Assim como o i*****l acizentado mandou, eu estava cedo na minha sala, Lia se comprometeu em me ajudar a entender as questões financeiras da Empresa.
-Então senhorita... Essa planilha é sobre os lucros... E Essa sobre os prejuízos...
-Nossa, não tivemos prejuízos na empresa em quatro anos? –falei admirada, Lia sorriu para mim.
-Claro... O Imperio-Sama é eficiente no que faz... –Hikari falou com voz enojada, a mesma estava lixando a unha.
-Querida... Quando você fala eu ouço “Blá, Blá, Blá” –falei irônica, Lia não aguentou e riu. –Onde está o insuportavel do Anthony? –bufei irritada, como um passe de mágica, as portas da sala se abriram.
-Hikari largue essa lixa e trate de começar a trabalhar... Espero que tenha avisado á Clara sobre os testes vocais, e por Deus, se você esqueceu estará no olho da rua... –ele falou sério, Anthony realmente era um tirano dentro da empresa.
-Não esqueci não senhor, está avisado e as audições começam hoje ás 14h. –Hikari falou toda educada e eficiente.
-Gente... A Galinha vira gente quando fala com o chefe... –Lia abafou o riso.
-Wood-Sama, por favor, fale baixo... O Senhor Imperio pode se zangar.
-ANTHONY QUE SE DANE! –berrei irritada, Anthony se virou para mim igual á menina do exorcista, Lia empalideceu e correu para seu lugar.
-Oh... –ele me fitou sorrindo debochado. –A c****a é obediente.
-Me chame assim novamente... E Eu acabo com a sua raça. –rebati sombria, ele deu de ombros.
-Precisamos conversar Daiana.
-Meu nome é Diana.
-Eu não ligo... –ele sentou-se em frente á mim. –Hoje teremos uma audição para decidir os quatro membros da banda, Rufus o melhor agente musical que conheço, então já decidi que será ele.
-Entendo... Mas será uma banda mista não é?
-Porque deveria ser?
-Oras... Não existe só mulher no mundo Anthony... –falei óbvia. –Uma Boyband só agrada garotas e crianças... Precisa ser algo misto, pelo menos com uma integrante feminina...
-Eu não pensei nisso...
-Ainda bem que eu estou aqui para pensar por você.
-Uma Loira que pensa... Novidade...
-Guarde suas piadinhas ridículas e preconceituosas para quem se interessa por elas... –rebati fria. –Oque faremos agora que você fez um anuncio só para homens?
-Bem, podemos deixar passar, escolheremos três homens e depois vemos como faremos para achar uma garota...
-Por mim tudo bem. –comecei a fitar o computador, tentando entender as planilhas que Lia havia me explicado.
-Você é estranha... –Anthony falou de repente, ergui meus olhos para a minha frente e ele se encontrava me fitando.
-Falou o cara que tem o cabelo branco...
-É Cinza.
-É Branco.
-Cinza.
-Branco.
-CINZA! VOCÊ É O QUE?! DAUTONICA?!
-O ÚNICO DAUTÔNICO AQUI É VOCÊ! BENJAMIN BUTTON EMPRESÁRIO!
-Quem?
-Francamente não assiste bons filmes não? –ele negou. –Affs... –pesquisei na internet a foto do filme O Estranho Caso de Benjamin Button e mostrei á ele, a cara ridícula que ele fez foi hilária. –Porque eu sou estranha?
-Não sei... É Estranha...
-Porque seu cabelo é branco?
-Meu pai é loiro, minha mãe é albina. –ele explicou simples.
-E Onde eles estão? –perguntei e me arrependi, a expressão de Anthony se tornou sombria.
-Naquele lugar mais ao norte chamado... Não é da sua conta.
-Grosso.
-Curiosa.
-Insuportável.
-Maluca.
-i*****l
-Pirada.
-Palhaço.
-Estranha.
-Oque estão fazendo? –Clara perguntou á Lia.
-Brigando... –ela respondeu e me cutucou. –Wood-Sama, aqui está oque você me pediu... –peguei a pasta na velocidade da luz.
-Oque é isso? –Anthony perguntou desconfiado, neguei compulsivamente.
-Na-Nada... –Sai dali correndo e arrastando Clara pela mão. –Vem comigo...
-Eita... Calma Diana... Onde está me levando? –ela perguntou sendo arrastada, levei-a para o deposito e tranquei a porta, fitando a pasta logo em seguida. –Oque tem nessa pasta? –a ruiva perguntou confusa, olhei para ela com um olhar psicótico, um sorriso macabro.
-É A Ficha do Anthony... –soltei uma risada maligna, a ruiva riu.
-Que reação é essa? É Só uma ficha comum...
-NÃO! –Berrei e segurei a pasta firme. –É Meu precioso...
-Ai Diana... –Clara gargalhava. –Você é maluca... É Diferente do que pensávamos... –ela riu mais.
-Pensavam? –perguntei confusa. –Como assim, sou diferente? –a ruiva arqueou uma sobrancelha.
-Bem, você nunca veio até aqui, só aparecia nas festas de seu pai... Ele sempre nos disse que você vivia viajando e gastando seu dinheiro... -Clara notou minha expressão e tentou consertar. -Ele ria ao falar isso, não acredito que falava com mágoa...
-Clara... –eu estava pálida de olhos arregalados, a ruiva me fitou ainda mais confusa. –Eu nunca sai da minha casa... –falei séria, ela pareceu surpresa.
-Mas... Porque não? –perguntou sem entender, abaixei a cabeça e deixei um sorriso triste escapar dos meus lábios.
