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Blurb

Alisson Forbes é uma atriz fracassada de Los Angeles que ganha a vida como garçonete. Com um passado trágico, a órfã foi criada pela tia. Quando tinha 17 anos, deixou tudo para viver o sonho de atriz mas não deu muito certo. Hoje, aos 19 anos, Alisson recebe uma proposta tentadora de se passar pela filha de Lisa, uma mulher interesseira cujo o dinheiro que recebia dá mãe foi cortado após descobrir os maus tratos com a verdadeira filha que incrivelmente se parece muito com Alisson e ainda compartilham do mesmo nome. Alisson vê a chance de mudar de vida e poder finalmente seguir o sonho com o dinheiro que vai ganhar, mas ela não esperava que a família que vai se infiltrar fosse tão gentil e essa nova vida, tão tentadora, ainda mais com as chances de viver um grande amor.

Assumir a identidade de Alisson LeBlanc não vai ser nada fácil, mas as lições que Alisson teve valeu cada segundo.

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Capitulo 1
—Alison! Mesa sete!— Meu patrão grita tirando os fones dos meus ouvidos. Reprimo a vontade de bater o pé como uma criança e murmuro um "desculpe" baixinho. A ultima coisa que eu gostaria que interrompesse a minha playlist das 50 mais tocadas no spotyfi, seria algo relacionado a mesa 7. Ele sai resmungando. Pra um senhor de 62 anos, ele até que está bem. Alto e prepotente. O rosto tem poucas rugas, dando a ele uma aparência jovial, se não fosse pelos cabelos grisalhos e a carranca de sempre. O Sr. Rhodes que eu conheço. Me dirijo a mesa sete. Oh, não. — Olha só, Alison Forbes. Está linda no novo uniforme. É uma pena não ter conseguido aquele papel... É o quarto que perde para mim, não é?— Kiara Foster diz assim que me vê. Seus olhos brilham por não ter perdido a oportunidade de me humilhar fora do palco. Com seus perfeitos 1,70 de altura, cabelo loiro e ondulados, num visual praiano perfeito, pele bronzeada e olhos azuis, ela consegue ganhar todos os papéis que nós duas competimos. Kiara é minha concorrente desde que cheguei aqui há dois anos perseguindo meu sonho de ser atriz. Até agora a única coisa que consegui foi um comercial de papel higiênico que nem se quer foi ao ar. Justo ela na mesa sete. Passo a mão no meu avental. Apenas um costume que adquiri trabalhando por dois anos no mesmo restaurante. — Quarto? Bom, quem está contando, né? — Abro um sorriso cínico para ela. Mas a quem eu quero enganar? Kiara tem a típica aparência californiana que todos querem. Eu tô mais pra uma menina perdida do Canadá. Meu cabelo é preto, levemente ondulado e até que se destaca na minha pele branca. Meus olhos são quase cinzas, que segundo minha tia, herdei dá família do meu pai. Minhas sobrancelhas são grossas e escuras e apesar de eu gostar da minha aparência, sou baixa. 1,61 de puro talento desperdiçado. Eu não sou f**a. Eu investi muito na minha aparência ao longos dos anos, porém, quando chego assim, branquela e cabelo tão escuro que é quase impossível clarear, na Califórnia, acaba que eu não tenho o perfil das empresas. Mas adivinha quem é exatamente o perfil das empresas da Califórnia? — Se você diz.— Kiara diz e olha o cardápio.-Me traz um refrigerante e esse Hamburguer aqui. Espero que fique gorda. Dou um sorriso a ela como é instruído a nós funcionário e vou deixar seu pedido para a cozinha. No caminho, vejo Aaron. Meu melhor amigo e colega de trabalho. A única pessoa pra quem eu perco em cálculo. Eu sou uma gênia, terminei o colégio com um ano de antecedência e embora minha tia quisesse que eu usasse minha inteligência para a faculdade, eu resolvi fazer o que amo. Atuar. E vindo na minha direção, meu gênio preferido. Ao contrário de mim, Aaron morou aqui a vida toda e trabalha apenas por meio período para pagar a faculdade. — A megera de novo?