Ações e ameaças

1026 Words
Adicionem aos favoritos / biblioteca meninaaas por favor <3 Assim que começamos a nos vestir, eu pedi uma bebida. - Eu gostaria de terminar aquele whisky agora. - Ele ficou com a camisa aberta enquanto me servia e eu fechei a blusa mais rápido do que gostaria. Meu corpo ainda tremia e eu precisava de qualquer coisa que acalmasse os meus nervos. Quando ele me estendeu o copo eu dei uma golada. - Precisando molhar as palavras? - O sorriso dele era encantador e sempre seguido de algum comentário que me atingia no meio das pernas. - Sim. - Confirmei. - Precisamos conversar. - Eu me deixei envolver pela sedução dele e agora eu não tinha ideia em como eu colocaria um fim nisso. Nem se eu deveria. - Falemos do investimento então. - Ele sentou no sofá e deu um tapinha no lugar ao lado dele. Eu neguei com a cabeça e sentei na poltrona. - Duas coisas: Vou manter uma distância mínima de você para conseguirmos conversar. - Ele sorriu mais. - E precisamos falar do que aconteceu agora. - A primeira eu concordo, por enquanto… A segunda, não vejo o que existe para conversar. Você queria tanto quanto eu. - Dei um novo gole acabando com a bebida. - Mais? - Eu assenti. - Não estou dizendo que não queria. E esse é o problema. Talvez para você uma relação casual não seja um problema… - Quem te falou que é casual para mim? - Olhei as costas dele enquanto ele enchia o meu copo. - Temos opiniões bem diferentes sobre essa relação, Emily. - Essa relação nem existe. - Ele me estendeu o copo e falou provocante. - Seus gritos dizem outra coisa. - Sentou e relaxou no sofá enquanto eu bebia outro gole. - Foi sex0. Um descontrole momentâneo… - Ele continuou me encarando. - Que não vai se repetir. - Então foi uma despedida? - O alívio me inundou. - Exatamente. - Concordei já sentindo uma sensação incômoda no peit0. - Se eu soubesse que seria uma despedida, não teria deixado você vestir a roupa. - Ele pegou o copo da minha mão e terminou de beber o whisky. - Mas isso é relativo não é mesmo? - O que você quer dizer? - O whisky tinha me relaxado e meu corpo estava dolorido da quantidade de vezes que goz3i. - Que agora, você diz que não pode acontecer mais nada, e ainda assim não para de me olhar com cara de safad4. - Eu tive um ataque de riso. - Desculpe… Eu não estou te olhando com cara de nada. Estou normal. - Ele riu. - Vou te fotografar para você entender o tipo de cara que está fazendo. - Me arrumei na poltrona. - Então, você está dizendo que transarem0s outra vez pela minha expressão? - É um dos motivos. Mas precisamos passar mais tempo juntos para que eu faça uma lista. - Não passaremos tempo nenhum juntos. Não nos veremos mais. - Afirmar aquilo foi quase doloroso. - Eu não sei se está tentando me enganar ou se convencer. - Estou afirmando, assim que eu sair por aquela porta, não nos veremos mais. - Isso será complicado, já que nossa relação profissional está a ponto de ser estreitada. - Eu recuso qualquer investimento. - O desafio atravessou o rosto dele. - Não é você que assina, certo? - E eu soube que ele faria qualquer coisa, inclusive procurar o meu pai, para fechar negócio. - Não o envolva nisso. É entre nós dois. - Ele suspirou e inclinou o corpo na minha direção. - Seria se ele não tivesse quebrado a empresa e você precisasse desesperadamente de ajuda. - A mudança na expressão dele me surpreendeu. - Nós dois sabemos o tipo de coisa que o Maurício preza. Assim como a Ema. - O sorriso que dominou o rosto dele foi frio e sombrio. - E eu lidei muito tempo com os dois para saber exatamente como convencê-los. - O incômodo aumentou e eu me senti acuada. - É muito mais complicado que isso. - Ele não imaginava o tamanho do problema que ele poderia me arrumar. - Envolve muitos pessoas. - Pessoas sempre querem algo, na maioria das vezes é dinheiro, e eu tenho dinheiro e poder para conseguir o que eu quero. - O homem que tinha me seduzido e me levado à loucura não estava mais ali, eu estava conversando com outra versão dele. - Marcone, você faria isso só para provar que está certo? Pra me manter presa a você de alguma forma? - A amargura tomou a minha boca e senti necessidade imediata de correr. - Você não imagina o que eu faria para te ter, Emily. - Eu levantei. - Eu não sou um objeto, que você pega e faz o que quer. - Eu finalmente perdi a cabeça. - Não, você é feita de carne, osso e muito fogo. Fogo esse que eu quero aumentar cada vez mais. - Pode esquecer. - Refiz meu coque enquanto me preparava para ir embora. - Sobre o negócio, estou em vias de fechar com o meu futuro sogro e meu noivo. - Ele levantou as sobrancelhas. - Sobre mim, eu vou me casar em algumas semanas e tudo isso não passará de uma lembrança infeliz de péssimas escolhas que fiz. - Ele levantou e ficou de frente para mim, perto o suficiente para eu sentir o calor do corpo dele. Forcei esse pensamento para longe. - Você não conhece suas próprias vontades. - Ele me acusou. - Eu posso não conhecer todas elas, mas eu não respondo a ameaças. E o seu comportamento é inaceitável. - Virei as costas para ele e ele me segurou pelo braço. O choque foi imediato. Eu sabia tudo o que aquelas mãos eram capazes de fazer. - Vamos terminar essa conversa. - Olhei para onde ele segurava e depois para os olhos dele. - Não temos mais o que conversar. - Puxei o meu braço com toda a força que consegui e ele me soltou. - Adeus Marcone. - E quando cheguei na porta, ela estava destrancada.
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