Dilemas de um coadjuvante (Parte 2): "Lealdade e Resistência"

1604 Words
Como qualquer pessoa no seu auge da adolescência caminhando para a fase adulta, Carlos também pensava em ter seus relacionamentos amorosos e tinha suas potenciais pretendentes, todavia era deveras cauteloso, estrategista(muitas vezes até demais), e extremamente tímido com uma certa dificuldade em expressar seus sentimentos e de tomar iniciativa pois esta era uma área muito nova para ele, e por mais fácil que isso parecia ser para a maioria dos adolescentes de sua idade, como falei no início Carlos não se considerava nada parecido com eles, e isso se tornava algo extremamente difícil . Outro obstáculo também uns de seus grandes dilemas na sua vida amorosa e o grande dilema desses dois primeiros capítulos seria: É amor ,ou amizade? Para respondermos essa questão precisamos entender quem são essas pretendentes e qual significado ou importância elas têm na vida de Carlos. Vou chama-las apenas de codinomes de acordo com características reais da personalidade de cada uma segundo o meu olhar. Prefiro não trabalhar com nomers Serão os seguintes nomes: Lealdade, Resistência e Obsessão Vamos começar por Lealdade. Era uma jovem moça alguns anos de diferença de Carlos, formosa no olhar, no jeito de ser, e em termos de beleza também, simpática, tinha pouca estatura, porém um coração enorme. Tinha cabelos cacheados, pele parda, um sorriso encantador, personalidade forte, porém marcada com seus problemas pessoais e familiares. Assim como Carlos também sofria com o m*l da ansiedade e achava-se como refúgio durante suas crises jogos em seu celular. Como seu codinome diz era leal as suas amizades, e com Carlos não era diferente. Os dois sempre foram muito próximos, frequentavam os mesmos lugares no passado, exerciam a mesma fé, e participavam dos mesmos grupos de oração e frequentavam a mesma comunidade de fé. E com isso conversavam bastante sobre vários assuntos rotineiros, alguns pessoais; tinham uma ótima sintonia. Os dois tinham tamanho carinho um pelo outro que para ela, Carlos era como se fosse seu irmão, mas talvez aí que esteja uma enorme pedra de tropeço para Carlos, ou será que Carlos por não saber sobre si e seus sentimentos se confundia um pouco? De fato, Carlos confundia bastante o carinho fraternal de Lealdade com algo que poderia ser um relacionamento amoroso, mas ele por sua vez a respeitava e muito, por isso nunca a disse que tinha uma leve quedinha por ela e por isso preferiu manter em sigilo, para conservar Lealdade perto dele e temia que ela se afastasse dele por causa disso. Pois em uma de suas conversas, ela deixou bem claro que uma das coisas que mais gostava nele era que ele não a paquerava, e a respeitava. Ali, Carlos soube seu lugar e por essa razão deixou para si até então a paixão que sentia por Lealdade, manteve-se apenas na amizade que por si só, significa muito para ele. Me pergunto se um dia eles ficarão juntos, ou talvez apenas manterão essa bela amizade que já é lucrativa para ambos... Bom, apenas o tempo me dirá isso. Certo dia, por razões pessoais e de segurança, Carlos precisou deixar aquele contexto de vida onde Lealdade se fazia tão presente e retornou a casa de sua mãe contra sua própria v*****e, por decisão conjunta de seus familiares, seria ali o adeus a esta bela parceria? Ou para se esquecer um amor não correspondido de mesma intensidade, talvez conhecendo outro? Continue comigo teremos em breve essa resposta ainda temos que falar das outras duas. Vamos a segunda pretendente. Agora é a vez de Resistência. Resistência já era mais velha que Carlos, tinha uma altura aproximada, também tinha cabelos cacheados, pele cor de bronzeado, era uma beldade quando o assunto é beleza, sabia seduzir qualquer rapaz que a interessasse, mas não se engane pela beleza e sedução. Tinha uma personalidade tão forte quanto pimenta malagueta, tinha um ritmo de vida tão agitado quanto ressaca marinha,e quando se zangava sua ira destroçava feito tempestade quem se atrevesse a invadir o seu espaço, mas por trás dessa garota tempestuosa e agitada tinha uma mulher forte e sensível, valente e de bom coração. Será que Carlos conseguirá conquistar essa moça mais madura, e acalmar essa tempestade chamada Resistência? Como ficará muito longa essa parte vou dividir esse capítulo em mais uma parte contanto apenas sobre Resistência, obsessão falarei futuramente sobre Para a sorte de Carlos, ela foi o sol que iluminou a sua vida, e eu vou explicar o porquê. Como mencionei anteriormente e no início dessa narrativa, Carlos havia deixado contra sua v*****e e foi morar com sua mãe e havia chegado em um ambiente completamente novo, cercado de culturas novas, pessoas de vários tipos e várias opiniões. Pessoas que se conheciam de