Agora fud3u!

1146 Words
Surpreendendo um total de zero pessoas, o Jonas disse que não poderia cobrir a oferta, assim que sentou no meu sofá naquela mesma noite. Levantei e servi um copo de whisky pra mim e um pra ele. - … É complicado cobrir uma oferta dessas. Eles estão oferecendo 3 vezes mais. - Entreguei o copo para ele e bebi o meu, ainda em silêncio. - O que exatamente você ofereceu para receber uma proposta dessas? - Meu pensamento voltou imediatamente a mesa de sinuca, a tortura deliciosa e aos meus gritos. Fechei os olhos e respirei fundo, tentando mudar o rumo dos pensamentos. - O CEO é ex-sócio da White. Ele conhece os produtos. Sabe do potencial. - Jonas me encarou, pensativo. - E por isso ele quer participação societária também? - Eu assenti. - E te tornar sócia? - Isso foi apenas para me irritar, porque afirmei que não aceitaria a proposta dele. - Você é idiot4? - Ele perguntou e depois riu. - Mesmo que eu queira muito trabalhar com você, é uma proposta irrecusável. - Olhei para o meu noivo com vontade de rir. Ele não imaginava o tipo de proposta irrecusável que o Marco estava me propondo, por isso falou aquilo. Se ele imaginasse… - Não fale assim. Eu não sou idiot4. Ele me afrontou, achando que o negócio seria dele. - Porque ele quer pagar e você precisa… Olha, eu sei que você quer fazer as coisas do seu jeito. - Ele se aproximou de mim. - Mas tem alguns sapos que temos que engolir para que o negócio ande. - A memória do que eu engoli do Marco voltou nitida na minha mente. O quarto privado na casa de swing, o p4u dele na minha boca. Fechei os olhos de novo e suspirei. Aquilo não daria certo. - Aceite. Salve a sua empresa e depois do tempo de contrato e devolução do investimento você rompe com eles. Bebi o whisky em uma golada. O Jonas tinha razão. Ninguém cobriria aquela oferta. O Garcia não adequaria o que eu pedi. Eu não tinha tempo. - Vou pensar… - Jonas chegou mais perto. Colocando o cabelo atrás da minha orelha. - Não tem o que pensar. São 3 milhões Emy. É o triplo do que você precisa. Imagine o que você poderá fazer pela empresa. - Eu imaginava, claro. Em meio a raiva do Marcone eu imaginei exatamente o nível que a White poderia chegar. E imaginei todos os lugares que poderia trans4r com ele enquanto isso. E esse era o problema. Eu não tinha controle sobre o meu corpo perto dele. “Você não conhece as suas próprias vontades”, foi a frase que ele usou. Massageei a temporada para clarear os pensamentos. Eu não conhecia todas as minhas vontades, ele tinha razão. Mas a vontade por ele eu conhecia de cor. Eu sabia exatamente como o meu corpo pulsava só de pensar nele. E isso seria a minha ruína se eu tivesse contato direto com ele. A solução era romper qualquer relação. - Hoje você não vai resolver nada. - Jonas falou. - Vamos jantar? Quero te levar em um restaurante novo. - Não sei se to no clima. - Admiti. Minha cabeça estava cheia devido ao dia. - Por favor. - Jonas fez um biquinho e eu não pude deixar de sorrir. - Vamos.... - Aceitei relutante, para distrair a cabeça. Depois de uma hora estávamos atravessando o hall de entrada de um restaurante muito chique. - Mesa para dois? - Um rapaz muito elegante perguntou sem nos dar muita atenção. - Temos uma reserva, em nome de Garcia. - O rapaz sorriu sutilmente. - Senhor Garcia, me acompanhe por favor. - O nome sempre abre portas. Eu vivi isso a vida inteira. Caminhamos em meio a muitas pessoas que jantavam e conversavam em tom baixo. Um som de piano tocava ao fundo e agradeci internamente por ter me arrumado, porque em algum momento pensei em vir direto. - Como solicitado, a melhor mesa. - O rapaz falou. Era de fato a melhor mesa. Ficava próximo a uma queda d’água e um pouco afastada das outras mesas. Sentamos e uma moça se apresentou. - Meu nome é Sol e vou servi-los essa noite. - Ela era sorridente e simpática. Tudo parecia chique e caro, exatamente como os Garcia gostavam. Assim como a minha família também gostava. Observei todos ao redor e questionei mentalmente se alguma daquelas pessoas realmente eram de verdade ou só viviam de aparências. Jonas fez o pedido e estava decidindo o vinho quando voltei a atenção para ele. Conversamos por um tempo, ainda sobre os investimentos e logo que o jantar chegou, ele me pediu um filé mignon com purê de abóbora (eu odeio abóbora) e ele pediu com batatas para ele. - Obrigada. Não percebi você fazendo o pedido. - Sorri enquanto olhava aquela espuma laranja no meu prato. - Para você manter o seu corpo como está deve evitar muito carboidrato. - Olhei bem para ele, tentando entender onde ele queria chegar com aquilo. - Entendi. - Me limitei a responder. Comemos em silêncio e não toquei no purê. Ele percebeu mas não comentou nada. - Sobremesa? - Sol perguntou enquanto eu bebericava o vinho. - Não, estou satisfeita. Obrigada. - Ela arregalou rapidamente os olhos e virou na direção dele. - Vamos Emy, me ajude. - Olhei para ele tentando entender o que ele queria. - Aceite a sobremesa. - Mas… - Ele me interrompeu. - Traga o que você tem de melhor. - Ela assentiu saindo em seguida, depois de limpar nossa mesa. - O que você está planejando? - Ele sorriu. - Você logo verá. - Continuei bebendo distraidamente, ainda avaliando as pessoas no salão e então senti todo o sangue sumir do meu corpo. Em uma mesa, não muito longe da nossa, um pouco mais próxima da queda d’água, Marcone me olhava fixamente. Senti o corpo acender de imediato com a profundidade do olhar dele. Sua expressão era séria e ele fingia prestar atenção à moça que estava com ele. Mas nem piscava olhando para mim. Sol voltou, com uma bandeja e colocou na minha frente ao mesmo tempo que Jonas se colocou de pé e em seguida ajoelhou me assustando. - O que você está fazendo? - Perguntei baixinho. - Sei que já estamos noivos, mas eu gostaria de te fazer um pedido formal.- Ele abriu uma pequena caixa com as mãos, um anel com uma grande pedra estava depositada ali. A sobremesa tinha as palavras casa comigo escritas em cima de um bolo de chocolate. Olhei a cena toda começando a entender o que estava acontecendo. Encarei o Marcone novamente e ele estava com uma expressão de fúria que me assustou. - Emily White, você aceita casar comigo meu amor? - Jonas pediu e eu queria sumir.
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