— Ele pergunta colocando a bandeja debaixo do braço. — Ela vem toda vez que eu perco um papel pra ela. Fala sério, quem é mais qualificada para um comercial de protetor solar? Aaron me olha de cima embaixo. — Garota, você parece que nunca nem viu sol, quem dirá passar protetor. Tem que dar uma queimada nessa pele pálida.— Ele diz mexendo a cabeça de um jeito engraçado. Aaron e eu nos identificamos desde o início. Ele, um gay criado somente pelo pai, pois a mãe não aceitou sua sexualidade, e eu, uma órfã e atriz fracassada. A amizade foi imediata, Aaron tira sarro da minha vida fracassada e eu tiro sarro da vida amorosa fracassada dele. Então o sino que indica que a comida está pronta, toca. — Mesa 7.— Crystal diz e some na cozinha. Olho para Aaron em busca de ajuda. Como um bom amigo, ele revira os olhos, pega o pedido e vai em direção a mesa 7. Não demora para ele voltar com o pedido intacto. — A bruxa disse que a carne tá seca e o refrigerante tá quente. Ela me faz ter mais certeza sobre minha sexualidade, pois eu preferia t****r com o Sr. Rhodes do que com aquela vaca. — Aaron diz tudo baixinho e com cara de nojo antes de devolver o pedido para Crystal. E conhecendo Crystal, ela vai surtar. E não demora para ela sair da cozinha com o pedido e ir pisando firme até a mesa 7. Crystal é uma mulher de meia idade, robusta e rabugenta, porém, excelente cozinheira. Aaron a adora e até aprende algumas coisinhas com ela. O sonho dele é ser um chefe e faz faculdade de gastronomia. Chego mais perto para ouvir a conversa. — Senhorita Foster, como não advinhei?— Crystal disse jogando o pedido na sua frente. — Com licença?— Kiara diz jogando seus lindos cabelos loiros para trás. — A senhorita toda vez que vem aqui, reclama de algo. Me diga como essa carne molhadinha pode estar seca se você nem tocou no hambúrguer? E como diabos o refrigerante pode estar quente se tem gelo dentro? — Crystal bate a na mesa fazendo o refrigerante cair no colo de Kiara. Ela começa a berrar e tentar limpar o refrigerante do vestido. — Sua maluca! Quem você pensa que é?— Kiara esperneia e começa a olhar em volta.— Cadê o dono disso aqui? Eu, que já estava com um sorriso enorme na cara e praticamente em cima de uma mesa para ver melhor, procuro o Sr. Rhodes. E quando o encontro, sei que a coisa vai ficar f**a. Pois suas sobrancelhas estão quase se encostando de tanto que ele está bravo. — Crystal! Não é assim que tratamos clientes aqui! Me desculpe, dama, o que eu posso fazer por você?-Ele diz tentando ajudar a limpar o vestido. — Demita essa maluca! Eu vou mandar a conta da lavanderia para cá! — Kiara diz pegando sua mini bolsinha que m*l cabe um celular dentro e sai andando rápido em cima de seus saltos finos. Crystal encara o Sr. Rhodes. Ele não diz nada, então ela dá as costas e volta pra cozinha. Crystal Rhodes não é o tipo de mulher que leva bronca do marido por suas atitudes.  Logo chega o fim do expediente de Aaron e eu fico com Peyton, a garota da tarde. E eu achava que o dia não poderia ficar pior, quando uma mulher metida a rica entra na lanchonete. Ela é ruiva, tem a pele tão pálida quanto a minha, sobrancelhas claras e grossas, nariz empinado e muito alta. E ela sentou na mesa 7. Minha mesa. Basicamente eu cuido das mesas ímpares e Aaron ou Peyton, as pares. Vou até lá com o caderninho na mão e um sorriso no rosto, pronta para uma megera. — Boa tarde, meu nome é Alison e vou servi-la hoje. O que deseja pedir?— Falo num tom casual. A mulher levantas os olhos para mim. Ela parece estar triste e furiosa. Me pergunto porque uma mulher bonita e rica estaria triste em Los Angeles. Ela me observa com seus olhos meticulosos. Até demais. — Alison?