Capítulo 6

1908 Words
Ouvi o som da porta batendo sinalizando a partida de Luke. Terminei de raspar o resto da comida do chão e joguei o pano na mesa junto com a bagunça. Virando-me com expectativa para o grupo, ignorei a forma como seus olhares queimaram minha pele. Minhas mãos se contraíram, dominada pela vontade de me cobrir, Max balançou a cabeça. — Ah, ah, ah. O chefe não iria querer que você fizesse isso, não é? — Sua voz era grave enquanto ele me olhava da porta. Um nó se formou na minha garganta e precisei de tudo dentro de mim para engoli-lo. Josh estava em algum lugar, se recuperando dos ferimentos, mas estava livre enquanto eu estava sendo exibida como uma c****a no zoológico. Meus punhos se fecharam ao meu lado. Se eu colocasse as mãos em Josh, faria pior. Aquele pedaço de merda me traiu e colocou minha vida em risco por seu próprio egoísmo. — Por que a cara fechada? — Max zombou, enquanto colocava um cigarro entre os lábios. Ele acendeu o isqueiro e a sala começou a se encher com uma espessa nuvem de fumaça cancerosa. Humor distorcido curvou seus lábios quando ele deu um passo mais perto de mim. Meu corpo queimou de medo enquanto ele caminhava em meu caminho. Recuei o máximo que pude, parando quando minhas costas bateram na mesa. — Qual é o problema, princesa? Estou apenas sentando mais perto. Seu braço roçou meu quadril enquanto ele se inclinava para alcançar uma cadeira ao meu lado e a virava para sentar a trinta centímetros de mim. Apertei meus lábios enquanto minhas sobrancelhas franziam. Ele claramente não tinha nada melhor para fazer do que me infernizar. Depois de dar uma tragada desagradável em seu cigarro, ele começou a soprar a fumaça diretamente na minha cara. Tossi, meu estômago embrulhando quando o cheiro trouxe de volta memórias distantes e assustadoras. Margo namorou um cara caipira e canalha que apareceu no apartamento procurando por ela um dia, quando ela não estava lá. Eu morava lá há cerca de um mês. Ele havia fumado, e esse foi o cheiro que associei à imagem dele deslizando a mão pela minha coxa e me pedindo uma rapidinha. Estremeci com o pensamento e olhei para Max. Ele não estava melhor. Ele tirou o cigarro dos lábios e ergueu-o para mim. — Dê uma tragada. Balancei a cabeça furiosamente. — Não, obrigado. — respondi categoricamente. Foi algo na minha falta de interesse que alimentou seu ego e seus motivos. Ele sorriu e riu loucamente, parecendo meio louco com uma dentição amarelada e feia. — Eu não estava perguntando. — E eu estou te dizendo, não. —Você é uma v***a corajosa. — Estremeci quando ele se levantou da cadeira. Ela rangeu no chão. — Aqui, experimente. Ele murmurou enquanto caminhava diante de mim. A fumaça praticamente me sufocou quando joguei a cabeça para o lado. Ele agarrou meu rosto e alguém gritou um protesto atrás dele. — Ele disse para não tocar nela! — Não me chateies. — Max respondeu antes de pressionar os dedos na minha mandíbula. Um silvo agudo de dor escapou dos meus lábios. Lutei contra seu aperto, sem sucesso, enquanto ele pressionava o cigarro com força em meus lábios. O gosto de seu hálito ainda no final envolveu minha boca e eu engasguei. — É uma sensação boa, hein? — Max colocou-o de volta na boca. Ele soltou meu rosto, apenas para arrastar seus dedos gordos ao longo da minha pele e descer até meu peito. — É sério. — uma voz desconhecida soou. Um dos homens que ele trouxe para a sala se aproximou de nós. Seu cabelo era loiro e cacheado, e ele parecia ter vinte e poucos anos, com rosto redondo e grandes olhos castanhos. — Luke tinha instruções claras. — Ele