As Cronicas de um Adolescente Aleatório: Em busca de seu próprio destino (PARTE 1)

Carlos A X Carlos E / Os xarás

 Era Carlos Antônio ou “Carlos A” como nossos primos o chamavam para não confundirem comigo Carlos E   

_ “Ô zé, posso ir aí?” 

_ “Pode!” Falei rapidamente enquanto manobrava meu caminhão no pátio da transportadora. Nem me dei conta de que o almoço ainda não estava pronto... 

PARA QUE EU FUI FALAR ISSO?! 

Na mesma hora ele responde: 

_ Belê! Já estou descendo a rua 

Antes que houvesse tempo que eu respondesse e visualizasse sua mensagem ele continua: 

_ Abre o portão já estou chegando... 

E ainda que houvesse mais algum segundo que eu pudesse olhar para meu telefone me ligou em vídeo ao menos umas duas vezes avisando que já tinha saído de casa. 

Saí correndo do computador, desliguei-o pela tomada mesmo, dane se; passei correndo pela cozinha e pedi as chaves do portão para minha avó 

Logo fui repreendido e me advertiu dizendo: 

_ Ele não vai poder vir agora, só depois do almoço! 

_ “Mas eu disse a ele que ele poderia vir não sabia que o almoço já estava pronto.” Insisti questionando a ordem dela, e ao mesmo tempo ignorando as centenas de chamadas de vídeo que Carlos A estava fazendo já no meu portão 

_ “E está... Vai lavar a mão!” Me respondeu subindo o tom de voz 

_ “Mas, eu vou deixá-lo esperando lá fora?” retruquei, ainda insistindo mais pois, já não sabia o que fazer com tanta ligação e, enquanto ela pensava ele liga mais uma vez, nisso finalmente a convenci de me dar as chaves. Contrariada ela me deu as chaves e falou:  

_ "Abre lá para ele, mas ele vai esperar você almoçar,depois vocês conversam."

 Fui até o portão,e,lá estava aquele sujeitinho de baixa estatura, óculos topete na cabeça, um pouco bagunçado acenando para mim

_ " E  aí, zé!" Disse ele me cumprimentando

_ E aí mano,beleza? Respondi, e o cumprimentei com um toca aqui, e abri o cadeado e a tranca do portão. Ele rapidamente entrou.

Nisso, fui para a mesa, e ver o que tinha para comer. Era um belo prato de arroz, feijão, farofa, uma salada de alface e tomate temperada com sal e azeite, e uma coxa de frango assada no forno! Como aquela comida cheirava a casa inteira. Minha vó sempre foi boa na cozinha, gosto muito da comida dela, fiz minhas orações, agradeci  a Deus pelo alimento que estava na minha mesa, e fui almoçar antes que esfriasse a comida. Enquanto isso, Carlos entra pela porta e cumprimenta a minha avó:

_ "Bença, tia!"

_ "Deus te abençoe!" Respondeu minha avó

Ele deu um sorriso a minha avó e ficou parado na cozinha, me esperando terminar meu almoço.

Enquanto isso, tentava acelerar o garfo para poder terminar logo e poder enfim dar atenção á ele. Mas, fui logo advertido pela minha avó, que é notável que não largava de meu pé, e me tratava feito criança, mesmo sendo visível que não tinha a aparência de uma criança.Te pergunto você acha que um rapaz alto, mais de 1, 80 de altura de ombros largos como eu , pele parda, olhos castanhos, cabelos pretos, cabelo penteado, com um pouco de barba na cara, de óculos tem alguma cara de criança? Tinha 15 anos, com rosto de 18, Mas, para ela sempre serei uma criança... Dando seguimento, ela me repreendeu na mesa dizendo:

_"Coma devagar! Não precisa comer a galope, você vai passar m*l! O Carlos vai esperar você comer, não vai, Carlos?"

_" Vou sim, não precisa comer rápido, eu espero." Respondeu Carlos A e continuou

_" Posso usar  seu computador enquanto você termina"?