— Ela pergunta me olhando de cima em baixo. Hoje eu tirei o dia para atender megeras. —Sim, é meu nome, senhora. — Falo e lhe lanço um sorriso falso. A mulher continua me observando, como se tivesse uma ideia, mas parece descarta-la como se estivesse pensando uma besteira. — Você se parece com minha filha. Bom, eu vou querer um chá verde.— Ela diz e se vira para mexer na bolsa. — Mais alguma coisa?— Pergunto. A mulher tira um notebook da bolsa com um adesivo em cima de uma empresa. A LeBlan Inc. Acho que já ouvi falar da família LeBlanc. Família rica de empresários, adolescentes que se metem em escândalos, filhos saindo em capas de revista...essa deve ser Lisa LeBlanc. Uma das CEOs da empresa. Eu conheço está mulher, estive na sua empresa para um papel num comercial, sem querer esbarrei nela e derrubei cappuccino na sua bolsa. Ela gritou tão alto comigo que os produtores ouviram e eu nem tive a chance de fazer a audição. Observo aquela mulher de 40 anos, nariz empinado e rugas de preocupação. Ela nem se lembra de mim e eu nunca vou esquecer do quão cretina ela foi comigo. Ela nem se dá o trabalho de me responder, apenas balança a mão pedindo que eu saísse logo daqui. A mesa 7 é amaldiçoada, eu sei disso. Entrego o pedido para Crystal e procuro Peyton pela lanchonete. Ela está colocando guarda-napos nas mesas. Pego uma porção e começo a ajuda-la enquanto o chá não fica pronto. — Ei! — Ela sorri ao ver que eu estou ajudando. — Esta vendo aquela megera rica ali?— Aponto com a cabeça para Lisa. — Eu notei ela assim que entrou, esses sapatos dela...meu deus! — Peyton exclama e chama atenção de Lisa, então tentamos disfarçar. Lisa revira os olhos com desdém e volta a atenção para o notebook. — Cara, eu odeio esse trabalho. Eu sou uma excelente atriz, Peyton, eu tenho mais cursos de teatro do que uma atriz normal, eu sou inteligente, eu sei cantar, eu sei dançar, eu posso fingir ser outra pessoa agora mesmo e você nunca saberia. — Falo e Peyton ri das minhas reclamações. Estamos perto da mesa de Lisa, então baixamos ainda mais o tom de voz. — Eu lembro muito bem daquela vez que você fingiu ser uma patricinha rica para entrarmos naquela boate sem fila. — Peyton fala e nos duas rimos lembrando daquele dia. — Exato! Você sabe, por que ninguém mais reconhece meu talento? Eu sou uma ótima mentirosa.-Falo e empino meu nariz na pose de uma patricinha. — Mas o que é isso? Guarda-napos de papel? Que tipo de lugar é esse! Ahrg, você não vai receber gorjeta sua punkzinha. Peyton põe a mão na barriga de tanto rir da minha atuação. Ela ama quando eu banco a patricinha mimada. — O mais engraçado é que eu fui chamada de Punkzinha ontem por uma vadia.— Ela diz e solta o ar pela boca. Então eu sinto olhares sobre nós e me endireito ao ver que é Lisa LeBlanc. Porém, ela não está com a cara de desdém que eu imaginava. Na verdade, há curiosidade no seu olhar. Ouço o "plim" da campainha dizendo que o chá está pronto. Me apresso para pegar o pedido, equilibrar na bandeja e ir até a mesa de Lisa Campbell. —Desculpe a demora, tenha um bom apetite.—Digo depositando com cuidado o chá na sua mesa. Lisa Le Blanc me olha. Fico parada, segurando a bandeja na frente do meu corpo esperando vir algo. Mas nada vem. Ela apenas continua me olhando por um tempo até que sua expressão muda. —Você é incrivelmente parecida com minha filha, somos... parentes de algum modo? Vejo que Lisa Le Blanc estremece apenas em pensar que no duas somos parentes distantes. — Eu acredito muito pouco nisso...—Falo e vejo que ela fica até aliviada. Quando, meu Deus, quando os humilhados serão exaltados? Eu já passei da minha cota de humilhação diária. —Você tem o que? Dezoito anos?-Ela pergunta e pega a xícara. — Dezenove, senhora. Completo 20 no fim do ano.