CAPÍTULO 05

1336 Words
ISABEL Como vou olhar pra cara do Adam? Ou melhor dizendo, como vou olhar na cara do meu chefe? Meu Deus! Eu não pensei nisso, Adam é meu chefe, o que vão pensar de mim? Espero que nada, era só o que me faltava. Quando saio do banheiro vejo que ele não está mais, olho em volta e vejo minha roupa arrumada em cima da cama, não sei quem as trouxe e nem quero saber, coloco tudo rapidamente, procuro minha bolsa e a acho em cima do pequeno sofá que fica no pé da cama. Ao chegar na sala dou de cara com Adam impecavelmente arrumado de terno azul escuro, quase preto. Como pode ser tão gostoso? Como só pude reparar essas coisas agora? Ele está de costas para mim e não me viu entrar, nossa que b***a. Controle-se Isabel lembre-se que ele é seu chefe! — Sr. Lavisck?— O chamo, ele se vira e...Deus, que visão do paraíso. — Até que enfim. Então vamos? — Olho para ele sem entender. — Pra onde? — Como consegue agir tão naturalmente depois do que houve há quase uma hora atrás?! — Para a empresa ué, já estamos bem atrasados. — O quê? Eu ouvi bem? — O quê?! Está louco?! É óbvio que não vou com você. — Cruzo os meus braços. — Ué, e por que não? — Imagina quando me virem chegar na empresa com você? Vão pensar que passei a noite contigo. — Explico. — Mas você passou. — Diz maliciosamente. — Você entendeu o que eu disse. Não quero que pensem algo que não aconteceu. — Nunca ligo para opinião dos outros, deveria fazer o mesmo. — Adam, eu não vou com você e ponto. — Ele me olha por alguns segundos pensativo e depois pergunta: — Tem certeza? — Sim. — Tá bom. — Quando dou por mim, estou em cima de seus ombros. Adam começa a andar me carregando para fora da casa. — ADAM, ME PONHA NO CHÃO, AGORA! — Grito lhe dando vários socos que não adiantam nada. — Cala a boca! — Sinto quando ele me dá um tapa na b***a me fazendo parar de gritar. — Você não tem esse direito, está agindo como um homem das cavernas. — Digo irritada. Ele não me responde, quando chegamos perto do carro, ele sem me tirar dos ombros, abre a porta do carona do carro e praticamente me joga no banco. Ogro. Ele dá a volta, entra no carro e começa a dirigir sem dizer uma palavra. — Não vai falar mais nada? — Pergunto completamente irritada com o silêncio que se instalou por alguns minutos. — Não. — Responde friamente. — Sabia que você é estranho? Uma hora está todo mandão e brincalhão e agora parece que fez voto de silêncio. — Não sou obrigado a falar com você, agora cala a boca. — i****a! — Aff, quanta infantilidade. — Murmuro. Adam não diz nada, e assim foi até chegar na empresa. Antes que ele abra a porta para mim, eu mesma faço isso e saio andando. Logo atrás vem ele. Olho em volta e todos estão me olhando e cochichando. Droga! Eles me viram sair daquele maldito carro. **** Hoje foi um dia muito estranho de trabalho, muitas vezes o Adam me mandava ir até sua sala e me pedia para fazer diversas coisas que são obrigações de Abby, não reclamei, pois, de repente ele poderia estar me testando para ver se eu posso realmente trabalhar aqui e passar de estagiária para secretária, tomara que sim. — Ora ora ora, se não é a interesseira da empresa. — Diz uma mulher ao entrar no banheiro feminino, quando olho para trás, logo vejo de quem se trata. Tinha que ser a mais rodada da empresa, Jeniffer! — Não estou com paciência para aturar você hoje, Jeniffer. — Falei sem olhar para ela. Eu estava lavando minhas mãos quando ela entrou. — Escuta aqui garota, acha mesmo que o Adam vai querer algo sério com você? — Perguntou me virando bruscamente. Ah, ela não fez isso! Não espero nenhum minuto para acertar um tapa estalado no meio da fuça dessa p**a. — Da próxima vez que vir falar comigo cheia de atitudes e me insultando, eu vou quebrar o seu nariz. — Lhe dou as costas e saio do banheiro sem dar chances dela falar algo. Chego na sala bufando de ódio e Abby percebe pois, só faltei quebrar a porta pela forma brusca que a fechei. — O que houve Bel? — Perguntou preocupada. — Aquela v***a da Jeniffer veio cheia de mimi e insultos pra cima de mim lá no banheiro. — Digo com raiva andando de um lado para o outro. — E por que ela fez isso? — Porque ela é uma invejosa, ela me chamou de interesseira e tenho certeza que é porque todos me viram sair do carro do Sr. Lavisck.— Me sento à minha mesa. — Não dê bola pra ela, e muito menos para o que os outros dizem. Você me disse que nada aconteceu, e mesmo se tivesse acontecido, ninguém tem nada a ver com isso. — Ela tem razão. — Eu dei um tapa nela e a ameacei dizendo que quebraria seu nariz se ela viesse falar comigo daquele jeito de novo. — Digo orgulhosa. — Sério?! Eu até achei estranho você não ter dito antes que tinha batido nela. — Ela ri, e eu também. — Ainda bem que você sabe como sou.— Digo com um sorriso. — Verdade, por isso somos melhores amigas. — Uhum. — Concordo. — Bom, agora vamos ao trabalho. — Assim que Abby termina de falar, o telefone dela toca e ela atende. — LAVISCK'S MARKETING E INVESTIMENTOS em(...) Senhor(...). Vou avisar, sim senhor(...) De nada. — Assim que ela desliga, Abby me encara e já sei o que ela vai dizer. — Ele quer que eu vá na sala dele? — Pergunto já sabendo a resposta. — Sim. — Isso está começando a me incomodar. Saio da minha sala e vou para a de Adam, antes de entrar, respiro bem fundo, bato na porta, ele diz para eu entrar e assim faço. — Me chamou, senhor? — Perguntei séria. — O que aconteceu entre você e a Srta. Jones? — Aquela fofoqueira! — Com certeza ela contou a versão dela, aquela v***a. — Digo com desdém. — O que realmente aconteceu então? — Perguntou cruzando os braços para me encara com uma sobrancelha erguida. Como pode ser tão fodidamente sexy, só de terno e gravata?! Ah querida, mas você já o viu de toalha, e gostou — minha deusa interior dá pulos ao lembrar dessa cena. Adam é sem dúvidas muito lindo. — Ela veio falar comigo cheia de atitude e me insultou me chamando de interesseira. — Digo sem rodeios. — E por que ela falou isso? — Adivinha? Eu avisei a você que todos iriam pensar algo que não aconteceu, a culpa é sua! — Gritei irritada. — Ou! Calma ai! Eu sou seu chefe, então modere o tom ao falar comigo. Não tenho culpa de nada disso. — Diz se levantando e se aproximando de mim. — Não?! Como o senhor é cínico, eu só estou há dois meses nessa empresa e já vou ser vista como uma das mulheres que dorme com o chefe, isso é... — Chega. — Sou pega de surpresa quando Adam me agarra pela cintura e me coloca contra a parede. Meu Deus! — Adam você... — Chiu... não fala mais nada. — Ele leva uma de suas mãos até o meu rosto e aproxima o rosto do meu, mas quando vai me beijar, seu telefone toca. Ele bufa frustrado com isso. — Sempre nos momentos inoportunos. Depois conversamos, Isabel. — Diz me deixando ali no canto da sala com a maior cara de i****a. Filho da... — Com licença. — Digo saindo rapidamente daquela sala. Esse homem ainda me mata!
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