Capítulo 19

1276 Words
Eu estava tão dispersa em meus pensamentos, distraída por minhas emoções selvagens, que não notei Jay caído no chão perto do banheiro até que estava sentada na cama, passando os dedos pelos cabelos. Eu gritei, pulando e correndo para o lado dele, arregalando os olhos quando notei a pequena poça de sangue perto de seu rosto. Seu lábio estava aberto, os olhos fechados e inchados, os hematomas já escurecendo a pele de seu rosto. Ele piscou algumas vezes, os olhos focando em mim enquanto eu tocava seu rosto. — O que aconteceu? — Eu resmunguei, soluços quebrando minha voz. — Luke... — Não. — ele disse asperamente, sangue respingando de sua boca enquanto tentava falar. — Não. — Ele repetiu, antes de respirar fundo. Ele estava lutando para respirar. Balancei minha cabeça ferozmente. — Pare de falar, vou buscar ajuda. Prometo que vou buscar ajuda. — chorei, antes de tirar as mãos de sua cabeça e me levantar rapidamente. Minhas pernas tremeram enquanto eu corria para a porta. Fiquei chocada ao vê-lo. — Ele está aqui. — Jay gemeu alto depois de balbuciar essas três últimas palavras. Quem estava aqui? Eu não queria perder tempo tentando fazer com que ele me contasse. Abri a porta e me deparei com o rosto sombrio de Giovanni. O corredor estava escuro agora, as janelas cobertas, as luzes quebradas, as portas fechadas. Nenhum outro sinal de vida, além do homem furioso parado na minha frente. Olhei para seus punhos ensanguentados. Um nó se formou na minha garganta e, antes que eu tivesse tempo de gritar, senti a mão dele esmagando meu rosto. Não sei se o estalo veio da pancada ou de quando bati no chão, mas vi manchas cinzentas. Meus olhos lacrimejaram horrivelmente e uma náusea avassaladora revirou meu estômago. Ele fez isso. Pobre Jay... Eu fiz uma careta, enquanto tentava dar uma olhada em Jay no chão. Seus olhos estavam fechados, mas seu peito subia e descia rapidamente. Abri a boca para gritar por Luke, mas não saiu nada. Uma lufada de ar rouco passou pelos meus lábios e Giovanni riu sarcasticamente. — p***a, vocês dois sangram muito. — Giovanni murmurou antes de limpar as costas da mão na calça jeans. — Graças a Deus eu tenho uma v***a como você em casa que sabe como tirar o sangue das minhas roupas. — ele rosnou, antes de se abaixar e entrelaçar os dedos no meu cabelo. Mordi minha língua com força enquanto ele puxava minha cabeça para cima. Usando toda a minha energia, fiquei de pé, sendo continuamente puxada por Giovanni para ficar de pé. Minhas mãos foram para minha cabeça e tentei entrelaçar meus dedos entre seu punho fechado, sem sucesso. Seu aperto estava travado. Não havia nada que eu pudesse fazer. — Se Luke não pode ser um maldito homem e se livrar de você, então farei de você minha p**a e depois te matarei eu mesmo. — Não. — eu sibilei. Ele me deu um tapa com a mão livre. Minha cabeça virou para o lado antes de ser puxada pelos cabelos para ele. O cheiro de cigarro e bebida nele me fez engasgar. Quase não consegui conter a bile que ameaçava subir. Que diabos de vida era essa? Por uma fração de segundo, desejei que Luke tivesse me matado pessoalmente. — Oh, mas não se preocupe, querida. Vou me certificar de esticar essa b****a muito bem. Irei fazer um bom proveito antes de matar você. Apertei minhas coxas. Ele teria que me deixar inconsciente ou me matar para enfiar o p*u dentro de mim. Eu não ficaria lá e passaria por aquilo, não se eu fosse morrer de qualquer maneira. Cerrei a mandíbula e engoli as palavras insultuosas que borbulhavam na minha língua. Um dia esse filho da p**a conseguiria o dele. Um maldito dia. — Estou