Capítulo 14

2614 Words
Um Vampiro Em Minha Vida Capitulo XV – Surpresas ❦ Foi tão rápido que eu não consegui acompanhar, Hinata se jogou contra Kiba que se moveu em minha direção, os corpos se chocaram com força caindo pelo chão e logo estavam lutando com uma violência absurda. O caos estava feito, Hinata se mantinha séria e pelo seu olhar aquela luta só teria fim quando um dos dois morresse. Kiba não estava diferente, ele estava disposto a mata-la. Mas isso era o que menos me afligia, eu estava mais preocupada com o que havia acabado de fazer com Sasori. Foi surreal. Como alguém como eu poderia ter tamanha força? A bruxa tinha razão, todos tinha razão, eu não era normal, nunca fui. Estava atordoada olhando para meus punhos quando meu corpo foi arremessado no chão, minha cabeça doeu e o peso sobre mim já me machucava, grunhi segurando as mãos de Sasori impedindo que suas garras me perfurassem. Sim garras por que aquele troço enorme não poderia ser chamado de unha. — Eu vou arrancar o seu coração fora e esmaga-la como um inseto insignificante que é. — rosnou raivoso. Seu olhar assassino demonstrava que ele estava disposto a me matar e não pararia até cumprir sua palavra. Acho que irritei um certo vampiro. Mordi os lábios com tanta força que senti o sangue escorrer por minha boca, os olhos de Sasori ficaram mais ferozes e sua força descomunal. Eu já vi aquele olhar antes, ele queria meu sangue, gritei o chutando para longe conseguindo me levantar ofegante. Tropecei para trás e logo o ruivo estava tentando me acertar outra vez, segurei seus punhos e logo estávamos lutando na mesma brutalidade que Kiba e Hinata. Mas a minha desvantagem era que eu não conseguia ser tão rápida como Sasori. — Desista querida é o melhor a se fazer. Ignorei suas provocações tentando acerta-lo um soco mas ele desviou e meus punhos acertaram uma árvore atrás de si a rachando. Rosnei desviando de uma rasteira que ele me daria. — Até que você é boa gracinha mas eu já cansei de brincar com você. — suas mãos agarraram meu pescoço me empurrando contra o chão sufocando-me. Me debati agoniada, tudo a minha volta girava e eu já me encontrava sem fôlego. Eu não posso desistir depois de tudo, não posso. Todos estão lutando por mim, para que eu permaneça viva, seria uma merda morrer agora. — Eu vou sugar até a ultima gota do seu sangue gracinha. — seus olhos vermelhos cintilavam e as presas já estavam a mostrar. Força Sakura, você não pode desistir agora. Você tem poderes, você pode vence-lo. Algo em mim dava-me forças para continuar. — Não. — gritei enraivecida vendo o inexplicável acontecer. O corpo de Sasori foi jogado longe e começou a queimar, chamas verdes tomavam conta de todo o seu corpo enquanto o mesmo se contorcia e gritava, a cena era aterrorizante e c***l. Me sentei respirando fundo enquanto o observava se desmanchar aos poucos. Pasma eu estava. Hinata caiu com estilo ao meu lado e Kiba se aproximou do companheiro o vendo morrer aos poucos. Meu antigo amigo me olhou seriamente e pareceu vacilar por um instante, sua expressão estava contorcida e os punhos fechados. O rancor era nítido ali, ele me odiava e eu não conseguia entender o porque. Sei que Kiba me traiu mas no fundo eu estava feliz por ele estar vivo. Talvez ele só estivesse sendo usado por alguém. Eu estava pronta para o que viria a seguir, mas Kiba me deixou surpresa ao desaparecer. O moreno havia fugido e isso me causou um certo alívio. Eu não estava pronta para lutar contra ele e talvez nunca estivesse. — Está tudo bem? — Hinata me analisou. Abaixei o olhar segurando a ânsia de vômito. — Nunca estive tão