Vicky toca o fecho, assegurando-se de que está realmente fechado. Ela pega os seus dedos e os afaga levemente.
Vicky: Obrigada. - fala em tom de agradecimento.
Vicky se vira na cadeira para me olhar. Mas ela ainda continua segurando minha mão. Lentamente, quase timidamente, os olhos dela se encontra com os meus. Percebo que a mesma está com o rosto corado, exatamente como eu desconfiava. Eu já achava ela linda… mas seu rosto pálido e rosado, acaba deixando ela ainda mais deslumbrante. Sinto meu rosto esquentar, e só aí acabo me dando conta que também estou corada.
Deus, como ela é linda. Ninguém devia ter permissão de ser tão linda assim. Percebo que ela ainda segura minha mão, aperto os dedos da Vicky e sorrio olhando em seus olhos. Estou tremendo. Estou realmente tremendo e nem sei por quê. De repente, ela levanta o braço e desliza os seus dedos macios e gelados pelo meu queixo.
Vicky: Você tem uma estrutura óssea linda. - fala de um jeito sedutor.
Haha, espera… ela está dizendo que eu sou linda?! Engulo em seco. Isso é bem desconfortável. Mas não exatamente tão r**m. Abro a boca para lhe responder, mas continuo nos meus devaneios. Quero segurar o dedo dela entre meus dentes… ou talvez beijar as pontas feias e macias deles… Ó céus, será que tô sentindo alguma atração por ela? Meus olhos são atraídos pela boca e pelos seus lábios cor de rosa dela. Estou atraída sim. Não acredito. Eu nunca gostei de garotas… isso é, tirando uma vez na excursão com a banda. Tá bom, duas vezes na excursão com a banda. Mas juro, eu poderia beijar ela agora mesmo. Os lábios que estou olhando fixamente se curvam em um sorriso. Olho novamente para os olhos dela. Ela está sorriso para mim como se nós tivéssemos um segredo.
Vicky: Sabe… Ainda não te mostrei a casa. - fala mordendo os lábios.
Vejo ela se levantar languidamente da cadeira. Seu rosto ainda está cotado e suas pálpebras parecem entreabertas. Ela ainda está respirando diferente. Percebi pelo modo com que uma… é… certa parte dela está subindo e descendo. Aí meu Deus, essa não, não seja pega encarando os sei.os dela! - meu subconsciente grita.
Vicky: Por que você não me acompanha? - pergunta, já que até agora eu fiquei com a boca enfiada em algum lugar.
Não é exatamente uma pergunta. Mas até agora eu só fiquei calada e com os pensamentos longe. A mão fria dela alcança os meus dedos estão quentes e suados.
Isso realmente está acontecendo? Vai ser um tour pela casa? Ou pelo quarto? Foi por isso que ela me convidou? Pra me seduzir? Meu namorado está logo ali no banheiro! Quer dizer, preciso admitir que ela tem culhões bem, não literalmente colhões… Para dar em cima de uma pessoa cujo namorado está bem ali no banheiro.
Sinto falta lá aperta minha mão. Me tirando dos meus pensamentos. Ela me puxa mais perto dela, tão perto que nossos corpos quase se tocam. Eu não consigo nem olhar direito para ela. Ela é linda demais. Isso realmente está acontecendo…
Vicky: E então… Vamos? - ela me chama novamente, me tirando do meu mundinho, quando de repente o Jacob sai do banheiro.
Jacob: Que banheiro esplêndido vocês tem aqui!
Meílin: Ai! Jacob! Você me deu um susto. - falo um pouco nervosa.
Vicky: Que bom que gostou! - diz simpática
Meílin: sim. Que bom… - falo e fuzilo ele com os olhos.
Acabo voltando para a cadeira e me sento. Ainda sinto meu rosto vermelho, mas o Jacob não percebe.
Jacob: Fantástico! Maravilhoso! Então, vamos iniciar os trabalhos com os comes…tíves?
Meílin: Aí, pelo amor de Deus. - falo irritada.
Justo quando estou prestes a estrangular o Jacob, ele é salvo pelo gongo, quase literalmente. Meu telefone toca, e como o toque é especial, o qual eu programei para identificar a minha mãe.
Meílin: Sinto muito, é importante. Eu preciso atender essa chamada. - falo me desculpando.
Me levanto e vou para um lugar mais um pouco reservado e atendo a chamada.
Ligação on:
Meílin: Alô?
Enfermeira: Meílin? - ela pergunta.
Meílin: Ah, é você. O que está fazendo com o telefone da mamãe? - pergunto preocupada e continuo. Espera, ela está… - antes que eu termine de falar ela me interrompe.
Enfermeira: Sua mãe quer ver você. Sugiro que você se apresse. - quando a ouço falar aquilo, meus olhos já estão marejados.
Ligação off.
Assim que desligo já sentindo as lágrimas transbordando os meus olhos, saiu da casa da Vicky às pressas sem se quer me despedir, saiu correndo pelas ruas indo em direção do hospital. Depois de alguns minutos correndo, chego enfrente ao hospital e entro apressadamente. Volto a correr por dentro do hospital e vou atravessando as portas ofegando e sentindo umas fisgadas na barriga.
E penso: Eu estou… realmente… fora de forma! Apoio minhas mãos sobre meus joelhos e respiro fundo algumas vezes. Assim que levanto a cabeça, vejo um homem de preto parado no final do corredor. Ele está me olhando.
XXX: …
Uau! Que gato! Realmente ele é muito lindo, um homem de aparência de 22 anos, cabelos loiro, olhos azuis, ele tem aproximadamente 1,79 de altura.
Vou caminhando pelo corredor e vou me aproximando e resolvo falar.
Meílin: Ah, oi… - falo enquanto viro minha cabeça para vê-lo.
Quando me dou conta, percebo que não há mais ninguém no corredor. Ué… Que bizarro. Eu juro que tinha visto uma pessoa aqui.
Volto a caminhar e vou em direção ao quarto da minha mãe. Assim que chego vejo a mesma com um semblante triste.
Meílin: Oi, mãe! Você… está bem? - pergunto enquanto vejo a mesma me olha nos olhos.
Ela estende a mão magra para mim. Ela está péssima, ainda pior que o normal. Mas ela logo da aquele sorriso acolhedor se mãe, como esse sorriso dela é lindo, só penso que uma estrela poderia se acender com o calor que ela emana nos olhos.
Mãe: Que bom que você conseguiu vir. Onde você estava? Espero que por aí, se divertindo um pouco. - falou com um sorrisinho .
Meílin: É, eu estava me divertindo, eu acho. - falo com um pouco de tristeza.
Puxo uma cadeira e me sento ao lado da cama da minha mãe, apertando aos mãos magras e finas dela. Como sempre acontece quando eu a visito. Eu não sei se eu consigo sorrir ou chorar.
Meílin: Como você está? - pergunto