Amor Proibido

Sentimentos que surgem...

Isabelle se lembra da infância, do amigo que ela costumava encontrar escondido e brincar pelas terras... Principalmente naquele lugar... Os dois eram apenas duas duas crianças puras e inocentes que sequer faziam ideia de que havia tanto ódio entre suas famílias...

Mas o tempo passou, e depois daquela tragédia... Depois daquela tragédia, Leonardo foi mandado pela mãe para estudar fora do País e Isabelle ficou morando com a mãe, colhendo sofrimento causado pela fatalidade.

Agora Diante dela estava o Leonardo seu amigo de infância, que havia crescido longe dela e se tornado um homem... Um homem muito bonito ... Assim como ela também cresceu e se tornado o que todos consideravam ser a mulher mais bela do Povoado...

Leonardo: Isabelle! Sou eu! Leonardo! Leonardo Rivaroli! Eramos crianças ... Tão crianças naquele tempo! Brincávamos por esta região escondidos de nossos pais... Aliás! Escondidos dos seus pais! Por que o meu pai sabia... E não se importava... Aquilo que aconteceu... Foi uma fatalidade.... Diz ele saindo da água...

Os olhos de Isabelle olhavam todo o corpo do rapaz, aquela sunga branca marcada, os músculos esculpidos em seu corpo... Em seu coração um misto de sensações... Nervosismos e sentimentos...

Isabelle: Não se aproxima! Eu não sei quem é você! Se chegar perto de mim... Eu vou te dar um tiro!

Leonardo: Isabelle! Sei que os anos me fizeram ser diferente daquele garoto que eu costumava ser... Mas olha nos meus olhos... E vai ver que sou eu! Olha tudo que estou te falando! As histórias do passado!

A moça atira no chão fazendo Leonardo parar de se aproximar....

Isabelle: Eu avisei... Não se aproxima! Fica longe de mim! Eu não sou Isabelle! A Isabelle que você fala... Ela foi embora daqui faz muitos anos! Agora pega suas coisas e vai embora! Eu não quero forasteiro nas minhas terras! Fora daqui! Senão o próximo tiro... Vai ser para acertar!

O jovem caminha na direção das suas roupas... Ele veste sua calça...

Leonardo: Me desculpa... Eu sou filho de Celeste, a dona das terras ao lado... Eu quando menino cresci na região, o que aconteceu com dona Mariana Braga depois da tragédia? Para onde foram ela e Isabelle ?

Isabelle: Minha mãe...

A moça deixa escapar sem querer a pista de que Mariana era sua mãe... Leonardo então rapidamente corre e segura na arma de Isabelle, e toma a espingarda dela, Leonardo segura nos braços de Isabelle... Privando seus movimentos... Os dois estavam cara a cara... Isabele e Leonardo podiam ouvir suas respirações...

Leonardo: Por que? Por que você fez isso? Me ameaçou daquele jeito? Nem eu e nem você temos culpa de todo este ódio entre nossas famílias! éramos crianças! Puras e inocentes! Não tivemos culpa nem eu e nem você da tragédia que aconteceu! E não temos que levar este ódio a diante!

Isabelle: Sim... Temos culpa sim! Se cada um de nós vivesse na sua... Meu pai estaria vivo até hoje! E também o seu! Cada um de nós carrega metade da culpa! A nossa amizade quando criança que ocasionou isso! Diz Isabelle.

Leonardo: Não acredito que você pensa assim! Desde quando eu fui embora daqui, fui viver nos Estados Unidos, eu só pensava no dia que voltaria, que terminaria meus estudos e voltaria aqui para rever você! A minha lembrança da nossa infância.. Da nossa amizade... A minha lembrança de você! Eu só queria voltar aqui e te ver novamente! Acabar com todo esse ódio!

A moça olhava nos olhos de Leonardo.. Seus corpos estavam colados um no outro... Suas respirações ficaram ofegantes... E de repente as palavras não saiam.... Isabelle havia se tornado muito linda... A mulher mais linda que Leonardo já havia visto... Aquele expressão de raiva de Isabelle havia dado espaço a uma expressão de fragilidade... Leonardo solta os braços de Isabelle ... Os dois permanecem em silêncio.... Ele acaricia o rosto dela... E naquele momento todo o carinho e amor que sentiam na infância... Parecia evoluir para algo mais forte.... Mais intenso... Eles então se beijam... Apaixonadamente se beijam...sem dar importância a mais nada...

Isabelle estava embriagada em um misto de sensações.... Sentimentos e desejos que pareciam aflorar a sua pele...

Leonardo: Eu ... Eu de alguma forma sabia que ... sabia que isso iria acontecer! sabia que você e eu... Quando nos encontrámos... Aquele sentimento da infância haveria de evoluir para isso que estamos sentindo agora!

Isabelle: Eu... Eu não sei o que dizer! Eu senti tanto a sua falta Leonardo... Eu senti sua falta... Eu senti tanta saudade de você! Mas tanta! Me senti sozinha.... Até cheguei a ir na sua casa, perguntar para a sua mãe... Foi uma experiência que jamais esquecerei... Celeste me expulsou da sua casa e disse que nunca mais você voltaria! Que eu nunca mais deveria voltar lá! Ela mandou o capataz me deixar na minha casa... E adivinha... Minha mãe me deu uma surra! Desculpa Leonardo.. Ter ameaçado você... Eu não sabia o que fazer...

Leonardo beija novamente Isabelle...

Isabelle: Ei ! Espera! Você por acaso estes anos todo ... Não teve ninguém? Nenhuma mulher te chamou atenção?

Leonardo: Eu mentiria se falasse que não, mas em todas as namoradas que tive... Era como se eu procurasse algo que me lembrasse de você!

A moça sorri....

Leonardo: E você? Tem algum namorado? Aposto que tem muitos pretendentes...

Isabelle: Eu ? Eu não tenho tempo para estas coisas, eu trabalho muito com minha mãe, levamos uma vida bem difícil, eu me formei em agronomia, tinha a esperança de reconstruir as plantações das minhas terras, mas minha mãe não confia em mim, ela cismou de não fazer nada nas terras... Deixar tudo como está e ficou de pés e mãos atados, sabe!

Leonardo: Mas você tem direitos! Deve fazer sua vontade prevalecer!

Isabelle: Eu sei... Mas eu só quero paz.. Não quero brigar com minha mãe...

Leonardo : Isabelle, eu quero que confie em mim! Acredite em mim... Me dê um tempo, eu vim para tomar de conta dos negócios da minha família... Eu vou acabar com esta guerra, vou fazer minha mãe e a sua se reconciliarem, vou precisar de sua ajuda para isso! Eu quero muito acabar com toda a rivalidade... Acho que eu e você... Nascemos um para o outro.

Isabelle: Eu acho difícil! Acho muito difícil! E se elas não quiserem fazer as pazes?

Leonardo: Se elas escolherem permanecer no caminho da rivalidade e do ódio... Nós podemos fazer nossa escolha... Escolher o amor... Eu carrego você daqui, te levo comigo e vamos ser felizes longe daqui! Diz Leonardo, voltando a beijar Isabelle.