RAFAEL
Depois de terminar um namoro que não durou muito por causa da minha bilola que não resiste à uma boa orgia, eu voltei a ser o farrista assumido de antes. Ainda não sei como a namorada do Lipe não conseguiu descobrir as pontas que ela leva, toda vez que ele dá uma desculpa esfarrapada por sumir durante o fim de semana.
Assim que acordei, fui caminhando para a Academia Leoa do Norte. Eu gosto de malhar, faz bem pro corpo e pra alma.
Sem falar que hoje meu dia vai ser longo. Hoje é dia de preventivo de câncer de colo do útero. Passarei o dia no consultório, serão quinze pacientes pela manhã e vinte pacientes durante a tarde.
Preciso estar preparado para um longo dia de trabalho, caso contrário há noite eu não terei energia pra tran.sar com as meninas.
Estava concentrado no meu treino quando uma garota me chamou a atenção. A mulher era dona de uma beleza e delicadeza sem igual. Parecia uma barbie de tão perfeita.
Perdi o controle sobre os meus olhos e comecei a cobiçar aquela boneca em forma de mulher.
Ela até percebeu meu olhar sobre ela, mas logo de cara me ignorou. A garota me esnobou valendo.
Quando Lopes e Safira chegaram pra fazer musculação, vi quando a Safira cumprimentou a garota e ficou conversando com ela por alguns instantes.
O Lopes veio pra treinar comigo e eu aproveitei pra perguntar quem era a garota e descobri que ela é uma instrutora recém contratada para cobrir algumas funções da Alice, que precisou se ausentar de algumas aulas pra cuidar de tia Fabiana. O nome da garota é Daniela, e está trabalhando aqui há três semanas.
Eu aproveitei e fui pedir ajuda pra fazer um treino de braço e peito. Ela foi muito prestativa apesar de questionar o por quê de não ter pedido pra Safira me ajudar, já que ela estava ao meu lado ajudando o Lopes.
Eu apenas disse que não queria arrumar atrito com o Lopes, já que a Safira era esposa dele, ela engoliu a minha desculpa esfarrapada e me ajudou durante o resto do meu treino. Mas quando eu fui elogiar a beleza dela e disse que fiquei encantado e que queria poder me encontrar com ela fora da academia, ela me chamou de i****a e ainda me perguntou se o fora do dia anterior teria sido pouco pra mim. Pois, ela já tinha deixado bem claro que não estava afim de sair comigo nem se eu tivesse uma bilola banhada à ouro.
Na mesma hora eu me toquei de que o Lipe já tinha tentado alguma coisa com ela e não tinha conseguido. Ainda tentei explicar que ela estava fazendo confusão. Que eu tinha um irmão gêmeo, mas ela pediu que eu à respeitasse ou ela faria uma denúncia de assédio se.xual para a direção da academia e eu não tive como apelar mais. A Safira e o Lopes presenciaram tudo e ficaram zoando da minha cara.
Eu fiquei estarrecido com a brabeza da princesinha. Eu ainda dei umas boas risadas da minha cara de tacho diante da Safira e do Lopes.
Saí da academia e fui cuidar da vida, pois às 8:30 eu começo a atender no consultório.
A manhã seguiu tranquila. A tarde foi mais agitada. Eu estava louco pra largar, pois às 21:30h eu iria com o Lipe para o apartamento da Bianca pra tran.sarmos com as meninas até a bilola não aguentar mais.
Por volta das 17:30h, a Alice me ligou pedindo que eu atendesse uma amiga dela, que estava se queixando de fortes dores na região do ovário esquerdo. Ela disse qua a garota estava se contorcendo de dores e o pior era que estava com o preventivo atrasado há mais de um ano e meio. Não tive como negar o atendimento e pedi que ela mandasse a garota vir pro meu consultório que eu iria atende-la às 18:30h, assim que eu terminasse de atender a última paciente.
Quando a última paciente saiu do meu consultório a Alice colocou a cabeça na porta e me deu um boa noite.
Pedi pra que ela mandasse a paciente entrar que eu iria atender a moça em dois minutos.
Fiquei de costas para a porta preparando a maca e o material para realizar o exame da amiga da Alice e escutei a porta sendo fechada. Eu não olhei para a moça. Apenas inspirei aquele perfume maravilhoso que ela exalava.
Escutei a voz dela e achei familiar, porém não conseguia identificar a quem pertencia.
— Boa noite Doutor Rafael! A Alice me disse que o senhor é o melhor especialista em cistos ovarianos da região.
