Traída Pelo Meu Noivo

⇝ Capítulo 2

OLIVIA HARRINGTON



Eu sabia que era verdade, mas sinceramente? Eu não queria acreditar, no absurdo que eu estava tendo que ouvir.

— Liv… — Christopher outra vez, tentou me chamar, me segurando pelo pulso, — Eu sou um homem, okay? Eu preciso de sex0 e com você… convenhamos… — ele riu baixinho, — você tem toda essa coisa de querer esperar… qual é, não pode querer que eu espere, pode? Eu aprecio que queira continuar virgem pra mim, eu sonho com o dia em que vou finalmente poder tirar a sua virgindade, mas enquanto esse dia não chega… não me culpe, Liv, — disse de forma cínica, — vamos conversar, okay? Você sabe que brigas entre casais… acontecem, e está tudo bem, eu perdoo você.

Bufei, sentindo o meu sangue ferver, a indignação gritando na minha mente e se entalando na minha garganta.

Ele tinha batido a cabeça quando nasceu? Tinha demência ou algum tipo de transtorno que dificultava que os seus neurónios funcionassem de forma adequada? Ou era simplesmente falta de noção?

Ele realmente estava falando aquelas coisas ou eu tinha começado a delirar, pelo choque da traição?

Aquele filho de uma put@ manca, estava realmente falando todas aquelas merdas pra mim?

— Você acha mesmo que ainda somos um casal? — Eu perguntei furiosa, — acha que eu ainda vou continuar noiva de um merd4 como você, depois de tudo isso? Você por acaso SE OUVE enquanto fala?

Ele ergueu uma das sobrancelhas, como se não acreditasse que eu estava agindo daquele jeito, — e isso era completamente compreensível, já que eu nunca tinha sido tão direta e tão brava com aquele puto.

— Olivia, você deveria ter modos.

Ele teve a ousadia de dizer, e eu arregalei os meus olhos, perplexa.

— Modos? Sabe onde eu vou enfiar os meus modos, Christopher? Eu vou enfiar eles na porr4 do seu c#! Seu desgraçado! Arromb@do! — Falei pegando a primeira coisa que vi pela frente, e jogando naquele filho da put@.

— Aí! Liv!

— CALA A BOCA, CHRISTOPHER! — Eu surtei, — EU NUNCA MAIS QUERO OUVIR VOCÊ FALANDO A PORR@ DO MEU NOME!

Ele tentou me segurar e eu me soltei, fuzilando ele com os olhos e jogando um vaso que tinha em uma mesinha próxima a porta, na direção da cabeça dele. O barulho do vaso estilhaçando no chão enquanto ele agachava, desviando, fez meu coração se preencher com felicidade.

— OLÍVIA! VOCÊ ESTÁ LOUCA?

Ele gritou, me encarando com nítida surpresa, e eu gargalhei, completamente surtada.

— Louca? SIM! EU TO LOUCA! EU TO COMPLETAMENTE LOUCA! — Gritei, — SÓ NÃO ESTOU MAIS LOUCA, DO QUE NA PORR@ DO DIA QUE EU RESOLVI ACEITAR A MERD@ DO SEU PEDIDO DE CASAMENTO! SEU DESGRAÇADO!

Eu soltei, mas as lágrimas queimaram em meus olhos, implorando para sair, e tudo que eu pude fazer, foi conte-las. Porque eu não choraria na frente daquele filho de uma put@, que tinha me traído e posto a culpa da traição, em mim!

Onde estava o príncipe encantado, pelo qual eu tinha me apaixonado? Onde estava o homem que me tratou como uma rainha por todo esse tempo? Era incrível como as pessoas mudam, ou talvez... — eu só não quisesse ver?

Droga.

Eu não queria pensar sobre isso!

Então, eu corri dali, sentindo meu peito doer e aquele b****a, nem se deu ao trabalho de vir atrás de mim! Eu me recusei a voltar pra casa ou para o carro, — eu não queria que ninguém me visse assim, então, tomei a única decisão plausível.

Eu ia me vingar, eu ia esquecer aquele i****a e me vingar de uma vez por todas, porque se o meu noivo Christopher, achava que podia trair uma Harrington, ele ia descobrir, que esse tinha sido o pior erro da vida dele, e começaria por agora.

Eu sabia que tinha um hotel a duas quadras do apartamento de Christopher. E Elijah já tinha me dito que Liam, — nosso amigo desde o jardim de infância, — tinha conseguido um trabalho lá. Eles dois insistiram para que eu fosse lá, para me divertir um pouco, mas tudo que eu conseguia pensar na época, era no meu trabalho e claro, no meu noivo.

Era comum rolarem festas naquele bar, festas dignas de “Chuck Bass”, o que queria dizer: riquinhos surtando, enchendo a cara, e fazendo m***a.

Normalmente? Eu não iria a um lugar como esse, mas agora? Eu queria.

Não.

Eu precisava. Então, eu teria, e 10 minutos depois, de chegar no hotel, eu estava no bar. Bebi um shot atrás do outro e dancei sobre a mesa como não fazia desde a adolescência. Liam — que teve a infelicidade de ter que me aturar, — parecia preocupado comigo, mas ele nunca tinha sido exatamente o tipo de pessoas que se metia na vida dos outros, então... ele não fez nada. 

Eu estava furiosa com o que Christopher tinha dito, nem tanto pela parte referente ao meu trabalho, mas sim, sobre a minha virgindade.

Sim. Eu tinha escolhido esperar, mas não porque era puritana ou algo assim, nem tampouco era religiosa, — a minha escolha, foi simplesmente baseada nas experiências das minhas amigas.

Relacionamentos? Vem e vão.

Orgasmos? Isso eu posso ter sozinha, não preciso de um homem.

Mas s**o? s**o é íntimo, é algo que eu não queria fazer por fazer, — não queria que fosse banal, ou uma memória r**m, e eu sabia que para grande parte das garotas? Era isso que era. Uma d***a de noite onde elas ficaram tão nervosas, que m*l conseguiram sentir algum prazer.

Eu não queria isso pra mim.

Queria que ao menos, fosse agradável. Que fosse com alguém especial, — com o homem que eu escolhi para viver ao meu lado pelo resto da minha vida.

Porr@.

Era um crime, querer isso?

Não. Não era, — mas agora? Eu estava brava por isso também!

Que merd@ de homem poderia ser digno de estar do meu lado? Que porr@ de casamento eu poderia ter, se o homem que pensei conhecer, que pensei que me amava, simplesmente me traiu e ainda me culpou?

Que se fod@ uma noite especial.

Que se fod@ a porr@ do meu casamento.

Eu não ia me casar, não ia ter filhos e se era a minha virgindade que tinha deixado Christopher tão “estressado”, então eu ia me livrar dela, mas eu jamais a daria a ele, — eu ia trep@r com a porr@ do primeiro cara gostoso que aparecesse na minha frente, o que não seria tão difícil considerando o quanto eu já tinha bebido, mas... quem se importa? Eu só queria alguém pra me f0der.