CAPÍTULO 04

1352 Words
ISABEL Não sei onde enfiar a minha cara, literalmente eu devo estar vermelha feito um tomate, ai Deus, onde foi que eu me enfiei? — Carlos, eu posso explicar. — Tento me manter calma. — Você não precisa me explicar nada loirinha, o que você e meu irmão fazem não é da minha conta, só que isso é estranho. — Carlos tenta reprimir uma risada. — E por que seria estranho? — Adam pergunta, olho para ele com os olhos arregalados. Ele é louco? Quer piorar a situação mais ainda? — Tá na cara Adam, ela é bem mais nova que você, ela é atrapalhada e você detesta pessoas assim, ela adora contrariar as pessoas e você odeia ser contrariado, ela fala m*l de você e ainda por cima, ela é alegre e você sério, quase nunca te vejo rir como eu vi há alguns minutos atrás. — Já posso matar o Carlos? — Carlos, seu bastardo. — Falei irritada. — Então quer dizer que ela fala m*l de mim? Interessante. — Diz Adam com um meio sorriso, Deus que sorriso. Espera! Porque ele está sorrindo? — Desculpa loirinha, mas é que eu fui pego de surpresa, nunca em hipótese alguma poderia imaginar que vocês.... — A gente não fez nada, não estamos juntos, não aconteceu nada do que está pensando. — O interrompo. — Pode até ser, mas é difícil de imaginar o contrário vendo vocês dois nessa situação. — Aponta para nós dois. — Ah chega! Eu vou me trocar, quero ir embora. — Sai da cozinha batendo o pé. Onde já se viu, eu e aquele irritante do Adam juntos? Isso sim é impossível, só Carlos mesmo para pensar essas coisas absurdas. ADAM — O que a Bel realmente estava fazendo aqui, Adam? — Perguntou Carlos me tirando do transe. Eu estava olhando ela sair da cozinha, fiquei admirado com aquela b***a mexendo pra lá e pra cá quando ela anda, como ela é gostosa. — Não aconteceu nada demais realmente, ontem à noite um homem tentou estuprá-la no beco escuro perto do ponto de ônibus, ali perto da empresa, cheguei a tempo de impedir que o pior acontecesse, com a confusão ela acabou desmaiando e a trouxe para cá. — Digo naturalmente, boa parte disso é verdade, mas é óbvio que não irei contar o que realmente aconteceu naquele beco, seria arriscado demais para mim. Carlos não precisa saber que reencontrei León. — Eu já falei para ela inúmeras vezes que quando sair tarde do trabalho me pedir para levá-la, mas ela não me escuta e eu também fui i****a, antes dela sair ela estava conversando comigo, Deus! Poderia ter acontecido algo pior. — Disse Carlos chocado. — Não entendo essa i********e toda de vocês dois? Pra falar a verdade, eu nunca a tinha visto na empresa. — Isso é estranho, você sempre sabe de tudo ali. — Falou debochando. — Muito engraçado você. — Ironizo. — Hiz e Jena devem estar muito preocupados com ela. — Quem são eles?— Perguntei. — São os pais adotivos da Isabel. — Ela é adotada?— Será que ela é... Não, não é possível. — Sim, ela me contou um pouco da sua história e o pouco que ouvi já fez-me sentir m*l por ela. — E o que ela te disse? — É o passado dela Adam, não posso contar, ela confiou em mim e na Abby para isso, apesar que Abby sabe mais do que eu. — Quando vai assumir logo que você é gamado na minha secretária? — Inqueri lhe dando um tapa no braço. — Por mim já teria assumido, ela que não quer, ela tem medo do que as pessoas vão dizer dela. — Isso não tem nada a ver.