-Um dia eu te conto essa história... –sorri e abri a pasta de Anthony, sua ficha era fina comparada ao dos outros.
-Oque tem ai?
-Hum... Anthony Imperio, Vinte anos, Solteiro, entrou na empresa aos quinze anos como estagiário... Filiação desconhecida... –fitei a ruiva. –Como assim desconhecida? Quem são os pais de Anthony?
-Aah... Era isso que você estava escondendo... –ouvi uma voz sombria atrás de mim, me arrepiei e olhei para trás lentamente, Anthony estava balançando a chave do depósito e parecia ter o d***o nos olhos. –Quanto interesse na minha vida... –falou sorrindo irônico e ainda sombrio, eu fechei a pasta lentamente e o encarei.
-Tenho que saber com quem eu trabalho... E Se você fosse um psicopata?
-Eu já teria cortado você em pedaços e colocado em uma mala, enterrando-a com concreto. –O Tom assustador no qual Anthony disse isso, fez meus pelos se arrepiarem.
-Você não seria capaz...
-Ah... Seria sim... Já ouviu falar que a curiosidade mata? –ele tomou a pasta das minhas mãos. –Vamos, a audição vai começar senhorita presidente. –Anthony saiu andando, eu o segui em silencio, às vezes esse i*****l me assustava.
A Audição foi bem rápida. Anthony eliminava por aparência, simpatia e comportamento no palco, se não soubesse tocar nenhum instrumento ficava de fora também.
-Bem, então os três que restaram foi... –ele fitou o loiro, o moreno e um rapaz enorme de cabelo verde. –Quem são vocês mesmo?
-Trent Lewis. –O Loiro sorriu sedutor para mim, corei com isso. Pelo jeito ele seria o galinha p********o da banda.
-Travis White. –O Moreno com cabelo tapando um dos olhos falou de forma fria e desinteressada, senti um frio na barriga, ele parecia ser o tipo de homem difícil, aqueles com jeito m*l que as mulheres adoram.
-Aaron Bates... –O Grandão de cabelos verdes se apresentou, eu realmente estava ficando com medo dele.
-Ótimo... Aaron, você toca bateria certo? –O Homem assentiu e se sentou no instrumento. –E Vocês dois?
-Guitarra e Vocal... –Travis falou e andou até uma guitarra preta, colocando a mesma.
-Baixo e Vocal. –Trent piscou para mim indo até o Baixo e colocando-o.
-Agora só precisamos de uma garota que cante... –Anthony respirou fundo. –Toquem juntos para eu saber oque sai...
Os três obedeceram e começaram a tocar e cantar, uma musica muito bonita e agitada chamada Untitled.
-Pára, Pára, Pára... –Anthony mandou, eles obedeceram. –Ficaria melhor se fosse romântica... Som de um piano quem sabe...
-Ih cara... –Trent começou. –Nenhum de nós toca piano... Mas sabemos onde tem uma garota que toca... –ele sorriu mais. –Ela canta também, mas... Acho melhor não ir chama-la para cantar...
-Por quê? –Perguntei confusa, se ela toca e canta, ela poderia muito bem ingressar na banda e até ficar famosa.
-Venham conosco, vão descobrir... –ele sorriu e saiu andando.
Anthony e eu levantamos e o seguimos, assim que saímos da Woodlands, atravessamos algumas avenidas até um local cheio de comercios alimenticios, viramos algumas ruas e entramos em uma lanchonete simples, haviam apenas garotas ali, uma mais bonita que a outra.
-Onde estamos? -perguntei confusa, não me lembrava de ter visto aquela lanchonete.
-Aqui é Demoniac Food’s... –Travis explicou. –Tem esse nome, porque as garotas são lindas mas são meio... –antes que o moreno terminasse de falar, uma ruiva encarou um rapaz albino.
-Já pediu sua comida Desgraça? Se demorar muito, vou te deixar com fome... –ela parecia brava, o albino ficou com corações nos olhos assim como os outros rapazes do lugar.
-São Sadomasoquistas... –Sorri com isso, seria perfeito.
-Que sorriso é esse Daiana? Estranha... –quase soquei o insuportavel do Anthony.
-Não entendeu? Homens adoram Sadomasoquistas... Porque elas são más... Quando percebem que um homem não a curte má, ela deixa sua personalidade fofa á mostra... PERFEITO! –Eu estava extremamente animada.
-Calma Senhorita... Ainda não viu a garota que quero lhe apresentar... –Trent sorriu e andou até o balcão. –Sirva-me...
-Oque você quer aqui inutil? –uma morena cruzou os braços, os longos cabelos negros com as pontas branco quase vermelhas a deixavam com um ar autoritário e charmoso, ela era séria, seu corpo bem definido. –Peça logo, não tenho o dia todo!
-Shadow... –Travis se sentou e a fitou sério, ela corou e virou o rosto.
-A-Acredito que queira o mesmo... –falou envergonhada, o moreno assentiu e ela entrou.
-Viu só? A Personalidade brava, Sado... E A personalidade fofa e meio submissa... –eu parecia uma criança em um parque infantil.
-Bem, agora é só chama-la e... –Anthony sorriu.
-Não é tão fácil... –Trent alertou. –Shadow odeia cantores, e o ultimo caça talentos que veio convencê-la, levou uma voadora de dois pés no peito... Quebrou a costela.
-Ela é... –comecei trêmula, Travis sorriu frio e fitou a garota.
-Um verdadeiro Demônio.