_ "Pode. A senha é a mesma, não mudei nada" Disse a ele, ignorando completamente a advertência de minha avó, e já quase acabando de comer a coxa de frango.

 Terminei ás pressas aquela saborosa refeição, coloquei meu prato na pia e fui dar atenção para Carlos A.

  Nisso, meu Tio Wagner chega do trabalho para almoçar,e ao ver Carlos o cumprimentou, mas era visível o seu incômodo com a presença dele, visto que ele é antissocial,mas fingiu que não deu a mínima e foi colocar o seu prato de comida,e fazer sua refeição,pois tinha ainda que retornar ao seu trabalho.

 Já na sala, no computador eu e Carlos fizemos o que habitualmente fazíamos no computador,jogar um pouco. Ele foi jogar um pouco o ETS 2 criou um save para ele e tentou fazer uma entrega, mas desistiu por não  conseguir sair com o caminhão. Então mudamos para o Asphalt 8 e ele fez algumas corridas e venceu todas! Depois, jogamos online Minecraft e fomos construir um casa e tentar jogar no modo sobrevivência, jogamos PVP mas ele sempre me vencia. Nunca fui bom de briga! Nem mesmo nos jogos. Enquanto jogávamos,íamos conversando sobre vários assuntos.Eu contava para ele sobre a cidade  nova,e ele falava das mesmices de Caeté, e da escola dele, já que estava no sexto ano, e estudava no mesmo colégio que estudei até o nono ano, alguns professores eram os mesmos que me deram aula, outros eram novos, até a direção era nova, muita coisa havia mudado em 6 meses que deixei aquele colégio, e aquela cidade! Enfim meu tio retornou ao trabalho, e saímos da casa e fomos brincar no quintal de uma brincadeira que  se eu fosse conta-la daria um livro só com  o roteiro que inventávamos para ela. 

 Basicamente, em resumo essa brincadeira, fingíamos que éramos escravos, mas eu era um rei que não lembrava que era rei  , e estava trabalhando como e*****o, e ele era um e*****o que não sabia mas que virava uma Kiúbe, uma espécie de bicho inventado por ele que protegia o rei (no caso eu) onde lutávamos contra o rei que usurpou o trono pelo meu direito de ser rei, com a ajuda dele e formava minha família e meu reino. Ficamos um bom tempo com essa brincadeira. Nisso já estava escurecendo, a mãe dele foi chama-lo para ir para casa, abri o portão para ele, me despedi e tranquei a grade do portão, e entrei para dentro da casa da minha avó.

Nisso, observo minha vó se movimentando apressadamente em direção ao banheiro para lá e para cá arrumando minhas roupas, colocando minha toalha e arrumando meus produtos de higiene. Já sabia que era hora do meu banho. 

Ela veio e rapidamente me chamou dizendo:

_"CARLOS! Vai tomar banho,antes que seu tio chegue e fique tarde!"

_ " Já vou! "Respondi a ela desligando o monitor e o computador

_'' Anda logo! " Insistiu

Fui então, rapidamente ao banheiro, um banheiro médio, ladrilhos laranja, piso branco,pia com armário na lateral , ao centro tinha a privada e o box com um chuveiro e uma cortina, entrei no box,fechei a cortina,tirei minhas roupas,e fui tratar de tomar meu banho,antes que a Dona Amália viesse reclamar que eu estava demorando. Liguei o chuveiro e já estranhei um pouco a temperatura da água. Estava muito fria mesmo com o chuveiro no quente, então diminuí a  vazão da água para ver se esquentava mais, e funcionou. Terminei meu banho, fiz a minha barba e minhas necessidades fisiológicas, me sequei rapidamente,me vesti, e fui avisar a mais amigos e conhecidos que estava na cidade. Queria revê-los, alguns não todos, maioria talvez. Liguei meu computador abri no Chrome e procurei por meu f*******: e conectei. Fui falar com um deles.