Capítulo 5

2818 Words
— Eu vou lutar com você, se você me tocar. Com indignação as palavras saíram dos meus lábios, mas eu sabia que não poderia lutar contra aquele homem. Até ele sabia disso, e enquanto se elevava sobre mim, o sorriso em seus lábios revelava que ele estava ciente desse pequeno fato. Observei seus músculos se tensionarem contra o tecido fino de sua camisa preta. Ele demorou para ficar completamente em pé e na minha frente, seus olhos nunca deixando os meus. — Hmm... — Seus dedos brincaram com a gravata em volta do pescoço antes de soltá-la. — Eu não vou forçar você, Jenna. Meu nome saiu de sua boca com tanta suavidade que foi angelical aos meus ouvidos. Essa era a única maneira de ele fazer algo s****l comigo. Ele teria que me estuprar. Eu não queria nada dele. — Mas não se engane, bambina. Você vai me implorar por isso. — É isso que todos vocês homens pensam por aqui? Alguns de seus capangas... — Cuspi, enquanto a memória invadia meus sentidos. Tudo que eu conseguia sentir era o cheiro do suor de Max, meu corpo recuou de medo com a lembrança de suas pernas peludas entre as minhas. — Tenha uma ideia diferente. Meus braços automaticamente serpentearam ao redor do meu corpo para suprimir os arrepios da memória assustadora. Meus pensamentos se voltaram para Margo. Eu me perguntei se ela estava enlouquecendo procurando por mim. Se ela estivesse comigo agora eu teria mais força para me manter firme e lutar. Ela torna tudo mais suportável. — O que isso deveria significar? — Embora sua voz fosse baixa, registrei medo dentro de mim, como se ele tivesse gritado. Seus olhos escureceram e sua mandíbula apertou enquanto ele enrolava a gravata em seu punho. — Max... forçou-se sobre mim. — Eu engasguei, enquanto lágrimas picavam meus olhos. Eu odiava chorar na frente das pessoas. Isso me fez sentir fraca. Patético. Como uma criança que não conseguia controlar as próprias emoções, mas eu estava com medo. Estou com nojo de mim mesma. Eu não tinha proteção aqui, nenhuma. Todo mundo que se importava comigo estava de volta em casa e não tinha a menor ideia do meu desaparecimento ou estava louco de preocupação. — Ele estuprou você? — Sua voz era monótona, vazia de emoção, e se não fosse por seus olhos se estreitarem um pouco, eu teria pensado que ele estava nem um pouco interessado. — Ele estava prestes a fazer isso. Felizmente você interrompeu antes que ele tivesse a satisfação da penetração. — Respondi petulantemente, enquanto acenava com a mão em sua direção. — Mas está tudo bem. Eu funguei e enxuguei os olhos com raiva. De jeito nenhum eu iria desmoronar na sua frente, na frente de alguém que provavelmente ficou satisfeito com meu colapso mental. — Interessante. — Ele falou com os dentes cerrados. — Espero que você se vista às oito todas as manhãs. Você estará me servindo o café da manhã às oito e meia. Não mais tarde. O mesmo vale para almoço e jantar. — Por que eu deveria? — Você valoriza seu relacionamento com a família e amigos? Minhas sobrancelhas se uniram em confusão. Ele zombou e sentou-se em cima de sua mesa. — Se você me desobedecer. Eu vou matar seus pais e você. E a sua amiguinha Margo? Ela pode tomar o seu lugar. Eu senti como se tivesse levado um tapa. Fiquei boquiaberta, meus olhos arderam com outra onda de lágrimas frescas, enquanto eu olhava para aquele homem malvado. — V-você iria... — Esse é o erro que você parece cometer. Você não me conhece, p***a. — Luke tirou um canivete do bolso e colocou a ponta da lâmina contra o lábio inferior. — Você vê... Ele começou, cortando o lábio na lâmina. Sua língua se moveu contra o sangue e um pequeno sorriso se contraiu na borda de seus lábios. Ele me ofereceu a lâmina. — Se você não fizer essas coisas, então não terá utilidade. Você pode muito bem se matar agora. A tentação de roubar a lâmina dele pesou sobre mim. Agora era minha chance. Talvez eu pudesse esfaquear sua artéria e fugir. Por outro lado, não conheço esse lugar e poderia