Interrompidos novamente

1393 Words
— Nada. A questão é que agora eu não quero. E você não parece ser o tipo de pessoa que precisa forçar uma mulher a dormir com você, não é? — Respondi olhando nos seus olhos, queria ver a sua reação. Tudo que Hades havia mostrado era alguém completamente cavaleiro e cuidadoso, eu sei que as pessoas escondem as suas garras e costumam usar máscaras, mas naquela situação onde ele era sequestrador, não seria necessário. Pelo contrário, o tempo inteiro parecia querer mostrar que não era perigoso e que não precisava ter medo. Também tem a probabilidade de eu estar completamente enganada e ter me colocado em grandes problemas, mas o que posso fazer além de acreditar no meu instinto nesse momento? — Você definitivamente não bate bem da cabeça. Nunca pensei que haveria uma refém como você nessa vida. — Hades brincou me puxando para seus braços. Estávamos no dois sentados no chão, com nossos corpos colados. Deveria dizer para ele que a culpa é dele de ser um péssimo, ou melhor, um sequestrador muito bonzinho? Melhor ele pensar que está fazendo tudo certinho, se for para ser sequestrada, ao menos, seja com um sequestrador que te mime e seja gostoso. Não é? — Não sou tão louca, mas pensa comigo, a pessoa não pode ser certinha o tempo todo. Tem que ter uma loucura na vida. O que vou contar para meus sobrinhos? Que paguei as contas, coloquei o lixo para fora ou fiz o imposto de renda sozinha? Não, né? Assim serei a tia chata, não a descolada. Ninguém é lembrado por isso. Já basta os pais dele de chato. Por isso, sempre tem quer ter uma loucura para ter boas histórias para contar. — Brinquei desviando do assunto, para ser sincera, acho que nunca estive com a cabeça tão no lugar. Talvez a única loucura que eu esteja fazendo é me deixar levar por aquele homem. — Posso te beijar até você sentir vontade de tirar a sua roupa? — Hades sussurou no meu ouvido. Ignorando totalmente o que eu havia dito. Nem para fingir que estava ouvindo. Parecia aquele diabinho dos filmes de desenho animado, te sugerindo ir para o caminho errado. É bem difícil resistir aquele homem quando ele está tão perto. A carne é fraca demais. Isso é injusto. Dizer não de longe é fácil. De perto é impossível. Até o perfume dele é um convite para o pecado. — Beijar a minha boca pode, posso até ter vontade de tirar roupa, mas não poderei ir em frente, já que não posso seguir o seu pedido de obediência, sei que é um fetiche seu, quem sou eu para julgar? Cada doido com a sua loucura. Mas não sou boa em obedecer, acredito que já percebeu. — Quem assim como eu teve que engolir muito na vida, aprende a nunca mais aceitar nada que não te faz bem. Hades deu uma enorme gargalhada antes de me deitar completamente no tapete, ficando em cima de mim com um sorriso difícil de resistir. — Não tenho fetiche por submissão, só tenho ciência que você é do tipo de pessoa perigosa, mas sinto que estou com problemas, quando mais a gente conversa, mas me sinto atraído pelo perigo a ponto de não conseguir resistir. Agora eu te pergunto, será que eu posso me deixar levar por você e não perder completamente a cabeça? — Hades perguntou me olhando nos olhos com um sorriso. — A única coisa que posso te garantir se você se deixar levar... é te fazer perder totalmente a cabeça comigo, mas garanto que não vai se arrepender e ainda vai pedir por mais.