Trabalho em equipe ou não

1478 Words
-NÃO! EU NÃO VOU TRABALHAR COM UMA LOIRA MALUCA QUE NEM SABE DIRIGIR!  -EU É QUE ME RECUSO DE TRABALHAR COM UM VELHOTE DE CABELO BRANCO QUE NÃO PASSA DE UM GROSSO!  -Gente... Parem de gritar...  -CALA A BOCA LIA!  -NÃO FALA ASSIM COM A MINHA SECRETÁRIA!  -VOCÊ MANDOU A MINHA IR PARA O INFERNO!  -PORQUE ELA SE METEU ONDE NÃO FOI CHAMADA...  -Oque está acontecendo? –Clara interveio.  -NADA QUE SEJA DA SUA CONTA! –berramos juntos, mas logo empalidecemos, a ruiva estava com uma aura demoníaca totalmente assustadora.  -Eu não ligo se são presidente e vice-presidente... Mas ninguém fala assim comigo... –ela estralou os dedos. –Vocês têm cinco minutos para me dizer oque está acontecendo...  -Essa maluca me atropelou! –O Acizentado acusou.  -Mentira! Ele se atirou na frente do meu carro! –Tudo bem, eu estou mentindo, mas nunca vou deixa-lo ganhar uma briga.  -Onde? No meio da rua? –ele me encarou irônico.  -Exatamente isso! –acusei empurrando-o.  -Não toque em mim!  -Eu toco quando eu quiser! –comecei a estapeá-lo.  -SAIA DE PERTO DE MIM GAROTA MALUCA!  -VOCÊ NÃO MANDA EM MIM INSUPORTAVEL VELHOTE MALUCO!  -PAREM OS DOIS! –Congelamos no momento em que Clara socou a mesa, a ruiva parecia mais brava do que antes.  -Paramos... –murmuramos juntos de cabeça baixa.  -Droga... –Clara respirou fundo. –Olha, você é a Presidente Diana, deve agir como uma...  -TOMAAAAA ! –Anthony provocou.  -Quieto Anthony... Para alguém de Vinte anos, você parece ter cinco.  -ENGOLE ESSA VELHOTE!  -OQUE VOCE DISSE LOIRA?  -OQUE VOCE OUVIU ACIZENTADO!  -DESCULPA, EU NÃO ENTENDO LATIDOS.  -ESTÁ ME CHAMANDO DE c****a?!  -Não disse isso, mas se a carapuça serviu. –Aah, agora ele pediu para morrer, peguei um abajur e acertei em cheio na testa do acizentado, o mesmo caiu de costas. –VIU SÓ CLARA?! ELA É MALUCA! –Quando o acizentado tirou a mão da testa vi que no mesmo havia sangue, e um corte.  -Anthony... –Clara começou insegura. –Tem... Tem um corte...  -OQUE?! –Ele correu para o banheiro do escritório. –SUA  MALDITA LOIRA PIRADA! VOCÊ DEFORMOU O MEU ROSTO!  -Pare de exagero, foi só um Cortinho... –falei simples, sentando na minha mesa.  -Cortinho? UM CORTINHO?! OLHA ISSO SUA CEGA! –ele veio para a minha frente, e o corte estava realmente f**o.  -Nossa...  -Oque? Vai se desculpar? –ele perguntou sorrindo vitorioso.  -Não é que... Você é mais f**o assim de perto. –O Tempo fechou, Anthony estava sombrio e parecia quere me queimar viva, antes que o mesmo pulasse em meu pescoço e me enforcasse até a morte a porta se abriu.  -Senhor Imperio... Senhorita Wood... A Reunião começará em três minutos. –Uma garota de cabelos roxos e óculos, anunciou.  -Obrigado Laki. –Anthony falou e respirou fundo. –Eu vou lavar esse corte... Vou colocar um band-aid e espero que você aja feito um ser humano na sala de reuniões... –completou frio.  -Aja feito um ser humano? –eu o encarei. –Quer saber? Eu não preciso ouvir insultos de um inútil como você. –peguei a minha bolsa e me virei. –Estou fora, se vire... –sai andando nervosa, indo em direção ao elevador.  -Diana, Diana, Diana... ESPERA DIANA! –parei na porta do elevador ao ver Henry.  -Oque foi?  -A Presidente não pode simplesmente sair... Anthony terá sérios problemas com o conselho...  -Quem disse que eu ligo? –falei dando de ombros. –Até mais Henry... –falei e entrei no elevador.  Eu até poderia estar sendo um pouco egoísta saindo e deixando-o se virar com os velhos ranzinzas do conselho, mas Anthony deveria ter sido um pouco mais gentil comigo, ele é o vice-presidente, ele sabe exatamente oque fazer, eu sou apenas uma garota que passou a vida trancada no porão usando uma maquina de escrever para poder transmitir meus pensamentos. Eu nem queria estar ali. Quando cheguei ao Hall, vi Brend vir correndo, acredito que ele desceu por outro elevador, considerando que o meu demorou mais do que o dele.  -Diana... –seu semblante era sério.  -Oque?  -Anthony está com problemas...  -Não me importo... –me virei e o rapaz segurou o meu braço.  -Assim que ele entrou na sala de reuniões sem você, os conselheiros julgaram-no incompetente... Estão querendo até mesmo comprar os 49%  de ações que ele tem... –falou sério.  -Droga... Eu vou até lá... –sai com o rapaz de volta para o elevador. –Oque eu faço? Não sei como devo agir diante deles... –falei desesperada dentro do elevador, Brend negou.  -Eu não sei... Aja como uma presidente segura agiria... –ele me fitou seriamente. –Aja como seu pai agiria... –assim que ele disse isso, o elevador parou no andar da sala de reuniões.  Fiquei com o meu semblante sério e superior, e assim desfilei até a sala com portas duplas de madeira, não bati, entrei direto.  -Desculpem-me pela demora... –Anthony me encarou sem acreditar.  -Tsc, m*l pegou as rédeas e já se acha no direito de se atrasar? –Sully, um dos assessores falou sorrindo arrogante, virei para ele.  -Bem, como eu possuo 51% das ações da empresa, considerando que é mais do que qualquer um de vocês, acredito que posso chegar à minha reunião quando eu quiser... –falei fria, Anthony soltou uma risadinha. –Vamos começar... –sentei-me ao lado do acizentado. –Tome conta de tudo, eu não sei oque estou fazendo e estou morrendo de medo... –sussurrei para ele.  -Está tudo bem, apenas concorde com as minhas decisões. –ele respondeu sério.  A Reunião correu bem, como Anthony havia dito, eu apenas concordei com as decisões dele, os acionistas não parecerão discordar das sugestões do acizentado, afinal, ele parecia saber exatamente oque se passava na cabeça de cada um. Anthony lidou com todos, falando sobre o mercado lucrativo, sobre o quanto iriamos ganhar caso montássemos um estúdio, e até disse que tinha pessoas em mente para formar uma banda, fiquei um pouco feliz em saber que trabalharia com alguém que poderia lidar com coisas tão difíceis.  -Senhorita Wood, pensei que como a presidente a senhorita teria mais voz... Vejo que o Senhor Imperio é quem toma todas as decisões... –Sully alfinetou novamente, ele estava me irritando.  -Todas as decisões do senhor Imperio, passaram por mim antes de chegar á vocês, claro que depois de muita conversa chegamos á um consenso... Eu tenho voz senhor Sully... Só que gosto de usá-la com quem sabe escutar... Não perco meu tempo com qualquer um. –sorri arrogante, vi uma mulher de cabelos negros curtos, rir um pouco.  -Sully, já pensou em ficar em silencio uma vez em sua vida? –ela perguntou irônica. –Desculpe-me não me apresentar... Sou a Acionista que investe na parte esportiva, Sthella Gregorovich... –ela se apresentou. –Fico feliz em saber que essa empresa terá alguém como você e o Senhor Imperio, cuidando de tudo.  -Agradeço o seu elogio e farei o meu melhor. –sorri para ela.  -Bem, se não há mais nada a ser discutido... –Anthony começou.  -Senhor Imperio... –Um senhor de idade chamou.  -Sr. Summers?  -Anthony arqueou a sobrancelha.  -O Festival beneficente está chegando, se quiser que tenha algo relacionado á musica precisa montar sua banda o mais rápido possível... Eles precisam chegar ao auge antes do festival, afinal, quem iria doar dinheiro para ver um bando de desconhecidos?  -Oh, bem lembrado senhor Sr. Summers... Pode deixar que não me esquecerei disto. –Anthony sorriu. –Se isso é tudo... Dou essa reunião como encerrada.  Um a um, todos se levantaram e saíram, deixando apenas Anthony e eu ali, ele estava em silencio pensando em algumas coisas, decidi quebrar o silencio incomodo que havia se instalado no local.  -Isso foi assustador... –sussurrei respirando fundo, ele riu superior.  -Para uma pirralha mimada, você até que finge bem... Conseguiu fingir que estava acompanhando a conversa.  -Primeiro... Eu não sou uma Pirralha e muito menos mimada... –falei séria. –Segundo... Eu estava acompanhando a conversa, eu entendo bem de ações e cálculos lucrativos, só não sei como repassar as ideias... Terceiro... Pare de me julgar sem me conhecer.  -Eu te conheço loirinha...  -Ah é?  -Sim... A Garota mimada que vivia viajando... Seu pai se sentia solitário enquanto você gastava o dinheiro dele em Paris.  -Do que está falando? –perguntei indignada. –Eu nunca fui á Paris!  -Oh, então o senhor Isaac mentiu para mim... Poupe-me garota... –ele se levantou. –Não fale comigo mais do que o necessário, não preciso trocar palavras com gente mentibranco... –Anthony falou frio andando para a porta. –Esteja aqui amanhã cedo... Precisamos montar a banda. –Dito isso ele saiu.  “Paris? Do que esse i*****l estava falando? Nunca sequer sai do porão de minha casa!” 
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