Quando olhei para os seus olhos e a tive em meus braços pela primeira vez, imediatamente o meu mundo se transformou. De repente senti como se a minha vida já não me pertencesse. Senti a alma cheia de amor e o meu coração fora de mim.
Entendi, finalmente, o que é o amor incondicional. Percebi que amor se dá sem se pedir nada em troca. Minha filha, você é o meu maior presente, você é a minha vida! Com você tenho me redescoberto, tenho reaprendido a viver.
Ser mãe mesmo que apenas do coração é uma missão maravilhosa, com muitos desafios, mas que nos fazem crescer muito. Eu te amo muito minha filha! Você e o Ben é a minha razão de viver e dá sentido à minha existência!
(...)
Julie Foster:
6 meses depois.............
-Senhorita Foster, eu acabei de refazer os exames na Lily e infelizmente as notícias não são boas.
-Como assim você não tem boas notícias, doutor Roach, o que aconteceu com a Lily?
-Senhorita Foster, os últimos exames que nós fizemos nela, mostrou que o seu problema no coração agravou, e agora só um transplante de coração será capaz de salvar a sua vida, os remédios agora serão paliativos, mas se ela se submeter ao transplante, ele não vai sobreviver por muito tempo.
-Mas aqui vocês fazem esse tipo de transplante, doutor Roach?
-Infelizmente não, mas eu posso colocar ela na lista de transplante em outro hospital público que faça isso, mas isso vai demorar muito, já que tem muitas crianças na fila de espera, o ideal seria você levar ela para outra cidade e buscar ajuda em um hospital particular, mas já aviso que isso irá custar muito dinheiro.
-Eu não tenho como pagar por isso doutor Roach, mas eu não vou deixar minha filha morrer, alguma coisa eu farei para salvar sua vida.
-Tem outra coisa que você precisa saber senhorita Foster.
-Que coisa doutor?
-Eu vou precisar notificar as autoridades sobre a situação da Lily e do Ben, afinal eles perderam os pais e você não tem a guarda deles, eles terão que ficar sobre a custódia do estado, eu sinto muito, mas é a lei e o hospital pode ter problemas se não notificar o conselho tutelar.
-Não faça isso doutor Roach, essas crianças são minha vida, eu prometir para minha melhor amiga que cuidaria dos seus filhos como se fosse meus, não me faça quebrar minha promessa.
-Infelizmente eu não posso fazer nada por você Julie, talvez é até melhor pra você ficar sem as crianças Julie, já que você é tão jovem para assumir essa responsabilidade.
-Com todo respeito doutor Roach, eu não te dei permissão de me chamar de Julie, pra você é senhorita Foster, e outra coisa doutor, minha vida não é da sua conta, essas crianças são tudo pra mim e eu vou lutar com unhas e dentes para ficar com elas, posso ir embora?
-Eu não quis ser grosseiro senhorita Foster, mas você foi avisada, você pode levar Lily pra casa, a receita dos medicamentos que ela precisa tomar estão aqui, mas assim que o conselho tutelar for notificado por mim, saiba que algum conselheiro irá na sua casa.
-Estou aguardando. Rosno para ele, enquanto saio do seu consultório louca de raiva, pego Lily na enfermaria e saio de lá com ela no colo enquanto seguro Ben pela mão com uma única certeza, ninguém vai tirar meus filhos de mim.
Quando chego em casa, cuido dos dois, e enquanto eles dormem, eu acabo tendo uma idéia, vou fugir para outro lugar antes quem o conselho tutelar apareça aqui e tome minhas crianças.
Subo em cima da cama com meu notebook, pois vou precisar ir para um lugar onde haja um hospital que faça transplante de coração em crianças.
Quando finalmente encontro o Russell Pediatric Hospital, heart transplant specialist, uma chama de esperança nasce em meu peito, algo me diz que lá neste hospital vou consegui salvar a vida da Lily.
Sem perda de tempo eu ligo para a rodoviária e compro uma passagem apenas de ida para hoje à noite mesmo, não vou esperar aqui sentada enquanto alguém venha aqui e leve meus filhos para o orfanato.
Pego minhas economias que não é grande coisa, mas vai me ajudar a alugar um quarto em alguma pensão lá em Seattle, coloco tudo dentro da minha bolsa, arrumo as malas das crianças, e as minhas com apenas algumas coisas.
Tomo um banho, depois arrumo as crianças, tranco a casa de Darla e saímos rumo a rodoviária, já que o ônibus sairá às 18:30 horas.
A minha sorte que o motorista era amigo da Darla e me deixou viajar com as crianças sem a autorização que era exigida, tenho certeza que minha está me dando uma força de onde ela está.
Eu sei que fugi não é a melhor solução pra nada, mas eu não podia ficar de braços cruzados vendo Ben e Lily serem levados para um orfanato, eu sou a mãe deles agora, embora não tenha gerados nenhum deles no meu ventre, mas o amor que sinto pelos dois são como se eles tivessem nascido de dentro de mim.
Qualquer mãe desesperada faria o mesmo que eu fiz, afinal os laços sanguíneos são fortes, mas os do coração são ainda mais.
Primeiro eu preciso salvar a vida de Lily, mas depois vou lutar para adotar eles legalmente, só espero que essa minha fuga não dificulte quando eu for pedir a guarda deles.
Mas eu não podia ficar lá, afinal o conselho tutelar iria tirar as crianças de mim, já que o doutor Roach irá contar tudo, e ele sabe que não tenho muito dinheiro, estava desempregada desde a morte de Darla, afinal Lily era uma recém-nascida e Ben só tinha só tinha 1 ano e 6 meses e precisava de mim para cuidar deles em tempo integral.
Agora terei que arrumar um jeito de trabalhar em Seattle, já que minhas economias não vão durar muito e tenho duas crianças para alimentar, mas algo me diz que Darla vai dar um jeito de colocar alguém no meu caminho para me ajudar.
3 horas depois eu finalmente cheguei em Seattle.
Continua.....................