1 mês depois: Estava eu na mesa de cirurgia, com o Phellype segurando minha mão e ansiosa pra saber o que se passava na minha barriga. Eu estava lúcida, mas imóvel e insensível; efeitos da anestesia. Pelos meus cálculos eu já estava a bastante tempo deitada naquela cama. Até que o Phellype começou a vibrar respectivamente eu ouvi o choro da minha menina
— Nasceu, amor, nasceu!
Ele me deu um selinho e eu sorri. Toda dor e sofrimento da gravidez começam a valer à pena quando você ouve esse chorinho fino. Eu fiquei algum tempo aguardando até que eu vi uma pessoa entregando a Larissa pro Phellype, ele pegou meio sem jeito. E se encurvou me amostrando ela.
— Olha que linda a nossa filha — ele disse bobo
— sorri — Linda!
Tiraram uma foto minha do Phellype e dela juntos. E o Phellype teve que se retirar, porque já estavam terminando a minha cirurgia. Depois disso eu fechei os olhos e não custei muito a dormir.
Os dias se foram passando, até a minha saída do hospital, eu já não aguentava mais aquele lugar. Todo mundo foi ver a minha bebê, mas duas pessoas em especial me fizeram falta; a Duda e o G1. Como eu queria a minha amiga lá comigo. Eu cheguei em casa e tinha uma faixa escrita “Sejam Bem-Vindas: Manuela e Larissa”. Eu vi o pessoal lá que gritou “Surpresa!”; Minha mãe, meu pai, meu irmão, a Aline, o Renato, a Lisa, o Marcelo (marido da Lisa), a Fabianna (irmã do Phellype) e a mãe do Phellype (Louise) com o Pai dele (Roberto), e a grande surpresa: Duda, G1 e as crianças. Todos vieram pra cima de mim na esperança de pegar a Larissa. Todos ficavam olhando pra ela e babando. Minha filha é muito gata. A mãe do Phellype pediu pra pegar ela, e eu deixei né. Enquanto isso eu aproveitei pra falar com a Duda.
— Oi — disse sorrindo de lado e me aproximando dela.
— Me desculpa naquele dia, é que eu estava uma pilha — ela disse
— Tudo bem, mas Duda. Eu te peço, não se afasta de mim.
— Amiga, você sabe que isso é quase impossível.
— Duda o Phellype nem liga pra isso.
— Manuela, ele é delegado, ele ganha pra ligar pra isso — ela disse óbvia.
— Custa vocês falarem mais baixo? — o G1 perguntou chegando perto da gente
— Por quê? — a Duda perguntou erguendo a sobrancelha
— Porque o Phellype tava olhando pra cá.
— Ahh... Enfim, Duda. Eu não quero me afastar de você, e se você tentar se afastar de mim... ah esquece, você não vai conseguir porque eu vou viver atrás de você! Ou melhor, de vocês! — me referi a ela e o G1.
— ela sorriu — Menina teu parto não foi Cesário?
— Aham
— E como tu ta de pé?
— Ah, eu fiquei uma semana no hospital amiga, já to bem melhor.
—Ué, por que tu ficou uma semana no hospital? — o G1 perguntou
— Porque a Larissa ficou na incubadora e eu não iria sair de lá enquanto ela não saísse — disse e sorri de lado — Cadê meus sobrinhos?
— Tão com a Bruna, Cadu e o Marcos por ai — a Duda disse
Quando ela terminou de dizer minha mãe e meu pai me chamaram
— Só um instantinho amiga — disse pra Duda
Eu fui andando até meus pais, e pedi a benção.
— Nossa filha, tu tá ótima — minha mãe disse
— Ah, tirar umas gordurinhas depois do parto não faz m*l, né?
— Tu fez isso mesmo?
— Aham, por isso to super dolorida, porém já to gostosa — disse e sorri de leve
Eu não consegui sorrir normalmente, porque estava toda dolorida
— E ai pai, como estão as coisas?
— Fé em Deus que daqui a pouco tempo eu volto pra Chácara — ele disse
— Ué, mas lá ta pacificado — disse sem muito entender
— Eu não digo nada, aqui. Aqui as paredes têm ouvidos — ele disse e em seguida olhou pro Phellype que olhava na nossa direção
Eu fiquei sem muito entender, até porque a um tempo atrás eles eram “BFF’s” e agora estão assim? Euein.
— Gente, deixa eu ir falar com o restante do povo — mandei beijos e fui até a Aline — Oi p*****a. Oi Renato — sorri.
— v***a gostosa — a Aline disse contente.
— c*****o, quanto amor. Coé Manu — o Renato disse.
— Tu m*l pariu e já ta desse jeito? — a Aline perguntou me analisando de cima a baixo — Né possível, tu fez uns processos ai, né? — ela perguntou sacana.
— Ah, sou dessas, gata — mandei beijo.
— Só tu, e olha. O Phellype e vocês tão de parabéns, a Larissa é linda — ela disse.
— Ah, fazer né, ela é minha filha.
— O Renato riu — Humildade mandou lembranças. — ele disse
— riu — E ai, têm tido notícias do TK?
— Não... nunca mais.
— Que bom, né. — a Aline disse
— Que bom nada — o Renato repreendeu ela — Meu primo gosta da Manuela e deve ta sofrendo pra c*****o, Aline — o Renato disse um pouco irritado.
Eu ficava irritada quando me lembravam disso.
— Gente, eu vou cumprimentar o restante do pessoal, ok?
Eu sai de perto e fui pra janela, já que a Lisa estava lá com o Marcelo
— Oi gata! Oi Marcelo — sorri simpática
— Linda — me abraçou — Nossa, tu tá no brilho, hein? — riu
— Ah, sou dessas.
— A Lari é linda, e ela m*l perde por esperar, quando ela ficar maior vou carregar ela pra tudo quanto é baile.
— Avá. — tive que ri
— Tu sabe que ela já tem tendência pra isso, né? O Pai do irmão dela, é do esquema e tals — ela disse debochada
— Ai, ai, só tu — ri de lado.
A Tarde foi bem serena, ficou um clima agradável, todo mundo falava com todo mundo. Isso é, com exceção da família do Phellype, A mãe e a irmã dele são um nojo de pessoa, só pensam em compras, viagens, gastar dinheiro com supérfluos. Em pensar que um dia eu já fui assim, dá até pena d’eu mesma.
A noite já havia chego, e a Larissa estava no berço dela que temporariamente esta no meu quarto e do Phellype. Ela dormia, parecia cansada. Eu estava exausta, então tomei belo banho, mas com cuidado por causa do curativo. Eu terminei o banho e fui pra sala, o Phellype tava vendo TV.
— Cadê as crianças?
— Acabei de colocar pra dormir.
— Ué, a Bruna não consegue dormir sem meu beijinho de boa noite. — ergui a sobrancelha.
— Manuela, ela ficou uma semana sem teu beijo, ela aguenta mais um dia.
— Ai, seu grosso — sorrimos.
— Não vejo a hora de passar esse teu resguardo, to louco pra te pegar daquele jeito — ele disse safado.