Alice
Um brutamonte, isso que esse tal de Gh é, um brutamonte.
Desci as escadas atrás dele sentindo uma leve tortura. Com fome. Com sede.
Na mesa da cozinha havia um prato feito com um copo de coca cola, e eu agradeci, não a ele claro, mas aos céus.
"Vou está na sala, qualquer coisa você me chama." - disse ele e saiu.
Revirei os olhos. Chama ele? Ata, seria a última coisa que faria.
A comida estava quente e maravilhosamente boa.
Lavei o prato, o copo os talheres que sujei e fui para a sala em seguida.
"Preciso das minhas roupas." - informei ele que estava jogando no sofá jogando vídeo game.
"Já mandei comprarem pra você."
"Não preciso que ninguém compre roupas para mim, eu tenho roupa na minha casa."
"Eu sei, mas mesmo assim mandei compra."
"Quero sair daqui, ir na rua." - informei.
"Você não tem permissão para sair." - seus olhos estavam vidrados na televisão.
"Não sou sua propriedade, tenho vida própria e isso é crime." - me irritei.
"Está falando de crime justo para mim?" - ele deu risada. "Aqui no meu morro as coisas funciona do jeito que eu quero, então se eu disse que você não vai sair, e porque você não vai sair."
"Eu tenho trabalho."
"Não tem mais." - ele deu fim na conversa.
Eu não iria gasta saliva de discutir com ele, porque sei que será em vão, mas com vontade eu estava, de falar umas boas para esse b****a.
Subi pro "meu" quarto e deitei naquele cama macia e aconchegante.
Minutos depois ouvi batidas na porta e eu disse um "entra" desanimado.
"Alicia, certo?" - perguntou uma mulher que aparentava ter uns quarenta anos.
"Alice." - corrigi me sentando na cama.
"Gh falou que você se chamava Alícia, deve ter se confundindo." - suas mãos estavam repletas de sacolas. "Bom, suas roupas."
"Que exagero, não necessito de tantas roupas novas." - falei.
"Ordens do Gh." - ela colocou as sacolas que estava em sua mão encima da cama, e saiu, e quando voltou havia mais sacolas em suas mãos.
Meu queixo caiu. Esse cara só pode ser louco.
"Sério mesmo, que não preciso de tudo isso." - falei novamente e ela sorrio.
"Roupa nunca é demais, ainda mais para uma jovem tão linda." - ela sorrio. "Aliás, me chamo Ana, trabalho aqui a alguns anos."
"Bom, então vou se você companhia diária."
"Vou ama sua companhia." - ela colocou a mão no meu ombro. "Vou ajuda-la guarda tudo no seu quarto roupa."
"Não se incomode." - neguei. "Eu guardo, assim ocuparei meu tempo."
"Se assim deseja. Vou está na cozinha caso precise de alguma coisa." - assenti e ela saiu.
Qual é a dele? Para que tantas roupas se não posso sair de casa? Esse cara é maluco.
Havia roupas de todos os tipos e cores. Eram lindas e eu me animei enquanto arrumava todas elas no guarda roupa.
Além das roupas havia tênis, saltos, maquiagens e acessórios, cara, acessórios, eu amo acessórios.
Quando terminei de organizar tudo já era tarde. Peguei meu celular e faltava pouco para descarregar. Fiquei irritada, não havia trazido nada, nem mesmo a m***a do carregador.
"Ana?" - chamei seu nome quando entrei na cozinha e não a encontrei.
"Aqui, na piscina." - gritou ela em resposta.
Fui até a piscina e a encontrei mexendo com algumas plantas.
"Olha como está planta dá florzinhas tão lindas." - disse ela.
"Verdade, são lindas." - concordei. " Você tem um carregador para me emprestar? Não trouxe absolutamente nada para cá."
"Tenho sim querida." - ela me acompanhou para dentro da casa. - Aqui está.
"Te devolvo antes de você ir embora."
"Não tenha pressa." - disse ela. " Amanhã comprarei um para você, e caso necessita de mais alguma coisa, me diga que eu compro."
"Acho que não preciso de mais nada." - dei um sorriso. " Mas olha, é com o dinheiro do brutamonte né?" - perguntei.
"Sim, e com o dinheiro do Gh." - ela deu risada.
"Ótimo." - subi novamente pro quarto.
Aquela casa era enorme eu pensei guarda alguns minutos para um tour, mas deixei para lá, não gostaria de correr o risco e acaba indo no quarto do outro lá.
Me distrair mexendo no celular ainda conectado ao carregador.
Nunca tive muito tempo para essas coisas. Ter tempo para mexer no celular era um luxo para mim e só acontecia nos domingos quando não trabalhava.
Quando me dei conta horas já havia passado. Ou Ana estava preste a ir embora, ou ela já tinha indo sem o seu carregador.
Desci as escadas depressa.
Gh já havia voltado e estava no sofá com uma garrafa de cerveja na mão, e na outra o seu celular.
Senti seu olhar queimar minhas costas quando caminhei até a cozinha encontrando Ana no caminho.
"Seu carregador. Muito obrigada." - entreguei a ela.
"Imagina querida." - ela sorrio caminhando até a sala.
"Você volta amanhã certo?" - acompanhei ela até a porta.
"Volto." - ela acenou se despedindo.
Me virei e Gh estava olhando para mim.
"O que?" - perguntei.
"Toma banho e desce, precisa discutir uma coisa com você."
Não protestei porque não queria rende assunto. E também porque ele me intimida demais e não gostaria de sabe o que ele faz quando está nervoso.
Tomei um banho relaxante e quente, depois escolhi um short jeans e uma camisa preta, calçei meus chinelos e desci as escadas encontrando ele no mesmo lugar.
"Senta aqui." - disse ele.
A contra gosto me sentei.
" Amanhã eu tenho uma tarefa para você." - ele falou.
"Tarefa?" - franzi o cenho. "Que tipo de tarefa?"
"Devo um favor especial para um traficante italiano, e preciso executar um inimigo dele amanhã." - meus olhos se arregalaram.
"Executar?" - perguntei. "No caso m***r?" - ele deu risada.
"É matar." - ele passou a mão no cabelo. "Que foi? Essa palavra te assusta?"
"No costumo ouvi isso no meu dia a dia."
"Então trate de se acostuma." - ele deu um gole na sua cerveja. " Preciso de você amanhã para fazer isso."
"Está maluco? Quer que eu mate alguém?" - me levantei.
"Senta garota. E não, você não vai m***r ninguém, só preciso que você vá amanhã comigo no cassino do cara e é necessário que você leve ele para alguns dos quartos."
"Quer que eu me passe por p********a?" - cerrei os dentes com raiva.
"Não, que se passe por uma garota buscando aventura. O velho gosta de mulher nova." - fiz cara de nojo.
"E eu levo ele para esse quarto e faço o que? Ele não vai colocar a mão em mim. Se isso faz parte do seu plano não vai acontecer, prefiro morrer."
Eu nunca senti tanta raiva em toda a minha vida.
De tudo o que eu pensei que faria na vida, se cúmplice de assassinado estava longe na minha mente maluca.
"Ele não faz fazer nada com você. Assim que vocês entrarem, entrarei em seguida." - garantiu ele.