colocou a mão no ombro de Max. Um grito rompeu o silêncio constrangedor quando Max se virou e deu um soco no rosto do garoto. Demorou um minuto para eu perceber que estava gritando. O sangue jorrou de um corte ao lado do olho do menino quando ele tropeçou para o lado, momentaneamente atordoado pelo golpe. Hunter assobiou e balançou a cabeça. — Você não deveria ter feito isso, Jay. — Ele se dirigiu ao menino. Jay se firmou rapidamente antes de seguir em direção à porta. — f**a-se! — Ele disse. — Eu não vou me meter nisso. — Observei impotente enquanto ele saía e permanecia nas mãos de Max. — Agora... — Ele se virou com olhos selvagens e colocou as mãos em meus braços. Gritei quando ele me girou e me pressionou contra a borda da mesa. — Se alguém tiver um problema, ficarei feliz em resolver. Se não, cale a boca e me deixe em paz. Meus olhos imploraram aos homens que me ajudassem, mas tudo o que eles fizeram foi murmurar baixinho e sair da sala. — Talvez eu apenas te f**a aqui mesmo. — Ele riu para si mesmo. Uma dor lancinante percorreu meu lado. Abri a boca para gritar, mas não saiu nada. A dor era cegante, paralisante e, após reconhecer a falta de fumaça, percebi que ele havia apagado o cigarro na minha pele. — Eu adoro quando você grita, querida. — Você é um psicopata. Seus dedos eram ásperos contra meus quadris enquanto ele empurrava sua virilha contra mim. Chega de "não me tocar". Max claramente não seguiu limites. Com uma mão mergulhada nas minhas costas, ele entrelaçou os dedos no meu cabelo e puxou com força suficiente para arrancar os cabelos do meu crânio. O pânico me tomou quando o som familiar dele mexendo nas calças seguiu meus gemidos. — Não! — Eu gritei, chutando as pernas e balançando os quadris para tentar escapar de seu aperto. — Continue lutando comigo. — Sua respiração abanava meu cabelo enquanto seus lábios acariciavam minha orelha. Estremeci de nojo. — Eu gosto assim. — Filho da p**a doente. — Cuspi venenosamente nele. — Max... Bianchi precisa que você saía, vá logo. — Hunter disse. — De novo isso, p***a. — Max rosnou, antes de sua mão bater na minha b***a. Eu me enrolei contra a mesa, tentando me afastar dele. — Eu voltarei. — Ele puxou meu cabelo, puxando minha cabeça para trás antes de colocar seus lábios em meu pescoço, deixando um beijo molhado e o gosto de bile em minha garganta. Pensei em fugir. Durante horas o pensamento correu pela minha mente, mas não consegui. No fundo eu sabia que não conseguiria e que só pioraria as coisas para mim se tentasse. Levei o prato e a comida para o lixo e permaneci imóvel, evitando o sono quando minhas pálpebras começaram a ficar pesadas. [...] — Acorda. O som fraco de uma voz me despertou. Meus olhos se abriram para encontrar Luke parado acima de mim. Seus lábios são uma linha firme e as sobrancelhas franzidas em aborrecimento. Lutando para ficar de pé, esqueci momentaneamente que estava nua até que seus olhos varreram minha carne. O suor escorria pela minha testa, colando meu cabelo no rosto. A baba secou em minha bochecha e eu tinha certeza de que “atraente” estaria ausente da minha descrição física atual. A exaustão girou dentro de mim, fazendo com que meu cérebro perdesse o foco enquanto Luke pronunciava outra palavra que não entendi. — Gesù Cristo... — Ele resmungou antes de agarrar meu braço e me puxar para cima. Ele me puxou para o lado e para fora da sala de jantar. Eu estava muito cansada e sem foco para protestar enquanto caminhávamos pelo corredor. Fiquei grata por Max não ter retornado. Meu corpo doía por causa do ataque e a queimadura