— Falo e nem eu mesma sei porque estou dando estás informações para essa mulher importante e megera. Ela prova o chá e tenta esconder a careta, mas tá na cara que não gostou. Se Crystal vir algo assim, ela acaba com essa mulher sem nem perguntar o sobrenome. —Você trabalha aqui as tardes?— Ela pergunta deixando o chá de lado e fechando o notebook. — Tempo integral. Desculpe, mas a senhora deseja algo mais?— Pergunto já desconfiada desse interrogatório. Lisa Le Blanc balança a cabeça fazendo os cachos ruivos se mexerem, guarda o notebook na bolsa e tira de lá uma nota de 20 dólares. — Eu já vou indo. Fique com o troco.— E a outra metade da conversa mais estranha que já tive, sai pela porta. Eu agradeço aos céus quando o fim do meu expediente chega. Sr. Rhodes termina de fechar o caixa enquanto eu termino de limpar. Devolvo o avental para a cozinha e pego minha janta com Crystal, que todos os dias, faz para mim. Em poucos minutos, estou indo pegar o metrô para finalmente ir para casa. Quando me mudei para cá, foi difícil achar um bom apartamento, todos perto do trabalho eram muito caros, já que o restaurante fica numa parte até que nobre da cidade, mas há alguns meses, arrumei um que supriu minhas expectativas. 20 minutos de metrô e chego no prédio. Não tem portaria, é só subir. Moro no 3° andar, apartamento 7. Assim que giro a chave na porta, meu pedacinho de felicidade vem em minha direção. Sempre me disseram para não dividir apartamento, ainda mais com alguém do s**o oposto, mas a verdade é que a casa é dele e eu moro de favor aqui. A parte do meu dia que vale a pena é ver Harry me olhando com expectativa no olhar e provavelmente faminto como sempre. — Desculpe o atraso, mas eu trouxe janta!-Digo exclamando enquanto Harry olha para a sacola em minha mão. Não demora para ele perder o interesse em mim e miar para sua vasilha de ração. Eu tenho o gato mais mimado do mundo. Harry tem ração no pote, mas ele come só o meio e sempre da de ver o fundo. Encho de ração, troco sua água e saio ligando o ar condicionado. Eu amo Los Angeles, meus pais são daqui. E eu, tecnicamente, sou daqui. Mesmo que minha mãe tenha morrido no meu parto, e meu pai tenha falecido aos meus 7 anos, eu não me lembro de muita coisa nessa cidade, naquele período. Lembro apenas que via meu pai poucas horas do dia, na maior parte do tempo, eu ficava sob os cuidados da nossa vizinha, uma garota pouco mais velha que eu. E aos meus 7 anos, quando meu pai acabou falecendo após um milionário bêbado atropelar ele, a assistência social procurou parentes próximos e achou minha tia Helga. Em Toronto. E foi ela que me criou por todos esses anos, até 2 anos atrás, quando reivindiquei minha cidadania americana e voltei para Los Angeles em busca de um sonho. — Miau. — Harry mia ao meu lado. Ele é um gato preto, pouco astuto e bastante abusado. Não teria palavras melhores para descrever esse animal que vive comigo. Harry, que ganhou esse lindo nome graças ao seu xará, Harry Potter, é um gato nenhum pouco enérgico. Ou esperto. Ele é um bobão abusado. Passa o dia inteiro dormindo, e quando chego do trabalho a noite, exige que eu preencha seu pote de comida, para enfim, ele poder deixar outro buraco no meio e amanhã de manhã, exigir que esteja cheio novamente. E essa é sua rotina, além de topar ou cair de todos os objetos possíveis.  Há dois anos, a minha vida tem sido a mesma. Acordo às 6:00am para me preparar para o dia. Deixo Harry confortável, tomo um bom banho, checo meus e-mails a procura de alguma proposta perdida, preparo minha bolsa para um dia inteiro fora de casa e assim parto ao trabalho. E após um dia inteiro desperdiçando todo meu potencial, volto pra casa, cuido de Harry e procuro audições. E assim então, sigo minha rotina. Após um banho quase que interminável para alguém que paga sua própria conta de água, pulo na cama ainda de toalha e procuro audições na internet. E encontro: Audição