Kai Ballmer.
Mais de um mês se passou, e não sendo medíocre, eu tenho total noção do que o meu nome me proporciona, mas Jesus Cristo!
Eu não me submeti para toda essa besteira.
Primeiro, eu não gosto de burocracia, tão pouco dessas regras malucas, e mais do que isso, o facto de que eles realmente acham que eu as vou seguir.
Eu detesto que me digam o que fazer, se já perceberam, e isso tem acontecido outra e outra vez desde que eu cheguei aqui.
Boom, boom, boom!
- ... - eu murmuro com alguém batendo extremamente forte na p***a da minha porta, e eu abro os olhos sentindo as consequências das minhas tão divertidas ações.
Elas eram divertidas até agora.
A minha cabeça.
Eu oscilo os meus olhos, procurando tentar me sentar, e me levaram mais segundos que o necessário para eu reconhecer o meu próprio quarto.
Eu acho que eu fique mais bêbado do que realmente achei que eu estava.
- ... - um suspiro do meu lado atrai o meu olhar, enquanto eu tento focar a minha visão e silhueta de uma garota é a visão que eu obtenho.
Boa vista com certeza, mas quem diabos é essa?
Boom, boom, boom!
Antes mesmo de eu puder me levantar, a minha porta é aberta me pegando de surpresa.
- Hey, o que está acontecendo? - eu questiono confuso vendo o mordomo aqui.
- Kai... - ele diz num tom de desapontamento olhando para a garota que acordou e se cobriu com os meus lençóis.
Quem é está?
- Minha filha! - que m***a está acontecendo?
Ainda bem que eu estou de boxers, porque quem é essa senhora entrando na m***a do meu quarto, gritando pela filha dela?
Que eu nem sequer me recordo de a ter trazido, eu não trago qualquer moça para essa casa, apenas para o meu apartamento e claramente eu não estou no meu apartamento.
Isso é um cenário que acontece normalmente, mas não aqui.
- Você terá de casar com a pobre da minha filha! - o que eu estou ouvindo?
- Mamãe... - a moça se levanta correndo até a mãe chorando e vestida com a sua roupa interior.
Esse definitivamente não é um cenário normal.
A mulher luta com o próprio olhar sem saber se me encara ou não, com o seu rosto ficando vermelho.
Tenho certeza absoluta que não é pelos nervos.
- Frank, que p***a está acontecendo? - eu questiono.
- Vista-se e desça. - ele simplesmente diz e eu o encaro estupefato.
O que isso significa?
- Por favor, sigam-me. - ele diz para as mulheres na minha frente, as tirando do meu quarto e antes que ele fechasse a porta, o cara me oferece um olhar de repreensão de graça.
Ele trata bem as pessoas que m*l conhece e a mim repreende.
Isso era tudo o que eu precisava.
Eu suspiro sentindo o meu corpo doer, atordoado eu simplesmente vou até ao banheiro.
Não estou funcionando direito, ainda.
Eu faço a minha higiene o**l para ver se isso me desperta, e prossigo lavando o meu rosto quando repentinamente o Frank simplesmente aparece no banheiro como um fantasma.
- Você trouxe uma garota virgem e suburbana para essa casa? - ele questiona fazendo a minha cabeça doer mais.
- Não grite, a minha cabeça... - eu balbucio e ele suspira.
- Todo mundo está lá embaixo esperando por você, se apresse. - ele diz e eu o encaro confuso.
- O que você quer dizer, todo mundo? - eu o questiono e ele me olha bem nos olhos e repete.
- Todo o mundo. - talvez eu esteja começando a voltar aos meus sentidos. - Fique decente e desça. - ele diz saindo e eu suspiro.
O jeito que eu sofri nessa família é insano.
Eu coloco qualquer coisa que encontro e simplesmente desço de elevador, não estou querendo cair usando as escadas.
Eu chego a sala, e oh...
Todo o mundo está realmente aqui, não de bom humor, mas adivinhem eu também.
- O que está acontecendo? - eu questiono.
- O que está acontecendo? - o meu pai repete furioso. - Você trouxe uma garota para essa casa, com tudo o que nós estamos passando, você vem com uma garota inocente aqui e você ainda tem a audácia de questionar, o que está acontecendo? - porque todo o mundo está gritando?
- Isso é porque eu não entendo o que está a acontecer. - eu digo olhando para as duas mulheres na minha frente, a minha mãe me encara furiosa e a minha tia também.
- Eu irei explicar o que está acontecendo para você, jovem rapaz. - a mãe da moça diz se levantando do sofá atraindo a atenção de todos nós.
