Um Vampiro Em Minha Vida
Capitulo XVI – Gravidez
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— Sakura você não pode colocar a vida do seu filho em risco, por favor se contenha. — Hinata entrou a minha frente conseguindo me parar.
Eu ofegava tanto que parecia ter corrido uma maratona, meus punhos cerrados em volta do corpo era a prova do meu alto controle que estava prestes a ir para o espaço.
Nunca senti tanta dor em minha vida. Eu estava completamente destruída por dentro.
— Ele não pode fazer isso comigo Hinata. — forcei minha voz a sair.
Um bolo se formava em minha garganta me sufocando. Não sabia quanto tempo aguentaria mais, estava chegando ao meu estopim.
— Vai ficar tudo bem Sakura, logo vocês estarão juntos de novo. — ela tentou segurar minhas mãos e eu me afastei negando.
— Eu estou sozinha nessa.
— Sasuke está com você, ele cuidará de vocês.
— Não Hinata para de falar o nome daquela pedra de gelo insensível. — gritei enraivecida ouvindo minha voz ecoar por toda mansão.
Hinata me olhou com compreensão e me puxou para um abraço. Tentei me afastar mas tudo que eu precisava nesse momento era a companhia de alguém.
— Eu não sei o que eu faço Hinata, me vejo em um beco sem saída. — solucei não conseguindo mais suportar todo aquele peso sobre mim.
— Pode contar comigo, você não está sozinha.
— Minha vida esta arruinada.
— Não fale isso, um bebê é uma bênção dos Deuses, você não sabe como eu queria poder ter um filho. — ela me afastou me olhando com certa amargura.
Mordi os lábios me lembrando que as mulheres vampiras não podiam ter filhos pois seu ventre era seco. Eu não sabia que Hinata desejava ter filhos, isso era um desperdício pois eu sabia que ela seria uma ótima mãe.
— Me desculpa.
— Você precisa ser forte e cuidar dessa criança para que ela nasça com saúde, não tente sair dessa casa ou a Akatsuki matará o seu filho. Sasuke vai vir te buscar e vocês poderão se entender e formar uma família. — disse serena passando as mãos pelo meu ventre.
Sequei as lágrimas tentando me acalmar, ela tem razão, eu não posso arriscar a vida do meu filho dessa maneira. Eu vou voltar para a casa dos meus pais quando tudo isso acabar, vou tentar seguir em frente e esquecer de todo o tormento que me aconteceu, serei mãe solteira e criarei meu filho dando-lhe todo amor que ele merece. E quanto a Sasuke, eu quero que ele se exploda.
— Eu vou voltar para o quarto, preciso descansar.
— Eu vou com você.
— Obrigada por estar comigo.
— Pode contar comigo sempre.
Eu sabia que poderia.
(...)
— Minha barriga está maior, m*l se passaram três semanas, isso não é normal é? — cobri as mãos pela minha barriga que já parecia que eu estava com 6 meses.
Sntia-me uma baleia gorda e pesada. Durante as semana que se passaram eu m*l consegui dormir direito a noite pois sentia fortes dores nas costas e aquele pequeno ser já chutava dentro de mim. Se eu estava apavorada? Muitíssimo.
— Não é uma criança humana que está se formando em seu ventre mas sim um pequeno vampiro, eles se formam mais rápido e a gestação pode durar 3 meses diferente dos humanos que são 9. — Ino explicou me deixando mais assustada.
Eu estava tentando levar tudo isso numa boa e não me apavorar por um pequeno vampiro está se formando dentro de mim, mas de alguma forma eu estava com medo. Tinha medo de não ser uma boa mãe para essa criança que nem ao menos conhecia mas já amava. Ela fazia parte de mim, era um pedacinho meu. Perdi a conta de quantas noites passei em claro conversando com ela, eu sei que ela me escutava e que estava comigo, que me amava.
Eu ainda era jovem, inexperiente mas daria tudo de mim por aquela crianças, por que ela era minha, só minha.
— Está se sentindo pesada?
— Um pouco, a verdade é que eu sinto uma fome insaciável. — sorri observando Ryan brincar no balançou mais a frente.
Eu gostava de visitar o jardim no fim da tarde e Ino e Ryan me acompanhavam para não me sentir tão só. Conversávamos muito e pode se dizer que encontrei uma mais nova amiga.
— Sei como é, eles precisam se alimentar bastante e você também já que a criança está se alimentando de seu sangue.
— Por isso me sinto tão fraca. — suspirei fechando os olhos.
Tem um pequeno vampiro sugando meu sangue dentro de mim, nada apavorante. A verdade é que eu não me importava, contanto que meu filho nascesse forte e saudável.
— Já tentou beber um pouco de sangue? Me ajudava bastante quando eu estava grávida. — Ino sugeriu como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
— Não, definitivamente não. — retruquei me sentindo enjoada só de imaginar.
— Podemos fazer uma transfusão então, você não pode ficar fraca ou fara m*l ao bebê. — Temari apareceu se sentando ao lado de Ino que assentiu.
