Capítulo 9

2558 Words
Garota Má Depois de ter furado dois sinais vermelhos, quase atropelado um gato e quase batido o carro em um caminhão eu consegui despistar o policial que nos perceguia. Meu coração estava prestes a sair pela boca em uma mistura de euforia e medo. Nunca havia sido perseguido antes e muito menos feito algo errado e isso está causando uma adrenalina louca. Foi a coisa mais louca que já fiz em minha vida e a culpada de tudo isso estava rindo ao meu lado, como se fosse normal ser perseguido por aí pela polícia. Se minha mãe soubesse o m*l caminho que Sakura estava me levando com certeza ela enlouqueceria. Eu não fazia coisas erradas, era o garoto certinho, mas Sakura despertava um lado louco em mim, fazendo-me fazer loucuras. Preciso admitir que seu sorriso era contagiante o suficiente para me fazer rir daquela situação deprimente. O que eu estava fazendo da minha vida? Como posso deixar ser influenciado por essa garota e gostar disso? Eu não deveria gostar de fazer coisas erradas, isso não era minha praia e eu não poderia parecer com Sakura nenhum pouco Eu ria como nunca, não só por ter conseguido escapar de uma perseguição igual o ator de velozes e furiosos, mas sim ao imaginar a multa que meu irmãozinho vai ter que pagar. Não estava nem aí para Itachi e queria que ele se ferrasse. Preciso admitir que Sakura é divertida. — Você é maluco. — Sakura riu ao meu lado. Eu era maluco? ela faz toda a confusão e eu sou maluco? Essa garota tinha sérios problemas e um deles é não sair da minha cabeça. Eu só conseguia pensar em Sakura o tempo todo. Isso era doentio, mas não consigo negar que estou me tornando um pateta apaixonado por essa garota má. Eu tinha parado o carro próximo a praia e agora estávamos escorado nele observando o sol se pôr. Parando para observar o local era até tranquilo e bonito. Fazia tempos que eu não me sentia tão na paz assim, e impressionantemente Sakura me mostra essa paz. Nada romântico só pra deixar claro, eu só acho isso maneiro, a forma louca que ela me faz sentir é interessante. — Comparado a você eu sou um santo. — retruquei ofendido. — Muito engraçado. — ela ironizou me empurrando com o ombro. Ninguém me empurra com o ombro assim, só a ousada da Sakura. A puxei para mim encarando seus olhos verdes fascinado por aquele brilho. Poderia observá-los por toda a vida. Ela era tão linda que eu parecia um i****a a encarando e admirando sua beleza feito um bobo. Era isso que Sakura pensava de mim, que era um bobo. Seus olhos eram lindos demais e combinavam perfeitamente com a dona deles. Não a imagino com olhos de outra cor, verde é a sua cor e combina com o desafio que emana dessa garota fora dos padrões. Sakura não tinha limites, era uma rebelde sem causa. — Não me olha assim. — ela ficou séria espalmando as mãos em meu peito. Talvez eu tenha a deixado constrangida e isso era divertido. Sakura não ficava constrangida com nada, ela era uma filha da mãe desgraçada e má. Então eu posso comemorar por tê-la deixado vermelha, isso não acontece todos os dias. — Assim como? — ergui uma sobrancelha observando suas expressões. — Como se estivesse apaixonado ou visse algo bonito em mim igual aqueles idiotas dos filmes. A forma que ela falava parecia ser um crime olhá-la dessa forma, e era. Sakura era ante romântica e me achava um i****a por estar apaixonado. Ela era demais para mim e talvez eu não consiga lidar com toda a sua personalidade forte. — Foi m*l eu só achei seus olhos atraentes. — dei de ombros, constrangido. — Isso foi uma cantada? — debochou risonha. — Não, por que eu perderia meu tempo cantando a maior das megeras? — ergui uma sobrancelha a vendo perder o sorriso e inflar as bochechas irritada. Amava irrita-lá também. Saber que eu a tirava do sério era bom porque isso mostrava que eu era capaz de mexer com algum sentimento seu. — Você é um i****a. — me empurrou caminhando em direção a praia a passos pesados. Não entendo essa garota, ela se irrita quando eu a elogia e também quando não o faço. Talvez seja m*l das mulheres ou essa simplesmente me odeia, ou me ama e não sabe como lidar com isso. Seria loucura esse pensamento porque Sakura não gosta de ninguém. Mas a possibilidade dela estar apaixonada por mim me deixa animado. Sakura deveria vir com um manual, vai ser complicada assim em outro lugar. Eu tenho que ter muita paciência e aprender muitas coisas para poder lidar com ela. A segui observando cada movimento seu, desde seus cabelos e vestido voando com o vento até o momento que ela se sentou na areia. — O que foi agora? — perguntei me sentando ao seu lado. — Sai daqui. — bradou zangada. — Calma leoa selvagem