ao lado do meu corpo latejava. Luke abriu a porta e me empurrou para dentro, seguindo o exemplo antes de bater a porta atrás de nós. Meus olhos se arregalaram de choque quando passamos pela cama e entramos no banheiro. — Senta. — Ele ordenou, gesticulando em direção ao vaso. Fiz o que foi dito e sentei-me, com vergonha de olhar para ele, girando o registro do chuveiro. Ele colocou a mão na água para testar a temperatura antes de se virar e fazer uma careta para mim. — Se limpe. — Ele pegou uma toalha debaixo da pia e jogou para mim. Estremeci quando levantei meu braço para agarrá-la rapidamente antes que ela caísse no chão. Os olhos de Luke estavam escuros e estreitados enquanto ele observava todo o meu corpo. A queimadura do cigarro era de um vermelho sangue, um alvo para os olhos de qualquer um. Ele esfregou o queixo e suspirou. — O que diabos aconteceu? Afastei a vontade de chorar e levantei meu olhar para o dele. Minhas mãos ainda estão no meu colo. — Max. — Eu disse especificamente para eles não tocarem em você... — Ele afrouxou a gravata do pescoço. — Max deve ter problemas de audição. É melhor consertar isso. — Ele resmungou para si mesmo. — Venha aqui. — Ele acenou para mim e eu hesitantemente me aproximei. Ele me virou para ver melhor a marca, seus dedos deslizando pela minha pele tão suavemente que fiquei confusa. Aqui estava um homem que queria me machucar, que queria me ver desmoronar e estava me mostrando bondade. Seu olhar suavizou-se com a expressão de terror que cruzou meu rosto. — Ele estuprou você? — Não. Ele tentou. — Minha voz era um sussurro. Um sinal dos pedaços de mim mesma que eu estava perdendo. Minha própria força estava diminuindo. Seus dedos roçaram a queimadura e eu me encolhi, me afastando dele. — Relaxa. — Ele insistiu. — Entre. Testei a água com os dedos. Estava quente e convidativa. Mergulhei na água com prazer. Ele ensaboou minhas costas e cedi à sensação, enquanto ele massageava meus ombros com o sabonete, descendo pela minha b***a. Inspirei profundamente, mas ele rapidamente passou para a frente do meu corpo. Meus m*****s ficaram eretos quando ele deslizou o sabonete sobre meus ombros e para baixo entre meu decote. Meus olhos se fecharam enquanto eu revelava meus próprios sentimentos de conforto. Seu polegar sobre o sabonete roçou nos meus m*****s e meus olhos se abriram enquanto eles endureciam ainda mais. Meu corpo estava traindo algo que minha mente negava. Eu estava ficando excitada. Incrivelmente excitada por Luke, quando eu não deveria estar. Ele ignorou meus sinais flagrantes de excitação e desceu em direção a minha barriga, parando para ensaboar meu umbigo. Isso foi estranho para mim. Eu nunca tinha mandado alguém me lavar antes, desde que eu era criança. Eu pensaria que algo assim me assustaria, me enojaria, mas me senti em paz. Meu corpo se arqueou em direção a ele enquanto sua mão se movia para baixo, deslizando pela a parte interna das minhas coxas e lavando os lábios da minha v****a. Não se atreva a gemer! Mordi meu lábio para conter o pequeno suspiro que tão ansiosamente queria deixar meus lábios enquanto ele massageava minha v****a. Por último ensaboando a minha b***a. Ele levantou a mão para agarrar meu queixo e virou minha cabeça para encontrar seu olhar. — Termine e descanse um pouco. — Sua voz era suave. Eu olhei para ele interrogativamente. — Mas e quanto ao meu castigo? — Não adianta punir quando você está assim. A questão toda é que eu seja aquele que quebra você. O que diabos ele queria dizer com isso?
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