Victoria ?
_ foi essa v***a que pegou meu marido, chefe.- a mulher falou apontando para a Karol.
Chefe? c*****o, eu tava vendo o comandante do tráfico de Manguinhos ali na minha frente?
_ aí Tigre, só vou dizer uma parada: controla tua mulher aí pra não sobrar pra tu.- apontou para o cara que tava aos beijos com a Karol.
_ jaé, Terror.
Hum, então o nome do bonitão é Terror.- pensei.
Ele saiu puxando a mulher e me assustei com a cena, além de ter feito ela ser corna na frente de todo mundo e geral saber, ele ainda sai puxando ela assim.
Terror: pode voltar com a música, porra.- gritou e colocaram a música.- E tu, pega homem casado?- falou para a Karol, o tom dele de quem tava muito puto não contradizia com sua cara.
Karol: devo chamar a atenção deles.- falou se jogando para cima dele.- Deve ser porque faço sexo anal, tá afim?- foi colocando as mãos nos braços dele.
Essa vergonha ela passou no débito.
Terror: se eu quisesse comer cu, eu iria atrás de um viado.- tirou as mãos delas com força.- Corta a i********e, p*****a.
Victoria: vamos embora, Karol.- falei para ela assim que o tal Terror virou de costas.
Ele virou para nós e veio na minha direção. O cu não passava nem uma agulha de tão nervosa. Aquela voz grossa dele e aquela expressão de bravo deixava qualquer pessoa com medo.
Terror: podem ficar, mas acho bom vocês não aprontarem nenhuma no meu morro mais, porque esse balenciaga nos seus pés não serve de p***a nenhuma aqui.- me olhou da cabeça aos pés e me arrepiei todinha.
Não o respondi e ele virou de costas para ir embora.
Victoria: quem te disse que é balenciaga?- falei com a voz falha de medo, mas não fiquei calada.
Ele virou novamente para mim e sorriu de canto, depois foi embora no meio da multidão.
Leticia: você tá maluca em falar com esse cara desse jeito?
Victoria: saiu sem querer.
Karol: acho que ele ficou interessado em você.- falou com um pouco de antipatia.
Victoria: isso aí é problema dele.- falei dando um gole na minha caipirinha.- Vê se não se envolve com mais ninguém daqui.- falei para a Karol.
Luíza: até que enfim te encontrei menina.- gritou ofegante.- Vamos lá para o camarote.
Karol: nossa! Vamos sim, com certeza.- a Luíza olhou pra ela com uma cara nada boa.
Victoria: mas por que?
Luíza: vi a confusão de lá, melhor vocês irem para lá porque o pessoal aqui não pode entender legal vocês aqui já que pararam o baile por causa de vocês.
Leticia: já aconteceu?
Luíza: sim, os caras aqui drogados e bêbados só procuram motivo pra confusão.
Victoria: e deixam você colocar gente lá?
Luíza: sou amiga próxima do Terror, relaxa.- pegou na minha mão e começou a me puxar, logo peguei na mão da Leticia e ela na da Karol.
_ pra onde vai com as patricinhas?- o homem armado na frente da escada falou.
Luíza: para o camarote, o chefe deixou cara.. Tu acha que eu arriscaria?- o homem olhou para ela com uma cara desconfiado e deu espaço para a gente.- Ele é muito burro.- falou assim que subimos as escadas.
Olhei em volta e vi um espaço bom, tinha um pouco de gente, uns caras bonitos que a Karol já estava olhando. Mais no canto tinha um bar improvisado e até banheiro aqui tinha.
Senti um olhar sobre mim e virei a cabeça procurando alguém, logo vi o Terror fumando enquanto me encarava.
Naquele momento eu esqueci até como se anda, olhei para ele também, que desviou o olhar alguns segundos depois.
Karol: vou ali.- saiu de perto da gente e foi em direção dos caras.
Luíza: a bebida é de graça, podem pegar o que quiser.- falou para nós e as meninas já se animaram e foram até o bar.
Victoria: isso aqui é melhor que as baladas do Leblon.
Luíza: claro que é.- falou alto.- Tá vendo aquele cara?- apontou para um homem sentado ao lado do Terror e eu assenti.- Quer ficar comigo de novo, o que tu acha?
Victoria: tu quer?
Luíza: não sei, ele fode bem, mas ultimamente tô gostando mais de pegar mulher.
Victoria: então procura alguma mulher que curta também.
Luíza: aquela tua prima, é hétero?
Victoria: ah, ela já beijou outras meninas, até onde eu saiba.
Luíza: até aí tá bom então. Vou tentar a sorte.
Victoria: você tem jeito de menina hetero top.- ela gargalhou.
Luíza: eu sei.- ri.- Mas eu pego os dois.