— Respondi antes de puxar ele para um beijo. Que se dane o plano. Eu quero esse homem e é agora. Naquele momento, ao sentir o calor do corpo de Hades junto ao meu e a minha consciência gritando que não era aquilo que tínhamos planejado, lembrei da fala de um filme que Ulisses adora, acredito que se chama 'Curtindo a Vida Adoidado', fala algo como: "Vida passa rápido demais; e se você não parar de vez em quando para vive-la, acaba perdendo o seu tempo." O beijo dele parecia ser minha kriptonita, mudando todos os meus planos e deixando a mente completamente em branco. Não sei o que aquele homem tinha, mas com toda a certeza era um perigo para minha sanidade que não existia. Para variar, aquele beijo esquentou tanto, que Hades já havia tirado a minha roupa quando as nossas bocas se afastaram. Estava tentando organizar os pensamentos quando Hades sentou, me puxando para seu colo. Podia sentir o seu m****o duro tocando a minha calcinha. — Minha mente está me dizendo que vou cometer o maior erro da minha vida se eu continuar, mas meu corpo inteiro grita dizendo que é um erro te afastar de mim agora. Nunca senti uma batalha tao grande entre meu desejo e minha racionalidade. — Hades confessou enquanto beijava o meu pescoço. Assim como eu, havia uma razão agora não ir tão longe, mas acho que nenhum dos dois estava interessado em ouvir a racionalidade naquele momento. — E qual das duas opções você vai escolher? A racionalidade ou o seu desejo? — Perguntei roçando minha calcinha devagar em seu m****o que parecia cada vez mais duro. Meu corpo já nem sequer estava me obedecendo e seguia seus próprios instintos. Me sentia um animal guiado por seu desejo carnal. Um absurdo que eu não queria pensar demais. Algo tão gostoso assim não deve fazer m*l, não é? — Vou escolher o mesmo que você. O que você quiser, eu quero. Agora pergunto, qual será a sua escolha? — Hades deixou tudo em minhas mãos. Para mim, era lógico a resposta. Estava na ponta da língua. Eu deveria escolher a racionalidade e manter um limite entre nós dois. Deveria apenas pegar o seu coração, seduzir ele e não tomar o seu corpo. — Você. Eu escolho você por inteiro. Será que vai tomar a mesma escolha que eu? — Respondi sussurrando no seu ouvido. Senti todo os seus pelos se arrepiando enquanto eu falava. — Não sou homem de voltar atrás no que digo. Eu também vou escolher você. — Hades concordou antes de me levantar com facilidade em seus braços, levando até o sofá. — Agora eu quero fazer você gemer o meu nome. Heitor beijou entre o meio dos meus s***s, descendo devagar para barriga, enquanto as suas mãos passeavam no meu corpo, cada lugar que os dedos tocavam, sentia o calor do seu toque. Os beijos continuaram descendo, até chegar na minha calcinha. O meu corpo inteiro se arrepiou com aquele beijo de leve, mesmo por cima do tecido. — Se você quiser desistir, acho bom falar agora, porque quando começar, o meu objetivo é não te deixar mais pensar um segundo depois que começar aqui embaixo. Vou contar até cinco, se não disser nada, se prepare para gemer a noite inteira. 5.. 4... — Hades brincava com os seus dedos na lateral da minha calcinha enquanto contava. — 3... 2... Não vou mentir, que em momento algum passou na minha cabeça afastar ele. Para ser sincera, estava pensando em uma forma de adiantar tudo aquilo e começar a parte boa. A trilha sonora da minha cabeça era: "desce mais, desce mais um pouquinho, desce mais, desce devagarinho". Como o destino estivesse decidido que aquela união apocalíptica de uma refém e um sequestrador não pudesse acontecer de forma alguma, alguém bateu na porta bastante agitado. — Ah! Não. Mentira! — Reclamei na mesma hora. Hades gargalhou com a minha reação. As batidas na porta aumentaram cada vez mais forte. — Veste a minha camisa e se esconda. Não faço ideia de quem poderia está batendo na porta desse jeito. Funcionário não é. Eles nunca ousadia fazer algo assim.— Hades me passou a sua camisa e apontou para uma porta. — Pode esconder ali. É algo como um depósito. Prometo não demorar. Um pouco frustrada, peguei a camisa e fui em direção da porta. Não vou mentir que estava chateada de ser interrompi, mas também estava um pouco preocupada. Se não é nenhum dos funcionários... O meu coração se apertou um pouco com a ideia de quem estaria ali. Entrei no armário e colei o meu ouvido na porta.
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