estavam mentindo – disse séria novamente. — O que? — Elas não estavam mentindo sobre ele. — Eu não ligo pro que elas estavam falando dele, eu não me interesso por ele, na verdade acho que ele seria a última pessoa dessa escola a qual eu beijaria. — Ah é? – Thalia a provocava cruzando os braços – então por que elas diziam aquilo? — Nós dois estávamos indo lá pra fora e ele me colocou contra a parede e chegou perto, disse que poderia estar interessado em mim, elas chegaram bem nada hora, bom deve ser aquelas garotas pelo menos. — Por favor, você não caiu nessa né? — Não, eu já disse ele adora me irritar, estava tirando um barato da minha cara, é só isso que ele faz. — E por que você é amiga dele? — Não! Não somos amigos, eu sou amiga da Olivia e da Talita, não tenho culpa se elas andam com ele – ela suspirou rápido e logo ergueu o rosto e agarrou as mãos da garota que fitava surpresa com olhos castanhos – o mesmo vale se você estiver pensando que eu tenho algo com o Vinicius. — Ahn? Eu não ligo se você tem algo com o Vinicius. — Mas eu quero que saiba que somos amigos, apenas isso, eu jamais ficaria com o Vinicius também, três ou quatro namoradas lembra? — Fico feliz que tenha escutado meus conselhos – ela começou a se levantar – mas Jacob é muito pior que ele não deixe ele te enganar, e Jared é pior que os dois juntos. — Eu sei, mas não me interesso – Luiza começou a se levantar também ajeitando o uniforme. — Há muitas garotas que gostam do Jacob, Luiza, e Naomi é conhecida por ser bem problemática, tome cuidado, por favor. [...] Em todo o trajeto de volta para sala aquela voz não sedutora não saiu da sua cabeça “Ou talvez eu esteja interessado em algo com você” e seguida de outra voz, porém feminina “ele só deve estar querendo t*****r com ela”, riu de si mesma por estar pensando nisso, não se importava, pelo contrario desejava que o Lake de preferencia ficasse longe dela, já era uma enorme loucura estar naquela escola e uma loucura maior ainda andar com ele, agora as pessoas já até citavam o seu nome e isso era tudo que mais deveria ser evitado, ela suspirou, é claro que isso ia acontecer ela estava conversando com Jacob Lake , parecia as vezes ou melhor parecia sempre que Luiza não tinha muita noção do perigo, ele era o filho de um enorme amigo de seu pai, bufou novamente agora assoprando a própria franja, parou no meio do meu corredor vazio e encostou no primeiro pilar que seus ombros encontraram, os olhos perolados encheram-se de lágrimas. — “Sera que isso vai dar certo?”- seus sonhos começaram a ficar distantes de repente a fazendo perder o chão que sustentava os seus pés, quando se tratava de lidar com as pessoas principalmente quando essa pessoa era Laerte Bennett, Luiza sempre se mostrava ser determinada, pulso firme e corajosa, e o líder de sua família tinha que admitir sua filha mais velha era mesmo teimosa, cabeça dura, exigente de personalidade forte, e ao mesmo tempo gentil, alegre e doce tão delicada, e por trás de tudo isso batia um coração incerto, inseguro, e tímido que raramente se revelava, desapontada consigo mesma deixou-se escorrer pelo mármore que apoiava sua costa, sua mente atordoada nem ao menos percebeu que a amiga rosada acompanhada de Jared, Jacob, Gate e Talita se aproximaram ficando bem curiosos por vê-la ali sentada de cabeça baixa, poucas lágrimas caíram sem querer do seu rosto, Olivia logo percebeu mostrando preocupação. — Luiza! – ela disse se abaixando enquanto todos encaravam, com as mãos nos bolsos Jacob encostou-se na parede sem dizer uma única palavra – o que houve? — Estava tão bem até agora pouco – afirmou Jacob incrédulo. — Eu estou bem – sussurrou – será que nós podemos ficar um pouco sozinhas? — Ouviram rapazes – afirmou Talita cruzando os braços magros com os dos seus três amigos os puxando em direção a sala, rápida, habilidosa, ágil, e uma excelente amiga, naquele instante agradeceu por ter Talita, Gate ficou um pouco