Mel

1043 Words
Melinda Quem no mundo não coloca o celular para despertar às 6 da manhã e fica dando sonecas de 5 em 5 minutos até chegar às 6:30, mesmo tendo o plantão começando às 7:00? Abri os olhos e, mais uma vez, me xinguei mentalmente. Saí correndo, vesti qualquer roupa, cheirei embaixo do braço, despejei uma tonelada de desodorante na blusa menos suja e fui trabalhar. Por sorte, tinha um uniforme limpo no trabalho. Olhei em volta e meu pequeno apartamento estava um caos, quer dizer, minha vida sempre foi um caos, mas ultimamente eu estava exagerando. Abri a porta, subi na minha moto e fui para o trabalho. Lembro do dia em que comprei minha motinha parcelada em 60 vezes. Eu tinha medo de dirigir nas ruas, hoje, seis meses depois, estou aqui xingando os motoristas imprudentes e cometendo imprudências. Cheguei ao trabalho faltando 5 minutos para as 7:00, corri para bater o ponto e Katia, minha supervisora, olhou para mim com seriedade. — Normalmente você é uma bagunça, Melinda, mas hoje está exagerando. Então, parei para me olhar: Calças de pijama, blusa dos The Rolling Stones, meias Crocs e um pedaço de papel higiênico grudado nos sapatos. Respirei fundo e percebi que nem tinha penteado meus cabelos. Dirigi-me ao vestiário, tomei um banho rápido e coloquei o meu uniforme. Larissa, outra assistente de enfermagem, entrou enquanto eu escovava meus cabelos. — Mulher, estamos atrasadas. As meninas já deram banho em quatro pacientes, mas ainda temos mais oito. -Te passaram o plantão certinho? Sim, são as mesmas crianças do plantão anterior. Quer dizer, tem uma nova, uma fofura de três anos com leucemia. A menina é linda, mas o pai é ainda melhor. Amiga, p**a que pariu, que homem lindo. Estou torcendo para ele não ter uma esposa em algum lugar. Eu ri. — Mulher, se orienta. Pais de pacientes são território proibido. — Mel, a gente trabalha tanto. Tudo o que eu quero é rir um pouco. Saímos da sala e fomos direto para o nosso setor. Eu era técnica de enfermagem no departamento de oncologia pediátrica, uma especialidade responsável pelo tratamento clínico e medicamentoso do câncer em crianças e adolescentes até os 18 anos. Aquele lugar era o mais belo e, ao mesmo tempo, o mais sofrido de todo o hospital. Não há nada melhor para conhecer alguém do que quando se tem um filho sofrendo. Naquele pequeno espaço, já vi tantas coisas que escreveria um livro. Casamentos foram desfeitos e restaurados simplesmente por causa de um diagnóstico. Trabalhar ali não era só ministrar medicamentos e trocar roupas de cama, as crianças e os seus pais chegam assustados, tristes com várias coisas em suas cabeças que leram na internet, o nosso papel e deixar essa experienciarias cada vez mais suave. Quando eu chego no meu setor dou uma boa olha na minha lista de pacientes e o pai gostosão da minha paciente ficou para mim, deixando Larissa chateada, me dando língua. Entro no quarto e me deparo com o pequeno anjo sentado na cama olhando para um tablet, ela esta bem compenetrada olhando um joguinho da Barbie onde se pode pintar as unhas da boneca. Ela levanta os olhos, olha para mim e volta para o jogo. — Oi, bom dia, tudo bem? Você deve ser a Clara certo? Eu sou Mel, vou ser sua técnica hoje, onde esta seu papai? A menina aponta para do banheiro e aponta o dedinho, olho para a bandeija de café da manhã e ainda esta cheia — Não quer comer princesa? Ela balança a cabeça que não. — Mas porque meu amor, olha, tem pãoozinho. quieijinho, bananinha, bolinho, leite, não quer nada? Novamente ela balançou a cabeça — Pirulitos você quer? O pequeno anjo de cabelos encaracolados disse sim, eu me sentei na beirada da cama — Bom se você comer o pão com queijo e as frutas eu te dou um pirulito. Ela abre um pequeno sorriso pega o pão e o queijo e ela come, depois come a banana, eu tiro um pirulito do bolso e dou a ela, depois lhe dou um beijo na testa, enquanto a menina abre o maior sorriso que ja vi e depois volta para o joguinho. — Obrigada por comer tudo. Eu dou as costas e dou de cara com um homem alto com 1.90 musculoso mais parecendo um armário, ele veste uma camiseta branca que mais parece uma segunda pele e uma calca jens tão grudada que eu esqueço de respirar só por olhar, sem falar de olhos cor de caramelo derretendo em cima do pudim, eu fico sem palavras encarando o homem, estilo aqueles videos do tik tok que a mulher encosta no cara e ve o futuro deles juntos, porem a única coisa que consigo imaginar e aquele homem suando em cima de mim enquanto me come com vontade. — Não sabia que as enfermeiras podem dar açúcar as crianças Eu engasgo, eu fui pega no flagra. — Não podemos, mas eu acho que foi por um bom motivo, essa coisinha fofa não queria comer, ela tem que ficar forte para o tratamento, não conte nada para ninguém e um segredinho nosso. — Bom, eu vou cobrar caro por esse segredo. — Eu sou tenho pirulitos como moedas de troca, Oi eu sou Mel — E só trazer dois desses na hora do almoço que está perdoada. Eu sorri sem graça, ele poderia pedir outra coisa, qualquer coisa mesmo eu não pensaria duas vezes. Saio do quarto e vou para o próximo, depois o outro vejo ministro as medicações e depois me sento no balção e pego um livro, eu amo livros de romance porem no momento estou lendo algo novo, um livro de mafioso, e estou gostando, sou um ser que vive submersa em livros Hot. Estou no momento em que o desconhecido conhece a mocinha dá um orgasmo para ela no elevador do hotel Belagio em las vegas, Droga, eu imagivo o pai da paciente fazendo isso comigo, sim eu sou uma tarada, quando levanto a cabela ele esta ali no galpão olhando para mim. — Algum problema? - eu digo — Desculpa-te atrapalhar, mas você podia me ajudar a levar a Clarinha no banheiro são muitos fios. -Logico, vamos lá.
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