Capítulo 2

1533 Words
Victoria ? _ foi essa v***a que pegou meu marido, chefe.- a mulher falou apontando para a Karol. Chefe? c*****o, eu tava vendo o comandante do tráfico de Manguinhos ali na minha frente? _ aí Tigre, só vou dizer uma parada: controla tua mulher aí pra não sobrar pra tu.- apontou para o cara que tava aos beijos com a Karol. _ jaé, Terror. Hum, então o nome do bonitão é Terror.- pensei. Ele saiu puxando a mulher e me assustei com a cena, além de ter feito ela ser corna na frente de todo mundo e geral saber, ele ainda sai puxando ela assim. Terror: pode voltar com a música, porra.- gritou e colocaram a música.- E tu, pega homem casado?- falou para a Karol, o tom dele de quem tava muito puto não contradizia com sua cara. Karol: devo chamar a atenção deles.- falou se jogando para cima dele.- Deve ser porque faço sexo anal, tá afim?- foi colocando as mãos nos braços dele. Essa vergonha ela passou no débito. Terror: se eu quisesse comer cu, eu iria atrás de um viado.- tirou as mãos delas com força.- Corta a i********e, p*****a. Victoria: vamos embora, Karol.- falei para ela assim que o tal Terror virou de costas. Ele virou para nós e veio na minha direção. O cu não passava nem uma agulha de tão nervosa. Aquela voz grossa dele e aquela expressão de bravo deixava qualquer pessoa com medo. Terror: podem ficar, mas acho bom vocês não aprontarem nenhuma no meu morro mais, porque esse balenciaga nos seus pés não serve de p***a nenhuma aqui.- me olhou da cabeça aos pés e me arrepiei todinha. Não o respondi e ele virou de costas para ir embora. Victoria: quem te disse que é balenciaga?- falei com a voz falha de medo, mas não fiquei calada. Ele virou novamente para mim e sorriu de canto, depois foi embora no meio da multidão. Leticia: você tá maluca em falar com esse cara desse jeito? Victoria: saiu sem querer. Karol: acho que ele ficou interessado em você.- falou com um pouco de antipatia. Victoria: isso aí é problema dele.- falei dando um gole na minha caipirinha.- Vê se não se envolve com mais ninguém daqui.- falei para a Karol. Luíza: até que enfim te encontrei menina.- gritou ofegante.- Vamos lá para o camarote. Karol: nossa! Vamos sim, com certeza.- a Luíza olhou pra ela com uma cara nada boa. Victoria: mas por que? Luíza: vi a confusão de lá, melhor vocês irem para lá porque o pessoal aqui não pode entender legal vocês aqui já que pararam o baile por causa de vocês. Leticia: já aconteceu? Luíza: sim, os caras aqui drogados e bêbados só procuram motivo pra confusão. Victoria: e deixam você colocar gente lá? Luíza: sou amiga próxima do Terror, relaxa.- pegou na minha mão e começou a me puxar, logo peguei na mão da Leticia e ela na da Karol. _ pra onde vai com as patricinhas?- o homem armado na frente da escada falou. Luíza: para o camarote, o chefe deixou cara.. Tu acha que eu arriscaria?- o homem olhou para ela com uma cara desconfiado e deu espaço para a gente.- Ele é muito burro.- falou assim que subimos as escadas. Olhei em volta e vi um espaço bom, tinha um pouco de gente, uns caras bonitos que a Karol já estava olhando. Mais no canto tinha um bar improvisado e até banheiro aqui tinha. Senti um olhar sobre mim e virei a cabeça procurando alguém, logo vi o Terror fumando enquanto me encarava. Naquele momento eu esqueci até como se anda, olhei para ele também, que desviou o olhar alguns segundos depois. Karol: vou ali.- saiu de perto da gente e foi em direção dos caras. Luíza: a bebida é de graça, podem pegar o que quiser.- falou para nós e as meninas já se animaram e foram até o bar. Victoria: isso aqui é melhor que as baladas do Leblon. Luíza: claro que é.- falou alto.- Tá vendo aquele cara?- apontou para um homem sentado ao lado do Terror e eu assenti.- Quer ficar comigo de novo, o que tu acha? Victoria: tu quer? Luíza: não sei, ele fode bem, mas ultimamente tô gostando mais de pegar mulher. Victoria: então procura alguma mulher que curta também. Luíza: aquela tua prima, é hétero? Victoria: ah, ela já beijou outras meninas, até onde eu saiba. Luíza: até aí tá bom então. Vou tentar a sorte. Victoria: você tem jeito de menina hetero top.- ela gargalhou. Luíza: eu sei.- ri.