E eu a observo, ela está com roupas modestas e a moça, com um vestido que parece ser parecido com o da minha mãe.
- Você trouxe a minha filha aqui e a obrigou a ficar com você. - oh, nem que eu estivesse drogado eu faria isso.
- Não diga coisas que possam ser usadas contra você, o meu filho nunca faria isso. - a minha mãe diz e oh, ao menos eu ainda tenho um pouco da confiança deles.
- Mas foi exatamente isso que aconteceu. - ela afirma confiante. A garota continua olhando para baixo, vermelha e aparentemente chorando sem lágrimas.
- A minha menina é uma linda jovem mulher, ela era virgem, e nós viemos de uma família tradicional, ela já estava prometida a casar e agora você arruinou a vida dela! - ela grita agressivamente e eu encaro a menina estupefato.
- Você irá pedir a mão dela em casamento, não terá mais nenhuma discussão para eu ter com essa família, nenhum dinheiro será aceite, e eu irei chamar a polícia e a mídia. - oh, ela está falando alto e claro.
- Por favor, se acalme. - a minha tia diz. - Estamos todos aqui para conversar, deixe eles explicarem o que aconteceu, e... - ela olha para o meu pai pedindo com o olhar para ele mediar.
- Ele irá se casar com a sua filha se o que está dizendo for verdade. - eu olho para ele frustrado e ele faz o mesmo.
- Eu não irei me casar com a filha de ninguém, para começar. Eu nem conheço essa garota. - eu digo e eles olham para mim zangados.
Oh, eu também estou zangado.
- O que você disse rapaz? - a senhora aqui questiona e eu a encaro nos olhos.
- Sente-se. - eu ordeno, e a sua face fica vermelha, mas assim ela o faz.
- Qual é o seu nome? - eu questiono a menina que m*l consegue me olhar nos olhos.
Eu conheço esse olhar.
- E ele nem sequer sabe a p***a do nome da garota... - eu ouço o meu pai murmurar olhando para o teto e colocando as suas mãos no quadril, e eu apenas o ignoro.
Ele se desculpará brevemente.
Eu posso usar todas essas acusações ao meu favor no final do dia.
- Laura... - a sua voz é doce, mas eu sei que ela não é.
Pequena menina má.
- Eu farei a você a oportunidade de dizer a verdade. - eu falo, e a sua cabeça vai para a p***a dos seus pés ao invés dela falar.
- Não ameace a minha filha, ela não vai falar nada porque tudo ficou alto e claro para todo o mundo, você estava nú no quarto com a minha pobre e inocente menina. - como nenhum deles consegue ver que isso é atuação?
E eu estou curioso para saber como elas montaram isso.
A minha tia olha para mim e suspira.
- Eu nunca trouxe garota nenhuma que eu não conheço para essa casa, e se eu o fizesse... os homens que você viu na entrada a colocariam num táxi e a mandariam de volta onde eu a encontrei. - eu deixo isso claro e a sua face torna-se mais e mais vermelha.
- Todos nós sabemos que vocês jovens têm truques. - ela é rápida em retrucar. - Você conhece os seguranças, você sabe como esconder uma garota, todo o mundo sabe como você é com mulheres garoto, está em toda a mídia social. - ela insiste.
- Como você soube que ela estava aqui? - eu questiono-a.
- Ela me mandou uma mensagem, quando você adormeceu, porque foi quando ela pôde, todos essas homens a assustaram, ela estava assustada. - por favor alguém me dê paciência.
- Apenas acabe com essa m***a, Kai. - o meu pai diz. - Assuma o que fez, e nós acabaremos com esse problema. - ele diz, e ele está irritado.
Mas eu também estou.
- Ela disse que eu tirei a virgindade da filha dela e a forcei a isso, quem diabos vocês acham que eu sou? - eu questiono retoricamente.
- Minha senhora, se eu tivesse tirado a virgindade da sua filha ela não estaria apta para correr como ela fez quando viu você. - eu deixo isso claro para ver se trilhamos o mesmo caminho, e a face de todos se torna vermelha.
- Kai... - a minha tia balbucia tapando a sua boca com as mãos chocada.
- E mais, ela estava com roupa íntima vestida, e eu também, eu não tenho certeza de como você costumava fazer com o seu marido, mas ela não estaria disponível para vestir em nenhum momento próximo, tão pouco eu. - eu falo e todos eles basicamente estão parecendo tomates.