longa data, e ele ali era apenas um forasteiro que acabará de chegar e teria que conversar com eles e pelo menos conseguir achar ali alguém com ideais parecidos com o dele, talvez até um relacionamento amoroso, quem sabe? Na época Carlos ainda não se sentia seguro para se enturmar ou conversar com alguma garota e nem com ninguém no seu meio, pois o trauma de sua mudança brusca de ambiente ainda era recente, mas por outro lado também se sentia solitário, ele precisava sair de sua zona de conforto e arriscar. Nos primeiros dias de aula ficou mais isolado de tudo e de todos, apenas observava o ambiente, mas sem parecer tão observador. Já que Maomé não ia as montanhas, as montanhas vieram até Maomé... Traduzindo para nossa narrativa: “Já que Carlos não ia até aquelas pessoas, as pessoas vieram até Carlos” para se enturmar com ele. Primeiro um g***o de seus colegas de sala que vieram em sua direção se apresentaram e começaram a conversar com ele, e de cara já gostaram de Carlos e ele foi aceito com eles ganhando o apelido de Cadu isso ainda dentro de sala. Tá mais aonde Resistência entra nisso tudo? Calma lá, meu bom leitor, estou chegando lá... Prosseguindo... Chegando a hora do intervalo das aulas, lá estava Carlos no banco pensando na vida, e comovido internamente com o carinho recebido de seus amigos mineiros e nostálgico, quando chegou g***o de meninas e se aproximaram dele, uma delas era Resistência, mas também tinham outras três a acompanhando vou chama-las de Teimosia, Desconfiança, e Obsessão, além de Resistência e vieram ao encontro de Carlos lhe propor algo. Carlos ficou surpreso pois nunca viu tantas garotas ao seu lado em tão pouco tempo, e foi saber qual era a delas. Uma delas iniciou a conversa e lhe disse: _”Tem uma amiga nossa que está interessada em você!” Lembra do perfil observador que eu disse que Carlos tinha? Pois bem ele já sabia que era Resistência, mas fingiu demência e para saber qual era a delas perguntou: _ “E quem é essa garota? Ela está aqui com vocês ?” Perguntou para ver o que iriam responder.. _”Ela está aqui sim, mas não quer se identificar. Ela está com vergonha...” Disse uma delas e continuou _”Você tem w******p?” Enquanto conversa fluía, Carlos observou Resistência olhando timidamente para ele, e olhou de volta, porém quando ela percebeu que ele estava a encarando, desviou o olhar, abaixou a cabeça e deu uma leve mexida nos seus lindos cabelos cacheados. Ali Carlos já sabia quem aquelas garotas estavam falando, mas continuou a conversa para ver onde queriam chegar e respondeu. _ “Tenho sim, vou anotar na folha do meu caderno, e vocês entreguem a essa amiga de vocês, ou me chamem lá se quiserem conversar comigo.” Então ele rasgou uma folha de seu caderno, tirou do seu estojo uma caneta, escreveu celular e seu nome entregou a uma delas, que rapidamente entregou o papel escrito a Resistência que guardou em sua mochila e deu um sorriso envergonhado a Carlos e elas saíram cochichando e rindo entre si colégio à fora. Nisso seus novos amigos também tinham observado aquilo tudo, ele passou a ganhar o respeito de seus colegas e daquelas pessoas e foi facilmente aceito no meio deles. Algum tempo se passou e nada de Resistência o telefonar, Carlos estava achando que aquelas garotas estavam blefando ou só queriam tirar uma com a cara dele, mas ao mesmo tempo quando ele se aproximava aquele era o assunto mais falado sobre ele. Será que isso o agradava? Por um lado Carlos estava surpreso com aquele acontecimento, por outro não gostava da interferência daquelas pessoas, em sua maioria só se aproximaram dele por causa daquela situação, e só por isso achavam que tinham uma i********e com ele que não tinham, na verdade sequer teve tempo para isso e o pressionavam a falar com ela(Resistência),mas, Carlos ainda estava digerindo sua mudança de cidade, somando a essa pressão toda por parte de seus novos “colegas”, analisando alguns casos, alguns tinham amizade verdadeira com Carlos, o restante eram aproveitadores que queriam tirar proveito de Carlos por conta disso. E não e um comportamento de Carlos ser invasivo na vida de ninguém, embora seja coadjuvante em muitas histórias. Para se conhecer melhor, Carlos necessitou de acompanhamento psicólogo e psiquiátrico, pois teve crises mais severas de sua ansiedade, mas ele precisava reagir rapidamente a aquilo tudo então, tomou uma medida um pouco impulsiva. Ele tentou agarrar Resistência á força, que se esquivou dele e saiu correndo assustada, mas aquele comportamento não fazia parte do perfil dele, então a deixou seguir, e ignorou aquela corja que o oprimia, arrumou sua mochila e foi para casa, pois já não havia mais aulas no dia, e não havia mais nada para ele fazer ali.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD