Quando Marco entra no banheiro encontra Samira adormecida na banheira, o seu sangue gela ao pensar que algo poderia ter acontecido a ela enquanto dormia. Com cuidado ele esvazia a banheira e lava o corpo dela para tirar o sabão, ele pega e enrola o seu corpo numa toalha a levando para o quarto, Marco a veste apenas com uma camisa sua e a ajeita na cama.
Ele toma um banho rápido e se veste, minutos depois Lú entra no seu quarto com uma bandeja nas mãos.
_ Tente fazer ela comer um pouco, trouxe para você também. - Marco olha para a bandeja e vê os dois pratos que ela tinha preparado.
_ Não precisava se cansar trazendo aqui, eu mesmo iria buscar. - diz ele preocupado.
_ Tolice, estou velha e não invalida. - diz saindo pela porta, Marco sorri com a resposta dela.
Marco se aproxima de Samira e começa a dar beijos por seu rosto e pescoço tentando acordá-la.
_ Acorde Samira, precisa comer algo. - insiste ele, lentamente ela abre os olhos, sem dizer nada puxa Marco para si o apertando contra o seu corpo.
_ Fiquei com tanto medo que algo pudesse acontecer com você. - diz ela com os olhos cheios de preocupação.
_ Nada vai acontecer comigo. - diz a tranquilizando. Lentamente ela afroxa seu aperto o soltando.
_ Precisa comer, o dia foi cheio. - Samira se senta e Marco coloca a bandeja a sua frente.
_ Parece bom. - diz ela com um sorriso no rosto pegando o talher.
_ Foi a vovó que fez. - responde enquanto pegava o seu prato.
Marco comia enquanto observava Samira, ele queria ter certeza de que ela estaria bem alimentada e cuidada. Se tinha algo que Marco se orgulhava era de ser provedor, ele gostava de saber que a sua família estava bem e tinha conforto, e olhando para Samira ele queria poder fazer tudo por ela.
Depois que eles comem, Marco pega a bandeja e coloca na mesa se deitando em seguida ao lado de Samira.
Era de Madrugada quando Marco se levantou, em silêncio ele deixa Samira e sai do quarto, entrando no seu escritório ele troca de roupa e vai em direção aos seguranças.
_ Para onde senhor? - pergunta Luca abrindo a porta do carro para ele, depois do que tinha acontecido ele tinha entendido que com Marco era melhor não fazer muitas perguntas.
Marco não reponde penas joga um pequeno aparelho para ele antes de entrar, Luca pego o dispositivo e confere o endereço a sua vontade era praguejar quando vê onde ficava.
Sentado no banco do carro Marco observava o carro cortar a noite escura, Vincenzo tinha sido gentil o suficiente para lhe emprestar um dos seus carros blindados caso tivesse problemas.
A medida que o carro cortava a noite, Marco relaxava já tinha algum tempo que ele não fazia aquilo, não que sentisse saudades, mas era uma excelente forma de controlar a raiva que ainda queimava no seu peito.
Flesh Back on
Marco se lembrava bem do dia em que o seu caminho tinha se cruzado com o de Vincenzo. Era uma tarde fria de inverno e para sua infelicidade quando havia saído da empresa não andou muito até seu carro quebrar o deixando na mão. A rua estava escura e não havia muita iluminação, mas seus olhos captaram o homem que corria pela rua e para infelicidade de Marco foi se esconder justamente onde o seu carro estava, ele observava o rosto firme dele e a forma que segurava o seu abdomem, algo toca em Marco e por mais que ele não o conhecesse ele resolve ajudá-lo.
_ Entre! - diz ele abaixando o vidro. - A menos que queira morrer.
Vincenzo o olhava desconfiado, ele não conhecia Marco, mas tinha algo na forma com que os seus olhos frios o olhavam que dizia que ele poderia confiar nele, sem pensar duas vezes ele entra no carro e bate a porta, Marco trava o carro e desliga tudo, os vidros eram escuros e quem passasse não veria nada.
_ Por que está me ajudando? - pergunta Vincenzo deitado no banco de trás.
_ Não sei. - diz dando de ombros, ele abaixa-se e pega uma pistola que guardava no porta luvas, por um momento Vincenzo vacila pensando que ele poderia fazer algo com ele, mas Marco apenas engatilha a arma e a mantém no seu colo.
_ Pensei que fosse atirar em mim. - diz ele exalando pesadamente.
_ Nem te conheço, por que atiraria em você? - pergunta Marco olhando para ele no retrovisor.
_ Tenho muitos inimigos. - responde simplesmente.
_ Eu também.
Marco se lembrava bem da forma com que Vincenzo o olhava, mas ele não pergunta do que se tratava, alguns minutos depois vários homens armados aparecem vasculhando a rua.
_ Tem como sairmos daqui? - pergunta Vincenzo.
_ Não, deu problema no carro, o motor não quer ligar. - explica Marco de forma tranquila deixando Vincenzo surpreso.
_ Ao menos tem outra arma?
_ Achei que não fosse pedir. - diz Marco agarrando algo de baixo do banco, ele sempre andava com mais de uma arma por precaução, e naquela hora estava feliz por pensar nisso.
_ Vamos sair daqui. - diz Marco Abrindo a porta do seu carro com cuidado, não adiantava ficara ali se os encontrassem seja lá quem for, seria pior.
Naquela noite Marco e Vincenzo experimentaram algo que nunca esqueceriam, eles haviam fugido da morte, assim nasceu o apelido de Marco, " Barão", Vincenzo tinha achado interessante pela forma que Marco agia, era como se ele fosse da realeza, a sua postura e falas muito diferentes das dele, mas ele gostava e por onde passavam as pessoas tremiam diante do Barão, ninguém queria encarar os seus olhos frios.
Flesh Back off
Marco suspira, a amizade dele e Vincenzo eram a mais improvável possível, mas de certa forma havia dado certo e mesmo que anos tenham se passado eles continuavam se vendo ocasionalmente. Marco estava tão perdido nos seus pensamentos que quando percebe tinha chegado ao endereço que precisava. Pegando a sua arma ele desce do carro, estava na hora de derramar um pouco de sangue.