Capítulo 06

926 Words
Jessie Eu só conseguia olhar para o pequeno e sentir que algo poderia dar certo a partir de agora. Os medicamentos eram fortes, mesmo com tudo, ele tinha começado o processo de quimioterapia. Beijei sua testa delicadamente e suspirei pesadamente. Levantei meus olhos, enquanto olhava para Richard atonito, assim como a sua mãe e seu pai. Uma coisa que não escondia a paternidade de Richard era o rosto dos dois. Eles eram tão parecidos, que eu tinha certeza que só servi para mante-lo alimentado e seguro em meu útero. Se não tivesse nascido de mim, eu também acharia que não é meu filho. — É... — o doutor disse, chamando a atenção dos demais. — Podemos fazer os exames? Quanto antes tivermos os resultados, melhor. Ele saiu do devaneio, olhando para o homem de jaleco e assentindo, antes dos dois homens saírem. Apenas a mãe de Richard permaneceu ali. — Me desculpe pelo meu filho. — Ela disse, seus olhos passavam de mim para o neto. — Não precisa se desculpar por nada. Richard é um adulto e ele precisa lidar com as coisas que fez, mesmo que doa nele e tenha doido em mim. — Suspirei. — Eu não quero me enfiar no meio da família de vocês, quero apenas a minha paz e não quero que Richard ache que eu sou uma interesseira. Eu só quero o meu filho bem, eu vou embora e evitamos escândalos. — Acha que eu vou deixar meu neto a própria sorte? — Perguntou. — Não mesmo, ele é um D'Angelo, não pode viver de qualquer jeito.. — Não quero e não vou iludir meu filho com todo o dinheiro que a sua família tem, me desculpe. — dei de ombros. — Ele já foi rejeitado uma vez e não sabe ainda, não quero que cresça sofrendo por isso. — Acha que o rejeitariamos? — Franziu a testa. — A senhora não, mas o seu filho sim! — Exclamei. — Apenas quero que entenda que Ryan não merece passar por esse tipo de desgosto, ainda mais em uma época tão difícil para nós dois. Ele sempre teve a mim e pode ficar tranquila, nunca lhe faltou nada. — Não acha que lhe falta uma família? — Ela perguntou. — Ele tem a nos. — Anahi disse, entrando no carro. — Me desculpe, senhora, não deveria me meter nos assuntos de Jessie, mas é muito r**m que vocês exijam fazer parte da vida de uma criança rejeitada pelo pai. Parece que gostam do aforamento alheio. — Não é bem assim. — Ela grunhiu. — Eu nunca soube da existência do meu neto e se soubesse, eu seria a primeira a coloca-lo a frente de mim e de qualquer coisa. É ridículo agirem como se eu não tivesse direito de estar perto do meu neto. Eu fiquei em silêncio. Eles tinham dinheiro, poderiam tira-lo de mim se quisessem e era muito plausível que eles fossem tentar fazer isso. — Não quero que vocês tenham direito de tomar o meu filho de mim quando bem entenderem. — desabafei. — sempre fomos nos dois, não quero que vocês levem ele para morar com vocês ou que tentem fazer com que ele fique tão deslumbrado com os luxos que podem proporcionar, que acabe ficando do lado de vocês por dinheiro. — Nunca tomariamos o menino de você. — Ela abaixou a cabeça. — Mas, também não é justo que você nos exclua por causa de um erro de Richard. — Mães são muito cegas mesmo. — Anahi bufou. — Quantas vezes Jessie não chegou em casa chorando por uma humilhação do seu filho? xingando ela de oferecida, golpista e dizendo que ela carregava um bastardo? — Não consigo acreditar que o meu Richard tenha feito isso. — Ela disse, sua voz firme. – Eu fiz, mãe. — Ele murmurou e abaixou a cabeça. Ela se virou sem sair do lugar e encarou o filho. Me encolhi um pouco e dei alguns passos para trás. Anahi tinha mesmo que abrir a boca? — Ela está certa em não querer que qualquer um de nós fiquemos perto do menino. Eu fiz coisas horríveis com ela e não mereço o seu perdão. — Ele disse, claramente envergonhado. — Eu podia ter pensado melhor, podia ter agido muito melhor. Penso em como essas coisas foram mais complicadas do que deveriam ser. — como foi capaz de algo assim, Richard? — Ela perguntou. — Como teve a coragem de humilhar a moça por puro ego? — Eu estava com raiva, tudo bem? — Ele piscou em minha direção, quase como se quisesse conversar comigo, se explicar. — A cinco anos, eu recebi o diagnóstico de que eu era infértil. — Como? — Minha mãe perguntou. — Em uma viagem a Paris com minha noiva. — Ele abaixou a cabeça. — Ela me levou ao hospital, tínhamos medo de acabar engravidando naquele momento e o resultado saiu. Desde então, não me importo mutio. — Você nunca pensou em me contar? – Ela grunhiu. – em twr uma segunda opinião? — Não. – Dei de imbros. — Eu e ela fizemos os exames juntos. Ela nunca engravidou e eu achei que estava tudo bem. Eu não conseguia acreditar nisso. Ele ainda achava que o filho poderia não ser dele por causa da sua infertilidade? Eu só quero que ele doe e vá embora. Que meu bebê possa ter a vida que tinha antes, tranquila! — Mamãe. — a voz de Ryan ecoou pleo ambiente. — Quem é essa gente toda aqui?
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