Capítulo 72

1018 Words
Marco entra em outro carro com Samira e os seus seguranças, o seu não estava em condições de rodar pelas ruas. Ele estava agradecido por Lucky ter pensado naquilo. Eles saem do galpão com uma grande escolta armada, ninguém na cidade desejava se indispor com os homens de Vincenzo, o que era algo bom naquele momento. O outro carro que os perseguia havia sido destruído e os homens mortos com a quantidade de tiros que tinha sido disparados. Marco já tinha pedido que a sua avó retornasse para casa rapidamente, não queria que ela se tornasse um alvo fácil dos seus inimigos. A sua maior prioridade naquele momento era deixar a sua família segura, depois ele lidaria como se deve com o seu inimigo. _ Meu Deus Marco! - diz Lú ao ver o estado em que Samira estava. _ Vovó! - diz ela correndo até Lú e se jogando nos seus braços. _ O que ouve criança? - pergunta ela enquanto afagava os seus cabelos com carinho. Marco observava Samira com o coração apertado, ele não queria que ela tivesse sofrido aquele trauma, mas infelizmente não estava ao seu alcance. _ Sofremos uma emboscada vovó, - diz ele enquanto se servia de uma dose de whisky. - Alguém atirou contra nos. _ Você está bem querido? - pergunta ela examinando o seu corpo de longe. _ Estou bem, nenhum de nós se machucou, apenas os seguranças de Samira que estão no hospital recebendo tratamento, conseguiram capotar o carro deles. - Lú olhava o seu neto com os olhos arregalados, ela não entendia o que estava acontecendo e sabia que Marco não diria na frente de Samira. Lú acompanha Samira até o quarto de Marco, ela podia ver o quanto estava abalada com tudo que tinha acontecido. Calmamente Lú prepara um banho de banheira para ela e deixa a sua roupa arrumada. _ Vou fazer algo para comer querida, leve o seu tempo. - diz dando um beijo na sua testa e saindo deixando a porta do banheiro entre aberta. Lú desce as escadas e encontra Marco na cozinha, o seu neto tinha um avental preso ao corpo enquanto cortava alguns legumes, assim que ela entra ele para o que estava fazendo e olha fixamente para sua avó. _ Me diga o que realmente ouve Marco. - diz ela com olhos ferozes. _ Tudo bem vovó, - diz ele suspirando. - Eu tenho investigado a morte dos meus pais já tem um tempo. _ Eu já imaginava isso, você nunca aceitou o que tinha acontecido. - diz ela se sentando a sua frente. _ Consegui algumas informações que provam o envolvimento de uma pessoa no acidente. - aquilo chama a atenção de Lú. _ Como assim? - pergunta, seu coração disparado. _ Não foi um acidente avó, alguém armou para que aquilo acontecesse. - diz ele com a voz baixa. Lú arfa, ela não sabia o que dizer ao mesmo pensar. Durante anos havia imaginado que a sua filha e genro tinham morrido por uma fatalidade, saber que alguém os havia matado mudava tudo o que ela pensava. _ Como? Por que alguém faria isso? - pergunta ela com os olhos arregalados. _ É o que eu estou investigando. _ Então o acidente com Samira... _ Não sei, Diana foi a responsável por aquilo, mas ainda não sei quem mandou. - aquilo ainda o estava frustrando bastante Marco não gostava de não saber de algo. _ Não sabia que ela tinha saído da prisão. - diz Lú. _ Também não, preciso tirar isso a limpo com Douglas. _ A Samira... - começa ela, mas Marco sabia o que ela diria. _ Samira não sabe, ela já está correndo perigo por estar comigo, não vou expor ela ainda mais. - diz ele decidido. _ Oh querido! Não pode esconder isso dela, a única forma de protegê-la é se ela souber o que está acontecendo. - Lú tentava fazer Marco enxergar a razão no meio de tudo aquilo. _ Vovó, não posso fazer isso. _ Você pretende se casar com ela Marco, Samira já está exposta. - as mãos de Marco seguram com força a faca que estava usando, ele podia ver a lógica da sua avó, mas ainda não queria acreditar. _ Eu vou cuidar de tudo avó, em breve não terá ninguém para nos ameaçar. - diz ele com os olhos sombrios. _ Você é tudo para mim querido, e agora é o mundo daquela garrota lá em cima, se cuide não quero perdê-lo. - diz ela com os olhos marejados, Marco larga a faca e da a volta na bancada puxando a sua avó para um abraço. _ Não vai me perder avó, você ainda vai ver os meus filhos e netos. - diz ele dando um beijo nos seus cabelos. _ Eu não sou eterna querido, uma hora eu não estarei mais aqui. _ Não diga isso, o meu coração doí só de pensar avó, te amo. - diz ele apertando-a um pouco mais. _ Também te amo querido, e o meu coração está mais em paz sabendo que você tem uma boa pessoa ao seu lado agora. - diz ela dando pequenos tapinhas nas suas costas. _ Ninguém será capaz de preencher um lugar que é só seu. - um sorriso curva os lábios de Lú. O seu neto nunca demonstrava emoções, mas ao que parecia aquilo estava mudando. _ Chega disso, - diz ela separando-se dele. - Vai ajudar Samira eu faço o jantar. Lú retira o avental dele e lhe dá um beijo na bochecha antes de assumir o seu lugar na cozinha. Marco caminha até a saída e para olhando a sua avó, ele queria poder gravar bem aquela imagem na sua mente, ela era o melhor que os seus pais poderiam ter deixado para ele. Com um suspiro ele sai de lá subindo as escadas. A cada degrau que ele subia Marco pensava como deixaria as mulheres da sua vida seguras, ele tinha sido brando com os seus inimigos, mais ao que parecia estava na hora do Barão sair das sombras.
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