Meninas ate domingo que vem e maratona Nut então nosso delegado ira sair: segunda, quarta quinta e sábado me sigam no instagran @malumiranda_escritora, la vai sair mais detalhes
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Italo
Eu estava irritado, muito irritado. Liguei para um parceiro para saber se havia alguma probabilidade de Larissa ainda estar viva, mas não, não sobrou nem um único fio de cabelo. A maldita drogada tinha ido conversar com Poseidon nos sete infernos.
Fui trabalhar e, quando voltei, Clara não havia comido o dia todo. Droga, só problema em cima de problema. A enfermeira falou?
— Ela não comeu nada?
— Nadinha. Se ela não comer, vamos ter que entubá-la.
— Cadê aquela enfermeira, aquela bonita e simpática? Ela cuidava bem da Clarinha. - A mulher olhou para mim com ódio.
— O senhor está nos testando, dizendo que somos feias e que não cuidamos bem de sua filha?
Olhei para o crachá da mulher e disse:
— Olha, Josi, não é isso. É que Clarinha é chata para comer e, com ela, a menina comeu. Elas se deram bem de cara.
A mulher respondeu com mais raiva.
— Sua filha precisa de uma acompanhante 24 horas por dia. Temos outras crianças para cuidar, não temos tempo hábil para ficar inventando coisas para sua criança comer.
Ia mandar a mulher tomar no c.u, mas pensei bem e calei minha boca. Entrei no quarto e, depois de muito trabalho, consegui fazer minha pequena comer.
Passei o resto da noite cuidando dela e depois dormi. Às seis da manhã, me deparei com uma papelada gigante na mesinha de alimentação.
Eu queria ver quais os dias que eu poderia colocar alguém no meu lugar para passar mais tempo no hospital. Porém, quanto mais eu tentava arrumar tempo, mais eu não conseguia.
Eu nem percebi quando ela entrou. A mulher foi silenciosa e, quando percebi, Clarinha já havia tomado banho e estava comendo o café da manhã enquanto a mulher brincava com ela.
— Oi - eu disse.
Ela respondeu:
— Oi, fiquei sabendo que o senhor arrumou confusão com a enfermeira chefe do plantão de ontem.
— Ela brigou com você?
— Não, mas disse para eu ser menos bonita e simpática.
— Ela disse isso?
— Disse. Ela achou que o senhor estava chamando ela de antipática e feia.
— Mas ela era! - As palavras saíram da minha boca.
O sorriso de Mel não iluminou só o meu dia, mas também o lugar inteiro. Eu sorri de volta e a vi ficar vermelha. Fiquei olhando para ela um tempo e o vermelho de suas bochechas foi se intensificando.
Eu podia passar horas perturbando essa mulher para ver suas bochechas ficarem vermelhas.
Ela cortou o contato visual e disse séria:
— Você precisa arrumar alguém para ficar com ela em tempo integral. Ela precisa comer e, se ela ficar pulando a alimentação, vão colocar a sonda nela, e ela vai sofrer.
— A mãe dela... Ela... Bem, a mãe dela sumiu, e eu não tenho com quem deixar, ninguém em quem confie para que ela fique bem. Vou ter que contratar uma babá.
Ela riu.
— O melhor seria uma cuidadora, alguém que saiba exatamente o que fazer se ela tiver alguma complicação.
— Eu não posso contratar você?
Ela riu:
— Eu já tenho um trabalho.
— Eu p**o o que você quiser, duas, três vezes o que você recebe aqui. Não seria diariamente, mas nos dias em que trabalho, ou que eu estiver de plantão.
Ela me olhou nos olhos e disse:
— Eu vou pensar. E saiu.
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Mel
Eu precisava daquele dinheiro extra, muito mesmo.
Sem falar que o pai e a menina eram boas pessoas. Ganhar aqui era melhor, sem assédio moral.
Trabalhar aqui não é r**m. Existem profissionais e profissionais, como existem pessoas boas e ruins. Ou melhor, plantões bons e outros ruins.
Josi era uma enfermeira que não ia muito com a minha cara. Aliás, ela não ia nada com a minha cara. Ela tinha um caso com o chefe da oncologia. Nunca olhei para o homem, mas como eu pegava vários plantões porque precisava do dinheiro, a mulher achava que eu queria o boy dela. Pelo amor de Deus, lá vou eu querer homem feio só porque tem um diploma?
Me inscrevi em vários plantões este mês. Quando cheguei, ela tinha tirado meu nome da lista. Perguntei o motivo e disse que eu não podia pegar tantos plantões seguidos. Mas, pelo que fiquei sabendo, ela discutiu com o pai de uma paciente, que a chamou de antipática e feia, e chamou por mim.
A mulher enlouqueceu e tirou todos os meus extras, eu fiquei desesperada por um momento e fui trabalhar, porem como o mundo diz, Deus não fecha uma porta sem abrir uma Janela, e no meu caso Deus abriu uma porteira.
Quando sai daquele quarto me perguntando porque eu disse que iria pensar, o que me prende nesse trabalho?
Sem contar que não seria m*l algum trabalhar com aquele homem lindo!
Sem pensar muito fui até o departamento pessoal, olhei para a mulher e disse:
— Amanha eu não trabalho mais aqui.
Sai dali com a minha alma lavada, entrei no quarto do homem e disse
— Eu aceito!