- Os lençóis estavam intactos, e outra vez, se eu tenho truques, eu não usaria eles justamente com a sua filha, a sua filha é estrita mas adivinhe, claramente a minha também. - claramente.
- Você está dizendo que não fez isso. - o meu pai diz olhando para mim e eu realmente sinto nojo pelo facto dele achar que eu faria algo assim com alguma mulher.
Eu claramente adoro mulheres.
- Quando foi que eu alguma vez forcei alguma mulher a alguma coisa? - questão básica e eles olham uns para os outros.
Quero dizer, a coisa mais fácil para mim é tê-las de joelhos na minha frente sem nem precisar piscar.
- Os seus seguranças teriam te informado, não teriam? - eu questiono ao meu pai.
- E já que você diz que eu a forcei, vamos ao hospital ver se existe algum sinal de força aplicada nela, e também checar as cameras, porque eu tenho certeza absoluta que todos simplesmente aceitaram o meu destino e não fizeram o mínimo para ver ao menos o que deve ter acontecido. - eu digo olhando para eles, e o olhar de vergonha neles confirma o que eu disse.
- Com isso você está chamando a minha filha de mentirosa. - essa mulher nunca para.
Céus!
- E você está basicamente me chamando de a******r, senhora, você tem dimensão da sua acusação? - eu questiono-a vendo o meu pai pedir pelas filmagens das câmeras de segurança.
E oh, da maneira que essa garota está impaciente e respirando pesado, a maneira que ela está nervosa responde muitas das minhas questões.
- E você também sabe das consequências de mentir sobre esse tipo de crime? - eu continuo questionando.
- Laura, você pode dizer como você entrou nessa casa e o que aconteceu? - a minha tia questiona e a menina começa a chorar.
A minha mãe sem paciência suspira olhando para o teto e começa a andar em círculos.
- Vocês estão tentando destruir mais da nossa dignidade expondo a minha filha e família com essas acusações? - a senhora questiona ultrajada.
- Se provado que eu fiz alguma coisa para a sua doce e inocente filha, eu farei o que quer. - eu respondo-lhe me sentando.
Eu poderia estar dormindo agora.
Tem muita tensão nessa sala, e piorou quando os seguranças trouxeram as filmagens.
As duas começaram a respirar pesado, e para o meu alívio depois de tanta manipulação dessa senhora eu estava começando a achar que eu talvez tenha realmente feito alguma coisa, mas, aqui mostra claramente a filha dela brincando de ninja, e escalando umas escadas até a varanda do meu quarto de madrugada, que obviamente tem uma porta de vidro que dá para o interior do meu quarto.
- Eu acho que nós temos de chamar a polícia para você, minha senhora. - eu sei e ela salta do sofá gritando e chorando com a sua filha.
Eu tenho inúmeras moças malucas me incomodando, mas essa daqui levou a maluquice dela muito a sério.
- Por favor, não... - oh, agora é por favor não.
- Apenas as tire da minha frente. - o meu pai ordena e os homens assim o fazem.
- Eu irei me casar com você UM DIA! - Jesus Cristo, ela afinal não era quieta e recatada.
Ambas desaparecem da nossa vista e cada um cai nos sofás suspirando e eu bato palmas olhando para eles
- Apenas isso? A palavra de pessoas desconhecidas irá ditar a minha vida daqui para frente? - eu questiono zangado.
- Me desculpe bebê. - a minha mãe diz vindo até mim. - Eu peço desculpas. - ela diz me beijando e a minha reação imediata é afastar-la de mim.
- Eu irei viajar hoje. - eu digo me levantando.
- Nós ainda temos coisas por discutir, existem negócios que você começará a cuidar, e sim, você ainda vai se casar. - o meu pai diz e eu sorrio.
- Você não acha que eu ficarei aqui um minuto a mais depois disso, pelo menos eu espero que vocês parem de ser egocêntricos e reconheçam a situação estúpida pela qual vocês viraram as costas para mim. - digo apenas para ser um bocado dramático, porque eu preciso sair daqui o mais rápido possível.
Se a Nerissa estivesse aqui, isso teria sido a coisa mais engraçada de todas ao invés de frustrante, e essa garota não responde a minha chamada fazem três dias, e isso é algo para ser considerado anormal.
- Me deixe saber quando o jato estiver pronto, e por favor prepare as minhas coisas, Frank. - eu peço-lhe e ele olha para o meu pai buscando aprovação que ele deu.
Alívio e euforia é o que eu estou sentindo agora.
Eu preciso sair daqui ou eu perderei a minha cabeça.