— Boa noite! A Alice é suspeita pra falar sobre isso, pois é minha prima, mas sim, eu sou um dos maiores especialistas da área. Ela me falou que você está com seu preventivo muito atrasado, não é mesmo mocinha?
— Reconheço que sim! Eu me empenhei em concluir a minha graduação e relaxei com a minha saúde.
— Mas isso não pode acontecer. Seja mais cuidadosa apartir de agora! Faremos primeiro o seu preventivo e em seguida faremos um ultrassom para investigarmos a fonte dessas dores que você está sentindo.
Só lhe peço mais um minuto, pois estou com uma dorzinha chata na cervical. Hoje passei o dia inteiro no consultório. Nem pra almoçar eu saí daqui. Deixa só eu tomar um relaxante muscular.
— Posso fazer uma massagem rápida se o senhor permitir?
— Sinceramente, não vou rejeitar isso. Estou mesmo precisando.
— Sentisse aí mesmo, e retire o jaleco.
Retirei o jaleco, sentei na cadeira perto do monitor do ultrassom e senti as mãos da garota tocarem a minha cervical com uma delicadeza encantadora. Eu podia não conhecer o rosto da paciente, mas as mãos dela conquistaram o meu coração. Foram apenas dez minutinhos de massagem, mas para mim foram dez minutinhos sendo tocado por uma fada.
Quando ela terminou a massagem eu agradeci e pedi que ela fosse vestir a bata para realizarmos o exame preventivo.
Ela seguiu pra trás do biombo pra se trocar e eu fui até meu birô pra verificar os dados da paciente. Quando eu li o nome da garota eu gelei. Não queria que fosse a mesma Daniela que me deu um esculacho pela manhã, mas quando ela saiu de trás do biombo e me encarou dos pés à cabeça eu fiquei tenso. Quando ela abriu a boca pra começar a me xingar a Alice bateu na porta e perguntou se poderia entrar, eu automaticamente respondi que não mas ela mandou a Alice entrar. Pra minha sorte a Alice já entrou tagarelando.
— Desculpa Rafa, sua recepcionista pediu pra passar a chave na porta, pois ela já estava atrasada. Toma as chaves!
— Obrigado Alice! De fato ela só estava esperando vocês chegarem.
— Daniela, eu esqueci de te dizer que o Rafa, é irmão gêmeo do Lipe. Aquele meu primo que você deu um fora ontem à tarde lá na academia. E aí, já terminaram o preventivo?
Respondi antes da Daniela.
— Não, ainda vamos realizar o exame. Você pode esperar um pouco lá fora?
— Pode ficar aqui Alice, eu não me importo, é até melhor pra mim. Fico muito nervosa.
— Então está certo. Vi que você já preencheu o questionário, então vamos para a maca, pode se posicionar.
Nem na época em que eu estava estagiando, eu fiquei tão nervoso na hora de fazer um exame desses, eu estava com medo de fazer alguma coisa que não agradace a Daniela. Se por causa de uma cantada ela queria me denunciar por assédio, imagina se faço algo que incomode a garota em um exame tão íntimo como esse, com o corpo dela totalmente exposto? Até a Alice notou que eu estava tenso.
Quando concluí o exame fomos para a outra maca pra realizarmos o ultrassom.
Fizemos primeiro o ultrassom abdominal do baixo ventre, para verificar como estavam os ovários dela.
E de fato ela estava com vários cistos no ovário esquerdo, que precisavam ser tratados com extrema urgência.
Pois a cada dia as dores iriam aumentar gradativamente.
Quando eu peguei o ultrassom endovaginal ela questionou se seria mesmo necessário. Apenas disse que achei o colo do útero dela inchado o que de fato foi verdade e pedi pra ela posicionar as pernas para que eu pudesse ter acesso ao canal vaginal. Ela ficou nervosa e eu tentei acalmá-la dizendo que isso era normal, mas já que ela estava em meio a um exame era melhor verificar tudo. A Alice ficou tentando tranquilizar a amiga, segurando as mãos dela e eu me surprendi com um DIL que estava bem escondidinho e passou desapercebibo no ultrassom abdominal.
— Há quanto tempo você colocou este DIL?
— Vixi! Nem lembrava mais dele. Já fazem mais de treze anos. Meu filho tinha apenas seis meses quando coloquei. O Lucas já vai fazer quatorze anos.
— Você lembra qual era a validade deste dispositivo?
— Eram dez anos!