eu só quero te entender. — Entender pra que? — Te aturar talvez. — dei de ombros. Sakura me encarou de um jeito maligno que eu achei que ela me enforcaria a qualquer momento. Garota bipolar. Não sei como a suporto, seu humor era demais para mim. — Eu não preciso que me ature e muito menos preciso de você. — retrucou raivosa. Ta legal essa doeu mas eu vou fingir que não porque sou durão, ou apenas um o****o apaixonado. Passei as mãos pelos meus cabelos bagunçados por conta daquele vento e encarei aquela garota fazendo cara de mau. Ela não pode continuar me tratando assim poxa, eu só quero o bem dela. — O que foi que eu fiz pra você me odiar tanto? — perguntei chateado Sakura bufou irritada, como uma c****a raivosa que era. — Você já me perguntou isso uma vez. — E você fugiu da pergunta. — Quer saber mesmo? — perguntou dura. Tinha medo da resposta, mas gostaria de saber sua opinião sincera, mesmo sabendo que ela seria c***l. — Quero. — Eu achei que você se lembraria de mim mas parece que não, a verdade é que quando estávamos no primário você derramou sorvete no meu vestido preferido. — disse me olhando acusadora. Fiquei em silêncio por alguns segundos a encarando com uma cara de “ Tu ta doida fia? ” — O que? — minha voz saiu descrente. Ela só pode está brincando com a minha cara. — Não faça essa cara o chocolate nunca saiu do vestido. — resmungou. — Você só pode está se drogando, como eu derramei sorvete no seu vestido no primário se você se mudou pra Konoha esse ano? — balancei a cabeça em descrença. — Você realmente não se lembra de mim, deve ser porque meus cabelos eram loiros na época, eu morava com meus pais ao lado da sua casa quando criança mas eles morreram em um acidente de carro e minha guarda foi para minha tia que morava em Londres. Eu fui morar com ela e só agora a convenci de voltar a Konoha. Só agora me lembrei da garotinha que costumava brincar comigo. Encarei a bruxa não acreditando que ela era aquela menina adorável. Puta merda que loucura. — Agora tudo faz sentindo, mas não há motivos pra me odiar por conta de um acidente, aquilo não foi de proposito. — murmurei tentando me defender. — Dane-se eu te odeio e pronto. — disse emburrada me fazendo rir. — Não odeia. — retruquei de volta. Ela podia odiar sim, mas também sentia algo a mais por mim, precisava sentir. Uma pessoa não odeia outra por motivo nenhum, tem algo por trás sempre e Sakura gostava de mim, não sei como, mas gostava, deve ser por isso que ela me odiava. Sakura só não queria gostar de mim, por isso tanto ódio, por isso me repudiava. Talvez eu mexa com seus sentimentos duros e frios e isso me faz rir muito. — Odeio. — Não. — Sim. — Quem odeia não transa loucamente com a pessoa. — cantarolei a ouvindo bufar. — Meus sentimentos por você não tem nada haver com prazer carnal. — A é? — indaguei não acreditando. — É. — respondeu emburrada. — Aposto que você não vive mais sem mim. — Não se iluda garoto eu vivo muito bem sem você. — Me engana que eu gosto. — Cala a boca. — Vem calar. — provoquei ouvindo seu grunhido e Sakura se virou contra mim tentando me bater. Segurei seus punhos a virando contra areia prendendo seu corpo abaixo do meu. Sakura se debateu me xingando e eu calei sua boca com a minha. Ela parou de relutar e correspondeu o beijo sem pressa. Sua língua se enroscava com a minha de uma forma lenta e gostosa. — Olha só como você fica mais bonita caladinha. — sorri das suas bochechas coradas. — i****a. (...) Loucura e mais loucura era o que Sakura me fazia fazer. Mas eu tinha que confessar que meus dias estavam mais divertidos com ela ao meu lado, isso era doido porque eu não deveria achar Sakura divertida e muito menos ficar sonhando com ela. Com sua boca linda e gostosa na minha ou seu sorriso pilantra, ou até mesmo suas respostas malvadas. Eu não deveria gostar nenhum pouco disso, mas meu lado masoquista era apaixonado. É claro que negarei até a morte isso, Sakura não vai gostar de saber que sou apaixonado por ela, ela repudia isso. Andávamos sempre juntos e para quem visse até parecíamos um casal, era o que nossos amigos falavam. Eu até já começava a pensar nessa possibilidade pois ultimamente eu só tinha olhos para aquela garota. O inexplicável estava acontecendo, a bruxa má e eu estávamos nos tornando amigos. Isso para não falar algo mais, mesmo dizendo algumas vezes que nos odiávamos era da boca pra fora. Eu sabia que ela gostava de mim e eu também estava gostando dela. Isso é pra vocês verem como eu não presto nem para odiar alguém. O ano estava no fim e enfrentávamos nossos dias finais na escola. Hoje era o dia da apresentação do trabalho de Kakashi e poucos dias