Soltei um suspiro negando com a cabeça.
— Nada de agulhas, eu... Eu vou tentar a primeira opção. — mordi os lábios passando as mãos pela barriga.
Olha o que me fará fazer pequeno vampirinho.
— A gente pode colocar algumas frutas junto e bater no liquidificador.
— É uma boa ideia.
Fiz careta ouvindo as ideias bizarras de Ino e Temari tentando pensar em coisas boas. Isso é pra mim aprender a nunca mais t*****r com um vampiro.
(...)
— Tia olha encontrei uma flor da cor do seu cabelo. — Ryan correu até mim entregando-me uma flor rosa.
Sorri para o menino colocando a flor no cabelo. Ele era adorável e tudo que eu queria era que meu filho fosse igual a ele.
— Obrigada Ryan.
— Você é muito bonita.
— E você é um fofo.
— Está incomodando a moça filho? — Gaara surgiu atrás de mim e Ryan correu para seus braços.
— Não papai.
Ele abraçou o pai todo feliz e mesmo com uma expressão serena eu podia ver o amor nos olhos de Gaara. Abaixei o olhar para meu ventre imaginando que meu filho não teria esse amor por parte de um pai, será que ele sentiria falta? Não, eu poderia ama-lo por dois.
— Ele é um amor de criança. — comentei tentando não pensar em coisas ruins por agora.
— É, se parece com a mãe. — Gaara concordou.
— Você deve ama-la muito.
— Dizem que nós vampiros não temos coração, mas se isso que eu sinto não for amor eu não sei o que é. — ele me surpreendeu por falar isso tão abertamente.
Gaara parecia sempre tão fechado e frio.
— Ino é uma mulher de sorte. — sussurrei mas ele me ouviu.
— Por que não vai pegar uma flor para sua mãe? — Gaara soltou o filho que assentiu correndo pelo jardim.
— Rosas brancas, mamãe ama elas.
— A criança que cresce em seu ventre é a prova que você também é uma mulher de sorte. Faz um bom tempo que não vejo Sasuke, como ele está? — Gaara se virou para mim.
— Não sei, se afogando na sua própria ignorância talvez. — murmurei com descaso vendo Gaara soltar uma risada.
— Bem que eu imaginei que isso poderia acontecer um dia.
— Vocês se conhecem a muito tempo? — perguntei tentando não parecer interessada.
— É a gente meio que se esbarrou muitas vezes por esses longos anos, ele meio que salvou minha vida e eu devo aquele arrogante até hoje.
— É por isso que está me abrigando em sua casa? — o olhei torto.
— Não exatamente, acho que é meu dever proteger a futura Rainha.
De novo aquela história de Rainha, isso estava fora de questão.
— Não serei Rainha.
— Isso já é uma decisão sua. — ele murmurou encarando os céus que se fechavam.
Uma tempestade estava por vir.
— Sim é minha e essa decisão já está tomada.
Eu construo o meu próprio destino e mesmo que todos digam o que eu devo fazer a escolha final sempre será minha.
(...)
Cantarolava uma música de ninar para meu bebê enquanto lia um livro qualquer deitada em minha cama. Hora ou outra comia uma fruta que Temari havia colocado em uma bandeja no criado mudo.
Estava sozinha no quarto que agora era só meu desde que Hinata resolveu voltar para Konoha a uma semana atrás alegando estar indo verificar como as coisas estava indo. Ela disse que voltaria e eu a fiz prometer que não contaria a ninguém que eu estava grávida, principalmente a Sasuke.
Ele não se importaria de qualquer forma. Quem sabe não está transando com a v***a da Karin nesse exato momento, eles viviam fazendo isso mesmo.
— Preciso parar de pensar nesse i****a.
O que eu estou pensando? Eles estão em meio a uma guerra, tudo por minha culpa. Será que ele ainda está vivo? Claro que está, Sasuke é ignorante demais pra morrer.
Não evitava a preocupação e não conseguia controlar meus sentimentos, a gravidez não estava ajudando. Uma hora eu odiava Sasuke do fundo do meu coração e em outra eu tinha medo de que algo r**m acontecesse a ele.
Preciso parar de ter pensamentos tão divergentes.
— Acabou. — a porta do meu quarto foi aberta e Temari passou por ela.
Me sentei na cama largando o livro a fitando curiosa e ansiosa.
— Sasuke matou o líder deles, todos os membros da Akatsuki estão mortos. — Temari me de um sorriso confiante.
Soltei um suspiro aliviado sentindo as lágrimas de felicidade surgirem, havia acabado, finalmente o tormento tinha acabado. Eu não corria mais risco e nem meu filho, ele poderia ser feliz.
— Temari me ajude a fugir daqui.
— Como? — ela me olhou confusa.
— Eu preciso fugir desse lugar sem deixar rastros.
Eu finalmente iria embora. Era a hora de começar uma nova vida longe de Konoha e dar ao meu filho a felicidade que ele merece.
A mamãe sempre estará com você meu amor.