- Mas eu pego os dois. Senti o olhar do Terror em cima de mim novamente e olhei de volta. Depois de alguns segundos nessa, eu quem virei a cara. Victoria: tem mais shows hoje? Luíza: não sei, vamos ali perguntar para o Terror, que inclusive, percebi que não tirou o olho de tu. Victoria: coisa da tua cabeça.- falei rindo. Eu sabia que ela tava certa. Ela pegou na minha mão e foi me puxando até ele. Luíza: aí Terror, vai ter mais show hoje ou só dj? Terror: vai ter atração surpresa. Luíza: e tu vai fazer surpresa logo pra mim? Terror: não é pra tu, é pra minha comunidade.- falou me encarando. Luíza: tá encarando a menina por quê? Terror: por nada.- soltou a fumaça e subiu um fedor de maconha.- Só acho engraçado uma patricinha dessa tá aqui no meu morro. Victoria: achei que o baile era aberto para todos...- falei numa boa. Terror: aí...- levantou e ficou perto de mim me encarando.- Não sou os playboy que tu tá acostumada não belê? Olha como tu fala comigo que tu tá na minha quebrada. Fiquei encarando ele também, até que o mesmo sentou novamente. Luíza: a mina falou numa boa, Terror... Fica de boa. Terror: tu mora por onde?- perguntou pra mim. Victoria: Leblon...- ele riu sarcástico. Luíza: aí, olha a prima dela.- apontou pra Leticia.- Achou gata? Terror: é pô, mas essa patricinha é mais.- apontou pra mim com a cabeça. Luíza: vou ver se fico com ela. Terror: a outra é o que sua?- perguntou sobre a Karol. Victoria: amiga. Luíza: senta aí que vou falar com a Leticia.- sentei ao lado do Terror e ela foi lá. Victoria: o cara que a Karol pegou é seu amigo? Terror: não.- apenas levantei a sobrancelha como forma de entendimento e virei a cara. Uma mulher me encarava com uma cara nada boa e tava me dando medo. Victoria: ela é sua namorada ou algo assim?- perguntei me sentindo intimidada. Terror: sou cachorro solto.- apenas assenti.- Aí Nayara, tá olhando assim pra mina por quê? Nayara: por que essa p**a aí pode sentar ao seu lado e eu não?- falou me olhando feio. Terror: tu é maluca, p***a? Quem tu tá achando que é pra falar assim comigo, p***a?- foi para cima da mulher colocando uma arma na testa dela. Dei um gritinho assustada assim que vi a peça, era coisa nova para mim... Mas meu Deus, onde eu fui me meter?? Nayara: desculpa, Terror.- ouvi o estralo do tapa que ele deu na cara dela. Terror: tu sabe que o dia que eu quiser te comer, eu só aviso e tu vem, não força p***a de i********e pro meu lado, cachorra.- falou segurando o maxilar dela com força. Me deu uma imensa vontade de chorar por ver uma cena daquela e não poder fazer nada, ainda mais sendo uma humilhação para uma mulher. Mas é assim que os traficantes são, não respeitam mulher nenhuma. Nayara: perdão, Terror. Terror: agora pede perdão pra mina ali.- apontou para mim com a arma e eu me encolhi toda. Nayara: pra essa patricinha, Terror?- ouvi um estrondo e gritei com o susto, olhei para a menina e vi que ele tinha atirado no pé dela. Terror: quem tá falando contigo, p***a? Só obedece.- gritou para ela, que chorava. Nayara: perdão, moça. Terror: tu só sai viva daqui se ela te perdoar, tá ligada né? Victoria: eu te desculpo sim, moça.- falei super rápido e trêmula. Terror: agora mete o pé, vai andando até o postinho.- guardou a arma e a moça saiu mancando. Ele sentou ao meu lado e com certeza percebeu minha aflição, pois eu levantei logo em seguida. Fui em direção as meninas e a Leticia já me olhou assustada. Leticia: você tá pálida! O que aconteceu? Victoria: eu acabei de ver uma coisa horrível.- peguei o copo da mão dela e virei tudo na minha boca. Luíza: tá maluca? Não pode beber assim! Tu tá assim por causa da parada com o Terror?- assenti. Leticia: a Luíza disse que isso é normal. Victoria: sério? Luíza: o nome dele não é Terror por nada né... Mas conta o que houve.- contei tudo a ela, que apenas deu de ombros.- Ele não permite que faltem com respeito, não é à toa que é tão respeitado. Victoria: respeito à base do medo não é respeito. Leticia: mudando de assunto... A Karol foi embora com um cara. Victoria: ela tem um parafuso a menos, meu Deus!- falei brava. Luíza: relaxa, que o cara é de boa. ________________________________________________________________________________ Votem, comentem e compartilhem!!
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