na merda. Dizem que depois da tempestade vem o arco-íris, mas esse não apareceu para mim e algo me diz que não apareceria tão cedo. (...) — Ao leste próximo ao deserto moram alguns de nossos amigos, lá você estará segura. Eles ficaram felizes em saber da sua existência, muitos esperam por você a anos. — Hinata comentou enquanto caminhávamos em direção a Suna. Foi a única opção que nos restou já que o carro estava destruído. Ao menos não estava muito longe pois eu era uma completa Sedentária. — Por que? — Porque você é a escolhida, será nossa rainha ao lado de Sasuke. Balancei a cabeça amarrando meus cabelos em um coque frouxo. Rainha, ouvir isso parece uma piada. — Isso não irá acontecer. — retruquei. — Como não? — Depois do que aconteceu eu não pretendo ficar aqui muito tempo, vou esperar apenas a poeira abaixar para depois voltar ao Alabama, Konoha não deu pra mim. — Você não entende? Tudo só poderá voltar a ser como era antes se Sasuke tomar a coroa e isso só acontecerá se você estiver ao lado dele. Precisamos de você Sakura. — Eu sinto muito Hinata mas não existe Sasuke e eu. E ele não precisa de mim coisa nenhuma Aquele vampiro i****a só se importava consigo mesmo, era um grande insensível. — Eu sei que você está chateada mas ele só quer o seu bem. Hinata era a defensora da pátria. — Ele praticamente me expulsou daquele apartamento justo quando estávamos começando a nos darmos bem. Eu sinceramente não entendo o Sasuke e nem quero ficar aqui para entender. — minhas palavras saíram com dor. Aquele i*****l conseguiu me fazer apaixonar. — Se você for embora será mais perigoso, agora que eles sabem da sua existência não vão desistir até te verem morta. — Que seja, quanto tempo vamos ficar em Suna? — O tempo que Sasuke achar necessário. Pode ser dias ou até meses, Konoha já não é mais segura. — Ele quer realmente se livrar de mim não é? — disse com desgosto. — Você sabe que ele só quer o seu bem. — Hum. Eu não sabia mais de nada. Depois de uma longa caminhada Hinata conseguiu uma carona com um velho fazendeiro. Eu não prestava atenção no caminho e nem na conversa do homem com Hinata, estava cansada demais para qualquer coisa. Observar o deserto pela janela parecia muito mais interessante. Era a primeira vez que me encontrava em um e tenho que admitir que era fascinante. — Chegamos. Ergui olhar pela janela e vi uma grande mansão a nossa frente, grande era um eufemismo, ela era gigantesca e muito linda. — Minha nossa. — sai da caminhonete encarando a mansão ouvindo Hinata agradecer o velho. — Muito obrigada pela ajuda. — Estou aqui quando precisar gata. — o velho piscou o olho e acelerou indo embora. Ergui uma sobrancelha para Hinata que deu de ombros não dando moral para o comentário do homem. — Vamos eles já sabem que estamos aqui. — ela me guiou até o portão que foi aberto assim que chegamos perto. Vaguei o olhar por todo o lugar admirada, era incrivelmente lindo. Tinha uma decoração bem medieval, aquela mansão parecia um palácio. — Quem são vocês? Um garotinho apareceu a nossa frente nos fazendo parar no caminho de pedras, ele fazia uma cara séria e tinha os braços cruzados tentando parecer intimidante. O menino era ruivo e tinha olhos verdes, pelo tamanho deveria ter uns 4 anos. Olhei para Hinata e ela sorriu para o menino que ergueu uma sobrancelha. — Você deve ser o Ryan não é? — Como sabe meu nome estranha? — Ryan não seja m*l educado com as visitas. — ouvi uma voz feminina e olhei além do garoto encontrando uma mulher loira. Ela veio caminhando em nossa direção com um andar e olhar gracioso. Parecia uma boneca fina e delicada, o