— Realmente não tem. — Você falando essas coisas para mim? Quem é você e cadê meu irmão? — Ele ri. Eu sei que mudei muito de uns anos pra cá, me tornei muito frio com as pessoas, incluindo com a minha família, mas ainda sim, eu os amo demais. — Sou seu irmão Carlos, sempre que precisar estou aqui, Abbygrey é uma mulher boa e gentil, não é igual as outras da empresa ou as que você já saiu. — Digo seriamente. — Isso é verdade, gosto muito dela, nunca me senti assim antes com mulher alguma. — Falou sorrindo igual um i****a. — Pelo seu sorriso i****a deu para perceber. — Debocho. — Está muito brincalhão hoje, o que é raro. Isso tudo é por causa da Isabel? Realmente isso é raro, pra falar a verdade nem eu sei por que estou de bom humor hoje. — pensei. — Não, claro que não. — Respondo rapidamente. É claro que não é por causa dessa garota, não é? — Sei. — Diz desconfiado. — Já reparou no sobrenome dela Carlos? — Perguntei querendo mudar de assunto. — Mitchell. O que tem demais nisso? — Lembra da Julia e do Benjamin? — Lembro sim, infelizmente eles não... Espera, agora parando pra pensar, você acha que ela é...— Ele não consegue terminar a frase. — É possível, já faz anos, mas mesmo assim, a semelhança entre elas é incrível. — Podemos perguntar mais sobre ela. — Sugere Carlos. — Não, talvez ela não seja e não queremos que mais ninguém saiba disso. — Então o que iremos fazer? — Será que a mamãe iria reconhecer ela? — Perguntei. — Provavelmente sim. Mas como iremos levar a Isabel até a casa da nossa mãe sem que ela desconfie de algo? — Falou Carlos. — Não sei, mas também poderemos levar a mamãe até a empresa, seria mais fácil. — Tá bom, mas com qual desculpa? — Não sei, mas vamos pensar em alguma coisa. — Olha, já está na minha hora, tenho uma reunião importante agora de manhã. — O que você veio fazer aqui mesmo? — Perguntei, pois até agora ele não me disse. — Para saber se no sábado você vai mesmo para o baile de máscaras que a mamãe está organizando, ela me obrigou a vir aqui e te intimar a ir e espero que pelo seu bem você vá. — Sorri imaginando minha mãe obrigando Carlos a vir aqui, Dona Kátia é uma mulher de personalidade bem forte, não é à toa que sou assim, puxei bem a ela, amo minha mãe e como sempre ela consegue me convencer a fazer as coisas que detesto. — Vou sim, pode avisar a ela, agora deixa eu subir que tenho que me arrumar para ir para a empresa. — Me despeço do Carlos e subo para meu quarto, quando ia abrir a porta escuto a voz de Isabel, parece que ela fala ao telefone. Sei que é feio ouvir atrás da porta a conversa dos outros, mas preciso saber mais sobre essa menina, ela é um mistério que quero desvendar. — Desculpe Hiz(... )Quando chegar em casa lhe explico tudo(...) Sim, aquele homem que te falei que me fez m*l no passado voltou(...) Estou bem sim, o meu chefe me salvou dele(...) Ele perguntou sim, mas sabe como sou, a vida é minha e ele não tem nada a ver(...) Sim, entendo... Diga para Jena e Pedro não se preocupar(...) Vou ter que desligar(...) Tchau. Quando ela termina de falar no telefone, eu entro no quarto, ela se assusta e eu me assusto mais com essa cena. Isabel está em pé, de lingerie preta, encostada na porta do banheiro. Merda, como ela é gostosa! Eu a vi assim quando tirei sua roupa para pôr uma blusa minha, mas agora olhando ela, sinto meu p*u latejar com a cena. Droga, eu não posso. Ela corre para o banheiro se trancando lá e eu fico com cara de i****a olhando a porta por onde ela passou. Como pode uma menina da idade dela ser tão gostosa assim? Deus, ela é uma tentação de mulher, deveria ser proibida de andar por aí de tão linda que é. Controle-se Adam, ela é só uma menina e se suas suspeitas estiverem certas você nunca poderá tê-la Adam, nunca!
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD