Natacha
— Com toda a certeza vocês irão encontrar uma grande mulher, igual o irmão de vocês encontrou Natacha.
Os olhos dos meus homens brilharam travessamente.
— Temos convicção nisso senhor Vitor. E quando esse maravilhoso dia chegar não sairemos mais dos pés dela. — Declarou Fernando, ganhando a aprovação dos seus irmãos.
— Sabe... a nossa Natacha... — Disse meu pai olhando em volta. — ... É muito amada pela família e depois daquele noivo babaca que a traiu...
— Pai! — Mirei ele bastante brava.
Felipe ficou tenso, levando os quatro ao mesmo sentimento.
— O quê foi agora? — Deu de ombros. — Até parece que aqui ninguém nunca tenha levado um par de chifres uma vez na vida. "Tô" certo?
Ele abriu mais os olhos, tentando averiguar, checar algo, estou sentindo.
Os Sampaio quase que ao mesmo tempo olharam para cima, como se questionasse o argumento de Vitor e acabaram concordando mutuamente entre eles.
Céus... onde iríamos parar?
— Mãe faz o seu marido encerrar as averiguações, seja qual for o objetivo final dele. — Reclamei.
— Vitor está constrangendo nossa filha!
— Não estou nada. — Retrucou jogando as mão no ar. — Voltando no que eu dizia... Aquele frouxo do Pedro a traiu com a melhor amiga dela, depois disso nossa filha precisou respirar novos ares e Josué trouxe ela, virando vizinha dele. Resumindo ficamos sem a nossa filhinha. Faz um ano esse acontecido.
Vitor olhou-me saudoso. Ele nunca se conformou sobre a minha saída de casa.
— Pai, sua garotinha cresceu, tem idade suficiente para morar sozinha. — Deixei bem claro.
— Sei disso... — Esboçou olhinhos tristonhos.
— Então! Vamos ao jantar?
Ao me expressar resolvi levantar, chamando eles à mesa, cortando essa nostalgia.
Meu noivo príncipe puxou a cadeira, aceitei sentando, ele por sua vez sentou na ponta. Fernando se apressou na frente de Fabrício, ultrapassando ele, conseguindo se sentar do meu lado. Sua mão atrevida não se fez de rogada, foi tocando as minhas coxas, alisando-as suavemente. Tensa olhei na direção dos meus pais que se encontravam alheios ao que acontecia debaixo da mesa.
Papai usou o assento da outra ponta, ao seu lado minha mãe e ao lado dela Fábio e Ricardo que automaticamente ao se sentarem roçaram seus pés na minha perna. Fabrício tomou o seu lugar à direita de Fernando, e pela sua cara, sabia das travessuras dos seus três irmãos.
Incomodada em ser flagrada tento retirar a mão invasora do meu policial tesudo, mas o danado fincou a mão, irredutível, apertou com força a minha pele, chegando a beirar ao estágio da dor, acabei desistindo de tentar, assim, sua pegada suavizou carinhosamente.
Informei a todos para se servirem.
À mesa é composta por; arroz a mineira, salada e frango grelhado.
Papai havia trazido o vinho que recebera, ele queria abrir e beber conosco.
Felipe pôs a minha comida, em seguida, sucessivamente eles fizeram o mesmo, pondo os seus devidos pratos.
Comemos, não em silêncio total, de vez em quando conversávamos sobre alguns assuntos.
Fernando continuou as suas carícias debaixo da mesa até que seus dedos se enfiaram entre as minhas pernas de forma desenfreada, fazendo-me ficar inquieta na cadeira, tanto que acabei dando um solavanco, batendo o joelho sob à mesa. Doeu!
— O quê houve filha?
Perguntou minha mãe, a multidão me olhava atentamente. De viés notei Fernando exibindo um sorrisinho afetado, estampando sua ardilosidade no canto do seu lábio, bem na hora de levantar o garfo com frango à boca. CRETINO!
— Nada, só me lembrei de algo, foi somente isso. — Ela pareceu aceitar a explicação, voltando a comer normalmente.
Ao terminarmos continuamos a interagir. Bebendo um delicioso vinho. Tudo ia bem, na mais perfeita ordem.
— Então temos um policial, juiz e um advogado. — Fala papai apontando pra cada irmão. — E vocês dois?
— Sou bombeiro. Brigadistas do Rio de Janeiro. — Comentou Fábio cheio de orgulho da sua profissão.
— E eu sou surfista profissional.
Ricardo falou radiante, era a cara dele, meu aventureiro.
— Que profissões interessantes, super distintas uma da outra. Algumas mais perigosas se comparada ao que ouvimos aqui, porém todas tem o seu brilho próprio.
Dona Clarinha parecia uma mãe dos Sampaio falando desse jeito.
— É realmente... E o pai e mãe de vocês?
Observei os irmãos ficarem tensos novamente. Vitor tinha que xeretar?
— Pai você não deveria...
— Tudo bem meu amor. — Felipe lançou um sorriso forçado ao segurar na minha mão.
— Nosso pai morreu há três anos em Madri. Acidente de carro.
Confessou sem demonstrar a habitual tristeza. Nenhum deles mostraram esse luto. Não é pra menos, o homem não prestava, traía tanto a esposa que ela fez os filhos fazerem à promessa.
— E nossa mãe Rosana morreu há 15 anos atrás, vítima de um câncer, essa maldita doença tirou ela de nós. — Lamentou ele, os irmãos abaixaram a cabeça solenemente.
— Sinto muito. Tenho certeza que eles setem muito orgulho de vocês. — Meu pai ganhou a atenção deles. — Os irmãos Sampaio são uma verdadeira família, fico grato que os Fernandes se juntarão à família de vocês. São homens de bem e a cima de tudo amam a minha filha.
Assim que acabou de proferir... Fernando subiu os dedos no meio das minhas coxas.
Por que escolhi logo um vestido pra esse jantar!?
Droga! Seus dedinhos safados acharam o caminho da minha calcinha, de supetão o canalha puxou para o lado, fazendo um dedo afundar dentro da minha f***a, num susto repentino cheguei a levantar da cadeira derrubando a taça, sorte que Felipe virou ela rapidamente, evitando derramar o vinho.
— Vou buscar a sobremesa. — Anunciei quase surtando. — É pavê de prestígio!
— Que delícia!
Escutei mamãe falar antes de sair e andar a passos rápidos em busca da sobremesa na cozinha.
Abri a geladeira de duas portas de aço inox, procurando a delícia me abaixei. Senti um par de mãos masculinas puxando-me bruto contra seu corpo, colando seu corpo quente, alto, viril e másculo ao meu, com sua ereção esfregando nas minhas nádegas. Uma mão sua segurava firmemente a minha garganta e sua outra mão alisa as minhas coxas possessivamente deslizando para cima, por dentro do meu vestido.
Não precisei olhar para saber qual dos irmãos era.
— Eu disse que não aguentaria esperar a noite inteira para colocar as mãos em você, muito menos fingir que não é a mulher da minha vida... Natacha.
A sua voz rouca adentrou em meus ouvidos, deixando-me entorpecida, cheia de t***o.
Continua...