vestido lilás longo com detalhes em ouro a deixava mais bonita. — Hinata. — Ino. — Essa deve ser a garota. — a loira me olhou com os olhos azuis brilhando e um sorriso gentil. — Essa é a Sakura. — Hinata apontou para mim. A loira me fez um leve comprimento com a cabeça e eu o devolvi. — Sejam bem vindas, venham devem estar cansadas. Mandei preparar um quarto para vocês. — Ino pegou a mão do garoto e voltou a caminhar em direção as grandes portas de madeira da mansão onde dois homens estavam em pé parecendo guardas. Eles estavam por toda parte, os olhos eram vermelhos e se dirigiam diretamente a mim. Hinata segurou minha mão e sorriu mostrando confiança. — Não se preocupe você está segura aqui. — Que lugar é esse Hinata? — perguntei mostrando que não estava me sentindo nenhum pouco segura. Vim parar no ninho dos vampiros. — A família Sabaku no mora aqui a décadas, é a terceira linhagem de vampiros mais poderosa depois dos Uchihas. Gaara o líder deles é um grande amigo de Sasuke, aquela é a Ino a mulher dele e Ryan seu filho, eles se casaram a cinco anos e ela é uma bruxa. Olhei para as costas da loira surpresa, nunca imaginaria que ela fosse uma bruxa. — Oh ela é muito bonita. — É sim e uma grande amiga também. Seguimos a loira pela ilustre mansão e eu não conseguia ficar menos admirada pela beleza daquele lugar. — Fiquem a vontade o quarto é todo de vocês, têm roupas no closet e caso precisem é só me chamar. Estaremos esperando-as no salão de jantar, até mais. Ino nos deixou em um quarto enorme e luxuoso. Eu estava tão cansada que a primeira coisa que fiz foi cair na cama. — Perdemos nossas roupas no carro e olha só o que temos aqui. Olhei para Hinata e a mesma me apareceu segurando um vestido longo. Sua expressão não estava das melhores, ela olhou para suas roupas e depois para o vestido em desagrado. — Lá dentro está cheio deles, nenhuma calça acredita? Ri da sua incredulidade e me levantei com preguiça. — Não se preocupe você com certeza ficará linda neles, vou tomar um banho. Ainda a ouvi reclamando quando entrei no banheiro e tentei não ficar impressionada com a grande banheira que tinha lá dentro. Tirei minhas roupas que estavam sujas de terra e grama e entrei debaixo do chuveiro mesmo. Eu não estava me sentindo muito bem. Acho que todo aquele esforço com Sasori me deixou exausta. Quando terminei o banho Hinata entrou e eu fui procurar uma roupa para vestir. Escolhi o vestido mais simples e menos chamativo que encontrei e em poucos minutos Hinata e eu seguíamos para o Salão de jantar. — Odeio vestido. — resmungou. — Não é a única. Mas assustei quando outra loira apareceu rindo para Hinata. Os cabelos eram cacheados e os olhos verdes, a mesma vestia um vestido longo amarelo. — Ei Temari quanto tempo. — Hinata a cumprimentou. — Bastante tempo. — Sakura essa é a irmã do Gaara. — Olá. — cumprimentei ansiosa para conhecer esse tal Gaara que tanto falavam. Ele deve ser bem poderoso. — Belo cabelo. — ela piscou o olho e murmurou um “ sigam-me. ” Peguei uma mecha do meu cabelo rosa molhado e as segui. O Salão de jantar era enorme como qualquer lugar daquela mansão. A grande mesa estava posta no centro farta de comida. Ino já estava lá com seu filho e três homens a acompanhavam. Todos os olhares caíram em nós especificamente em mim me deixando incomodada. — A garota do Uchiha chegou. — a tal Temari me apresentou e todos se levantaram para me cumprimentar. Respirei fundo mordendo a língua para não ofende-la. Como ela pode dizer algo que não sabe? — Se sinta em casa sou Kankuro irmão de Gaara. — um dos homens se pronunciou apontando a cabeça em direção