para um comercial de biquíni Audição para um comercial de desodorante E apenas. Procuro algo relacionado a teatro. Alguma peça ou musical precisando de uma boa atriz para um papel quase que importante, e até encontro. Amiga número 3. Suspiro. Fecho o notebook na hora. Seguindo minha rotina diária, está na hora de se lamentar e começar a ficar desesperada, pensando se nunca vai chegar minha hora. Não tenho dinheiro para contratar uma agência decente, em vez disso, trabalho com uma que me prometeu ao menos um trabalho por mês. E tem 2 meses que eu não consigo nada. Eu sei que só preciso de uma chance para provar o quanto sou boa, para provar que sou melhor do Kiara.  Harry aparece no meu quarto. Ele sobe na cama e se aninha no travesseiro em que eu enfio minha cara e durmo todos os dias. E então eu vou dormir.  Acordo no outro dia e sigo a mesma rotina. Em pouco tempo já estou no trabalho, na companhia de Aaron já marcando algo para o fim de semana, afinal hoje é sexta e Aaron não trabalha nos fins de semana como eu. Enquanto decidimos que parte de Los Angeles vai ser palco da nossa extravagância do fim de semana, Sr. Rhodes aparece.  Eles está acostumado a nos ver conversando por horas quando o restaurante está vazio, até porque, somos muito mais produtivos fofocando enquanto arrumamos as mesas. Mas, acabamos nos calamos quando Sr. Rhodes vem a passos firmes na nossa direção. — Aposto que você fez m***a. — Sussurro para Aaron. — Eu não, bonitinha, ele está olhando diretamente pra você. Então, ao olhar para o Sr. Rhodes, pisando firme em minha direção, acredito em Aaron. — Alison. — Sr. Rhodes para próximo de mim e chama. — Podemos conversar no escritório? Por mais que sua voz esteja grossa e rouca, ele não parece bravo, então tento me manter positiva. Ele não pode me demitir, ele não contrataria alguém tão rápido e o horário de pico está chegando. — Claro! — Dou a ele um sorriso que o faz assentir e seguir até o escritório, esperando que eu o acompanhe. E claro, Aaron não perde a chance de me provocar me cutucando na costela. Sigo Sr. Rhodes até o escritório dele. Fica nos fundos do restaurante e é bem simples, apenas um lugar para que ele converse com os funcionários a sós e tenha silêncio para mexer nas finanças do restaurante. Ele faz sinal para que eu me sente na cadeira de madeira em frente a sua mesa, e logo em seguida, ele mesmo se senta na sua cadeira de couro sintético. Não faço cerimonias, me sento passando as palmas das mãos no avental, um pouco desconfortável.  — Então...— Ele diz prolongando a palavra. — Você está conosco a dois anos... — Sim. — Assinto. — Dois longos anos muitos bons! Tento me manter entusiasmada. Esse homem não demitiria alguém entusiasmada com o emprego. — E eu preciso que você tire férias. — Ele diz por fim. Pisco algumas vezes. — O senhor quer que eu tire férias? Ele assente. — Isso. Eu preciso que você tire férias.  Tento entender o que está acontecendo. — Eu posso não tirar?— Pergunto. — Não creio que seja uma boa opção. Você nunca tirou férias e tem ai o equivalente a dois anos de férias, por isso, preciso que tire seu mês de férias. Então eu começo a entender a questão burocrática disso. Sr. Rhodes não me deu nada no ano passado quando recusei as férias, se uma fiscalização passar aqui...E agora, outro ano, tenho direito a mais 15 dias de férias. Ou seja, um mês inteiro sem receber meu salário. E para ele conversar serio assim comigo, provavelmente ele não tem como comprar minhas férias, e para não perder meu emprego estável e que paga 11 dólares por hora, acredito que vou aceitar as férias. — Então...Acho que vou entrar de férias. — Digo a ele e lanço um sorriso meia boca já pensando como diabos vou sobreviver um mês sem salário.

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