72. Taz Narrando Tava tarde já, mas a correria não parava. Eu e a Sophia, só nós dois na boca, conferindo carga, contando grana, garantindo que o dia fechasse redondo. Ela tava com aquele olhar sério, concentrada na contagem, enquanto o celular dela vibrava na mesa. Eu reparei, mas ela nem mexeu. — E aí, não vai ver não? — perguntei, de leve, só jogando. — Não é nada. — Ela respondeu, sem tirar os olhos da pilha de notas. Mas eu sabia que era. Na boca, você sente quando tem coisa errada. O ambiente muda, o clima fica tenso. E com a Sophia, tava desse jeito há semanas. Desde aquele rolo todo, ela não era mais a mesma, e eu sabia que o tal do Filhão era o motivo. O celular vibrou de novo. Dessa vez, ela parou o que tava fazendo e pegou o aparelho. Desbloqueou rápido e deu pra ver o cen