hesitante, a garota não parecia ser uma pessoa r**m, balançou a cabeça por que na verdade não importava, Jacob apenas lançou um olhar e voltou a andar e por fim Jared os seguiu. Elas esperaram até que estivessem afastados o suficiente. — Olivia – a Bennett começou – você tem um sonho? – de primeiro momento ela não entendeu, mas sorriu logo em seguida sentando-se ao lado dela. — Quero ser médica – ela disse – uma grande médica. — Tenho certeza que vai conseguir – comentou ainda de cabeça baixa. — Por que pergunta? — Quero ir para a Academia de Artes de Nova York. — E você está triste por que algo te impede? – ela não respondeu, mais lágrimas caíram de seu rosto delicado, respondendo sua pergunta – Luiza, eu sei que nós conhecemos a pouquíssimo tempo, mas você é tão gentil saiba que se precisar de alguma coisa, você pode me contar e se não quiser eu vou entender, mas se eu puder fazer algo para ver você sorrir eu farei – dentro dos seus olhos esmeralda ela enxergava uma amizade, pois brilhavam com sinceridade, uma maneira de dizer que com ela sempre poderia contar, teve sorte da primeira pessoa que conheceu em sua escola ser ela, tão honesta consigo, deixou a cabeça cair no colo acolhedor da garota rosada, que começou acariciar os cabelos azulados com delicadeza, se Luiza precisasse chorar, ela ouviria sem perguntar, sem choramingar, sem contestar, se ela quisesse desabafar entenderia sem julgar, aquele não era o momento para conversar talvez, apenas para ouvir, Olivia queria que falasse por que se sentia a vontade e não pressionada e pelo visto ela entendeu bem se sentiu a vontade, sentiu confiança na amizade da rosada. — Lembra que eu lhe contei que meus pais não moravam em Tóquio? — Lembro - respondeu tranquila achando que toda a conversa perambulava normalmente. — Lembra que eu lhe falei que trabalhava numa lanchonete no subúrbio? — Lembro. — Nem tudo é verdade – as mãos de Olivia congelaram de maneira confusa e rapidamente Luiza ergueu a cabeça a encarando, seu choro havia cessado e sua expressão ficou um pouco mais triste ainda – sou uma Bennett. — O-oque? — Sou uma Bennett, meu nome é Luiza Bennett . — Bennetts? Bennetts? – ela demorou um pouco para se lembrar, mas não precisou mais de cinco minutos para olhos esbugalharem surpresos, o cérebro de Olivia paralisou em meio aquele choque de informação, não eram muito conhecidos graças a conservação mas eram conhecidos o suficiente, a rosada retirou do bolso do blazer o iphone 5 branco, passando os dedos finos pela tela, mexendo nervosamente – MEU DEUS! — Fala baixo! – resmungou. — Você é louca! – sussurrou mostrando a tela, nela fotos no Google da amiga misteriosa em alguns poucos eventos sociais que o pai mandava que comparecesse – você é a filha de Laerte Bennett , a herdeira da família. — Eu sei, eu sei. — Aqui diz que você está desaparecida a dois meses! — Eu sei. — Luiza, que loucura é essa? — Olivia, eu prometo que eu te explico, mas não pode contar para ninguém sobre isso. — O que? Acho bom você me explicar mesmo, como a minha amiga bolsista é na verdade a filha de um dos homens mais poderosos do país? — Eu não aguentava mais viver naquela família naquela vida... – Olivia via a amiga quase arrancar os cabelos só de lembrar de seu passado, não pode deixar de se preocupar, seus olhos estavam triste marejados de lágrimas, era de partir o coração, ainda chocada abismada, e sem palavras para compreender tal situação, ela não podia deixar de ajudá-la. — Olha quando saímos da aula, meu pai vem me buscar, você vai para minha casa, lá vamos conversar melhor, você vai me explicar direito tudo isso – ordenou se levantando e rapidamente estendo a mão para a Bennett – e não se preocupe eu jamais diria nada para ninguém lembre-se que você é minha amiga. — Obrigada Olivia, mesmo. — Agora vamos para aula, que já deve ter começado, é melhor não arrumarmos problemas com a Beth
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