UM CEO INSISTENTE

1974 Words
Ela ouviu passos lentos e discretos, percebeu leves batidas nas portas antes do seu banheiro, era alguém se certificando que não tinha ninguém, então ela levantou seus pés do chão, talvez também estivesse olhando por baixo da porta para se certificar que realmente não havia mesmo alguém e não demorou muito para ouvir as leves batidas na sua porta e conseguia ver visivelmente o sapato social bem engraxado por debaixo da sua porta, mas ela não respondeu às batidas então o trinco da sua porta girou, mas estava trancada, o que foi curioso pra pessoa que estava tentando abrir, então era esperado, ver que ele se abaixou pra olhar por de baixo, mas logo se levantou e retornou. Seu coração estava prestes a sair pela boca de tanto nervosismo, afinal quem poderia ser? Nunca fizeram isso antes, hoje realmente não estava sendo um dia fácil para se isolar. — Aqui é seguro, eu disse que não precisava se preocupar. — dizia uma voz feminina, não estavam muito longe, eles estavam perto da porta de saída, isso fez Florença murmurar irritada. — Eu tenho uma carreira, não posso pôr em risco por causa de você. — Reclamou friamente demonstrando pouca vontade enquanto ela o arrastava pela gravata como um cachorrinho. — Eu não sou bonita o suficiente pra isso! — disse quase sussurrando em seu ouvido, Florença continuava a prestar atenção na conversa e aquelas duas vozes não pareciam ser estranhas, isso porque não eram, ela ainda não havia percebido quem era. Tentou abrir a porta o mais discretamente possível após ser tomada pela curiosidade e por uma pequena brecha conseguiu ver uma das garotas que estava no treino de vôlei com ela, a minerva! Isso fez suas pernas bambear "com certeza aquele homem é professor" e logo ela recordou daquele terno e a camisa de colarinho alto, é o mesmo Homem que ela havia encontrado na biblioteca! "Que imoral! Como pode se envolver com as alunas...." Naquele momento ela lembrou de Isis e do professor que ela tanto falava e supôs que fosse esse, ele é alto, bonito e elegante como poucos naquele campus, porém nenhum seria tão descuidados, então ele parecia mais próximo do que ela descrevia, ela conseguia ver ele claramente em um beijo intenso e colado com a aluna, podia ver suas mãos correndo pelo corpo de minerva de forma explícita enquanto minerva bagunçava seu cabelo liso e brilhoso logo descendo e se escondendo por dentro do seu blazer, Florença começou a se sentir constrangida suas bochechas votaram agressivamente enquanto observava ele apalpar suas coxas subindo sua saia a fazendo se esconder novamente, mas ela estava no seu limite de impaciência sem ter a mínima ideia do que fazer, essa era uma cena que ela queria evitar a todo custo logo que percebeu que o beijo iria muito além de abraços. — droga! — sussurrou baixinho. "É agora! Eu tenho que sair, não quero presenciar esse tipo de show. Florença puxou bem seu capuz cobrindo todo seu rosto deu um passo atrás colando na parede tentando se afastar o máximo que podia da portadá porta e deu uma voadora brusca na porta, m*l percebeu que quase quebrou, o professor e minerva levaram um susto pavoroso, ele tentou rapidamente abotoar a calça enquanto minerva levantava sua peça íntima, Florença andou cautelosamente encarando a porta com o olhar desviado deles que agora estavam encostados na parede um do lado do outro como se esperassem um policial os revistar, eles permaneceram a encarando como se tivesse vendo um fantasma. "Estou quase lá... A maçaneta está bem ali, não os encare... Não os encare!" pensava ela andando cautelosamente como um ser espectral corcunda tentando esconder sua identidade. Foi um alívio alcançar a maçaneta no momento que conseguiu abrir a porta, correu para fora do salão como se corresse do fim do mundo. — Florença! — gritou