ficar ainda mais perdida. — Pegue! — Ele gritou. Eu me encolhi, assustada com sua explosão repentina e agarrei a lâmina que ele me ofereceu. Virei-o em direção a ele, minha respiração se tornou irregular. Meu coração batia forte em meu peito, eu tinha certeza de que ele podia ouvi-lo em meio ao silêncio estranho que dominava a sala. Sua expressão estava ausente de medo quando eu o ameacei com a lâmina. Minhas pernas vacilaram para ficar de pé. Ele empurrou o pé contra a mesa e se levantou. — Você quer saber a diferença entre você e eu? — Ele acenou com a cabeça na direção da faca. A área ao redor de seus olhos enrugou-se de humor enquanto ele sorria. Ele era definitivamente mais velho, mais sábio. Talvez em seus trinta e poucos anos. Não havia muito o que dizer, mas eu tinha certeza de que a polícia saberia quem ele era. Eu tinha nome e sobrenome. Luke Bianchi. — Eu não deixo o medo me impedir. — Ele pronunciou antes de tirar a faca da minha mão. Ele empurrou a lâmina de volta no lugar antes de colocá-la de volta no bolso. Ele levou o dedo de volta ao lábio e enxugou o sangue restante antes de enxugá-lo com um lenço que havia guardado no bolso. — Sabe, meus pais vão me procurar... Margo vai me procurar. Ela vai alertar a polícia. — Eu sou o dono da polícia. — Ele falou enquanto ria. — Presumo que você nunca investiu totalmente sua atenção no que seu "ex-namorado" fazia para viver? Eu balancei minha cabeça. Isso nunca me interessou. Ele ganhou um dinheiro decente e até conseguiu ter uma vida social, mas ficou muito estressado com o trabalho. Eu me lembro muito disso. — Ele era o gerente de um andar em seu prédio. Eu controlo todo o império do comércio. — Eu deveria estar impressionada? — Eu respondi sarcasticamente. Eu não estava nem aí para o que ele fazia para viver. Tudo o que me importava era continuar a viver. Endireitei meus ombros e, com o pouco de confiança que consegui manter, nivelei meu olhar com o dele. — O mundo está à minha disposição... se isso impressiona você ou não, não importa para mim. Na verdade, você não importa para mim. Tudo que eu quero são as coisas que seu namorado de merda roubou. — Ex-namorado. — Eu corrigi. Sem dizer nada, Luke pegou o peso de papel da mesa e jogou-o na parede. Minha boca se fechou, enquanto eu me encolhi no assento. Ele falou italiano enquanto passava a mão pelos cabelos. Levantei-me do banco e fui empurrada com força. — Continue assim e eu vou te amordaçar. — A verdade em suas palavras conjurou imagens minhas amarradas. Excitação e medo passaram por mim e eu não conseguia entender por quê. Um brilho de incerteza brilhou em seus olhos, antes que ele girasse em direção ao seu assento. — Saia agora. Pulei do assento e cambaleei para trás em direção à porta. Ela se abriu e Hunter entrou. — Espero que você seja educada amanhã. — Ele falou enquanto Hunter agarrava meu braço. Olhei para ele com raiva e tentei me libertar de suas mãos. — Sim. — Eu respondi petulantemente antes que pudesse me controlar. — Sim, o que? — Ele explodiu. — Senhor? — Seria sensato não esquecer isso. — Ele retrucou assim que a porta se fechou atrás de mim. *** — Levante-se e brilhe, princesa. Meus olhos se abriram para encontrar Max encostado na porta. Um sorriso estava gravado em seu rosto e seus braços estavam cruzados contra o peito. Lutei para me sentar na cama, puxando o lençol para cima de mim. Seus olhos piscaram para minhas mãos, antes de viajar preguiçosamente de volta para encontrar meu olhar. — Isso não vai te salvar. — O que você quer? — Eu questionei a contragosto. Ele deu um passo adiante no quarto. Os cabelos da minha nuca se arrepiaram. Memórias dele me forçando me paralisaram. Seus olhos brilharam conscientemente. — Para continuar de onde paramos. — f**a-se. — Eu cuspi. Eu não ia aceitar isso. Eu lutaria até que isso me matasse se fosse necessário. A única maneira dele me pegar era se ele gostasse de n********a. Meus dedos agarraram os lençóis com força, ficando roxos e brancos com a força. Talvez eu possa estrangulá-lo com estes lençóis? O pensamento trouxe um sorriso sádico aos meus lábios. Seu sorriso vacilou. — Agressiva. Ainda mais divertido. — Ele deu outro passo. Apontei para ele ameaçadoramente. — Se você chegar perto de mim, vou arrancar seu p*u. — Por mais divertido que pareça, você está atrasada. — Ele comentou. Meus olhos se voltaram para o relógio pendurado na parede. 