ao ruivo do outro lado da mesa. Então esse era Gaara? Onde estavam as sobrancelhas dele? Aquilo na sua testa era uma tatuagem? Ele era meio estranho mas parecia amigável. — Olha só o cabelo dela é mesmo rosa, não se ofenda. Sou Shikamaru. — o outro se apresentou e eu assenti. — Esperamos muito por sua presença. Sasuke confiou em nós para mantê-la segura, espero que se sinta bem aquj. — Gaara se manifestou. — Eu não sou nada do Sasuke. — não sei porque disse aquilo mas não queria que eles criassem esperanças falsas. Todos se entreolharam mas não disseram nada. — Sentem-se e sirvam-se. Olhei para Hinata e ela me empurrou devagar em direção a eles, a medida que me aproximava daquela mesa me sentia cada vez mais enjoada, e foi o estopim quando fitei a taça em frente a Gaara, aquilo com certeza não era vinho. Meu estômago embrulhou e eu não consegui correr a tempo para poupar-me uma humilhação pública. Só consegui me virar e colocar meu almoço para fora nos pés de Hinata. O silêncio era absoluto e minha amiga apenas forçou uma tosse e me deu um tapinha nas costas. — Obrigada por essa, você está bem? — Desculpa. — choraminguei cobrindo o rosto com as duas mãos. Por que isso só acontece comigo? — Você está bem? — era a voz de Temari. Balancei a cabeça tentando me manter em pé sentindo náuseas. Por que tudo estava girando? — Sakura fala comigo. — Hinata segurou meus braços me fazendo encara-la. Pisque os olhos com força respirando fundo. Logo todos estavam me cercando me deixando agoniada. — Ela está branca. — Pega uma água. — Ino me entregou um copo de água e Hinata me guiou até uma cadeira. Sentei tentando me recompor bebendo toda a água. — Ela deve estar exausta. — É melhor ir descansar. — Não quer comer nada? — Hinata colocou a mão em meus ombros e eu neguei. — Eu preciso me deitar. Levantei atordoada parando em seguida com o susto de sentir algo se mexer em minha barriga. Engoli em seco cobrindo as mãos em volta do local. Que coisa mais estranha. — O que aconteceu? — ouvi a voz preocupada de Hinata. Eu ainda vou mata-la de preocupação. Levantei o olhar encarando todos não conseguindo dizer nada. Ino se aproximou de mim e eu me surpreendi quando ela mirou os olhos em minha barriga e deles saíam um brilho azul. — Uau. — ela murmurou sorrindo meio surpresa. — O que? — perguntei alarmada. — Olha só, você está grávida. A olhei horrorizada não acreditando no que estava ouvindo. A palavra grávida rondava em minha cabeça me deixando zonza. Voltei a me sentar encarando minha barriga coberta pelo vestido branco, eu estava meio gorda mesmo. Respirei fundo rindo sem humor de toda minha situação e só conseguia pensar em Sasuke. Eu vou matar aquele vampiro. Se ele acha que pode sair fazendo filhos nos outros e depois mandar embora está desgraçadamente enganado. — Sakura espera onde você está indo? — Hinata veio atrás de mim quando me levantei outra vez e segui apressada para a saída. — Matar o Sasuke. Eu vou dar tanto na cara dele que o mesmo vai desejar nunca ter me conhecido. — Sakura sua pirada volta aqui. — Ele acha que eu sou uma chocadeira dispensável Hinata mas eu vou ensina-lo como se trata uma mulher. — empurrei as portas do salão com força as fazendo bater contra a parede. — Eu não acredito que vocês dois transaram. — Nem eu. — levantei a barra do vestido para andar mais rápido. Covarde i****a. — Você não pode sair assim Sakura é perigoso. Se acalma por favor tem uma criança dentro de você. — Não se preocupe não é a criança que está correndo perigo, acho que meu filho vai crescer sem um pai.
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