Não seja melancólico

1236 Words
Breno Perez A vida na máfia realmente é imprevisível, um dia torturava um desgraçado que inventou que poderia derrubar um capitão do cartel de Martin Santiago, no outro o desgraçado do todo-poderoso chefão inventa que eu sou a própria caça, não é hilário? Rsrsr que isso venha acontecer, só por não permitir que ele desgrace com a vida da minha irmã, mas faria isso por ela mil vezes se fosse preciso. A minha conversa com Pedro é tudo uma mentira, na verdade, não tenho esperança de que possa encontrar um amor, amei uma vez e nem tive a chance de voltar para perto dela, não sei se um dia voltarei a vê-la, pois acreditaram que eu seria um ninguém sem um nada no banco, poucos sabem, mas minha avó deixou-me uma boa herança, mesmo que hoje seja um simples soldado do cartel. Ainda lembro a primeira vez que a vi, num a festa de quinze anos de uma amiga dela, ela estava radiante no seu vestido lilás, naquele dia os nossos olhares encontraram-se e eu amei na mesma hora, naquela noite nos beijamos, sei que ela filha de uma proeminente família do cartel pelas pessoas que a cercavam, a sua mãe nos encontrou e a arrancou dos meus braços, falando um monte para mim como se me conhecesse, desde então nunca mais a vi, seu nome eu não sei, mas nunca mais esqueci aqueles olhos que me lembram tanto jabuticabas. - Me leva com você irmão, pense quem vai fazer a sua macarronada preferida? _ diz Leslie fazenda uma voz manhosa. - Sabe que não posso, minha princesa valente, sabe que precisa ficar, logo o seu noivo chega. _ digo fazendo referência ao seu filme preferido de uma princesa ruiva. - Deveria fazer igual a Mérida e fugir, ninguém dessa cidade nunca gostou de mim justamente por ser assim, sempre preferem as louras ou morenas, não sei por que ele gostou de mim? _ diz emburrada. - Só um t**o não gostaria de você, você é linda e tão doce, para completar ainda tem mãos de fada para cozinhar, enfeitiça qualquer um. _ digo fazendo carinho na sua cabeça. - Queria que fosse verdade, irmão, só queria que um único t**o gostasse de mim, mas pelo visto a loira v***a, ganhou de mim. _ diz respirando fundo, olhando em direção a Pedro que está no jardim conversando ou discutindo com a esposa. - Ele te ama irmã, mas não do jeito que você quer, ele te olha da mesma maneira que olha para Charlotte, você que nunca percebeu. _ digo e ela fica ainda mais cabisbaixa. - Agora eu sei, mas diz isso para meu coração que não para de saltitar cada vez que o vê, que senti vontade de matar aquela bruxa loira toda vez que ela se aproxima dele. _ diz deixando uma lágrima cair. - Quem sabe você se apaixone pelo Sebastian, ele é legal e vou torcer para você se apaixonar por ele, porque vou esperar a mistura que a minha ruivinha me dará como sobrinhos. _ digo animada e ela sorrir. - Até parece, bonitão como é, vai se casar com morena linda lá em Felicidia, meus sobrinhos serão gatos demais. _ diz ela jogando o mesmo para mim. - Rsrsrs sabe muito bem que não pretendo casar-se, estou velho e danificado demais para alguma mulher me querer, também não tenho pretensão nenhuma de forçar alguma mulher a mim. _ digo cabisbaixo, me dói desistir da mina procura para me enterrar no meio do nada. - Não sei de onde pensa que é velho irmão, 33 anos está longe da velhice, todo sarado, parecendo um galã de Bolywood, qualquer mulher ficaria louca por você, seu viking saradão rsrsrs, vou preparar a sacola com algumas comidinhas que fiz para você levar e não sentir tanto a falta da minha comida. _ diz me abraçando rindo, ela saiu do quarto e volto dá uma última olhada no quarto antes de partir para propriedade de Pedro. - Entre. _ respondi assim que ouvir a baterem na porta e já sei que é o meu pai. - Oi, Breno, já está tudo pronto. _ diz o meu pai assim que entra no quarto olhando as minhas coisas num canto do quarto. - Acredito que sim, estava fazendo uma última checagem, qualquer coisa venho buscar ou vocês levam, não é como se eu fosse para o outro lado do planeta. _ digo me sentando e rindo, pois, a expressão do meu pai é tão enigmática. - Tem razão filho, breve lhe visito para verificar o seu progresso, mas quero falar sobre outro assunto com você filho. _ diz coo se procurasse as palavras. - Qual é pai, não me diz que Basílio me dispensou, que não sirvo mais para exercer as minhas funções. _ digo enfurecido, Basílio não tem culpa de nada afinal ele não tinha como imaginar que o maluco faria aliança com uma gangue contra nós. - Não filho, Basílio disse para se preocupar com a sua recuperação, eles já fecharam um acordo de casamento com a filha de Máximos Santiago e a raiva de Martin se aplacou contra ele. _ diz pensativo - Todos têm a sua oportunidade de encontra uma mulher e formar as suas famílias, eu perdi todas as chances. _ digo pensativo. - Meu filho você tem estafo muito melancólico, com pensamentos negativos isso não é bom, precisa se casar. _ diz o meu pai preocupado - Impressão sua, pai, só estou ciente dos fatos que me cercam, antes de toda essa merda estava cogitando isso, mas agora tudo mudou, aí. _ digo com raiva dando um soco na minha coxa que passou por cirurgia. - Pelo modo que tem agido pensei que desistiria, por isso decidir que vai se casar, já está tudo acertado com um amigo de longa data do seu casamento com a sua filha mais velha. _ diz taxativo. - Que amigo de longa data pai, que família é essa que aceitaria casar a sua filha com um danificado como eu. _ digo perplexo. - Deixe de dizer bobagens Breno, sabe muito bem que a sua condição é temporária, em breve estará de volta a serviço do cartel. _ diz num tom autoritário. - Não se iluda papai, Martín me matará assim que souber que sair do hospital, então para que me casar com mulher e deixá-la viúva, logo depois. _ digo pensativo, tudo só piora a minha realidade. - Não seja imprudente, tenho certeza que Pedro resolverá tudo com Hernandez, logo poderá circular livremente e me dar meus netos. _ diz o meu pai tentando amenizar as coisas. - Não quero me casar pai, eu não quero forçar uma mulher a ficar com um cara repugnante como estou agora. _ digo mais uma vez com esperança de que ele me ouça. - Não vou discutir com você, já está tudo decidido, em um mês você a conhecerá, estou fazendo o que acredito ser o melhor para você, Breno, não estrague tudo com essa melancolia. _ diz ele me dando um tapinha nas costas em apoio. Entrei naquele carro decidido a fazer qualquer mulher que o meu pai queira me casar sair correndo assim que me ver e os seus pais acabarem com qualquer tipo de contrato, partimos para Felicidia acompanhando o caminhão cheios de móveis e aparelhos que o meu fisioterapeuta precisará para meu tratamento.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD