Coiote narrando
A mina cheia de marra e eu não tenho paciência não, geral sabe disso, tô ligado que ela não não conhece as leis por aqui e só parei por que a gio pediu, mais ela tem que falar comigo direito, vou pedir desculpas assim como elas quer, mais vou deixar pra ela bem claro como funciona as coisas na boca. Elas saíram da mesa e não quiseram comer, acabei perdendo a fome também já que sempre comemos juntos, odeio quando não dá pra mim vir na hora do almoço ou no jantar, sempre estabeleci que não importa o que eu esteja fazendo, quando der meu horário eu saio de onde estiver e venho ficar com as minhas meninas. Levantei da mesa e subi as escadas indo até o quarto da gio, bati na porta e ela mandou eu entrar.
Coiote: posso falar com tu?.- eu pergunto da porta sem entrar.
Gio: to brava com o senhor, não quero falar agora.- ela fala sem me olhar e com o fone no ouvido.
Coiote: eu vou pedir desculpas a ela jae, ela não vai deixar de cuidar de tu.- eu falo e ela confirma.
Gio: tá bom pai, só seja gentil por favor, sabe o quanto eu preciso disso.- ela fala e eu confirmo indo até ela, dei um beijo na sua cabeça
Coiote: eu te ano muito, qualquer coisa me liga ou liga pra tia Mariah.
Gio: também te amo pai, pode deixar que ligo sim.- ela fala e eu saio dali indo pra garagem, peguei minha moto e fui pra boca, já recebi a carga com o will, agora vou passar tudo pro computador, primeiro vou fazer as minhas paradas e depois falo com a doutora.
Tava concentrado quando o meu rádio tocou e o Gb avisou que a Mariana estava lá fora querendo falar comigo, mandei ele deixar ela entrar e fiquei esperando ela aparecer na minha sala, ela bateu na porta e eu mandei ela entrar.
Mariana: oi chefinho.- ela fala entrando com um short que tá quase no útero dela de tão curto que tá.
Coiote: para com essa p***a de diminutivo Mariana e solta a voz, que p***a tu quer? Fala logo que eu tenho mais o que fazer.- eu falo com ela que sorri safada pra mim e se abaixa no chão engatinhando vindo na minha direção
Mariana: sabe o que é chefe, é que o meu aluguel tá vencendo hoje e eu queria saber se poderia pagar de outra forma esse mês.- ela fala e pega no meu p*u por cima da minha bermuda, passa a linha nos lábios e a porta e aberta e o arrombado do will me olha dando risada.
Will: ih c*****o, foi m*l, não sabia que essa p***a tava aqui não.- ele fala
Mariana: se quiser pode vir brincar também, sou muito boa no que faço.- ela fala safada e eu pego ela pelo braço e levanto ela.
Coiote: mete o pé daqui, depois a gente resolve essa p***a, agora fora daqui.- eu falo e ela suspira fundo levantando e sai da sala, will fechou a porta e veio até a cadeira.
Will: o Anderson ligou, ele disse que o Mendes está se preparando pra subir.
Coiote: ele disse se ele vem hoje?.- ele nega.- e quando esse arrombado vem então, to pagando caro pra c*****o e esse arrombado não consegue dar uma informação direito, liga pra ele e vê essa p***a direito.- eu falo levantando
Will: jae, já tá indo pra casa?.- eu n**o
Coiote: vou lá no posto falar com a médica nova, eu prometi pra gio.- eu falo e ele me olha com a sombracelha levantada.
Will: por que?.- ele pergunta e eu suspiro
Coiote: curioso pra c*****o em, cuida da sua vida p***a, eu cheguei em casa e a mina tava saindo do meu banheiro, perguntei quem era ela ne, a mina tem mó cara de patricinha, e a filha da p**a veio cheia de marra pra minha reta, perdi a paciência e peguei ela pelo pescoço.- eu falo e ele n**a.
Will: tá maluco c*****o, vai assustar a médica e ela não vau querer voltar.
Coiote: por isso vou pedir desculpas otario, minha filha me pediu e porque também tô ligado que ela é boa no que faz e pode ajudar a gio.- eu falo e saio da minha sala indo pra moto, cheguei na porta da boca e os caras tava botando um morador pra correr, ele é usuário e quando bebe e usa drogas, fica aqui causando.- mete o pé Jorge, se não levo tu pras ideia e vai pra salinha ser cobrado.- eu falo pra ele e o magrinho coloca ele pra descer o morro, subi na minha moto e desci o morro olhando o movimento, tá tudo em paz mais com essa ameaça de invasão eu deixo geral em alerta, não deixo o parque das crianças e nem a quadra aberta, porque assim se chegarem invadir, eles tem tempo de chegar em casa, aqui é muito longe pra eles correr, então pra não morrerem de bala perdida, eu aviso pra geral não deixar as crianças ir longe.
Parei a moto na rua e desci entrando no posto, aqui tá bem vazio, fui andando direto pra ala da fisioterapia, tenho certeza que ela vai estar lá, bati na porta e ela disse com sua voz doce pra mim entrar, coloquei so a cabeça na porta e ela estava de cabeça baixa olhando o prontuário, assim que eu entrei ela levantou o olhar e seu olhar ficou em mim.
Luana: posso ajudar o senhor ?.- ela fala com a voz trêmula tentando parecer firme, ela é tão pequena que parece até um chiuaua.
Coiote: eu vim pedir desculpas pelo ocorrido mais cedo.- eu falo e olho seu pescoço vendo a marca da minha mão
Luana: tudo bem.- ela fala e eu fico ali parado olhando pra ela que levanta as sombracelhas.- mais alguma coisa ?
Coiote: não, só isso mesmo, só não desiste da minha filha jae, ela precisa disso e eu só quero que ela possa terminar sua infância como uma criança que pode andar, ir aonde quer, e poder correr pelo morro como ela deseja.
Luana: eu não vou fazer isso senhor, eu fiz um juramento de salvar vidas, e eu acredito que sua filha vai andar sim, só precisa dos exercícios certos e talvez de uma cirurgia pra concertar o erro da coluna que eu achei, depois disso eu darei o meu melhor pra fazer ela voltar andar.- ela fala e eu confirmo.
Coiote: não precisa me chamar de senhor falou, vou indo lá porque tenho umas paradas pra resolver, se precisar de alguma coisa é só falar com a Mariah que ela me avisa.
Luana: tudo bem, obrigado.- ela fala e eu saio da sala, a mina tem uma vibe calma, sei lá me senti até estranho falando com ela, eu sou sempre tão agitado e agora tô aqui parecendo que fumei uns 5 baseado, subi na minha moto e subi o morro voltando pra boca, will tava na entrada me esperando com uma cara nada boa, já sei que vem merda por aí só pelo olhar dele.