SR. MÁFIA - Dante

Capítulo 8

Giulia sentiu como se o chão tivesse sido arrancado sob seus pés. A proposta de Dante era tão absurda que ela m*l conseguia processar todas as nuances que a envolviam. Se casar com ele? Era loucura demais, até mesmo para alguém como Dante. No entanto, havia uma parte dela que reconhecia a validade de seus argumentos.

Ela olhou nos olhos de Dante, procurando por qualquer sinal de insinceridade, mas só encontrou determinação. Ele estava falando sério.

"Você está mesmo falando sério?", Giulia repetiu, tentando entender a profundidade da situação.

"p***a Giulia, eu pareço estar brincando?", Dante respondeu, com uma mistura de impaciência e sinceridade em sua voz.

Giulia ponderou sobre todas as possibilidades que aquela proposta trazia. O que significaria para ela se casar com Dante Salvatore? Significaria uma saída da monotonia de sua vida no convento, significaria recursos para cuidar de sua mãe, significaria status e poder. Mas também significaria entrar em um acordo com um homem cujas intenções ela ainda não confiava plenamente, significaria uma vida de compromisso com alguém que ela m*l conhecia.

Ela sentiu um nó se formar em sua garganta enquanto tentava processar todas essas informações. Por um lado, havia uma tentação inegável em aceitar a oferta de Dante. Por outro, havia uma voz interior que alertava sobre os perigos de se envolver com alguém como ele.

"Quarenta e oito horas", Dante repetiu, interrompendo os pensamentos tumultuados de Giulia. "Você tem quarenta e oito horas para pensar sobre isso. Mas saiba que, seja qual for sua decisão, estarei aqui para ajudá-la."

Giulia assentiu, incapaz de articular palavras naquele momento. Ela precisava de tempo para processar tudo o que acabara de acontecer, para entender as ramificações de sua escolha.

Enquanto ela seguia Dante de volta ao corredor do convento, ela se viu imersa em um mar de incertezas. O que o futuro reservava para ela? E o que ela estava disposta a sacrificar em busca de uma vida diferente da que conhecia até então?

Giulia sentiu-se envolvida por uma série de emoções conflitantes enquanto caminhava ao lado de Dante pelo corredor do convento. A proposta ousada que ele havia feito ainda ecoava em sua mente, enquanto uma parte dela lutava contra a tentação de aceitar. Ela se perguntava se seria capaz de confiar em Dante o suficiente para se entregar a um acordo tão arriscado. No entanto, havia algo na maneira como ele a olhava, algo na sinceridade de suas palavras que a fazia questionar suas próprias hesitações.

Enquanto caminhavam, Dante ocasionalmente lançava olhares furtivos na direção de Giulia, como se estivesse tentando decifrar seus pensamentos. Ela podia sentir o calor de seu olhar sobre ela, fazendo com que seu coração batesse um pouco mais rápido a cada vez.

Quando finalmente chegaram ao final do corredor, onde a luz suave do sol da manhã banhava o ambiente, Dante se virou para Giulia, seus olhos buscando os dela com intensidade.

"Giulia", ele começou, sua voz suave e cheia de emoção, "sei que minha proposta pode parecer uma loucura, mas eu realmente acredito que poderíamos fazer isso funcionar. Juntos, poderíamos ter uma vida além das paredes deste convento, uma vida repleta de possibilidades."

Giulia engoliu em seco, sentindo-se dividida entre a razão e a emoção. Ela queria acreditar nas palavras de Dante, queria acreditar que ele poderia oferecer a ela e a sua mãe uma vida melhor. No entanto, uma parte dela ainda estava cética, ainda temerosa das consequências de se envolver com ele.

"Dante, eu..." ela começou, mas suas palavras foram interrompidas quando ele colocou um dedo suavemente sobre seus lábios, silenciando-a.

"Shh", ele sussurrou, sua expressão suave enquanto seus olhos encontravam os dela. "Não diga nada por agora. Apenas me deixe mostrar a você."

Sem esperar por uma resposta, Dante inclinou-se lentamente em direção a ela, seus lábios se aproximando dos dela com uma urgência contida. Giulia sentiu seu coração disparar enquanto o calor de sua proximidade a envolvia, fazendo com que cada fibra de seu ser estremecesse de antecipação.

E então, finalmente, seus lábios se encontraram em um beijo suave e hesitante. Foi como se o tempo tivesse parado ao seu redor, deixando apenas os dois ali, perdidos no calor e na promessa de seu toque.

O beijo começou suavemente, explorando o sabor e a textura um do outro com delicadeza. Mas logo se tornou mais intenso, mais apaixonado, conforme eles se entregavam ao desejo que os consumia.

Giulia sentiu-se deslizando cada vez mais fundo no abismo de sensações que o beijo de Dante provocava dentro dela. Ela se abandonou completamente ao momento, permitindo-se perder-se naquele mar de emoções que ameaçava consumi-la por completo.

Dante era hábil, seus lábios encontrando os dela com uma precisão que a deixava sem fôlego. Ele a segurava com firmeza, mas com gentileza, como se temesse que ela desaparecesse a qualquer momento.

Ela envolveu os braços em torno de seu pescoço, puxando-o para mais perto enquanto se entregava ao calor de seu abraço. Suas mãos exploravam seu corpo com uma necessidade ardente, deixando um rastro de fogo em seu despertar.

Por um momento, tudo o que existia era o calor de seus corpos entrelaçados, o toque de seus lábios contra os dela, a promessa de um desejo que ardia cada vez mais intensamente entre eles.

E então, lentamente, o beijo começou a diminuir, deixando um rastro de ternura e desejo em seu despertar. Giulia sentiu-se flutuando de volta à realidade, seu coração ainda batendo descontroladamente dentro de seu peito enquanto ela olhava nos olhos de Dante, perdida em seu olhar.

"Giulia", ele murmurou, sua voz rouca com emoção, "eu sei que isso pode ser assustador, mas eu prometo a você que estarei ao seu lado, não importa o que aconteça. Eu te amo."

As palavras de Dante ecoaram em sua mente, deixando um sorriso suave em seus lábios. Ela sabia que ainda havia muitos desafios pela frente, muitas incertezas a enfrentar. Mas, por enquanto, ela permitiu-se afundar no calor reconfortante de seus braços, sabendo que, juntos, poderiam enfrentar qualquer coisa que o futuro reservasse.