depois estaríamos livres do ensino médio. Bocejei rabiscando desenhos aleatórios nas bordas da folha do caderno de Sakura que lixava as unhas não dando importância para o que o professor falava. — Ei casal eu vou dar uma festa para comemorar meu aniversário e quero os dois lá. — Suigetsu anuncio se virando parcialmente para trás. — Não somos um casal e eu vou pensar no seu caso. — Sakura respondeu não dando muito importância. — Nós vamos Suigetsu. — ergui o polegar. — Diga por si só. — ela retrucou. — Pensei que gostasse de festas. — Não tô no clima hoje. — Ta de TPM? — provoquei. — Você vai ver a TPM quando eu dar na sua cara. — ameaçou me olhando de esguelha. Sorri da sua expressão irritada. — Tem certeza que você é uma garota? — Não enche. — Tá já entendi que você não que ir mas eu quero. — Divirta-se. — deu de ombros. — Você não se importa? — ergui uma sobrancelha a analisando. Sakura suspirou me olhando torto. — Por que me importaria? — disse sem me dar moral. Me senti incomodado com seu descaso. — Sei lá talvez porque vai ter muita mulher e elas adoram se atirar em mim. — Bom pra você. — ela rosnou quebrando a lixa de unha no meio. — Vai dizer que não se importa? — perguntei incomodado. Para de ser bobo Sasuke. Não pode demonstrar fraqueza na frente dessa garota. Ela vai pisar em você e te fazer de tapete de chão. — Não, até parece que somos um casal ou algo do tipo. — Sakura se exaltou me fuzilando com os olhos. — Sei lá só achei que ia ser estranho. — falei a verdade. Era estranho pra caramba. — O que? Ta insinuando que vai t*****r com outra? Tudo bem agora ela estava pirada nas ideias. Ou simplesmente morrendo de ciúmes e isso me fez rir demais. — Não disse nada sobre isso. — franzi o cenho confuso. Porque ela estava distorcendo minhas palavras de uma forma absurda. Sakura era louca e brava demais para alguém conseguir aguentar ela. — Mas tava pensando. — retrucou sabichona. Como se soubesse de alguma coisa além das suas paranoias. — Você lê pensamentos agora? — retruquei me irritando. — Cala a boca ou eu te parto no meio. Eu não duvidava disso, ela realmente era capaz de me partir ao meio. Por que estou com medo dessa criatura pequena e brava? Bufei com sua exaltação, ela estava fazendo tempestade em copo d'água e sendo uma cretina como sempre. — Qual o problema em? Você fala que não somos um casal mas se irrita quando eu falo de outras garotas. Isso estava ficando interessante eu precisava confessar. Sakura tinha ciúmes se eu me aproximasse de outras garotas, mas dizia que não gostava de mim, ela era tão contraditória que chegava a ser muito engraçado. Uma piada que me deixava louco e irritado pra caramba. Por que ela tinha que ser tão bipolar assim? — Irrita? Quem está irritada aqui? Você enfia seu p***o onde quiser. — ela gritou se levantando e só agora eu percebi que todos ouviam nossa discussão. Ouvi algumas risadinhas e Sakura me encarou raivosa saindo apressada da sala. Bipolar ao extremo. Quem podia com essa garota brava e revoltada? Eu mesmo não conseguia doma-lá. Empurrei a mesa para o lado a seguindo apressado. Precisava tentar me resolver, porque quando a mulher sai raivosa assim a coisa fica feia. — Sakura. — chamei igual seu cachorrinho. Essa era a verdade eu andava me comportando como um cachorrinho a dias. Isso era uma vergonha para alguém como eu. Como posso me deixar levar por essa bruxa má que só me despreza? Sou uma vergonha para minha raça essa era a verdade. Sakura não mereceria alguém como eu, eu deveria me dar mais valor e parar de correr atrás dessa bruxa, mas acho que sou masoquista, essa era a única explicação para tanta humilhação. — Vai pro inferno. — ela berrou. Está vendo? por que eu ainda me dou o trabalho de aceitar passar por isso? Por que eu gosto de alguém com uma personalidade tão filha da p**a como a dessa megera do m*l? Mas que droga de garota complicada, não sei mais como lidar com essa irritante. Simplesmente estava querendo largar de mão essa garota, ela só sabia me deixar irritado e complicar a minha vida. Quem daria conta de viver assim? Eu sou um trouxa mesmo por aceitar tudo que essa garota faz. Está na hora deu tomar as rédeas da situação e mostrar quem manda aqui. Eu sou o homem desse relacionamento estranho, tenho que colocar moral em alguma coisa ou ela nunca vai me levar a sério. Sakura acha que sou seu cachorro e que pode mandar em mim e fazer o que quiser. Preciso mostrar a ela que as coisas não funcionam assim e que eu merecia respeito além do seu desprezo. Parabéns seu coração t**o. Você está apaixonado por uma mulher má que não te quer.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD