Um Vampiro Em Minha Vida
Capitulo XVII – Reencontros
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— Sinto muito Sakura mas não posso fazer isso.
— Eu só preciso que me ajude a sair da mansão sem ser percebida Temari.
— E pra onde você pretende ir grávida desse jeito Sakura? Você não pensa no seu filho? — ela me olhava como se eu fosse louca.
Será que ela não entende minha situação? Tudo o que eu estou fazendo é pelo meu filho.
— É por ele que estou fazendo isso, eu irei voltar para os Estados Unidos.
— Acho que já entendi o que está tentando fazer, mas tentar fugir de um vampiro é uma ideia estupida, ele vai te encontrar uma hora ou outra.
— Não quero fugir de ninguém, eu sou livre não preciso disso. — resmunguei a vendo balançar a cabeça.
— Sasuke está vindo buscar você, e eu não tô afim de arrumar confusão com ele.
— Não se preocupe ele não virá, e se vir irá lhe agradecer por ter se livrado de mim. — resmunguei.
Nem tô sendo dramática. Ah qual é? Eu estou chateada, me sentindo descartável por aquele vampiro sem coração.
— Você está com muita raiva dele mesmo em?
— Ele é um i****a.
— Já pensou em tentar resolver os problemas de frente, por que vocês não conversam e esclareçam as coisas? Estão esperando um filho.
— Não, eu estou esperando um filho e se você não me ajudar eu me viro sozinha. — disse certa.
Eu vou embora daqui de um jeito ou de outro, não tem ninguém que irá me impedir.
— Não seja covarde garota, encare aquele Uchiha de frente e resolvam isso, depois se você quiser vá embora mas acho justo ele saber que você está gravida.
— Se eu encarar Sasuke de frente eu vou quebrar a cara dele e eu não estou afim de me estressar.
— Eu ainda vou me arrepender por isso. — Temari suspirou rendida.
— Eu posso ir a noite quando todos estiverem dormindo. — sugeri.
— Vampiros não dormem Sakura. — ela respondeu o óbvio.
— Ah é tinha me esquecido desse fato.
— Eu vou arrumar comida pra você levar, se prepare daqui a pouco eu volto.
— Obrigada. — sorri a vendo revirar os olhos.
— Eu vou entrar em uma encrenca por causa disso. — saiu do quarto resmungando.
Olhei para a porta fechada tentando me animar, vai dar tudo certo, as coisas irão melhorar agora.
(...)
As seis horas da tarde eu estava pronta, vestia um vestido longo verde claro e um sobretudo branco por cima. Temari havia arrumado uma pequena mochila com alimentos para mim e agora estávamos saindo da mansão pelos fundos.
— Esse é Idate ele irá lhe levar ao aeroporto. — Temari me levou em direção a um homem desconhecido que estava parado em frente a uma caminhonete.
Ele me fez um comprimento discreto com a cabeça e eu lhe dei um leve aceno de mãos. Era um vampiro, será que eu poderia confiar? Temari não me entregaria em mãos inimigas.
— Obrigado por tudo. — me virei para ela lhe dando um sorriso fraco.
— Seja feliz garota. — Temari me deu um abraço e abriu a porta do carro para mim.
— Diga a todos que eu sinto muito por ter ido embora assim.
— E eu irei ouvir muito por causa disso.
— Sinto muito.
— Tudo bem, agora vão antes que alguém apareça.
— Tchau Temari.
— Tchau Sakura, cuide bem desse bebê.
— Irei cuidar.
A medida que o carro se afastava eu via pelo retrovisor a mansão ficar distante. Sentia-me m*l e ingrata por não ter me despedido das pessoas que me acolheram tão bem, mas se o fizesse eles não me deixariam partir.
Gaara com certeza avisaria Sasuke e aquele i****a poderia vir atrás de mim, para me fazer m*l só para constar, porque Sasuke é do m*l.
— São duas horas de viagem até chegar ao aeroporto. — Idate quebrou o silêncio entre a gente.
— Tudo bem.
Me encostei no banco de couro observando o deserto a minha volta, o clima estava tranquilo e uma música romântica tocava no rádio.
Será uma longa viagem.
Em um determinado momento olhei de canto de olhou para o motorista calado e o encontrei com os olhos fixos em minha barriga. Me remexi um pouco incomodada, ele era estranho, mas isso é já é normal pois todo vampiro era estranho mesmo.
— O preço pela sua cabeça está muito alto, imagina o que dariam por essa criança? — sua voz fria me trouxe calafrios.
Inferno.
Não ousei me mexer ao sentir a lamina de uma faca sobre minha barriga. Engoli sem seco sentindo raiva de mim mesma. Como eu pude ser tão i****a ao confiar em qualquer um?
— Por favor, podemos conversar se é dinheiro que você quer. — forcei minha voz a não sair desesperada.
A verdade é que eu não tinha nenhum tostão, mas a vida do meu filho estava em risco, não conseguia ao menos me mexer.
Tudo que eu conseguia pensar naquele momento era em meu filho, eu poderia muito bem tentar me livrar desse i*****l mas com certeza o carro se descontrolaria e haveria um acidente. Minha mente estava a mil.
— A escolhida dos deuses está a minha mercê, você tem noção do quanto é preciosa? — sua mão nojenta passeavam pela minha barriga junto com uma faca.
Desgraçado, se ele fazer algo a meu filho irei mata-lo.
— O que você quer?
— Você é cheirosa está me enlouquecendo desde o momento que entrou nesse carro. — sua voz era repugnante
O grito saiu rasgando minha garganta quando ele fez um corte em meu braço, o sangue escorreu manchando minha roupa. O desgraçado riu me olhando m*****o puxando meu braço para sua boca, os dentes afiados me causavam repulsa.
É r**m que eu vou deixar esse infeliz beber meu sangue.
O carro estava rápido e para minha sorte ele não apontava mais a faca em minha barriga ameaçando meu filho.
Soquei o nariz daquele i*****l com minha mão livre e ele grunhiu me soltando. O carro zanzou em zigue-zague na pista e Idate me deu um tapa na cara voltando a segurar o volante.
Meu rosto ardeu com a força descomunal daquele monstro e graças ao cinto de segurança eu não voei para fora do carro.
— c****a. — ele puxou meus cabelos com força e quando pensei que ele me socaria o carro é freado com brusquidão.
Grunhi com a força que o cinto me puxou para trás me mantendo presa ao banco. Idate me soltou e eu tirei os cabelos do rosto vendo o que tinha causado aquela freada brusca.
Ofeguei não sabendo se sentia raiva ou alívio. Sasuke estava parado em frente ao carro, e pela sua cara de cu mais feia que o normal eu sabia que Idate não viveria muito tempo.
E como eu imaginei Sasuke arrancou a porta do motorista e puxou o vampiro i*****l para fora.
Eu poderia aproveitar esse momento para fugir mas seria perca de tempo, então apenas tentei estancar meu sangramento vendo de relance Sasuke quebrar o pescoço de Idate.
Olhei para frente em silêncio me recusando encara-lo. Estava frustrada pois minha fuga havia dado errado, não queria ver Sasuke e agora ele estava aqui bancando o herói de novo, eu poderia ter dado conta sozinha.
A porta ao meu lado se abriu, engoli em seco, sentir sua presença fazia uma grande euforia crescer dentro de mim.
É agora que eu devo socar a cara dele?
Tomei coragem para encara-lo o encontrando com os olhos vidrados em minha barriga. O silêncio tomou conta de nós, Sasuke estava me deixando nervosa e quando ele me tocou eu tive que me manter firme.
Ele estava sentindo nosso filho, se eu não estivesse p**a de raiva e toda ensanguentada eu poderia chorar pois não estava entendendo nada.
Ele não pode fazer isso, Sasuke é um vampiro m*l. Lá vai meu coração traidor começar a bater mais forte.
Coração burro.
Droga será que ainda dá tempo de fugir? Esperei mais alguma reação dele mas tudo que ele fez foi rasgar a barra do meu vestido e enrolar em volta do meu corte que ainda sangrava.
— Vamos para casa. — ele me pegou no colo levando-me para seu carro que estava parado mais a frente.
Vamos para casa? Como ele ousa chegar assim e me dizer uma coisa dessas? Porque minha raiva esta diminuindo? Malditos hormônios, maldito Sasuke.
Ele finalmente olhou em meus olhos e eu tentei não vacilar. Coração traidor.
— Me coloca no chão eu não vou a lugar algum com você. — disse com autoridade mas parece que Sasuke não se importou.
— Achei que você fosse mais inteligente. — disse me colocando dentro do seu carro.
Ele estava estranhamente calmo.
— O que está querendo dizer? — o olhei desconfiada.
Ele me analisava atentamente e isso estava me incomodando. Para de me olhar coisa do m*l.
— Achou mesmo que ia fugir grávida de um filho meu? — perguntou passando o cinto de segurança a minha volta.
Ele já sabia.
— Hinata. — bufei cruzando os braços.
Ela me traiu.
— Esse filho não é seu, é só meu.
— Claro e você fez ele com o dedo. — ironizou batendo a porta ao entrar no carro.
Agora ele estava irritado.
— É uma nova tática de fazer filhos da super certo. — murmurei o vendo revirar os olhos.
— Olha o que aquele desgraçado fez com você, e se eu não tivesse chegado a tempo?
Apontou para meu corte e depois virou meu rosto balançando a cabeça. Minha face deve estar bem vermelha pelo belo tapa que levei.
— Eu daria conta sozinha.
— Sakura você está grávida. — disse me olhando como se eu já não soubesse.
— E qual é a sua opinião sobre isso? — perguntei já agoniada com tudo aquilo.
Seus olhos voltaram a minha barriga e pela primeira vez eu pude ver um brilho diferente em seu olhar.
Será que ele tá com miopia?
— Vamos fazer isso juntos.
Abri a boca não acreditando em suas palavras. Apertei os lábios me sentindo patética e meti a mão na cara dele.
O barulho do estralo foi tão bom para meus ouvidos.
— Por que fez isso? — Sasuke esfregou as mãos no rosto confuso.
— Não sei só senti vontade.
Eu preciso chorar.
— Ta legal. — ele suspirou enrugando a testa.
Soltei um resmungo e lhe dei outro tapa, a cara dele até virou agora.
— O que foi agora? — Sasuke rosnou.
Dei de ombros fechando a cara.
— Do que está reclamando? Tem sorte que não foi um soco, eu ia mirar bem no seu nariz perfeitinho.
— Você está se aproveitando da minha boa vontade.
— Vai me matar por causa disso? Eu posso te denunciar por sequestro.
— É você continua a mesma irritante de sempre. — Sasuke me deu um peteleco na testa e ligou o carro ignorando meus resmungos.
— Você não vai querer que eu liste seus defeitos não é? Eu estou com raiva, p**a da vida com você vai ter que me pedir perdão de joelhos.
— Hn.
Droga senti falta até dos seus “Hns”.
— E só pra você saber eu não te perdoei por ter me enxotado de casa.
— Você está viva agora porque eu te enxotei de casa.
— Exagerado eu poderia ficar escondida de baixo da cama.
— Não existe mais cama Sakura.
— Você vendeu minha cama? — acusei irritada.
— O prédio foi destruído. — me olhou rapidamente antes de voltar sua atenção a estrada.
Pisquei os olhos surpresa, eu já havia me acostumado com aquele apartamento. Sasuke me salvou, de novo.
— Nosso apartamento...Pra onde vamos agora?
— Acho que vamos precisar de uma casa maior.
Deslizei no banco fechando os olhos e segurando o riso. Eu sou péssima em odiar as pessoas.