ansioso para entrar esse buraco apertado. — Ele rosnou enquanto agarrava meu rosto e enfiava o polegar entre meus lábios. — Não tem nada a dizer? Tentei me afastar dele. — Vou arrancar a p***a do seu p*u com uma mordida. Eu não podia acreditar que as palavras tinham saído dos meus lábios, mas não havia como voltar atrás. Para minha surpresa, Giovanni riu e apertou meu rosto com tanta força que eu choraminguei. — Talvez eu arranque a p***a dos seus dentes para que você não tenha escolha a não ser chupar meu p*u. — ele respondeu, antes de soltar meu rosto. Ele me deu um soco rápido no estômago, fazendo com que o ar fosse liberado dos meus pulmões e eu apertasse meu estômago. A dor era agonizante. Eu não conseguia falar. Eu não deveria falar. Giovanni passou a mão pelas costas e sacou uma arma, a pontando-a para mim. — Nós vamos sair agora e você não vai falar nada. Eu vou atirar em você. Rezei silenciosamente para que Luke viesse até mim. Meu demônio revirou. Talvez ele saísse pelo corredor procurando uma trepada rápida e descobrisse que eu estava sendo levada pelo irmão dele? Mas eu sabia que não teria tanta sorte. Estávamos no corredor em segundos e Luke não estava por perto. Este lugar era enorme e havia partes dele que eu não tinha ideia. Ele poderia estar em qualquer lugar. Giovanni percebeu meus olhos disparados e balançou a cabeça. — Você não vai encontrá-lo. Ele está preocupado com seu ex-namorado. Aposto que você pensou que ele matou Josh. Não exatamente. Eu o convenci a não fazê-lo porque sabia que precisaria daquele pedaço de merda para alguma coisa. Fiz um acordo com aquele maldito rato, para que eu pudesse ir e te levar. Seu precioso Luke não vai te salvar. — ele disse suavemente. Embora sua voz fosse baixa, suas palavras não eram menos ameaçadoras. — Diga-me, é o p*u dele? Ele tem algum p*u mágico que faz de você uma v***a indefesa e patética? — Pare com isso. — eu murmurei. — Eu disse para calar a boca. — ele sibilou. O som de algo batendo no chão chamou sua atenção, fazendo-o afrouxar meu cabelo. Ele olhou para o corredor, os olhos arregalados enquanto tentava se concentrar nos passos próximos ecoando pelo ambiente. Usei isso como minha oportunidade. Afastei minha cabeça dele, chorando quando uma mecha de cabelo arrancou, antes de bater meu cotovelo em suas costelas. Ele se dobrou, segurando o lado do corpo, enquanto a arma pendia frouxamente em sua mão. Chutei sua mão, observando milagrosamente a arma cair de sua mão e deslizar contra a mesa decorativa no corredor. — Maldita v***a. — Giovanni resmungou. — Luke! — Gritei tão alto que pensei que meus pulmões fossem explodir. Passos altos se aproximaram. Giovanni rosnou, cambaleando em minha direção. Deslizei para fora de seu alcance e corri para pegar a arma. — Luke! — gritei uma última vez, antes de meus dedos baterem na arma. Eu me virei, apontando a arma para Giovanni, que estava com a mandíbula cerrada. — Você não vai fazer isso, sua v***a imunda. Ele te treinou como um cachorro. Você não atira em seus captores, você transa com eles. — Giovanni cuspiu. A arma tremeu na minha mão. Eu tinha vantagem, eu poderia fazer isso, apenas um movimento rápido do meu dedo e o gatilho seria puxado. Por que eu estava hesitando? Ele não faria isso. — Faça isso. — ele pressionou, me incentivando. Ele abriu os braços. — Bem na p***a do peito. Faça isso! Agora! — Jenna! — Luke chamou assim que meu dedo puxou o gatilho e o som de um tiro ricocheteou o ar, ensurdecendo a todos nós, antes que o som de um corpo caindo no chão fosse ouvido.
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