Capitulo 3

1087 Words
— Ahn...Alison, acho que você bebeu demais. — Peyton fala arrancando o copo de mim. Reviro os olhos pra ela. Eu sei que bebi demais, meu rosto molhado de lágrimas representa bem a quantidade de bebida que ingeri. — Eu sei, Peyton. Esse não é o problema, o real problema é minha vida! — Exclamo. — Me diz, eu sou uma atriz mesmo? Peyton balança a cabeça. — Claro que é! — Ela diz de forma doce. — Você não precisar estar trabalhando como atriz para ser uma atriz profissional. Jogo os braços para o ar. — Mas estar trabalhando como atriz é o significado literal de atriz profissional! Peyton levanta as sobrancelhas. Aparentemente, ela não está tão sóbria como pensava. — Bom, nesse caso... Bufo. As Margaritas de Peyton estão deliciosas, porém, ela tirou o copo de mim, então apenas me encosto mais na cadeira. — Eu só preciso de uma chance. Uma chance de não ser mais uma garçonete. — Digo a ela. Peyton assente. — Você tem sua chance...— Ela então pega o cartão de Lisa e joga na mesa a minha frente. — Isso é crime. — Digo a ela, séria. — Seja esperta e você não será pega. Ela tem razão, então decido não comentar mais sobre esse assunto. Apenas bufo novamente. — Mas não é só meu trabalho também. É minha vida! — Digo a ela. Peyton vira a cabeça de lado. — Meu bem, quando foi sua ultima transa? Procuro a informação na minha cabeça e imediatamente, começo a chorar mais. — 6 meses! — Choramingo. Peyton faz uma careta. — Pelo menos você tem esse apartamento...e o Harry! — Esse apartamento, por enquanto. Estou devendo ainda alguns cursos de atuação. Mas você tem razão, eu tenho Harry. — Então, sorrio olhando para meu gato dormindo imóvel pertinho de nós. Peyton também olha pro gato com ternura, então ela franze o cenho. — Você não acha que ele está quieto demais? Observo Harry, sue corpo não se mexe nem para respirar... Pulo da cadeira e vou em direção ao meu gato. Balanço ele de todas as formas, mas ele não reage. — Harry! Ai meu deus! Meu gato! — Grito e começo a chorar desesperadamente. — Nem meu gato tenho mais! Peyton corre até mim e tira Harry dos meus braços. — Vamos correr pro veterinário! Saímos correndo, apressadas, com Harry nos braços. Peyton rapidamente para um taxi na rua e pede que nos leve a clínica veterinária mais próxima, que por sorte, funciona 24Hrs. Peyton joga para o motorista uma nota de 10 dólares e corremos até a clinica, jogando Harry em cima do primeiro médico que vimos enquanto tento explicar o que aconteceu enquanto choro. Ao ver o gato imóvel em seus braços, o médico vira as costas pra mim e sai disparado no corredor, enquanto uma moça vem até nos e nos encaminha para uma sala de espera. Ficamos na espera por algumas horas, até finalmente uma moça nos chamar. Seguimos de mãos dadas, apreensivas e esperando o pior, até uma sala. Ao entrarmos, encontramos Harry sentado me e quando nos vê, mia e caminha lentamente até nós. Ele está em cima de uma mesa, então corro até ele, pois sei por experiência própria, que meu gato atrapalhado, cairia dessa mesa vindo até nós. — Meu amor, você tá vivo! — Acaricio o pelo dele. Então me viro para o médico. — O que aconteceu? —Bom, resumindo, ele teve um ataque cardíaco. Seu gato está obeso e se ele não perder peso até o próximo mês, a próxima vez pode ser fatal. Engulo seco. Eu causei isso? — E o que eu posso fazer? — Vou receitar alguns remédios que ele tem que tomar todos os dias, uma ração medicamentosa, e claro, exercício. Ele passou por uma pequena cirurgia, nada incisivo. Você precisará comprar uma roupa cirúrgica para ele, apenas por alguns dias. Os pontos vão cair sozinhos, lembra apenas de limpar. Assinto. Isso eu consigo fazer. — Certo. É só isso? — Pergunto? — Ele precisa ficar em observação essa noite, você mora perto? — Faço que sim com a cabeça. — Ótimo, então não há necessidade para internação. Apenas fique de olho nele essa noite. Olho para Harry, tão relaxado, nem parece que literalmente morreu há algumas horas. O médico me entrega um papel com toda a medicação que Harry precisa e os horários. Saímos da sala do médico e vamos direto para a recepção pagar a conta. A recepcionista começa a me dar uma serie de remédios assim que entrego o papel a ela, junto com a roupinha cirurgia, e por último, um papel com o valor total. 3 mil dólares. """""""""""""""" Já é bem de madrugada quando chegamos em casa. Peyton me ajuda deixar Harry confortável e vai dormir. Eu, por outro lado, fico deitada ao seu lado olhando pro teto. 3 mil dólares. Fora as futuras despesas com ração medicamentosa, outros remédios e o tempo que vou ter que ter para fazer com que Harry perca peso. E eu estava pensando em pegar um trabalho para esse mês, algo que pague m*l, mas pague. Porém, não será o suficiente. Sinto minha boca seca, talvez pela bebedeira de mais cedo. Levanto sem acordar Peyton e vou até a cozinha me servir de um copo de água gelada. Paro em frente a mesa cozinha e pondero, até meus olhos focarem, mesmo no escuro, em algo em cima da mesa. O cartão de Lisa LeBlanc. É, acredito que agora não me restam muitas escolhas. Apanho o cartão e salvo o número nos meus contatos. Escrevo a ela uma mensagem. Apenas um simples "oi?" e envio rapidamente, para não perder a coragem. Já passa das 3 da manhã, sei que Lisa não vai me responder, então, deixo o celular de lado, porém, no momento que ponho o celular na mesa, ele vibra. Pego ele de volta, e lá está Lisa LeBlanc. Visualizo a mensagem. "Pelo horário, imagino que decidiu aceitar minha proposta." Até escrevendo a mulher parece presunçosa. Escrevo de volta a ela. "Sim. Resolvi. Por metade do valor adiantado, é claro. Espero alguns segundos. Pensei na proposta na hora. Lisa não responde por longos 10 minutos. 10 minutos que fico pensando se não devia apenas ter aceitado sem exigir nada e perder o dinheiro. 10 minutos pensando o que diabos vou fazer nesse mês, quando meu celular vibra. "Amanhã ás 10H00am. Manda seu endereço pro meu motorista te buscar e começarmos o processo."
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