Meninas, estou escrevendo e postando, sem revisão, por causa de tantos pedidos. Já me desculpem por qualquer erro de português.
E não esqueça de comentar se está gostandooo :D
A moça me acompanhou até um elevador que ficava em um anexo perto da recepção. Havia apenas dois botões no elevador. Ela apertou o C e eu aguardei. Depois de alguns instantes o elevador abriu a porta para um hall.
- Só seguir em frente. - Ela era muito educada.
- Obrigada. - Caminhei calmamente para fora e a porta fechou atrás de mim. Respirei fundo e segui por onde ela me orientou. No final havia uma porta dupla enorme, preta e eu soube que ele estaria em aguardando ali dentro. “O que estou fazendo aqui afinal, eu deveria ter ido embora!”
Meus pensamentos oscilavam. No fundo eu queria encerrar aquilo. Deixar claro que não nos veríamos mais, que ele poderia esquecer a ideia de investimento e eu iria embora. Fiquei encarando a porta por um bom tempo, sem coragem de bater, eu não estava nem um pouco ansiosa de encerrar tudo aquilo, mesmo precisando. “Quem você quer enganar? A verdade é que você se imaginou com ele várias vezes, sentindo o corpo borbulhar de prazer nas mãos dele.” Respirei fundo com o pensamento. Eu não sabia o que esperar, nem como agir. Uma coisa era fato: Eu não poderia encontrá-lo mais. Do momento que encontrei ele naquela sala até agora eu cheguei a conclusão que não era seguro ficar perto dele. Eu iria me perder nele. A tentação era demais, e eu era noiva. Agora, de verdade. Diferente de antes, eu estava disposta a ter uma relação de verdade com o Jonas, e isso colocaria tudo em risco. Eu seria forte, deixaria claro que não teríamos nenhum tipo de relação, bem pessoal, física muito menos profissional. Eu seria forte e controlada. Esses seriam os termos e eu iria embora em seguida.
Bati na porta e aguardei. Em menos de 5 segundos a porta abriu e Valetim me recebeu.
- Entre Senhorita, ele está te aguardando. - Me deu espaço e eu dei um passo para dentro.
- Obrigada.
- Por nada. - Ele passou por mim, saiu e fechou a porta. Eu estava em uma sala grande, com uma vista de tirar o fôlego. Estávamos na cobertura do prédio, e eu não pensei o que encontraria ali, mas sem dúvida não imaginava uma sala tão iluminada e espaçosa. À minha direita havia uma mesa muito grande com uma estante no fundo, cheia de livros e materiais de escritório. Uma mesa de sinuca no meio e a esquerda um sofá bem grande com um tapete felpudo. No fundo havia uma varanda de ponta a ponta com vista para São Paulo inteira. Eu imaginei que dava para ver até a minha casa dali.
- Me fazer esperar é prazeroso para você? - A voz me atingiu antes da visão dele saindo de uma porta perto de mim. Ele havia tirado o paletó e soltado o nó da gravata. A camisa branca estava com um botão aberto e ele estava incrivelmente lindo. Me esforcei para respirar.
- Não foi a minha intenção, desculpe. - Não me mexi quando ele deu um passo na minha direção.
- Eu acho que foi. Que sua intenção é justamente me matar de ansiedade por esperar por você. - Ele se aproximou mais. - Beba algo comigo, vamos conversar, Emy. - Ele caminhou até o bar ao lado do sofá e serviu dois copos. - Whisky?
- Não bebo esse horário. Tenho compromissos a seguir. - Ele me olhou sério e serviu um segundo copo com whisky.
- Tem mesmo. Mas não os compromissos que pensa. - Ele apontou para a poltrona. - Sente-se Emily.
Meu corpo respondeu antes que eu me desse conta, caminhei e sentei.
- Posso saber onde estão as minhas coisas? - Ele me estendeu o copo e sentou no sofá, que era bem perto da poltrona que eu estava.
- O Valentim guardou tudo, fique tranquila que sairá daqui com tudo o que quiser. - Senti o duplo sentido das palavras dele.
- Porque eu tenho a impressão que tudo o que você fala tem dupla intenção? - Dei um gole longo na bebida e soube que foi um erro, o calor me invadiu e eu estremeci, sabendo que o calor que já percorria o meu corpo só aumentaria.
- Porque é exatamente isso. Na verdade… - Ele apoiou o copo na mesa. - esse jogo está me fascinando.
- Não existe um jogo. - A intensidade do olhar dele mexia com os meus sentidos.
- Não só existe como você começou. E não estou falando da proposta absurda de investimento, isso o Cadu vai se virar para cobrir, porque não importa o que te ofereçam, eu vou investir na sua empresa.
- Eu não vou aceitar. - Sustentei o olhar dele e ele sorriu novamente.
- Bem, você está tornando isso melhor ainda. Qual o problema aqui?
- Não existe um problema. Você é ex-sócio do meu pai. Tivemos uma experiência muito íntima, foi ótima e acabou. E agora percebo que vir até aqui foi um erro. Por isso, retiro oficialmente o pedido de investimento.
- E eu quero tirar sua roupa. - Opa. Eu não sabia como rebater aquilo. - E agora, o que eu faço, Emy?
- Me chame de Emily, por favor. - Ele puxou a gravata do pescoço e abriu mais um botão.
- Emily, eu quero te chamar de minha. - Encostei na poltrona, sentindo minhas pernas tremerem. Cruzei as pernas em uma tentativa inútil de amortecer as sensações que me atingiam entre as pernas.
- Vamos parar com isso Marco, imediatamente. - Respirei fundo, para organizar meus pensamentos. - Estou noiva, sou filha do seu ex-sócio e essa relação não pode acontecer. Por favor, pare. - Ele inclinou o corpo pra frente, e agora se quisesse me tocar, bastava estender a mão.
- E ainda assim está aqui. - O olhar desafiador dele era uma tentação das grandes.
- Eu estou aqui apenas para deixar claro que nossa relação não existe. Pelos motivos que listei e principalmente porque aquela noite foi um erro, eu estava fora de mim e não vai acontecer de novo.
- Eu não me importo com nenhuma dessas coisas. - Engoli a saliva com força, sentindo a umidade aumentar na minha calcinha. - Honestamente, você me encantou desde o primeiro momento, e seus sumiços fizeram eu perder a cabeça… Eu não me importo com nada disso.
- Você deveria se importar com os meus motivos.
- Sabe com o que eu me importo? - Ele apoiou a mão no meu joelho e meu corpo entrou em curto. - Com as muitas formas que posso te fazer goz4r.