Senti o olhar do Terror em cima de mim novamente e olhei de volta. Depois de alguns segundos nessa, eu quem virei a cara.
Victoria: tem mais shows hoje?
Luíza: não sei, vamos ali perguntar para o Terror, que inclusive, percebi que não tirou o olho de tu.
Victoria: coisa da tua cabeça.- falei rindo. Eu sabia que ela tava certa.
Ela pegou na minha mão e foi me puxando até ele.
Luíza: aí Terror, vai ter mais show hoje ou só dj?
Terror: vai ter atração surpresa.
Luíza: e tu vai fazer surpresa logo pra mim?
Terror: não é pra tu, é pra minha comunidade.- falou me encarando.
Luíza: tá encarando a menina por quê?
Terror: por nada.- soltou a fumaça e subiu um fedor de maconha.- Só acho engraçado uma patricinha dessa tá aqui no meu morro.
Victoria: achei que o baile era aberto para todos...- falei numa boa.
Terror: aí...- levantou e ficou perto de mim me encarando.- Não sou os playboy que tu tá acostumada não belê? Olha como tu fala comigo que tu tá na minha quebrada.
Fiquei encarando ele também, até que o mesmo sentou novamente.
Luíza: a mina falou numa boa, Terror... Fica de boa.
Terror: tu mora por onde?- perguntou pra mim.
Victoria: Leblon...- ele riu sarcástico.
Luíza: aí, olha a prima dela.- apontou pra Leticia.- Achou gata?
Terror: é pô, mas essa patricinha é mais.- apontou pra mim com a cabeça.
Luíza: vou ver se fico com ela.
Terror: a outra é o que sua?- perguntou sobre a Karol.
Victoria: amiga.
Luíza: senta aí que vou falar com a Leticia.- sentei ao lado do Terror e ela foi lá.
Victoria: o cara que a Karol pegou é seu amigo?
Terror: não.- apenas levantei a sobrancelha como forma de entendimento e virei a cara. Uma mulher me encarava com uma cara nada boa e tava me dando medo.
Victoria: ela é sua namorada ou algo assim?- perguntei me sentindo intimidada.
Terror: sou cachorro solto.- apenas assenti.- Aí Nayara, tá olhando assim pra mina por quê?
Nayara: por que essa p**a aí pode sentar ao seu lado e eu não?- falou me olhando feio.
Terror: tu é maluca, p***a? Quem tu tá achando que é pra falar assim comigo, p***a?- foi para cima da mulher colocando uma arma na testa dela.
Dei um gritinho assustada assim que vi a peça, era coisa nova para mim... Mas meu Deus, onde eu fui me meter??
Nayara: desculpa, Terror.- ouvi o estralo do tapa que ele deu na cara dela.
Terror: tu sabe que o dia que eu quiser te comer, eu só aviso e tu vem, não força p***a de i********e pro meu lado, cachorra.- falou segurando o maxilar dela com força.
Me deu uma imensa vontade de chorar por ver uma cena daquela e não poder fazer nada, ainda mais sendo uma humilhação para uma mulher. Mas é assim que os traficantes são, não respeitam mulher nenhuma.
Nayara: perdão, Terror.
Terror: agora pede perdão pra mina ali.- apontou para mim com a arma e eu me encolhi toda.
Nayara: pra essa patricinha, Terror?- ouvi um estrondo e gritei com o susto, olhei para a menina e vi que ele tinha atirado no pé dela.
Terror: quem tá falando contigo, p***a? Só obedece.- gritou para ela, que chorava.
Nayara: perdão, moça.
Terror: tu só sai viva daqui se ela te perdoar, tá ligada né?
Victoria: eu te desculpo sim, moça.- falei super rápido e trêmula.
Terror: agora mete o pé, vai andando até o postinho.- guardou a arma e a moça saiu mancando.
Ele sentou ao meu lado e com certeza percebeu minha aflição, pois eu levantei logo em seguida. Fui em direção as meninas e a Leticia já me olhou assustada.
Leticia: você tá pálida! O que aconteceu?
Victoria: eu acabei de ver uma coisa horrível.- peguei o copo da mão dela e virei tudo na minha boca.
Luíza: tá maluca? Não pode beber assim! Tu tá assim por causa da parada com o Terror?- assenti.
Leticia: a Luíza disse que isso é normal.
Victoria: sério?
Luíza: o nome dele não é Terror por nada né... Mas conta o que houve.- contei tudo a ela, que apenas deu de ombros.- Ele não permite que faltem com respeito, não é à toa que é tão respeitado.
Victoria: respeito à base do medo não é respeito.
Leticia: mudando de assunto... A Karol foi embora com um cara.
Victoria: ela tem um parafuso a menos, meu Deus!- falei brava.
Luíza: relaxa, que o cara é de boa.
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