— Bom senhora Daniela. Eu terei que remover o dispositivo, isso vai causar um pouco de dor. Mas não será tão insuportável assim. Não importa a intensidade do incômodo. Só se concentre e não tente fechar as pernas. Apoie as mãos nas bordas da maca e Alice, você vai segurar as pernas dela com um pouco de firmeza, pra impedir que ela feche as pernas involuntariamente. Ok!?
— Certo!
__ Vou contar de cinco até zero e vou puxar. Vamos lá! 5... 4..., 3..., 2..., 1..., 0.
Quando retirei o DIL, ela tremeu um pouco e deixou escapar um gemido de dor.
— Aiii!
— De fato dói um pouco pra retirar. Mas ficar com um dispositivo fora do prazo é muito perigoso. Se você desejar colocar outro, nós faremos um tratamento e daqui a seis meses colocamos outro. Mas não pode deixar passar do prazo para trocar.
— Certo.
— Veja só, você precisa começar a tratar estes cistos imediatamente. Eu posso iniciar as medicações agora mesmo se você desejar. O que você me diz?
— Eu quero sim, as dores são muito intensas e passo o dia fazendo esforço físico, não posso me dar ao luxo de ficar sem trabalhar, sou mãe solteira, meu filho depende de mim pra tudo.
— Bom vamos iniciar o tratamento hormonal. Vou aplicar a primeira dose em você hoje e a cada duas semanas você virá até meu consultório para fazermos as dosagens quinzenais. Essa medicação não é vendida em farmácias, mas não se preocupe, pois sempre tenho ela no meu estoque. Você tem algum problema com agulhas?
— Não.
— Pode se trocar que eu vou preparar a medicação, minha técnica de enfermagem já largou. Esperem só um minutinho que eu já volto. Não se preocupe, a Alice está de prova que minha mão é bem leve. Não é mesmo Alice?
— Sim! O Rafa tem mãos de helfo! Não se preocupe.
Enquanto eu fui pegar a medicação na farmácia do consultório, Daniela foi vestir as roupas dela.
Na hora que ela percebeu que era uma intramuscular e enorme a coitada suou frio.
— Mas ela é enorme?
— Você disse que não tinha problemas com agulhas, não foi mocinha?
— Mas você não disse que era enorme?
— Você também não me perguntou!
Toquei no ombro dela fazendo ela se virar para ficar de frente para a parede.
— Vamos, vira o bumbum e se apoia na parede, prometo que vou ser delicado pra não doer muito. Ela é oleosa e de fato vai incomodar um pouquinho. Mas é normal.
Depois que terminei de administrar a medicação, prescrevi uma medicação pra desinchar a parede uterina e recomendei uma compressa de gelo para o local da injeção, pois ela reclamou de dor no local da aplicação. Deixei a volta dela marcada. Ela abriu a carteira para pagar a consulta e eu apenas informei que como ela trabalha para a Alice o atendimento ficará por conta da parceria que o consultório tem com a academia o que de fato é verdade. A Alice confirmou tudo e ela se deu por satisfeita. Como a minha recepcionista já tinha largado, eu pedi para que elas me esperassem para que eu terminasse de fechar o consultório e pudesse acompanhar as duas. Não tive como deixar de reparar que ela estava pisando com dificuldade por causa da injeção que apliquei, mas isso é normal, ela dói mesmo. A Alice me chamou para jantar com elas e a Dalila na praça de alimentação e não tive como dizer um não. Pra deixar a Daniela ainda mais sem graça do que ela já estava, o Lipe apareceu no meio do jantar e sentou bem ao meu lado, com aquele jeito debochado que ele tem e ainda fez questão de comentar que o Lopes contou pra ele que uma garota me deu um fora achando que eu era ele. O retardado do meu irmão nem sabia que a garota que me deu o fora que era pra ele, era justamente a Daniela, que ficou calada desde o momento em que ele chegou.
Quando fui me despedir das meninas, aproveitei e disse no ouvido da Daniela.
— Viu que eu não mereci aquele fora hoje cedo? Tenha uma boa noite e não esqueça a compressa de gelo, pois você está andando com dificuldade e tome a medicação diretinho. Te espero daqui há quinze dias no mesmo horário, lá no meu consultório. Boa noite!
Ela ficou parada somente ouvindo o que eu dizia, mas apenas com a minha aproximação consegui perceber que seu corpo estava completamente extasiado e sua respiração ofegante tanto quanto a minha. Eu confesso que já conheci muitas mulheres nessa vida, mas como a Daniela jamais e isso que me deixou intrigado fazendo a seguinte pergunta que eu não sabia se algum dia teria a resposta: — O que ela tem de tão diferente para me deixar assim?
Continua...
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