Capítulo 3

1716 Words
Ana Meu nome é Ana Bennett tenho 18 anos, garçonete, hoje irei me casar com a nova estrela do futebol europeu Henrique Collins. Ele me pediu em casamento, nunca demos um único beijo, eu serei eternamente grata pelo que ele está fazendo por mim, mas ao mesmo tempo estou com medo de toda essa mudança, com medo do que pode acontecer por termos tomado essa atitude. Referência Ana ****** Eva García ****** Anos atrás. Estou passando por um momento muito difícil em casa, o meu pai é diretor do colégio onde estudo e a uns cinco meses minha mãe nos deixou para se mudar para Trafford, conheceu um cara na internet por qual se apaixonou e nos deixou. Ela diz que em breve vai me buscar, eu não quero me mudar, tem um motivo alto, cabelos e olhos castanhos que fazem o meu coração querer ficar aqui, apesar desse gato me chamar de melhor amiga, eu ainda tenho esperança que um dia possa rolar algo entre a gente. Chego em casa depois do curso. Pai_ Que blusa é essa? Ana_ Do Henrique, eles me trouxeram por conta da chuva. Pai_ Eu não gosto do Henrique é muito menos do pai dele, se acha porque é o delegado da cidade. Eu dou um beijo na testa do meu pai. Ana_ São pessoas incríveis. Se convivesse com eles iria ver. Pai_ Se acham demais, não quero que você fique de amizade com ele. Ana_ Você não quer que eu me aproxime de nenhum menino. Pai_ É eu não quero. Eu vou até o meu quarto, jogo a minha mochila no chão e vou até o banheiro, me olho no espelho com o moletom do Henrique, tiro uma foto. Depois tiro o moletom e o cheiro, ele tem um perfume tão gostoso. Eu bato o secador no moletom, depois tomo um banho, vou até a cozinha e preparo o jantar. Me sento a mesa, meu pai arruma a sua comida no prato e se senta no sofá. Como eu quis ter outros irmãos e hoje eu desejo ainda mais, é muito r**m toda essa solidão. O meu pai só sabe dar ordens e mais nada. Minha mãe as vezes manda mensagens, pelo menos ela está muito feliz com o seu namorado, o casamento dos meus pais era estranho, meu pai sempre muito rígido, acho que as vezes temos que fazer uma loucura para sermos felizes, minha mãe sempre insiste em dizer que vai me levar, ela está lá toda feliz, eu não quero deixar o meu pai aqui sozinho, por mais que ele mereça isso. Recebo uma mensagem do Henrique. Henrique_ Qual ônibus eu pego para ir ao colégio? Eles aceitam cartão de crédito? Ana_ Eles não aceitam cartão de crédito, você vai pegar o 22. Henrique_ e onde eu pego o ônibus? Ana_ Você tem certeza que quer ir de ônibus? Henrique_ Tenho. Ana_ Me encontra na padaria perto da sua casa e a gente vai junto. Henrique_ Ok. Esse é o cara que eu gosto, não sabe nem pegar um ônibus. Henrique_ E quanto é a passagem? Tenho que ver se tenho dinheiro. Ana_ Só a sua mesada paga o salário do meu pai. Henrique_ Quem me dera. Eu mando a foto vestida com o seu moletom. Ana_ Acho que vou ficar com esse moletom, caiu tão bem em mim. Henrique_ Hahaha, ficou bom mesmo, pode ficar, te deixou mais bonita. Ana_ Obrigada. Eu dou um sorriso, se me deixou mais bonita é porque ele me acha bonita. O Matheus manda uma mensagem no grupo onde os membros é ele o Henrique e eu. Matheus_ E aí seus malas? Henrique_ Vou de ônibus amanhã. Matheus_ Hahaha a detenção foi tão r**m assim? Henrique_ Pode crer que foi. Matheus_ E você sabe qual ônibus pegar? Henrique_ Claro que eu sei. Ana_ Sabe porque eu falei para ele. Matheus_ Ah está explicado. Henrique_ Poxa Ana, não era para contar. Ana_ Foi m*l. Matheus_ um cara desse tamanho não saber pegar um ônibus. O Matheus, o Henrique e eu somos amigos desde pequenos, mas em algum momento eu me peguei gostando do Henrique, por vários motivos, ele é tão amoroso e cuidadoso comigo, fora que eu acho ele um gatinho, odeio quando o Matheus comenta de alguma menina com ele, e pior ainda quando uma menina fala com ele, por ele jogar futebol, ele é bem popular no colégio, eu tento me controlar o máximo que eu posso, mas ultimamente não estou conseguindo controlar os meus ciúmes. Henrique me manda mensagem no privado. Henrique_ Que horas o ônibus passa? Ana_ Umas 7:30. Henrique_ Me encontra na padaria as 7h, tomamos um café. Ana_ Por sua conta? Henrique_ Claro, eu estou te convidando. Ana_ Eu como muito. Henrique_ Eu te conheço bem Ana Banana. Sei o quanto você come. No outro dia acordo bem cedo. Pai_ Acordou cedo hoje. Ana_ Perdi o sono. Pai_ Quer ir comigo para o colégio? Ana_ Não, eu vou mais tarde. Pai_ Está bem. Ele sempre vai mais cedo para o colégio, ele que abre para as funcionárias, então eu vou mais tarde, assim que ele sai eu tomo um banho, passo uma maquiagem no rosto, e depois vou para a padaria, quando chego o Henrique já está me esperando. Ele passa o seu braço no meu pescoço e me dá um beijo em minha cabeça. Henrique_ Bom Dia Ana Banana. Ana_ Bom Dia. Henrique_ Está cheirosa hoje. Ana_ Eu sou cheirosa todos os dias. Entramos na padaria, fazemos o nosso pedido e nos sentamos, ele se senta na minha frente. O Matheus chega e se senta com a gente. E eu que tinha achado que ele tinha me chamado para tomar café da manhã. Matheus_ Passou maquiagem? Ana_ Passei. Matheus_ Por que? Ana_ Eu não posso? As meninas da nossa sala, todas passam. Henrique_ Sim, mas você não é como elas. Matheus_ Você também quer arrumar um namorado como elas? Ana_ Quero. Henrique_ Por que você quer um namorado? Ana_ Não posso querer um? Henrique_ Pode claro. Ele fica mexendo no telefone, terminamos de tomar o café, o Henrique paga e depois vamos para o ponto de ônibus. O ônibus chega, está muito cheio, eu vou na frente, o Henrique em seguida o Matheus. Henrique_ Achei que íamos sentados. Matheus_ Bem vindo ao mundo dos estudantes playboy. Ana_ Nunca pegamos o ônibus vazio. Henrique_ Nossa que chato. Matheus_ Chato é quando alguém pisa no seu pé. Ana_ ou quando alguém com o desodorante vencido fica do seu lado. O ônibus freia de uma vez e eu vou com tudo para cima do Henrique, ele me segura forte pela cintura. Henrique_ Andar de ônibus é uma aventura. Ana_ Com toda certeza. As minhas bochechas queimam. Henrique_ Deveriam dar lugar para pessoas pequenas como você. Ana_ Hahaha você é muito engraçadinho. Ele sorri. Matheus_ É uma criança de colo, deveria sentar no preferencial. Ana_ Vocês hoje estão muito engraçadinhos. Chegamos no colégio, o Bryan se aproxima da gente e me puxa pela cintura. Bryan_ A gata da escola chegou, já disse para você não ficar andando com esses feios. Ofusca a sua beleza. O Henrique continua andando e nos deixa para trás. Bryan_ Vem gata. Quero que se junte com a gente. Vamos até o grupo de amigo do Bryan, eu fico bem deslocada, não sei porque o Bryan quer tanto ser o meu amigo. Quando entro na sala o Henrique está sentado na última carteira, está com os seus fones de ouvido e com o capuz da sua blusa de frio. Eu me sento em sua frente, ele está mexendo no seu celular. Ana_ Ei. Ele me ignora completamente. Ana_ O que houve com ele? Matheus_ Não gostamos do Bryan e nem dos seus amigos. Ana_ mas... Matheus_ Sem desculpas sua traidora. Ana_ Henrique, você vai deixar ele falar assim comigo? Henrique_ Tanto faz. Ana_ Eu não sou traidora. Henrique_ Você é sim. Ele olha para a porta e sorri, eu reviro os meus olhos quando vejo a Kamile entrando, ela vem em sua direção, ele se levanta e dá um abraço apertado nela, que chega a levantar do chão. Kamile_ Bom Dia, como você está? Henrique_ Bem e você? Kamile_ Ótima, vou dar uma festa na minha casa no sábado, você deveria ir. Henrique_ claro a gente vai. Kamile_ A gente? Henrique_ Sim, Ana, Matheus e eu. Kamile_ O convite era somente para você, mas se para você ir, tiver que levar eles, tudo bem. Ela me olha e revira os olhos e depois senta na primeira carteira. Ana_ Você vai nessa festa? Henrique_ Vou, acho que vai ser legal. Ana_ Que bom, aproveite. Henrique_ Que papo é esse? Você também vai. Ana_ Claro que eu não vou. Henrique_ Entendi, vai sair com o Bryan? Ana_ Vou. Henrique_ Que bom para você. Ana_ É. Onde eu estava com a cabeça? Ele odeia o Bryan e agora vai ficar com raiva de mim. Henrique_ A gente vai Matheus. Matheus_ Aposto como vai estar cheio de gatinhas e você vai pegar a Kamile. Estou com muita raiva de estar escutando esses assuntos. Se o Henrique ficar com essa chata da Kamile eu nem sei o que eu faço. Na hora do intervalo o Henrique está na quadra jogando futebol, ele é de um time e o Bryan é de outro. O Matheus está comendo a merenda da escola. Ana_ Achei que iria jogar hoje, afinal você é o goleiro. Matheus_ Quando o Henrique está estressado eu prefiro não jogar e hoje é um dia desses, você poderia ter nos contado que está com o Bryan. Ana_ Eu não estou com o Bryan. Matheus_ A vida é sua Ana, as escolhas também são suas, somos os seus amigos, se tivesse nos contado a nossa reação seria outra. Não teríamos ficado tão chateados, se tivéssemos ouvido da sua boca. Ana_ Eu não tenho nada com Bryan. Matheus_ Vamos mudar de assunto, odeio gente que se faz de vítima e você sabe. Ana_ Não estou me fazendo de vítima. Estou falando a verdade. Matheus_ Ixa, vejo encrenca pela frente. O Matheus coloca o seu prato em cima do banco. Henrique e o Bryan começam a se desentender na quadra, eles se empurram. O Matheus e eu corremos para a quadra.
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