Bebo um gole assim que sou servida, agora preparada para o sabor seco do vinho tinto, satisfeita pela reação que ele causa no meu corpo desta vez.
— Quer conhecer mais? — ele me pergunta.
Aceno com a cabeça e me deixo ser guiada, bebendo goles generosos ao caminhar, largando a taça vazia sobre uma mesinha redonda ao lado de um sofá ocupado por um trio, dois homens na casa dos quarenta e uma ruiva de vinte e poucos anos.
Paro para olhar por um instante, Dereck também para. A ruiva está no meio, seu sutiã é de um material que imita couro, está abaixado e um dos homens chupa seu seio, o outro beija seu pescoço, com a mão dentro da sua saia.
Ao me ver, ela ergue a perna e coloca o pé sobre a mesa, ao lado da taça de vinho, então me chama.
Sinto os b***s dos meus s***s se enrijecendo, minha boca seca, me pergunto qual é a sensação de ter um homem passando a língua no meu mamilo, colocando a mão entre as minhas pernas. Me sinto molhada, curiosa, enquanto estou parada olhando a cena, o vinho deixando minhas pernas trêmulas.
Dereck aperta minha cintura contra seu corpo, como se quisesse me dizer alguma coisa, e volto a andar ao seu lado.
Chegamos a um corredor ladeado por quartos com paredes de vidro. Está rolando tudo que se possa imaginar dentro dos quartos, coisas que jamais imaginei que fosse presenciar assim, ao vivo e em cores.
Não sei como ainda estou de pé aqui, como não estou correndo para fugir, mas os gemidos me envolvem, me fazem querer observar. Queimo ao ver duas garotas fazendo um meia nove enquanto um homem chupa a b***a de uma delas.
A curiosidade me faz querer saber como é. Olho para outra cabine e vejo dois homens e uma mulher grudados, encaixados em uma espécie de sanduíche. Me pergunto como ela aguenta a penetração dupla, um em cada orifício, mas ela não parece incomodada, está gemendo feito louca, até que um terceiro homem aparece e coloca o pênis na sua boca. Ela chupa com vontade, envolvida pelos três em uma i********e profunda.
Passo os olhos pelas outras cabines, vendo casais, trios, grupos, transando como se não existissem regras sociais, como se o inferno não os esperasse.
— É aqui que venho, é com essas mulheres que eu fodo, e não vou parar — Dereck sussurra ao meu lado com o tom de voz que chega a seu c***l.
— É esse tipo de coisa que eu faço, aqui e em hotéis com diversas mulheres é esse tipo de homem que sou.
É só aí que me dou conta, que sinto meu coração se quebrando, quando tento imaginá-lo no meio daquelas pessoas, daquelas mulheres e homens. Me sinto ridícula por não ter me dado conta antes, por não ter estado ciente esse tempo todo. É aqui que ele vem, ele sai de casa para f***r como um animal irracional, e isso me destrói.
Sinto os olhos úmidos de raiva por sentir que em algum momento eu achei ou criei alguma interesse por ele, por querer dizer que ele está errado, por não saber se quero ir embora ou se quero ficar.
Imagino que ele já beijou todas as mulheres deste lugar, que ele as devorou, que as mãos de todas elas já estiveram no seu corpo. Dereck é sujo, e estava escondendo tudo isso de mim com uma falsa educação, mas seu jeito sedutor de alguma forma sempre me deixou alerta, só eu que não quis ver.
— Quem são essas garotas — pergunto, sem conseguir disfarçar a frustação.
— Algumas são sócias, mas a grande maioria é contratada da boate, ganham muito bem para trabalhar aqui.
— Isso é um cabaré — comento, irritada.
— São prostitutas.
— É um clube onde realizamos nossas fantasias e algumas mulheres são pagas para participar disso — ele explica, me deixando ainda mais nervosa.