Amor Proibido

Reencontro

Celeste insiste em comprar as terras... De Mariana, que se negava a vender, por se tratar de uma lembrança do marido...

Mariana: Não...Não... E Não! E nunca mais ouse me incomodar! Nunca mais ouse me acusar de ser a causa da morte de Inácio... E fique tranquila! Minha filha não vai de forma nenhuma se aproximar do seu filho, por que ela odeia você tanto quanto eu!

Padre Jonas : Por favor! Por favor... Não briguem! Não briguem! Chega de tanto ódio! Este ódio que levou as vidas de seus maridos!

Mariana: Padre ... O senhor também! Eu acreditei que o senhor fosse diferente! Fosse outro tipo de homem.... Nunca mais! Nunca mais... Eu piso nessa capela! Diz Mariana.

Padre Jonas: Filha! Por favor! Não diga isso! Vocẽ... Você não é assim! Diz ele.

Mas Mariana não dá a mínima para o Padre e vai embora furiosa...

Celeste: Deixe-a Padre! Esta mulher... Esta mulher parece não ter aprendido com a dor! Contudo... Farei de tudo para meu filho não se aproximar novamente da filha dela... Diz Celeste.

Pe Jonas: Celeste! Veja o que você vai fazer! Por favor...

Celeste: Fique tranquilo Padre... Fique tranquilo, eu não vou fazer nada demais... Diz Celeste...

A rivalidade entre as duas famílias começou no passado, quando César Rivaroli, e Inácio Braga, eram amigos, quase irmãos, tamanha a consideração e apreço entre eles... Mas ambos se apaixonam pela mesma mulher.... Mariana...

Mariana havia no entanto descoberto uma traição de César, e terminado com ele, César havia engravidado Celeste e por pressão da família dela os dois se casaram... Para se vingar da traição, Mariana que sabia dos sentimentos de Inácio se entrega para ele, e os dois começam a namorar... Mas uma noite antes de casar! César invade o quarto de Mariana e os dois têm uma noite de amor, César queria fugir com Mariana, que não aceitou, arrependida por tudo que houve, ela descobre que já estava amando Inácio... Contudo depois Marana surgiu grávida de Isabelle, Não se sabia então se Isabelle era filha de Inácio ou de César.. O que só incendiou ainda mais a rivalidade entre os dois... Mas Mariana sempre assegurou que Isabelle era filha de Inácio, embora ela mesma não possuia total certeza...

Isabelle e Ana acabavam de fazer as entregas dos bolos... Todo mundo no povoado gostava de Isabelle, seu pai era um homem muito querido e muito respeitado...

Ana: Isabelle! Vamos passar na minha casa.. Eu vou dizer para minha mãe que vou ficar na sua casa até o final do dia!

Isabelle: Tudo bem...Faz dias que eu não vinha para o povoado mesmo! Então faz dias que não vejo meus padrinhos!

O carro para na casa de Ana, a duas descem do veículo...

Isabelle: Madrinha! Padrinho! Faz dias que não via vocês! Estava com saudades!

Heitor: Filha! Realmente você anda sumida!

Luisa: Ela não quer mais saber desses dois velhos! Imagine só!

Isabelle: Madrinha... Como você é dramática! Acontece que lá em casa... Somos só eu e a mamãe para dar conta daquele casarão! Limpar, manter tudo limpo e organizado...realmente, somos mesmo fechados do mundo! Mas prometo... Que vou vir visitar vocês mais vezes! Diz a afilhada.

Heitor: Filha...Pensei que você fosse tomar conta da fazenda... Que desperdício filha! Seu pai... Gostava tanto daquelas terras!

Isabelle: Padrinho... Eu me formei em agronomia, contra a vontade da mamãe! Ela não vende as terras e nem tem coragem de fazer um investimento para tentar plantar novamente.. Dar um novo rumo nas nossas vidas... Mas ela parece que não confia em mim! Ao menos o negócio da confeitaria conseguimos manter a casa... Mas podia ser algo bem maior...

Luisa: Filha.... Sua mãe é muito teimosa... Bastante teimosa!

Ana : Mãe... Pai... Eu vou ficar o dia todo na casa da Isabelle viu!

Heitor: Filha! E quando ao seu irmão? Ele não tinha te pedido um favor?

Ana: Nossa! Mesmo! Amiga... Desculpa.. Eu...

Isabelle se mostra compreensiva com a amiga... Se despede dos padrinhos e vai embora para sua casa... O favor que Ana faria para o irmão, era ir ver uma casa... Ulisses o filho de Heitor e Luísa é irmão de Ana trabalhava numa importante empresa de colheita de grãos, aquela região do povoado tinha as melhores terras e produzia os melhores grãos de café, e as terras de Celeste, eram líder na produção, Ulisses iria morar no povoado, para negociar com os produtores da região, já que era filho do povoado e conhecia a região, a empresa havia lhe delegado esta função...

Celeste Rivaroli estava em sua casa, preocupada com seu filho, depois de anos Leonardo estudando fora do Brasil... Vindo para tomar conta dos negócios da família, Celeste temia o rencontro de Leonardo com Isabelle, era como um pressentimento ruim...

O telefone dela toca... Era Leonardo...

Celeste: Alô! Filho! Tudo bem... Estava pensando em você agora mesmo!

Leonardo: Nossa mãe! Que bom! Estamos conectados então! Eu também estava pensando na senhora! E tenho uma surpresa para a senhora...

Celeste: Surpresa! Mas que surpresa, filho!

Leonardo: Daqui a 20 minutos a senhora vai descobrir... Diz Leonardo. Desligando o telefone...

Sua mãe fica apreensiva! Será que por acaso... Leonardo viria antes da data prevista? Ou mesmo que já havia chegado no povoado e estava a caminho da fazenda?

Das duas coisas que ela havia imaginado a segunda era o que havia acontecido, e o que ela mais temia, estava por acontecer ... Aquele inusitado reencontro....

No caminho para a fazenda dos Rivaroli, a fazenda de Celeste, a estrada que levava para a fazenda de Isabelle era a mesma... Embora tenha passado tantos anos... Tudo parecia igual e familiar para Leonardo.... Ele pára o carro quando passava no trecho perto da nascente do rio... Recordando o tempo de criança, era como se ele visse uma projeção do passado, quando ele e Isabelle brincavam ali por aquela região, ele chega a descer do carro... E retirando seu óculos escuro... Olhava ao seu redor, com profunda nostalgia daquele tempo....

Leonardo olha para os lados, e não vê absolutamente ninguém... Ele tira a camisa, os sapatos e a calça e corre na direção da água só de sunga... A fim de relembrar como fazia quando menino...

Leonardo: Que saudade! Que saudade de fazer isso! Dessa vida simples ... Da natureza... Pra ficar perfeito! Só queria encontrar ela! Minha amiga Isabelle! Ela deve ter crescido! Se tornado uma mulher bonita e forte! Eu quero que acabemos com todo o ódio que existe entre nossas famílias! Diz Leonardo...

Isabelle vinha pela mesma estrada, fazendo trajeto semelhante para ir para sua casa e passa perto do rio também... Ela avista aquele carro, e aquele homem nadando... Ela para o velho carro, e desce com uma espingarda apontada para Leonardo, sem saber quem era...

Leonardo nem escutou a aproximação do carro, mas se espantou quando viu aquela mulher em pé na margem do rio, em pé com uma arma apontada para ele...

Isabelle: Quem é você? Responde forasteiro! Aqui são minhas terras! E não admito estranhos por aqui!

Leonardo levanta as mãos e se levanta... Isabelle não podia evitar olhar para aquele corpo esculpido vestido apenas de sunga ...

Leonardo: Até onde sei! Este Rio é parte Neutra das terras ... Ele divide as terras dos Rivaroli e dos Bragas!

Isabelle: Mas o seu carro... Está parado do meu lado das terras! E me diz! Quem é você? Que se acha tão conhecedor de tudo?

O herdeiro dos Rivaroli reconhece que aquela jovem tão bela e valente à sua frente não podia ser outra pessoa... Senão... Isabelle...

Leonardo: Isabelle? Você... Você é a Isabelle? Não está me reconhecendo? Sou eu! Sou eu! Leonardo! Leonardo Rivaroli!