quem sabe haja esperança

1017 Words
Pedro Morales Porra! Garota dos infernos, tinha que vir bagunçar a minha vida, já tinha tudo planejado, sabia que essa história de casamento não daria certo, agora nem posso me livrar de uma mulher dessa, tinha que ser uma princesinha filha de um conselheiro, mimada, cheia de vontade. Só queria uma que me amasse, mesmo com as minhas imperfeiçoes, como Leslie, que mesmo tremendo por medo de ser estuprada por aqueles caras, se agarrou a mim como o seu bote salva-vidas e desde daquele dia não largou mais. - Pedro, por favor... _ diz ela assim que me ver no corredor do hotel esperando que ela saísse. - Não quero conversar agora, chegar na casa da minha mãe, não fale nada sobre a nossa conversa, ela quer netos eu... vamos embora. _ ela pega minha mão tentando dizer algo, mas não dou brecha para mais nada, seguimos o nosso caminho em silêncio até em casa e encontramos tudo no maior alvoroço. - Não, por favor pai, me deixar ir com o meu irmão, assim temos a desculpa que preciso. _ diz Leslie chorando se jogando aos pés de Mauro. - Leslie deixa de drama, tenho certeza de que já desconfiava do interesse do Sebastian naquele evento, você mesmo comentou que eu não inventasse nada com ele, lembra o que lhe disse? Seu destino seria definido por seu avô e você não acreditou. _ diz Mauro respirando fundo. - Mas eu sou sua filha, o senhor deveria ficar do meu lado, zelar pela minha felicidade pai._ diz entre soluços. - Interessante, não sou a única dramática, quero ver esse casamento. _ diz Léia ao meu lado com um sorriso no rosto. - Não ouse espezinhar ela, está a ver perdi uma mulher que me ama, por uma que é louca de paixão por um amigo. _ digo a deixando para trás sem ouvir nenhuma resposta e subir as escadas, encontrei Breno apoiado em muletas, olhando toda cena que se desenrola lá em baixo. - Como vai Breno? _ perguntei mesmo sabendo que para um homem da máfia está impossibilitado de se defender e defender os seus é uma merda. - Sobrevivendo, preciso falar com você. _ sigo até o seu quarto e nos sentamos um de frente para outro, Breno é três anos mais velhos que eu e entendo o que ele fez e faria o mesmo mil vezes por Charlotte. - Sei que está preocupado com a minha ida para sua casa, mas só quero te tranquilizar que não vou aprontar nada, só quero me recuperar e aproveitar o tempo que ainda tenho. - Mauro já conversou comigo Breno, acredito que você entenda a minha preocupação, pois fez e faz tudo para proteger a sua irmã, assim como faço tudo pela minha, agora também tenho uma esposa, sabe que devemos protegê-las. _ digo encarando o sério. - Sei que não somos íntimos, mas queria saber, como é estar apaixonado? Vejo a minha irmã dizer que apaixonada por você desde sempre, mas fui um t**o busquei isso e nunca aconteceu, nem chegou perto de acontecer, cabo jeito que elas no olha, medo, pavor.. _ diz como se estivesse a lamentar. - Ainda não sei o que te responder sobre isso Breno, gosto da sua irmã como se ela fosse minha também, nunca dei um beijo nela ou pensei em algo mais, sempre falei para ela que ela encontraria alguém melhor, que ela merecia mais. - Não falo sobre você e a minha irmã, só ela não via que você não estava interessado nela, mas sobre a sua esposa, seu casamento ou já esqueceu?rsrsrs _ diz ele levantando a sobrancelha. - Eu e Léia nos casamos através de uma ordem do Martin, não sei se um dia poderei dizer que estou apaixonado por ela pu se ficarei, ainda não estou em paz com isso, não consigo aceita essa situação como deveria e como ela espera. _ digo pensativo. - Ninguém nunca está bem enquanto aquele cara viver, Pedro, não tive oportunidade de me casar, agora deformado do jeito que estou nenhuma mulher vai me querer, do jeito que estou agora, uma aberração ambulante. _ diz olhando com raiva no olhar. - Elas nunca querem homens como nós Breno, são obrigadas, se pudessem escolher sempre seriam os príncipes, nós somos os vilões cara, isso nunca vai mudar, somos os monstros, aqueles que os pais põem medos nos filhos. _ digo e ele assente, Breno também era executor, sabe como é sentir o medo no olhar das pessoas, mas quem sabe sua sorte mude em Felicidia, me lembro da escolha de Léia, Andrés é um cara em que muitas mulheres desejam na cidade, é brincalhão e sedutor com elas, por tanto ela nunca me escolheria. - Já tenho esquema armado, de como entrar na sua casa, tenho certeza de que ninguém vai desconfiar da minha chegada, vou entrar com uns dos carros de entrega de móveis, se alguém perguntar a sua esposa comprou móveis para redecorar a casa. _ diz ele passando o seu plano. - Ótima ideia, Breno, quem a conhece e quem não a conhece sabem que ela faria isso na primeira oportunidade, não desconfiaram, me responda uma coisa, para Martin onde você está? _ pergunto curioso. - Para todos eu saí daquela armadilha todo queimado e estou na UTI entre a vida e a morte, queimei boa parte das costas e pernas, precisei fazer enxerto e o meu corpo está uma bagunça que só, com muitas cicatrizes, rigidez entre outras coisas, ainda estou em recuperação. _ diz com raiva. - O fogo não é brincadeira, faz um arraso, mas você passou pelo pior cara, com uma nova oportunidade de viver. _ digo passando a mão pelo lado da minha cicatriz, fruto da maldade de Martin. - Não sei como, mas vou tentar ter esperança, quem sabe o que vida me reserva, nunca pensei em ficar assim. _ diz com um fraco sorriso, mostrando as moletas. - A vida é uma roda cara, tem voltas tristes e outras voltas que tudo gira a nosso favor. _ digo me despedindo.
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