8:30, Merda. Saí da cama e fui em direção ao banheiro. — Bianchi não quer que você use as roupas de ontem. A cômoda está cheia. — Max disse. — Vai embora! — Nossa hora chegará. — Ele murmurou antes que o som celestial da porta do quarto se fechando seguisse atrás dele. Maldito porco. Passei os dedos pelo meu cabelo, tentando domar a bagunça selvagem. Meus olhos estavam turvos de sono. Limpei-os furiosamente, antes de beliscar minhas bochechas. Eu poderia me passar por um cadáver em outra vida. Depois de abrir a torneira, joguei água morna no rosto e o laveu. Outro dia no inferno. Não reconheci o meu reflexo olhando para mim. Depois de tirar o vestido sexy, corri até a cômoda e abri a porta. A confusão nublou minha expressão enquanto eu tirava as roupas da gaveta. Essas eram caras. Ridiculamente caras, notei quando meus dedos roçaram a etiqueta de preço de um dos jeans. Decidi por uma calça jeans e uma camisa azul justa. Algo mais difícil de arrancar, considerando as más intenções de Max. Depois de calçar meus sapatos de volta, empurrei a porta e recuei quando Max se virou com um sorriso nos lábios. O cheiro de cigarro e suor me dominou e congelei. Ele coçou a cabeça raspada e gesticulou com um aceno de cabeça. Eu segui ele, mantendo uma distância segura. A sala de jantar estava vazia, exceto por Luke. Meus olhos registraram a sala palaciana. Grandes luminárias penduradas no teto. Pinturas intrincadas de diferentes cidades europeias estavam penduradas nas paredes em molduras douradas esculpidas à mão. Luke estava lindo. Seu cabelo estava penteado para trás, longe do rosto. Sua mandíbula recém-barbeada. Seus olhos escuros eram emoldurados por grossos cílios pretos, beijando sua bochecha a cada piscada. Fiquei maravilhada com a forma como seus músculos se contraíram sob a camisa enquanto ele levava o garfo cheio de comida aos lábios rosados. Os mesmos lábios contra os quais ele havia colocado uma faca ontem. Seu prato estava meio cheio e, no meio da mastigação, ele acenou com a cabeça para Max. Virei minha cabeça em sua direção, observando enquanto ele me lançava uma piscadela de partida antes de sair da sala de jantar. Um suspiro de alívio passou pelos meus lábios antes de voltar minha atenção para Luke. — Você está atrasada. — Essas duas palavras reviraram meu estômago. A náusea se agarrou à minha barriga quando ele desviou os olhos para mim. Aqueles olhos que pareciam perscrutar minha alma. A vontade de me cobrir tomou conta de mim. O que eu poderia dizer? Discutir? Arranjar desculpas? Ele não parecia ser de ouvir isso de qualquer maneira. — Desculpe. — Eu declarei. — Tire suas roupas. — O que? — Eu suspirei. Ele estava falando sério? — N-não. — Tire-as agora. — Seus dedos agarraram o garfo em sua mão. Sua voz era baixa e ameaçadora. Meus dedos trêmulos subiram para minha camisa, arrastando-a lentamente pelo meu torso. O som de seu prato caindo no chão me assustou e eu vacilei com minha camisa. A comida estava por toda parte. Meus olhos examinaram a bagunça. — P-por favor? — Implorei enquanto sua cadeira raspava no chão. Os sons vindos da cadeira me fizeram estremecer. Porra... — E-eu... — gaguejei. Minha voz falhou nos soluços presos na minha garganta. Ele estava na minha frente em segundos. Olhando para baixo com agitação. Como se eu fosse uma criança com quem ele não queria lidar. — faça o que eu mandei! — Ele gritou. Eu me encolhi e tirei a camisa do meu corpo, jogando-a no chão. — Não... — Ele murmurou para si mesmo. — Porca Miserável! Não é rápido o suficiente. — Ele trabalhou rapidamente com os dedos para soltar meu sutiã, antes de arrancá-lo do meu corpo. Eu gritei e caí contra ele enquanto meus m*****s esfaqueavam o ar agora frio por causa de sua violação. Ele deu um passo para trás e eu tropecei no chão. Desabotoei o jeans rapidamente, tirando-o das pernas. Hesitante, deslizei os dedos na cintura da minha calcinha, mas não consegui puxá-la para baixo. Olhei para cima e vi Luke me observando com olhos tão escuros que pareciam ônix. Sua cabeça se inclinou ligeiramente enquanto ele observava cada movimento do meu corpo enquanto eu estremecia. — Ti farò a pezzi con il mio cazzo... — Ele disse antes de se curvar em minha direção. Ele colocou a mão no meu ombro, fazendo-me prender a respiração brevemente em antecipação antes de ser jogada de costas. O chão frio caiu sobre minha pele e estremeci quando seus dedos roçaram a pele nua da minha barriga. Eu não me mexi. Eu não conseguia me mover. Eu estava com muito medo. Enfiando os dedos na renda, ele rasgou o tecido do meu corpo, seu olhar ardente ainda queimando minha pele enquanto ele colocava o tecido no bolso. Fiquei completamente exposta. Exibida ao ar livre para que ele se sacie. Meus braços desceram para me cobrir, mas sua voz rouca cessou o movimento. — Não. — Seus olhos percorreram as dobras da minha b****a, subindo pela pequena saliência da minha barriga e pela curva dos meus quadris antes de circular em torno dos meus botões endurecidos. — Levante-se. — Ele ordenou e, sem pensamentos rebeldes, corri para me levantar. Eu me senti humilhada. Desumano. Apenas um objeto sendo abusado. — Limpe essa merda. — Ele murmurou. Dei um passo à frente antes de olhar para ele de um lado para outro da bagunça. — Então era isso que você queria? Me humilhar? Sua mandíbula se contraiu antes que ele agarrasse meu braço e me jogasse na bagunça. Meu quadril bateu na beirada da mesa e eu me encolhi em agonia. — Humilhar você? — Ele riu sem alegria, enquanto seus passos ressoavam enquanto ele ia até a porta. Minha atenção permaneceu na bagunça no chão quando me ajoelhei e comecei a pegar cacos de vidro, colocando-os sobre a mesa. Virei minha cabeça para a porta quando ouvi um grupo de pessoas entrar. Max, Hunter e dois homens desconhecidos estavam na frente da porta me observando. Eu poderia ter morrido. Luke ficou quieto de lado, com uma sobrancelha arqueada quase como se dissesse "humilhada agora?" — Vocês se importam em assistir a limpeza da Srta. Martini? Ela precisa de um pouco de perspectiva externa. Um coro de “sim” ecoou. Engoli em seco, minha garganta agora mais seca que um deserto. Ele realmente é um pedaço de merda sem coração. Imaginei atropelá-los com um carro enquanto colocava os últimos pedaços de prato sobre a mesa. — Aqui. — Luke disse enquanto jogava um lenço para mim. — Para limpar a comida. — Ele disso, foi a coisa mais degradante que já senti. — Isso é humilhante o suficiente, ou devo aumentar um pouco e amarrar você no teto do meu carro e levá-la pela estrada? — Luke zombou. Suas palavras me cortaram como um chicote. Fiquei em silêncio, raspando ovo do chão com o pano. — Eu gostaria de ver isso. — Max riu. Tenho certeza que você gostaria, filho da p**a. Fiquei tensa com suas palavras. Talvez eu morresse de vergonha para não ter que suportar nada dessa merda. — Ninguém deve tocá-la. — Luke anunciou. — Estou indo embora. Não voltarei antes das sete. Você deve permanecer aqui, a menos que eu o oriente de outra forma. Eles garantirão que você consiga tudo que precisar. — E-então eles vão continuar me vigiando, senhor? — Eu gaguejei incrédula. — Sim. Quando eu voltar, aplicarei uma punição adequada aos seus crimes. — Um... um castigo? — Fiz um gesto freneticamente ao meu redor. — Não é este? — Não. Isso é apenas um aviso. — Ele disse antes de passar pela pequena multidão de homens. Se isso fosse um aviso, eu não queria saber o que era uma punição.
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