a professora após todas as suas folhas voarem e ela ir ao chão junto com Florença que caiu de barriga no chão deixando a professora totalmente desconcertada após cair batendo a traseira recebendo uma chuva de páginas que estavam empilhadas em suas mãos. Ela ajudou a professora a recolher as folhas junto com outros alunos sem dizer uma única palavra enquanto os alunos a encaravam sem entender, sem ao menos saber o que falar. — desculpa professora… — Disse envergonhada sem conseguir encarar a professora que ainda se recuperava. — Direção! Agora! — disse irritada, um dos seus saltos havia parado metros de distância com o tombo enquanto Florença ainda mantém o capuz escondendo seu rosto, mas ainda estava muito perto da porta do salão de esportes, sua mente travou quando viu a porta abrir, ela só estava poucos metros de distância. — FLORENÇA! VÁ PARA… — ESTOU INDO AGORA! — Gritou enquanto corria corredor a fora, ainda houve tempo do professor a ver correndo e sumindo feito fumaça. — Florença? — indagou curioso, pegando o sapato da professora e a entregando em mãos a deixando vermelha de vergonha. — obrigada professor Orfeu. — agradeceu calçando novamente seu escarpim. — que bagunça! — disse ele olhando ao redor. — ah... Florença, ela está sempre correndo. — Florênca? — sim! Achei que tivesse visto, ela saiu da mesma sala que o senhor, não a viu? — não! Eu não vi que tinha alguém! — mentiu se fazendo de desentendido. — eu tenho que ir até a direção, preciso... Resolver isso, ela é uma aluna exemplar mas nem por isso podemos deixar esse tipo de atitude passar. — disse enquanto pegava os papéis que os alunos lhe entregava. — ela vai está lá na direção? — perguntou demonstrando curiosidade. — sim! Primeira advertência… — disse desapontada. — eu te acompanho, me dê! — disse, pegando os papéis da sua mão. Enquanto seguiam pelo corredor todas as meninas que passavam o olhava com um sorriso bobo mas disfarçando após ver a professora as encarando como se as repreende-se ao mesmo tempo que orfeu seguia ignorando. — parece que está bem popular apesar do pouco tempo aqui. — comentou a professora sorrindo timidamente ajeitando seu cabelo atrás da orelha. — talvez sim! — sorriu a deixando vermelha, essa era a sensação que ele causava nas mulheres e as deixava sem reação, mas que não fazia diferença pra Florença que em apenas um dia fugiu dele duas vezes. Ela foi para a diretoria, era comum os alunos esperarem do lado de fora em um banco de espera reservado, porém Florença nunca havia ido pra diretoria então ela entrou tão bruscamente na sala que fez o diretor se engasgar com o próprio café, ignorou totalmente o ocorrido e também o diretor e sentou-se em uma cadeira no canto da parede depois do gaveteiro como se estivesse sido colocada de castigo onde ninguém que entrasse a pudesse ver. — O que faz aqui? — É... A professora de história me mandou vir. — Disse tentando fechar o capuz no seu rosto. — por que? — disse calmo voltando a bebericar seu café. — Eu praticamente dei uma voadora nela, e então ela voou pelo corredor da escola deixando um sapato pra trás e… A chuvas de confete. — disse choramingando, o diretor quase cospe o café segurando o riso, não que ela goste de fazer piada, mas às vezes tinha medição das palavras. — Qual o seu major? — ciencias contábeis e secretariado. — já é um formando? — não! Falta o último semestre, estou nas férias fazendo atividades extra curriculares. — entendo… — diretor, boa tarde. — entrou a professora de história, ela ainda não tinha visto onde Florença havia sentado, como não a encontrou achou que tivesse fugido. — ah... Aquela garota! Eu a mandei vir aqui, ela não podia ter fugido. — murmurou aborrecida. — Boa tarde diretor! — Ela também incomodou você? — Quem? — A aluna? — Disse apontando para Florença no canto do armário que escondeu o rosto envergonhada. — Esse jovens de hoje em dia fazem uma bagunça, como pode incomodar dois professores? — Disse sendo rigoroso enquanto Florença agora entrelaça as pernas demonstrando nervosismo. — Não... Eu estava acompanhando a professora. — Explicou orfeu rapidamente. — Florença, venha aqui por favor! — ela se levantou imediatamente ainda com a cabeça baixa e se aproximou da sua mesa. — Desculpe professora, eu só estava... — parou uns segundos refletindo "Que droga! Não posso dizer a verdade, isso… e se eu disser?" Pensava enquanto orfeu engolia em seco esperando sua resposta. — olha, Florença, sei que está passando por momentos difíceis aqui no campus, mas já estamos lidando com os agressores, mas é difícil desde que os alunos transformaram isso em uma cultura no campus. — Disse a professora. — mas isso não justifica as suas atitudes ultimamente vive correndo para todos os lados. — ah alguém te perseguindo? — perguntou o diretor. — Não! — Estão te incomodando ainda? Estamos tentando tirar isso do campus, mas se tiverem algo particular contra você, podemos dar um jeito, aqui todos os nossos alunos são bem tratados. — Disse com vigor como se quisesse se exibir. — não! Está tudo bem, eu só estava atrasada. — Está bem! Dessa vez só leva um aviso, essa é a primeira vez, mas se levar três advertência você é suspensa, só não perderá nota porque está de férias, volte para suas atividades. — está bem. — o professor a encarava tentando ver seu rosto, mas sem êxito, ele não sabia que ela era a mesma menina da biblioteca. — e tira esse capuz do rosto! — ordenou a professora irritada, mas ela ignorou. Saiu da diretoria e seguiu a passos largos já que não podia correr, era sua primeira vez, tanto tempo estudando nesse Campus nunca precisou de um aviso, ela m*l havia conseguido trocar de roupa, contudo para ela a calça moletom e o casaco não pareciam tão m*l assim, na verdade ela se sentia muito mais confortável com essas peças. — ei, garota estranha. — ouviu uma voz ofegante atrás dela se aproximando. quando ela se virou finalmente viu realmente como era o professor, alto já sabia mas com certeza ele era bastante bonito, Isis não brincava quando dizia que ele era um dos professores mais bonitos, sua boa forma sua forma de se vestir como se fosse alguém importante, dispensava qualquer sugestão de moda, ficava perfeito com aquele terno e camisa de colarinho alto cobrindo o pescoço e um colar discreto que parecia um discreto relicário, seu cabelo n***o, liso penteado pra trás, ele parecia ter arrumado no banheiro, já que minerva o havia bagunçado, mas não parecia ser muito difícil o colocar no lugar de novo. ainda assim, tudo que ela sentia era um tipo de repulsa, queria ficar longe, ainda mais depois do que viu, então o deixou lá em pé confuso com cara de indagação, ela lembrou dos seus óculos que havia deixado na biblioteca, então conseguiu despistá-lo depois de alguns minutos, então voltou a biblioteca. Laura também a encarou com indagação, ficou surpresa de ver ela entrando sem correr ou esbarrar em algo. — oi, Laura. — olá... — eu... Vou pegar uma coisa que esqueci, tem alguém lá? — perguntou baixinho ao chegar na mesa dela. — ah não, pode ir. — obrigada! — e seguiu até por entre as estantes. " Nossa, ela fica tão diferente quando coloca o óculos" pensou Laura a olhando a se afastar. — ah professor… — fez tentando lembrar seu nome. — Orfeu! — sim! Posso ajudar? — entrou uma aluna... É... Meio estranha, como dizer... mais ou menos ela usa óculos e umas roupas enormes. — ah, ela seguiu por esse corredor. — disse sem dar muitos detalhes, seria arriscado eles saberem que Laura contou pra ela sobre o local particular. — obrigada!
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